O rendimento médio mensal da população ocupada no Ceará, em 2020, foi de R$1.845,00, maior que a do ano anterior, quando atingiu R$ 1.674,00, ou seja, R$ 171,00 a mais. Com relação a 2012, quando a média totalizou R$ 1.527,00, o valor do ano passado é maior em R$ 318,00. A média cearense
em 2020 é superior a do Nordeste (R$ 1.751,00), mais ainda inferior em 33% do que a média brasileira no mesmo ano, de R$ 2.447,00, ou seja, diferença de R$ 602,00. Os dados e muitos outros podem ser conferidos no Ipece/Informe (nº 199 – Dezembro/2021) – Análise da desigualdade dos rendimentos no estado do Ceará entre 2012 e 2020. O trabalho acaba de ser publicado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Ela explica que, quando analisados os rendimentos médios mensais de acordo com o gênero, é possível observar que rendimentos tiveram uma variação positiva quando comparamos os anos de 2019 e 2020, seja para o Brasil, o Nordeste e o Ceará. Em relação a diferença de rendimentos entre homens e mulheres, embora o rendimento médio das mulheres sejam inferior ao dos homens para todas as regiões analisadas,
para o ano de 2020 o Ceará apresentou uma taxa de proximidade (dada pela proporção de rendimentos das mulheres em relação ao dos homens) maior, de 87,89%, sendo os rendimentos médios mensais para homens e mulheres foram de R$1.941 e R$1.706 reais, respectivamente. Clique aqui e acesse o Ipece Informe Nº 199 – Análise da desigualdade dos rendimentos no estado do Ceará entre 2012 e 2020. Assessoria de Comunicação do Ipece Mesmo estudando mais, as mulheres brasileiras, maioria da população do país (51,7%), segundo o IBGE, lideram as taxas de desemprego, ganham menos e passam mais tempo ocupadas com tarefas domésticas do que os homens. No quarto trimestre de 2019, o rendimento mensal médio das mulheres foi 22% menor do que o dos homens em todo o Brasil. Na média nacional geral, elas ganharam R$ 1.958,00 por mês contra R$ 2.495,00 dos homens. Entre as mulheres que têm ensino superior, a diferença foi ainda maior, -38% do que os homens. E não importa se ocupam os mesmos cargos, elas continuam ganhando menos. A cada 10 diretores e gerentes, quatro eram mulheres no 4º trimestre de 2019, com rendimento médio 29% menor. Os dados são do estudo “A inserção das mulheres no mercado de trabalho” feito pelo Dieese, divulgado na terça-feira (3). De acordo com o Dieese, as altas taxas de desemprego que vêm sendo registradas no Brasil desde o golpe de 2016 que destituiu a presidenta Dilma Rousseff, também atingem mais as mulheres (13,1%) do que os homens (10,2%). O drama é maior ainda entre as que são responsáveis pelo domicílio – criam os filhos, pagam as contas e fazem todas as tarefas do lar. Neste grupo, 9,2% das chefes do lar estavam desempregadas no 4º trimestre de 2019, contra 5,1% dos homens. Para Juneia Batista, Secretária Nacional de Mulheres da CUT, o dado sobre a baixa renda das chefes de família ajudam a entender o crescimento da pobreza no país nos últimos anos. "Considerando que 40% das famílias são chefiadas por mulheres no Brasil, remunerações menores do que a dos homens implicam diretamente nos níveis de pobreza das famílias". O salário mais baixo se reflete no valor das aposentadorias. As mulheres receberam no período analisado benefício 17% menor do que os dos homens. Falta de creche tira mulher do mercado de trabalho A pesquisa do Dieese também constatou que a falta de creche é um grande problema para as mães que precisam trabalhar. Das mulheres com filhos em creches, 67% tinham trabalho remunerado. Já entre as que não conseguiram matricular os filhos em creches, somente 41% estavam trabalhando no 4º trimestre do ano passado. A desigualdade nas Regiões do Brasil A desigualdade no mercado de trabalho em relação aos homens é maior ainda em algumas Regiões do País, mostra o estudo do Dieese. As maiores diferenças foram registradas no Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste, onde as mulheres ganhavam menos 30% do que os homens. Em segundo lugar, está a Região Sul: no Paraná e no Rio Grande do Sul, as mulheres ganhavam 28% a menos do que os homens, em Santa Catarina a diferença é de -26%. Já na Região Nordeste, os campeões de desigualdade são a Bahia, onde as mulheres ganhavam menos 21% do que os homens e Rio Grande do Norte, -15%. Na Região Sudeste, Minas Gerais lidera o ranking da desigualdade no mercado de trabalho. As mineiras ganhavam 28% a menos do que os homens. Em segundo está o Espírito Santo, com -27%. O Estado onde foi registrada a menor diferença salarial entre homens e mulheres é o Amazonas, com -5%. Mas foi na Região Norte que o Dieese registrou diferença de -20% em Rondônia e também os menores salários pagos no país tanto para homens quanto para mulheres. De acordo com a Secretária Nacional de Mulheres da CUT, o estudo dá visibilidade as desigualdades entre homens e mulheres, no trabalho e na sociedade. Nesse sentido, diz Juneia, o grande desafio para o movimento sindical é incluir na agenda das centrais a busca por igualdade no mercado de trabalho. "Romper com as desigualdades é tarefa urgente, pois estas se refletem no mundo do trabalho e se espalham na sociedade como um todo, exemplo disso é o assédio nos locais de trabalho e a violência doméstica", ressalta Juneia. Em qual região a diferença entre o rendimento médio mensal de homens e mulheres é menor em qual é essa diferença?O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos dos homens (R$ 2.555) é cerca de 28,7% mais alto que o das mulheres (R$ 1.985) na média brasileira. No Norte e no Nordeste, as diferenças de rendimento entre os sexos são bem menores: R$ 1.736 contra R$ 1.608 no primeiro e 1.683 contra R$ 1.456 no segundo.
Quem tem rendimento médio mensal menor homens ou mulheres?No primeiro trimestre de 2021, segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), o rendimento mensal habitual médio das mulheres era de R$ 2.295,95 enquanto o de homens era de R$ 2.871,01, diferença de 24,2%. Este é o menor diferencial da base de dados.
Em qual região do país os trabalhadores tem a maior média de renda mensal é a menor?Quanto à renda dos trabalhadores, a média brasileira foi 66% maior que a do Piauí, com um valor médio de R$ 2.476. O maior valor foi registrado no Distrito Federal, onde os trabalhadores têm renda média mensal de R$ 4.188 em 2021.
Qual a região brasileira apresenta os maiores rendimentos médios mensais para as mulheres?Em 2012, as mulheres brasileiras, nordestinas e cearenses ganhavam, em média, 26,5%, 16,1% e 14,9% a menos que os homens, respectivamente. Em termos da taxa de proximidade isso representava, respectivamente para Brasil, Nordeste e Ceará, 73,5%, 83,9% e 85,1%.
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