Como o aperfeiçoamento tecnológico permitiu o desenvolvimento cartográfico?

A necessidade da expansão marítima feita por parte de algumas coroas europeias principalmente nos séculos XV e XVI, caracterizaram a “Era dos Descobrimentos”, impulsionou avanços tecnológicos nos materiais e como eles eram utilizados para instrumentação da navegação. Facilitaram objetivos como: descobrir novos mundos e/ou caminhos marítimos e efetuar as trocas comerciais.

Outros povos também já tinham conhecimento nesta área, como se sabe os chineses e os árabes também utilizavam o método de navegar.

Sabe-se que Portugal, já que é banhado por mar por todo o seu território, desenvolveu a Ciência Náutica através de escolas de navegação como a “Escola de Sagres”, um lugar de conhecimento e compartilhamento de experiências entre navegadoras da Europa e do Oriente. As coroas eram as principais impulsionadoras.

Começou a se desenvolver a cartografia e o mapeamento das costas marítimas e dos continentes de acordo com o que se conhecia na época através de documentos e da observação. Materiais de apoio foram inventados como a bússola trazida do oriente para o ocidente pelos árabes, feita por uma agulha magnetizada que indica o eixo norte-sul magnético; o astrolábio para medir a altura e posição dos astros; o quadrante que apontava apara a Estrela Polar e permitia determinar a distância entre o ponto de partida da viagem e o lugar onde a embarcação estava exato naquele momento; a balestilha que se pensa ter sido inventada pelos portugueses e que era numa vara de madeira que tinha a função de medir a altura que unia o horizonte ao astro, permitindo determinar os azimutes, etc.

Como o aperfeiçoamento tecnológico permitiu o desenvolvimento cartográfico?
Como o aperfeiçoamento tecnológico permitiu o desenvolvimento cartográfico?

Foto ilustrativa. Créditos: FoodAndPhoto / Shutterstock.com

Através da tecnologia desenvolvida para as navegações, tudo aquilo que era apenas visível a olho nu no céu, passa a ser interpretado e medido detalhadamente como meio de localização dos navegadores. Ao navegar o homem foi desenvolvendo e aprimorando os materiais, ultrapassando os seus próprios limites e vencendo os medos.

No desenvolvimento naval houve a necessidade de construir embarcações maiores e melhores. Na passagem da navegação de cabotagem ou seja, perder a costa de vista utilizada antes do século XVI, se evoluiu para as Caravelas Latinas com maior capacidade de carga. Estas tinham a característica de terem velas em formato triangular e trouxeram a inovação da navegação em zigue zague contra o vento, chamado de bolinar. Eram mais rápidas e de fácil manobrar e atingiam a média de 25 m de comprimento, 7 m de boca e 3 m de calado. A sua capacidade de carga atingia as 50 toneladas e eram compostas por convés único e popa sobrelevada.

A Nau foi outro meio de transporte utilizado em viagens longas e a sua capacidade aumentou ao longo do tempo, indo de duzentas toneladas no séc XV até às quinhentas no século XVI. Foi largamente usada no caminho das Índias onde atingiu o seu auge.

Acompanhado de todo esse avanço, surgiu a importância do comércio marítimo que acelerou o desenvolvimento das embarcações ao longo do tempo e que levou o transporte do ouro, especiarias, sedas da Índia que era fonte de grande riqueza e soberania que contribuíram para o monopólio do mercado.

Os avanços tecnológicos nas navegações foram sempre evoluindo de acordo com as necessidades, encurtamento de tempo de viagem e eficácia dessas funções nunca pararam de se desenvolver até aos dias de atuais.

Referências:

http://eroneducador.blogspot.com/2013/08/a-tecnologia-maritima-das-grandes.html 13.01.2019.

http://osdescobridoresbiju.blogspot.com/p/instrumentos-nauticos.html 13.01.2019.

http://tecnologiadomarcado6.blogspot.com/2013/ 13.01.2019.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/avancos-tecnologicos-nas-grandes-navegacoes/

Um mapa é o plano onde se descrevem os fenômenos naturais e da humanidade. Esses fenômenos são representados por sinais específicos, de acordo com os princípios da cartografia, que é a ciência de compor cartas geográficas ou mapas.

Os mapas modernos são diretos, sintéticos e precisos. Por meio deles, pode-se ter uma imagem geral de uma configuração geográfica, com dados matemáticos.

A origem do mapa remonta a aproximadamente 4.500 anos. Antes de saber escrever, o homem já fazia desenhos para representar o espaço em que vivia.

Os desenhos traçados em diferentes materiais sobre fenômenos ambientais são registros de primordial importância para a humanidade. Os materiais utilizados na concepção dos mapas eram a cerâmica, o papel, o bronze, as cascas de coco, a pedra, a pele dos animais etc.

O mapa mais antigo

O mapa mais antigo que se conhece foi feito pelos babilônios em um pedaço de cerâmica, entre os séculos 25 e 23 a.C. Trata-se de uma placa de barro cozido, de apenas sete centímetros, representando o vale de um rio, provavelmente o Eufrates, cercado por montanhas, indicadas em forma de escamas.

