Estado islâmico do iraque e do levante abu bakr al-baghdadi

Questão 1

O Estado Islâmico (EI), uma das organizações terroristas mais sanguinárias da atualidade, tem estabelecido controle sobre vastas regiões do Iraque e da Síria. Entre as ações que os membros do Estado Islâmico promovem contra as populações das cidades que ocupam, podemos citar:

a) Crucificações e fuzilamento, mas proteção aos curdos.

b) Decapitações, fuzilamento, crucificações, estupro e carbonização de pessoas vivas.

c) Aliança com os sírios e fuzilamento apenas de iraquianos.

d) Aliança com os curdos e fuzilamento dos sírios.

e) Fuzilamento apenas de curdos.

Questão 2

Em 29 de junho de 2014, Abu Bark Al-Baghdadi, líder do grupo terrorista sunita Estado Islâmico, declarou-se califa. O califado almejado por Al-Baghdadi tem por objetivo servir de pretenso modelo para os muçulmanos, com leis rígidas calcadas na Sharia (Lei Islâmica). Para sustentar suas pretensões, o Estado Islâmico, além de ter uma estrutura bélica fortalecida, tem também como principal fonte de renda:

a) o comércio de diamantes roubados da África.

b) a distribuição de cocaína colombiana no Oriente Médio.

c) a venda de ouro.

d) a venda de petróleo iraquiano.

e) a venda de mulheres escravizadas para a Europa.

Questão 4

O fundamentalismo islâmico do EI horroriza o mundo com diversas cenas de brutalidade, massacre e agressões. No que se refere aos valores culturais da humanidade presentes no Oriente Médio, sobretudo na região da Mesopotâmia, onde hoje o EI estende o seu domínio, as ações desse grupo terrorista têm levado:

a) à valorização dos monumentos históricos dos assírios, com os quais o EI identifica-se.

b) à promoção de eventos de divulgação das obras dos povos mesopotâmicos.

c) à destruição apenas dos monumentos da civilização da Babilônia.

d) à destruição apenas de monumentos da civilização assiriana.

e) à destruição de todos os monumentos históricos e obras-primas das antigas civilizações mesopotâmicas.

Respostas

Resposta Questão 1

Letra B

O Estado Islâmico combate, captura e promove atrocidades como decapitações, fuzilamento em massa, crucificações, estupros e carbonização de pessoas vivas contra curdos, sírios e iraquianos xiitas, yazidis e quaisquer outras populações e etnias que sejam contrárias ao seu projeto de expansão territorial.

Resposta Questão 2

Letra D

A maior fonte de renda do Estado Islâmico é a venda do petróleo iraquiano para o mercado negro. Só a cidade de Mossul, controlada pelo EI, produz quase dois milhões de barris de petróleo por dia.

Resposta Questão 3

Letra C

O Estado Islâmico, antes conhecido como Estado Islâmico no Iraque e no Levante, era o braço armado da Al-Qaeda na Síria. A Al-Qaeda foi fundada pelo saudita Osama Bin Laden e foi responsável pelos ataques terroristas nos EUA de 11 de setembro de 2001. Atualmente, a rede ainda possui bases em vários países. O EI rompeu com a Al-Qaeda em 2014 e passou a atuar sozinho.

Resposta Questão 4

Letra E

Nas cidades que vêm ocupando no Iraque e na Síria, sobretudo naquelas que acomodam o patrimônio das antigas civilizações da Mesopotâmia, os membros do EI têm destruído monumentos e obras de arte milenares. A justificativa é a de que são objetos de culto demoníaco, que não condizem com a tradição muçulmana.

A recente aparição pública de Abu Bakr al-Baghdadi numa mesquita de Mosul (norte do Iraque) causou alarido por várias razões. No pulso, o líder da milícia radical Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) [Daesh] - que quer transformar em país as terras que controla na Síria e no Iraque - usava um Rolex. Algo surpreendente num líder islâmico que prega uma vida austera.

Depois, porque é raro Al-Baghdadi deixar-se observar. Até então, eram conhecidas apenas duas fotos suas. Uma delas constava do arquivo do Centro Nacional de Contraterrorismo dos EUA e foi usada em outubro de 2011 para Washington anunciar uma recompensa de 10 milhões de dólares (7,3 milhões de euros) pelo fornecimento de informações que conduzissem à captura ou morte do "terrorista Abu Du'a", um dos seus pseudónimos.

A outra é uma fotografia tipo passe, divulgada em janeiro de 2014 pelo Ministério do Interior iraquiano, em que Al-Baghdadi surge com pouco cabelo, de barba curta e de fato e gravata escuros. Por essa altura, já o jihadista - agora autodenominado "califa do Estado Islâmico" - era visto como uma ameaça à estabilidade do Médio Oriente.

