A saúde financeira deve ser uma prioridade para os gestores de empresas, pois é uma condição imprescindível para sobreviver e crescer frente à concorrência. Show
Uma das principais ferramentas para que isso aconteça é o fluxo de caixa, gerenciado pela tesouraria e que pode ser executado de duas formas principais: direta e indireta. Nesse artigo, vamos abordar em detalhes a importância do fluxo de caixa e como cada tipo pode ser utilizado no seu negócio. O que é fluxo de caixa?De forma resumida, o fluxo de caixa é o controle das entradas e saídas de recursos da empresa, buscando sempre manter as contas positivas, para que a companhia tenha condições de continuar a operar. O setor que cuida do caixa é a tesouraria, que realiza o pagamento das contas da empresa e monitora o recebimento dos valores previstos. Também é sua responsabilidade ajudar a gestão a tomar decisões para o futuro dos negócios, através de insights gerados de seus dados. Para que o fluxo de caixa é utilizado?Primeiramente, o fluxo de caixa ajuda a controlar as despesas e receitas da empresa, visualizando ao longo do tempo como estarão as finanças da instituição. Mas, além disso, também é possível elaborar a Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC), que é um dos mais importantes instrumentos de análise orçamentária de uma empresa. Nesse relatório ficam evidentes as principais alterações ocorridas ao longo de determinado período no caixa e no seu equivalente. Esses dados permitem que tendências sejam identificadas precocemente e os gestores ajam com rapidez quando necessário, além de apontar a capacidade que a empresa terá para arcar com suas despesas. Como já comentamos, existem dois métodos possíveis de trabalhar o fluxo de caixa e cada um tem aplicabilidades e vantagens distintas. A seguir, vamos apresentar a importância do fluxo de caixa e uma revisão de cada método, com intuito de ajudar gestores a avaliarem os benefícios que eles apresentam para melhor atender às necessidades do negócio. Qual a importância do fluxo de caixa na gestão?A função mais básica para a gestão é acompanhar as entradas e saídas de capital ao longo de certo período. Isso ajuda o gestor a planejar futuros investimentos ou empréstimos, pois ele visualiza se o caixa tem condições de assumir mais despesas. Além disso, é possível encontrar custos que podem ser reduzidos sem que a qualidade dos serviços e produtos seja comprometida e sem prejudicar a geração de lucro da empresa. Por fim, a DFC traz de maneira clara a capacidade que a instituição tem de cumprir com suas despesas e pode mostrar tendências do caixa que, no futuro, trarão consequências para a gestão. Assim é possível se antecipar e já tomar as devidas providências para não ser pego de surpresa. Tudo isso é de grande valia para que a gestão orçamentária esteja alinhada com os objetivos gerais da empresa, além de trazer mais segurança para acionistas e possíveis investidores, que já conseguem vislumbrar a situação real da instituição. Métodos de fluxo de caixa: direto e indiretoCada tipo de fluxo de caixa é elaborado de determinada forma e possui utilizações diferentes, como veremos agora: Fluxo de caixa diretoO método direto registra pagamentos e recebimentos em caixa, em seus valores brutos, provenientes das atividades operacionais da empresa — venda de serviços e/ou mercadorias, pagamentos a fornecedores e colaboradores etc. Sua projeção é realizada de acordo com a DRE planejada, utilizando condições financeiras. Nessa modalidade, as movimentações financeiras do período são demonstradas considerando como receitas somente os valores que foram efetivamente recebidos e como despesas somente o que foi efetivamente desembolsado. O fluxo de caixa direto facilita a atualização diária das informações do caixa e é de fácil compreensão. Mesmo sem conhecimento financeiro e contábil aprofundado, o usuário é capaz de avaliar a solvência da empresa. Isso porque as movimentações seguem uma ordem direta, como se faz com a administração do caixa pessoal. A principal vantagem é que ele destaca despesas e ganhos seguindo critérios técnicos. Isso significa que cada movimentação financeira será classificada de acordo com o tipo de tarefa realizada, como compra de matéria-prima, locação de equipamentos, manutenção, valores recebidos de clientes, pagamento de salários e assim por diante. Esse método pode ter aplicação limitada para fins de projeção ou de estratégia. Por ser um controle de tesouraria, ele leva em conta somente o que já foi efetivamente pago e recebido e não o que está previsto para o futuro, mas é importante para acompanhamento da movimentação do capital no cotidiano. Fluxo de caixa indiretoO método indireto consiste na demonstração dos recursos obtidos das atividades operacionais seguindo critérios fiscais. Ele é obtido a partir do lucro líquido e ajustado pela depreciação, amortização, exaustão e demais itens que afetam o resultado da empresa, mas que não modificam o caixa diretamente. Por usar informações da Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) e do Balanço Patrimonial (BP), também é chamado de “método de conciliação”. Essa modalidade explora o regime de competências: o registro contábil da movimentação financeira é feito no dia e mês em que houve a transação, independentemente da data em que o recebimento ou pagamento de fato ocorreu. A vantagem do emprego do fluxo de caixa indireto, além do custo menor, é a