Com base na letra da música acima bem como de seus conhecimentos sobre o Brasil colonial

A educação que foi desenvolvida no Brasil durante os três séculos de colonização era restrita, inicialmente, a alguns filhos de colonos e a índios aldeados. Até meados do século XVIII, as bases do que se ensinava na Colônia consistiam nos métodos da educação jesuítica. Os missionários da Ordem fundada por Inácio de Loyola que atuavam na conversão dos povos nativos da América eram herdeiros da escolástica tardia, que predominava na região da Península Ibérica no início da Idade Moderna e acabou sendo refletida na cultura dos colonos brasileiros.

A educação dos jesuítas centrava-se nos princípios da educação liberal da Idade Média, isto é, no método do Trivum e do Quadrivium. Entretanto, o que se ensinava no Brasil Colônia era basicamente a primeira parte: as disciplinas associadas ao Trivium, como gramática e retórica. Esse tipo de aplicação simplificada do método medieval implicou uma formação, segundo alguns autores, profundamente literária e estilizada. Como bem apontam os historiadores Arno e Maria José Vehling:

“O método pedagógico utilizado seguia as normas do Colégio de Évora, de 1563, e da Ratio Studiorum, manual pedagógico jesuíta do final do século XVI. Nos cursos inferiores valorizava-se a gramática, considerada indispensável à expressão culta, e a memorização como procedimento para a aprendizagem; nos superiores, subordinava-se a filosofia à teologia. Para alguns intérpretes a educação jesuítica teria deixado marca excessivamente literária na formação brasileira.” (Wehling, Arno; Wehling, Maria José C. De M. A formação do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994. p. 287.)

A pedagogia jesuítica tinha um caráter tridentino, ou seja, remetia ao Concílio de Trento da Igreja Católica, organizado no século XVI e com propósitos contrarreformistas, e contrapunha-se ao modelo de ensino que se apregoava em outros países da Europa, influenciados pela ciência moderna e pelo racionalismo. Essa incompatibilidade acirrou-se no século XVIII com o advento da filosofia iluminista, sobretudo aquela que se desenvolveu na França. Portugal, que se caracterizava por suas raízes medievais, teve que empreender uma reforma cultural e educacional nesse período, que foi comandada pelo Marquês de Pombal.

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As reformas pombalinas tiveram grande impacto nas colônias portuguesas, especialmente no Brasil, haja vista que, como elas, os jesuítas foram expulsos dos domínios portugueses. E a educação, antes administradas por esses missionários, passou a ser de responsabilidade do Estado Português. A expulsão da Ordem dos jesuítas ocorreu por intermédio do decreto de 3 de setembro de 1759, mas antes mesmo disso, Pombal havia elaborado um alvará no dia 28 de junho de 1759 para a criação das aulas régias, isto é, aulas que eram ministradas por professores nomeados pelo governo.

As aulas régias tinham o nítido objetivo de preencher a lacuna deixada pelos jesuítas e secularizar o ensino. Com esse modelo de educação pombalino, deu-se ênfase aos estudos menores de aprendizagem, que se tornava mais rápida e eficaz. O objetivo último era preparar uma elite necessária para fins econômicos e políticos, pela qual ansiava o Estado. Na virada do século XVIII para o século XIX, tornou-se muito comum a elite local da colônia do Brasil enviar seus filhos para a cidade de Coimbra, em Portugal, com o intuito de eles completarem a sua formação.

Em 1800, houve uma importante exceção no âmbito educacional da colônia. Tratava-se do centro de educação fundado no Seminário de Olinda, que, em vez de preservar os estudos tipicamente voltados para teologia e filosofia, acabou se tornando um núcleo para o aprendizado de variadas disciplinas e um centro difusor de ideias liberais e maçônicas.

*Créditos da imagem: Commons

Questão 1

(UEL) Leia o texto e responda à questão:

O estilo barroco chega ao Brasil pelas mãos dos colonizadores, sobretudo portugueses. Desenvolve-se no século XVIII, 100 anos após o surgimento do Barroco na Europa, – recebe influências tanto portuguesas quanto francesas, italianas e espanholas. Em Minas Gerais, a expressão estética tanto deverá corresponder às solicitações dos elementos transpostos como dos elementos locais espontâneos. Isso vai se verificar tanto em relação aos fatores estruturais, como no que diz respeito às ideias, aos conhecimentos e valores. (MACHADO, L. R. Barroco Mineiro. São Paulo: Perspectiva, 1983. p. 167-169.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o barroco mineiro, considere as afirmativas a seguir.

I. Nascido da herança europeia, o barroco mineiro é uma arte que traz em si o diálogo entre sua origem e um novo contexto, caracterizando-se como um meio de expressão ao mesmo tempo barroco e mineiro.

II. O aspecto social contemporâneo à chegada do barroco a Minas contribuiu para que sua organização fosse caótica e para que as características desse movimento acabassem contrastando com a vida mineira.

III. Posto em contato com o clima de efervescência cultural e com as descobertas no campo estético de Minas, o barroco mineiro rompeu com a ideia do barroco universal e se destacou pela ambivalência.