É o próprio Abu Bakr al-Baghdadi a alimentar a aura de mistério. Não dá entrevistas nem grava vídeos com mensagens, como Osama bin Laden ou o sucessor deste, Ayman al-Zawahiri. Por isso, entre os seus, ganhou a alcunha de "xeque invisível".

Um dos líderes anteriores do movimento pagou com a vida os descuidos da exposição pública. O jordano Abu Musab al-Zarqawi - então líder da Al-Qaeda do Iraque (AQI), antecessora do EIIL [Daesh] - foi localizado e abatido pelos Estados Unidos em 2006.

Crê-se que Abu Bakr al-Baghdadi (este é, na realidade, o seu nome de guerra) tenha nascido em 1971, na cidade iraquiana de Samarra, a norte de Bagdade. Aos 18 anos, Ibrahim Awwad Ibrahim Ali al-Badri al-Samarrai (nome real) foi viver para Tobchi, um bairro pobre de Bagdade, habitado por sunitas e xiitas. "Era uma pessoa sossegada e muito educada", disse Abu Ali, um residente do bairro, à reportagem do jornal britânico "The Telegraph".

Enquanto estudante na Universidade Islâmica da capital, Al-Baghdadi vivia num quarto anexo à pequena mesquita de Tobchi e fazia parte da equipa de futebol da instituição. "Era o nosso Messi", diz Abu Ali. "Era o nosso melhor jogador." Abu Ali recorda também um episódio revelador de um "conservadorismo salafita" (fundamentalismo) na forma como Al-Baghdadi encarava o exercício do Islão. "Lembro-me de haver um casamento e de homens e mulheres dançarem e saltarem alegremente na mesma sala.

Ele ia na rua, viu a situação e gritou: 'Como é possível homens e mulheres a dançarem alegremente desta maneira? Isto não é religioso.' E logo acabou com a dança."

Um estratego silencioso

Após a invasão norte-americana de 2003, que derrubaria o ditador Saddam Hussein, Al.Baghdadi não exibiu uma hostilidade particular aos Estados Unidos, diz Abu Ali. "Ele não ferve em pouca água. Foi sempre um estratego silencioso." Outro residente em Tobchi diz que Baghdadi costumava liderar orações na mesquita local. "Era calmo e reservado", diz Ahmed al-Dabash. "Passava algum tempo sozinho. Era discreto.

Ninguém reparava nele." Episódio importante na radicalização do "califa do Estado Islâmico" foram os quatro anos que passou em Camp Bucca, um centro de detenção dos EUA no sul do Iraque, por onde passaram vários comandantes da Al-Qaeda. Foi libertado em 2009 e, no ano seguinte, subiu à liderança do Estado Islâmico do Iraque (ex-AQI), depois de o líder ser morto por forças americanas e iraquianas.

Al-Baghdadi saltou para as notícias em abril de 2013 quando anunciou a fusão do seu grupo com a Frente al-Nusra, a maior milícia islamita anti-Bashar al--Assad, a qual rejeitou a proposta aliança. Ao fazê-lo, criou o EIIL [Daesh] e abriu uma guerra com a Al-Qaeda mãe, cujo líder, o egípcio Ayman Zawahiri, queria que o EIIL [Daesh] se dedicasse ao "Iraque ferido" e deixasse a Síria para a Nusra.

"Tendo de escolher entre a lei de Deus e a lei de Zawahiri", disse então Al-Baghdadi, "escolho a lei de Deus." O desafio à Al-Qaeda granjeou-lhe prestígio entre os combatentes mais extremistas e tornou o EIIL [Daesh] atrativo para milhares de novos jihadistas.

O seu modus operandi inclui ataques suicidas, raptos, vergastadas, decapitações, crucificações e execuções sumárias. Com estes métodos bárbaros, o califa - título que não existia desde a abolição do Império Otomano, em 1924 - reclama-se "líder de todo e qualquer muçulmano". E nessa condição quer incentivar a luta até à conquista... de Roma.

Curdos deixam Governo de Maliki

Os políticos curdos não gostaram que o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, acusasse a sua comunidade de dar abrigo a rebeldes islamitas na capital regional, Erbil. Resolveram, por isso, suspender a participação no Governo iraquiano, disse à agência Reuters, na quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, o curdo Hoshiyar Zebari. Também são curdos o vice-primeiro-ministro e os titulares do Comércio, Migrações e Saúde.

Os curdos continuarão a desempenhar as funções de deputados, mas a notícia não augura nada de bom para a tentativa de formar um governo de união que fortaleça o combate contra os radicais do Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Zebari teme uma desintegração do país caso não seja formado um Executivo de união.
"O país está literalmente dividido em três Estados: o curdo, o Estado negro (EIIL) [Daesh] e Bagdade".