Cite outra atividade não mecanizada que pode causar o mesmo problema

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Cite outra atividade não mecanizada que pode causar o mesmo problema

Erosão é um dos motivos elencados pela Sociedade Nacional de Agricultura (Foto: Thinkstock)

A crescente degradação dos solos vem preocupando. De acordo com o Global Soil Forum, estima-se que, nos últimos 50 anos, a quantidade de terra agricultável per capita diminuiu cerca de 50% no mundo. Dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) apontam que cerca de 33% das terras têm alto ou médio grau de degradação. Dada a importância do tema, a FAO escolheu 2015 para ser o Ano Mundial do Solo.

Na sexta-feira (5/12 e Dia Mundial do Solo), a Sociedade Nacional de Agricultura recebe, no Rio de Janeiro, o encontro preparatório para a conferência “Governança do Solo” – que acontecerá em Brasíla, em março de 2015. Segundo a SNA, quatro motivos principais têm causado a degradação em terras agricultáveis em todo o mundo:

1 – Erosão
No que se refere às ações da natureza, as chuvas são o principal agente causador da erosão. O ser humano também tem papel importante no processo com os desmatamentos. Ao retirar a cobertura vegetal de uma área, ela perde sua consistência, pois a água, que antes era absorvida pelas raízes das árvores e plantas, passa a infiltrar, o que pode causar instabilidade do solo e erosão.

2 – Salinização
A concentração progressiva de sais pode ser causada pelo péssimo manejo da irrigação em regiões áridas e semi-áridas. A baixa eficiência da irrigação e a drenagem insuficiente nessas áreas contribuem para a aceleração do processo de salinização, tornando-as improdutivas em curto espaço de tempo.

3 – Compactação
É um processo decorrente da manipulação intensiva, quando o solo perde sua porosidade pelo adensamento de suas partículas. Na agricultura, a compactação do solo se dá pela influência de máquinas agrícolas, tais como tratores e colheitadeiras, como também pelo pisoteio de animais, como o gado. A compactação é danosa para a produção agrícola, pois influencia negativamente o crescimento de raízes, fazendo com que a planta tenha problemas em seu desenvolvimento. Ela também diminui a movimentação da água pelo solo, criando uma camada muito densa onde a água não se infiltra, ocasionando excesso de líquido nas camadas superficiais, podendo provocar erosão.

4 – Poluição química
Na produção agropecuária, a contaminação química é mais evidente em razão da utilização de insumos agrícolas como fertilizantes, inseticidas e herbicidas. O uso de substâncias químicas no campo se difundiu a partir dos anos 60, com objetivo de alcançar uma produção de melhor qualidade e assim obter uma boa aceitação no mercado. A contaminação ocorre no solo e nas águas. Quando os fertilizantes e os agrotóxicos são conduzidos pelas águas da chuva, uma parte penetra no solo, que atinge o lençol freático e contamina o aquífero; a outra parte é levada pela enxurrada até os mananciais, como os córregos, rios e lagos que se encontram nas partes mais baixas do relevo.

A agriculturaé uma das mais importantes atividades humanas. Por meio dela, o ser humano finalmente conseguiu deixar o nomadismo e fixar-se em locais em que pudesse plantar para obter seus alimentos. Na atualidade, a agricultura tornou-se uma importante atividade econômica e não atende apenas o setor de produção de gêneros alimentícios.

A evolução na produção fez com que houvesse hoje a possibilidade de uma divisão entre os sistemas produtivos. Conheceremos hoje as modalidades de produção chamadas de agricultura extensiva e intensiva.

Tópicos deste artigo

  • 1 - Mapa Mental: Agricultura
  • 2 - Agricultura intensiva
  • 3 - Características da agricultura intensiva
  • 4 - Agricultura extensiva
  • 5 - Características da agricultura extensiva
  • 6 - Agricultura intensiva e meio ambiente

Mapa Mental: Agricultura

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*Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!

Agricultura intensiva

É uma modalidade de produção agrícola que utiliza intensivamente insumos e tecnologia para o aumento da produtividade e redução nos prazos. É um sistema comum em países desenvolvidos. Nos subdesenvolvidos, quando é utilizado, geralmente tem a produção destinada ao mercado externo.