IV. Os elementos transpostos pelos colonizadores apresentavam em suas raízes algumas semelhanças com o universo mineiro, mas o poder instituído pela Academia Nacional de Belas Artes encaminhou o movimento para rumos distintos.

Assinale a alternativa correta:

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e III são corretas.

c) Somente as afirmativas II e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Questão 2

(UEL) Leia o texto, analise a figura e responda à questão abaixo:

Há a propensão para uma forma que se abre em indeterminação de limites e imprecisão de contornos, apelando para os recursos da impressão sensorial, que não quer apenas conter a informação estética, mas sobretudo, comunicá-la sob um alto grau de tensão que transporte o receptor, o espectador, da simples esfera da plenitude intelectual e contemplativa para uma estesia mais franca e envolvente – mais do que isso, para o êxtase dos sentidos sugestionadamente acesos e livres. (ÁVILA, A. O lúdico e as projeções do Barroco. São Paulo: Perspectiva, 1980. p. 20.)

Com base na letra da música acima bem como de seus conhecimentos sobre o Brasil colonial

ATAÍDE, M. C. Pintura do forro da nave da Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto (MG)

Sobre o texto e a figura, é correto afirmar:

a) O texto apresenta as principais características do rococó e a figura refere-se à pintura do Barroco, principal movimento artístico do período colonial brasileiro.

b) Enquanto a figura representa a arte colonial brasileira, o texto discorre sobre a projeção do barroco na arte concreta e sua busca por um envolvimento mais efetivo e completo do espectador com a obra.

c) Não é possível afirmar que o texto e a imagem estejam relacionados ao mesmo assunto, pois a figura é do Barroco Mineiro, mas o texto trata do Barroco Baiano.

d) Tanto o texto como a imagem tratam da arte neoclássica no momento máximo de sua penetração na cultura brasileira como um todo e não sobre algo específico.

e) O texto explicita as principais características da pintura barroca tal qual foi praticada em Minas Gerais no século XVIII, muitas delas presentes na obra de Manoel da Costa Ataíde.

Questão 3

Um dos grandes mestres do Barroco Mineiro, que se destacou tanto na escultura quanto em projetos arquitetônicos, foi Antônio Francisco Lisboa, conhecido também como Aleijadinho. Esse artista recebeu tal apelido em decorrência:

a) do fato de ter uma perna amputada.

b) de ter nascido sem um dos braços.

c) das gangrenas que provocavam deformações em seu corpo, sobretudo nas mãos.

d) de ser manco de uma das pernas.

e) de ter paralisia infantil.

Questão 4

Entre as matérias-primas que os escultores do barroco mineiro tiveram que utilizar para substituir pedras nobres como o mármore, a principal era:

a) O granito.

b) A pedra-pomes.

c) O quartzo.

d) A pedra-sabão.

e) O bronze.

Respostas

Resposta Questão 1

Letra B

Como se sabe, a arte barroca desenvolveu-se, inicialmente, na Europa, entre os séculos XVI e XVII, caracterizando-se pela predominância dos temas religiosos. O barroco fez-se presente em todas as modalidades artísticas, indo desde a poesia até a arquitetura, passando pela escultura e a pintura. A arte barroca que floresceu em Minas Gerais, sobretudo em núcleos urbanos como a cidade de Ouro Preto, no século XVIII, absorveu muitos elementos do barroco europeu. Entretanto, essa absorção não foi plena e exatamente de acordo com os modelos da Europa. Ao contrário, ela se adequou às peculiaridades e às necessidades do interior de Minas Gerais.

Resposta Questão 2

Letra E

A pintura de Manuel da Costa Ataíde reúne a maior parte das características barrocas: o tema, naturalmente, é religioso, e o efeito das cores (que é priorizado em relação aos contornos e às formas) produzem, como acentua o texto de Ávila, um certo “êxtase dos sentidos”. Esse efeito tem em vista a contemplação e o sentimento exultante à sacralidade do interior da igreja.

Resposta Questão 3

Letra C

Especula-se que Aleijadinho fora acometido ou pela lepra ou pela Framboesia trópica (conhecida também como bouba). Essa doença lhe causava ulcerações na pele e deformidade nos nervos, cartilagens e ossos, o que o obrigava a usar ataduras para continuar trabalhando.

Resposta Questão 4

Letra D

A pedra-sabão tornou-se a principal matéria-prima para as esculturas do barroco mineiro. Isso ocorreu porque esse tipo de material era abundante nas terras da região e, em virtude de sua maleabilidade, que já era comprovada pelos artesões locais, acabou se tornando a base para a criação de obras de arte como as de Aleijadinho.


Por que na primeira estrofe o eu lírico da canção Chegança?

Resposta. Resposta: Porque ele faz citações a respeito desses povos.

Quais os guerreiros nativos são mencionados no texto?

o branco. O que o conquistador buscava..
Queria ouro,riqueza e tesouro, Depois a terra e também a escravidão. Quais guerreiros nativos são mencionados no texto?.
Tibirica, Arariboia, Ajuricaba. 4.Quais armas mencionados no texto..
são usadas por brancos e nativosArcos e flechas contra a força do canhão. Explicação:.