Infere se desse texto que o eu lírico aprecia cultivar flores está se sentindo ocioso

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Infere se desse texto que o eu lírico aprecia cultivar flores está se sentindo ocioso

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cismar.
 
Úrsula sentou-se sem o menor reparo num desses degraus, e continuou nos seus pensamentos loucos, ou talvez inocentes como a sua alma; mais profundos, penosos para ela, que pela vez primeira sentia a necessidade de uma alma que compreendesse a sua, de um pensamento que se harmonizasse como o seu.
 
Mas amava ela a alguém? [...] Úrsula sentia uma vaga necessidade de ser amada, de amar mesmo; mas em quem empregar esse amor, que devia ser puro como a luz do dia [...]? Em quem? Não o sabia ainda. [...]
 
 
REIS, Maria Firmina dos. Úrsula. Disponível em: <https://cadernosdomundointeiro.com.br/pdf/Ursula-2a-edicao-Cadernos-do-Mundo-Inteiro.pdf>. Acesso em: 2 ago. 2021. Fragmento.
 
Texto 2
 
Onde Está O Meu Amor?
 
Onde está o meu amor?
Quem será, com quem se parece?
Deve estar por aí
Ou será que nem me conhece?
 
Onde andará o meu amor?
Seja onde for
Irá chegar. [...]
 
Onde está o meu amor?
Leve e envolto em tanto mistério
Deve saber voar
Deve ser tudo que eu espero. [...]
 
SCHIAVON, Luiz; B, Marcelo B; RICARDO, Paulo. Onde está meu amor? In: Letras. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/rpm/63714/>. Acesso em: 2 ago. 2021. Fragmento.
 
Apesar de pertencerem a épocas distintas, esses textos têm em comum o fato de
a) compararem a transformação da natureza com o sentimento amoroso.
b) descreverem a cena em que o eu lírico pensa na pessoa amada.
c) expressarem o cansaço do eu lírico ao divagar sobre o amor.
d) mencionarem o desejo do eu lírico de encontrar um amor.
e) mostrarem a inocência do eu lírico em relação ao amor.
7- Leia o texto abaixo.
 
As asas não se concretizam
 
As asas não se concretizam
Terríveis e pequenas circunstâncias
Transformam claridades, asas, grito
Em labirinto de exígua ressonância
 
Os solilóquios1 do amor não se eternizam.
 
E no entanto, refaço minhas asas
Cada dia. E no entanto, invento amor
Como as crianças inventam alegria.
 
 
*Vocabulário:
1solilóquio: ato de alguém conversar consigo próprio.
 
HILST, Hilda. As asas não se concretizam. Disponível em: <https://careoliterario.wordpress.com/2020/06/23/as-asas-nao-se-concretizam-hilda-hilst/>. Acesso em: 16 jul. 2021.
 
Esse texto é um poema lírico, pois
a) apresenta rimas que auxiliam na musicalidade.
b) descreve as criações do eu lírico.
c) divulga um produto criado pelo eu lírico.
d) ensina a realizar um procedimento.
e) expõe opiniões a respeito de uma temática.
8- Leia o texto abaixo.
 
O cortiço
X
 
[...] Seriam quatro da madrugada. Ele conseguiu então passar pelo sono.
 
Às seis estava de pé. Defronte, a casa do Miranda resplandecia já. Içaram-se bandeiras nas janelas da frente; mudaram-se as cortinas, armaram-se florões de murta à entrada e recamaram-se de folhas de mangueira o corredor e a calçada. Dona Estela mandou soltar foguetes [...]. Uma banda de música, em frente à porta do sobrado, tocava desde essa hora. O Barão madrugara com a família; [...] com uma gravata de rendas, brilhantes no peito da camisa, chegava de vez em quando a uma das janelas, ao lado da mulher ou da filha, agradecendo para a rua; e limpava a testa com o lenço; [...] risonho, feliz, resplandecente.
 
João Romão via tudo isto com o coração moído. Certas dúvidas aborrecidas entravam-lhe agora a roer por dentro. Qual seria o melhor e o mais acertado: – ter vivido como ele vivera até ali, curtindo privações [...]; ou ter feito como o Miranda [...]?... Estaria ele, João Romão, habilitado a possuir e desfrutar tratamento igual ao do vizinho?... Dinheiro não lhe faltava para isso... Sim, de acordo! mas teria animo de gastá-lo assim, sem mais nem menos?... sacrificar uma boa porção de contos de réis, tão penosamente acumulados [...]?... Teria animo de dividir o que era seu [...]?... Teria animo de encher de finas iguarias [...] a barriga dos outros [...]?... E, caso resolvesse mudar de vida radicalmente, [...] montar um sobrado como o do Miranda e volver-se titular, estaria apto para o fazer?... Poderia dar conta do recado?... Dependeria tudo isso somente da sua vontade? [...]
 