obtenção de informações estratégicas. Por exemplo, a partir dele é possível diagnosticar o impacto das diretrizes de concessão de prazos de pagamento a clientes sobre o caixa operacional ao longo de certo período, bem como financiamentos e vencimentos de fornecedores afetam as finanças. Ou ainda, fazer uma análise combinada entre o resultado bruto, operacional e líquido e entre geração bruta, operacional e líquida de caixa. O que deve ser ponderado?A principal diferença entre o fluxo de caixa direto e o fluxo de caixa indireto é que o primeiro se trata de um controle detalhado dos valores brutos de entradas e saídas já realizadas e representa o caixa líquido da empresa. Já o segundo demonstra as diferenças entre o caixa real (valores que de fato constam no caixa da empresa no momento) e o saldo das demonstrações contábeis (a projeção de recebimentos e pagamentos). Os dois métodos são importantes e não haverá, necessariamente, a exigência de optar por um ou por outro. Na verdade, é importante ponderar o plano de negócios da empresa. Deve ser considerado, por exemplo, qual horizonte mínimo de tempo é necessário ter projetado para garantir o bom funcionamento das operações. E também se há intenção de atrair investidores ou prestar contas à acionistas internacionais. Nesse caso, as práticas contábeis da empresa precisam ser compatíveis com as práticas internacionais. Por fim, é importante observar o ambiente regulatório, já que as regras para apresentação do DFC dependem do patrimônio líquido da empresa e o estilo de gestão de quem toma as decisões. Isto porque a lei 11638/07 prevê a obrigatoriedade da DFC para empresas de capital aberto e fechado com lucro líquido até a data do balanço patrimonial acima de dois milhões de reais. A premissa para obter sucesso, em ambos os métodos, é baseá-los em informações corretas e altamente confiáveis. Se o processo é feito manualmente e os controles são registrados em planilhas, a probabilidade de haver números errados é grande. Como tornar seu fluxo de caixa mais eficiente?Antes de escolher o método ideal para a sua empresa ou de mudar o método em uso, considere investir em um software para gestão e controle financeiro. Dessa forma, garante-se que os números obtidos representam fielmente o seu negócio, independentemente do método de fluxo de caixa adotado. É possível contar com duas soluções importantes para sua área financeira: a primeira é um software de gestão orçamentária, que apoiará a projeção do fluxo de caixa e trará uma análise detalhada através de relatórios e dashboards. A AllStrategy desenvolveu o Software Plano para esse propósito e tem apoiado a gestão de mais de 300 grupos econômicos. Já com relação ao controle diário de fluxo de caixa, o ideal é ter um software de gestão de tesouraria, que realize o controle das operações financeiras, integrando com os dados do seu ERP. O AllCash é a solução da AllStrategy para tornar sua tesouraria mais estratégica e automatizada, oferecendo consolidação dos dados de toda a empresa com agilidade, além de permitir a criação de cenários e visões personalizadas de caixa. Além disso, esses softwares oferecem outra vantagem fundamental para as empresas: a agilidade com que todos os processos são feitos, garantindo que os colaboradores tenham mais tempo para realizar análises dos resultados e relatórios, investindo em estratégias para manutenção e crescimento da empresa. Cada software oferece ainda outras funcionalidades que tornarão seu dia a dia mais fácil, ao automatizar tarefas repetitivas e reduzir os erros que ocorrem em planilhas. Invista no crescimento da sua empresaIndependente do método escolhido, o fluxo de caixa é a base para que sua empresa se mantenha saudável financeiramente e possa continuar operando. Para que você consiga estabelecer estratégias ainda mais eficientes e acompanhar seu desempenho, é fundamental contar com a tecnologia e os sistemas próprios para a gestão. Conheça o Software Plano para sua gestão orçamentária e estratégica e conheça o AllCash para sua tesouraria. O que é fluxo de caixa pelo método direto?O fluxo de caixa direto é o mais popular entre as empresas, pois, basicamente, é feito por meio de todos os registros de entradas e saídas sem considerar nenhum tipo de desconto, ou seja, um diagnóstico “bruto” das operações da empresa. Sendo uma de suas vantagens a maior simplicidade na visualização das informações.
Como calcular o fluxo de caixa pelo método direto?Em contabilidade, o fluxo de caixa direto é um método usado para o cálculo dos recursos que a empresa tem à sua disposição.. Saldo inicial de caixa;. Recebimentos;. Pagamentos;. Saldo operacional de caixa;. Saldo final de caixa.. O que demonstra o método direto da demonstração do fluxo de caixa?O método direto pode considerar o fluxo de caixa diário, semanal ou mensal — a escolha fica a critério da empresa. O objetivo é evidenciar os pagamentos e recebimentos, o que permite uma análise mais imediata dos recursos. Neste método, não entra a programação de pagamentos a prazo que ainda não foram recebidos.
Quais são os métodos de demonstração de fluxo de caixa?O método indireto consiste diretamente na demonstração dos recursos que são provenientes das atividades operacionais. Estes recursos são gerados a partir do lucro líquido, ajustados nos itens que podem afetar o resultado, como exaustão, depreciação e amortização, mas que de modo geral não modificam o caixa da empresa.
|