Características da agricultura intensiva

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Na agricultura intensiva, há a utilização de máquinas, tecnologia e mão de obra especializada

  • Há uma intensa mecanização de todas as etapas do processo produtivo. Desde a preparação do solo, passando pelo combate às pragas da lavoura e finalizando na colheita, são usadas máquinas para realizar cada uma dessas etapas;

  • Grande parte da mão de obra utilizada é qualificada. Como o uso de máquinas é frequente, os poucos trabalhadores dessa modalidade estão concentrados nas áreas técnicas e de manutenção e operação dos equipamentos;

  • A agricultura intensiva utiliza diversos tipos de insumos para otimizar a produção e aumentar a produtividade. Antes do plantio, o solo é corrigido e fertilizado por meio de fertilizantes químicos. As pragas também são controladas por agrotóxicos, os chamados defensivos agrícolas, que possuem alto custo, mas alto poder de sucesso no combate a organismos nocivos às lavouras;

  • Geralmente é utilizada a seleção de sementes e espécies ou que são imunes ou mais resistentes às pragas. Além das sementes selecionadas, é cada vez mais comum o uso de sementes e mudas geneticamente modificadas, as sementes transgênicas;

  • Na modalidade de produção intensiva, é comum a utilização de técnicas e tecnologia, como irrigação, terraceamento, drenagem dos solos etc.

  • A finalidade desse sistema e talvez a principal característica é a alta produtividade. Seu alcance depende do investimento em insumos e recursos tecnológicos. Como resultado, obtém-se aumento da produtividade e a diminuição do tempo para a colheita.

Agricultura extensiva

É um sistema agrícola caracterizado pelo uso de técnicas rudimentares ou tradicionais na produção. Esse tipo de agricultura pode ser encontrado tanto nas pequenas quanto nas grandes propriedades com o predomínio da mão de obra humana e baixa mecanização. É comum nos países subdesenvolvidos, pois é uma modalidade de produção que demanda menor necessidade de recursos financeiros. Nesse quesito, opõe-se à agricultura intensiva, onde há investimento financeiro significativo.

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Na agricultura extensiva, é comum o uso de mão de obra sem qualificação

Características da agricultura extensiva

  • Esse sistema de produção agrícola, ao contrário da agricultura intensiva, é realizado de forma tradicional e trabalha com grande número de trabalhadores;

  • O uso de tecnologia é reduzido ou inexistente. Por ser uma modalidade de produção que dispõe de poucos recursos para investimento, as caras técnicas de produção agrícola geralmente não são utilizadas;

  • A preparação do solo é feita de maneira rudimentar. Em muitos casos, usa-se o arado puxado por animais e não há preparação do solo, como a correção ou utilização de fertilizantes. O plantio é feito no solo, nas condições em que ele se apresenta;

  • As sementes utilizadas não são selecionadas. Muitas vezes, o agricultor extensivo guarda uma parte da produção anterior para ser utilizada como semente nos próximos plantios;

  • A competitividade no mercado interno e externo fica comprometida, pois a qualidade da produção e a produtividade por hectare não conseguem chegar próximo ao patamar alcançado pela produção intensiva;

  • A agricultura extensiva é encontrada tanto nas pequenas quanto nas grandes propriedades. O que caracteriza a agricultura extensiva é a baixa utilização de técnicas, mecanização e insumos agrícolas, e não o tamanho da área plantada;

  • Está refém das condições naturais, como a condição dos solos na época da semeadura, a quantidade de chuvas nos períodos certos e a umidade e temperatura;

  • É uma modalidade que muitas vezes apresenta baixaprodutividade por hectare. Contudo, pode apresentar alta produção, quando a área plantada é grande e as condições naturais (como as chuvas e o solo) favoreceram a produção naquele determinado período.

Agricultura intensiva e meio ambiente

Tanto a agricultura extensiva como a intensiva ocasionam impactos ao meio ambiente. A retirada da cobertura vegetal para o plantio nas duas modalidades é o início de uma série de mudanças, muitas vezes negativas, no meio natural. Entretanto, é preciso admitir que a agricultura intensiva, pela quantidade de insumos, recursos e técnicas, é a grande vilã no que diz respeito aos impactos ambientais.

As mais significativas críticas dos ambientalistas estão no fato de que essa modalidade de produção agrícola utiliza grande quantidade de combustíveis fósseis para o maquinário e polui o solo, ar e água com corretivos e defensivos agrícolas.


Por Amarolina Ribeiro
Graduada em Geografia

*Mapa Mental por Rafaela Sousa
Graduada em Geografia