 
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. Disponível em: <http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/cortico.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2021. Fragmento. Mantida a ortografia original do texto.
 
Infere-se desse texto que Miranda
a) costurava suas próprias vestimentas.
b) era músico em uma banda.
c) realizava comemorações luxuosas.
d) sabia cozinhar diversos pratos.
e) tinha o hábito de acordar cedo.
9- A característica do Naturalismo em evidência nesse texto é
a) a ênfase na natureza animalesca da personagem.
b) a sensualidade na descrição da personagem.
c) a valorização das descobertas científicas.
d) o foco na análise psicológica da personagem.
e) o reconhecimento das forças da natureza.
10- Leia o texto abaixo.
 
A peça que não tem fim
 
Tenho sido plateia desse seu viver. Enquanto
você apresenta seu primeiro ato, escuto
detalhadamente cada fala sua, quem sabe em
alguma vírgula você me conta algo só nosso. Fico
aqui assim, escondida na ponta da primeira fileira,
esperando o segundo ato na esperança de poder,
enfim, entrar em cena.
 
KITSIS, Isabella. A peça que não tem fim. In: Tudo aquilo que contei ao vento. Disponível em: <https://ler.amazon.com.br/?asin=B0925JV6SG>. Acesso em: 22 abr. 2021. Adaptado: Reforma Ortográfica.
 
De acordo com esse texto, o eu lírico
a) admira secretamente a pessoa amada.
b) compartilha segredos com a pessoa amada.
c) costuma assistir espetáculos teatrais.
d) deseja escrever uma peça de teatro.
e) sonha em ser um ator profissional.
11- Leia os textos abaixo.
Texto 1
 
O caçador de esmeraldas
I
[...] Ah! quem te vira assim, no alvorecer da vida,
Bruta Pátria, no berço, entre as selvas dormida,
No virginal pudor das primitivas eras,
Quando, aos beijos do sol, mal compreendendo o anseio
Do mundo por nascer que trazias no seio,
Reboavas ao tropel dos índios e das feras!
Já lá fora, da ourela azul das enseadas,
Das angras verdes, onde as águas repousadas
Vêm, borbulhando, à flor dos cachopos cantar;
Das abras e da foz dos tumultuosos rios,
Tomadas de pavor, dando contra os baixios,
As pirogas dos teus fugiam pelo mar...
De longe, ao duro vento opondo as largas velas,
Bailando ao furacão, vinham as caravelas,
Entre os uivos do mar e o silêncio dos astros;
E tu, do litoral, de rojo nas areias,
Vias o Oceano arfar, vias as ondas cheias
De uma palpitação de proas e de mastros. [...]
Outras vinham, na lebre heróica da conquista!
E quando, de entre os véus das neblinas, à vista
Dos nautas fulgurava o teu verde sorriso,
Os seus olhos, ó Pátria, enchiam-se de pranto:
Era como se, erguendo a ponta do teu manto,
Vissem, à beira d’água, abrir-se o Paraíso!
BILAC, Olavo. O caçador de esmeraldas. In: A Biblioteca Virtual de Literatura. Disponível em: <https://bit.ly/2OqgYGy>. Acesso em: 27 mar. 2019. Fragmento. Mantida a ortografia original do texto.
 
Texto 2
Sob o mesmo céu
Sob o mesmo céu
Cada cidade é uma aldeia, uma pessoa,
Um sonho, uma nação.
Sob o mesmo céu,
Meu coração não tem fronteiras,
Nem relógio, nem bandeira,
Só o ritmo de uma canção maior
A gente vem do tambor do índio
A gente vem de Portugal
Vem do batuque negro
A gente vem do interior, da capital,
A gente vem do fundo da floresta
Da selva urbana dos arranha-céus,
A gente vem do pampa, vem do cerrado,
Vem da megalópole, vem do pantanal,
A gente vem do trem,
Vem de galope,
De navio, de avião, motocicleta,
A gente vem a nado,
A gente vem do samba, do forró,
A gente vem do futuro conhecer nosso passado.
Brasil
Com quantos Brasis se faz o Brasil?
Com quantos Brasis se faz um país?
Chamado Brasil [...]
LENINE. Intérprete: Lenine. In: Lenine.doc, 2010, Mameluco Produções, faixa 9 Disponível em: <http://www.lenine.com.br/discografialenine/lenine-doc/#track-9-faixa>. Acesso em: 27 mar. 2019. Fragmento.
 
Apesar de pertencerem a épocas distintas, esses textos apresentam em comum
a) a crítica à atividade dos bandeirantes portugueses.
b) a descrição de características típicas