A placa, que cabe na palma da mão, foi descoberta nas escavações das ruínas da cidade de Ga-Sur, próxima à antiga Babilônia, em território que hoje pertence ao Iraque. Esse é o mapa mais antigo já encontrado, mas isso não impede que outros possam ter sido feitos em data anterior.

As primeiras representações mostravam paisagens conhecidas pelos habitantes locais, assim como trilhas e localizações das vilas mais próximas. Entre os egípcios também foram encontrados alguns desenhos de mapas pintados em tumbas.

Até então, o desenho de mapas pelos povos antigos tinha uma função principalmente prática: marcar fronteiras, indicar as terras férteis, a localização de água e as rotas de comércio. Foi entre os gregos que se iniciou a tentativa de descrever, em uma representação, a Terra como um todo. Por volta de 500 a.C., Hecateu de Mileto produziu o que é considerado o primeiro livro sobre geografia. Nele, há uma representação da Terra como um disco, com a Grécia no centro.

Ptolomeu

O maior legado à posteridade veio, porém, com o geógrafo Claudius Ptolomeu (90-168 d.C.), que escreveu um tratado em oito volumes, com uma coleção de 27 mapas, intitulado "Geografia". Um desses mapas representava o mundo conhecido na época, com forma esférica, o mais próximo dos mapas atuais.

Os outros 26 detalhavam diferentes regiões. Assim, Ptolomeu foi o autor do primeiro Atlas universal. Depois da Idade Média, os mapas se aperfeiçoaram e, com as descobertas feitas pelas grandes navegações, passaram a ter outros continentes integrados à representação.

Desde então, os meios de representação do espaço foram aperfeiçoados e a confecção de mapas teve grande evolução. Entre os povos antigos, os gregos foram os que mais se destacaram na cartografia.

Durante a Idade Média, o forte sentimento religioso cristão levou os europeus a conceberem o mundo como um disco. No centro do disco ficava Jerusalém, a Terra Santa.

Terra redonda

No século 16, a confecção de mapas passou por um grande desenvolvimento. Além da confirmação de que a Terra era redonda, diversos fatores contribuíram para o desenvolvimento da Cartografia.

Em primeiro lugar, as grandes navegações exigiam mapas mais rigorosos e corretos quanto ao contorno das costas. Os grandes descobrimentos - conseqüência das navegações - alargaram o horizonte geográfico e ampliaram o espaço conhecido, tornando possível a representação do mundo de maneira mais próxima à realidade.

Em segundo lugar, a invenção da imprensa e da técnica de gravação permitiu que os mapas pudessem ser reproduzidos em grande número. Antes disso, eles eram manuscritos.

Em terceiro lugar, a redescoberta dos trabalhos de Ptolomeu proporcionou um novo avanço na cartografia. Embora imprecisos no que se refere aos contornos, extensões e escalas, seus mapas eram os que até então melhor representavam os espaços conhecidos.

Ciência cartográfica

Baseando-se nos trabalhos de Ptolomeu, aproveitando seus acertos e corrigindo seus erros, os cartógrafos do século 16 aprimoraram bastante os mapas da época. Dentre esses cartógrafos, destacou-se Gehard Mercator (1512-1594).

Nos séculos seguintes, os progressos da agrimensura, da astronomia e da geometria ofereceram conhecimentos e técnicas para a formação de uma verdadeira ciência cartográfica, baseada em cálculos complexos e rigorosos. Atualmente, a cartografia é uma ciência bastante exata e a representação do espaço é feita com grande precisão.

Fotos por satélite

Para identificar corretamente os elementos do espaço, hoje os cartógrafos utilizam as fotografias aéreas - tiradas de modernos e bem equipados aviões - e as imagens obtidas de altura ainda maior, através de satélites colocados em órbita a muitos quilômetros de distância da Terra. Depois disso, sofisticados equipamentos eletrônicos permitem a confecção de mapas muito fiéis aos elementos materiais do espaço.

Como a tecnologia contribuiu para o desenvolvimento da cartografia?

Com o surgimento das novas tecnologias, a cartografia passou por uma revolução, hoje os mapas são feitos através de imagens feitas por satélites, com softwares específicos para o desenvolvimento dos mapas (SIG, CAD). O computador e os satélites mudaram a maneira de se fazer mapas.

Como a tecnologia transformou a cartografia?

Em nossos dias atuais as avançadas tecnologias tomaram conta do nosso dia a dia, tornando assim a cartografia digital em um instrumento valioso para os estudos geográficos e ambientais, possibilitando uma gama maior de fonte de obtenções de dados cartográficos, seja por imageamento de satélite através das técnicas de ...

Como ocorreu o desenvolvimento da cartografia?

Os primeiros mapas foram traçados no século VI a.C. pelos gregos, que, em função de suas expedições militares e de navegação, criaram o principal centro de conhecimento geográfico do mundo ocidental. O primeiro atlas da história moderna surgiu no século XVI, em 1570.

Como as novas tecnologias tem contribuído para o desenvolvimento da cartografia moderna?

Resposta. a) O surgimento da Web 2.0 e o desenvolvimento de programas de mapeamento associados a ela, como o Google Maps, permitiu que pessoas comuns, isto é, não-cartógrafos, se apropriassem das novas tecnologias para criarem seus próprios mapas.