Conhecida clinicamente como mastalgia, a sensação de dor nas mamas pode ser causada por diversos fatores biológicos. Sendo assim, é importante descobrir o que pode ter causado esse incômodo e o melhor jeito de aliviá-lo. Show
Neste artigo, vou tirar as dúvidas sobre a dor nos seios e mostrar quando buscar ajuda. Além disso, vou apresentar formas de receber assistência médica com comodidade, como a teleconsulta. Acompanhe até o final. É normal sentir dor nos seios?Não posso afirmar que a dor é normal, no entanto, esse é um sintoma comum entre as mulheres em todo o mundo. Estudos da Febrasgo revelam que a mastalgia ou dor nas mamas será percebida por 65% a 70% das mulheres em alguma fase da vida. Isso faz do desconforto um relato corriqueiro, que preocupa e leva muitas pacientes ao consultório médico. Isso faz sentido, pois a tendência é pensar logo em doenças graves como o câncer de mama, que é o mais incidente entre as mulheres. Para se ter uma ideia, a Organização Mundial da Saúde estima que tenham surgido 2,3 milhões de casos novos da patologia apenas em 2020. Contudo, a mastalgia raramente está relacionada ao câncer de mama, marcando presença apenas em 0,8 a 2% dos casos. De qualquer forma, é importante investigar esse sintoma para afastar a suspeita de problemas de saúde como infecções e nódulos na mama. O que pode ser a dor nos seiosConheça agora as 9 principais causas para o desconforto nas mamas. Observe que as mudanças hormonais marcam presença em diversos tópicos, gerando uma dor de menor intensidade e que desaparece espontaneamente. 1. Oscilações do ciclo menstrualVariações nos níveis de progesterona e estrogênio são capazes de deixar as mamas inchadas e mais sensíveis, em especial nos dias que antecedem a menstruação. Por isso, a mulher pode sentir um incômodo ou dor leve durante a tensão pré-menstrual – a famosa TPM. Apesar de surgir mensalmente, o desconforto é passageiro e não costuma atrapalhar as atividades diárias. 2. Crescimento durante a puberdadeO período de amadurecimento biológico e fisiológico das meninas engloba o crescimento das mamas. Nesse contexto, elas podem perceber os seios sensíveis ou até doloridos, o que é um reflexo normal de seu desenvolvimento. 3. Início da menopausaA transição entre a fase reprodutiva e a pós-menopausa, conhecida como, pode desencadear uma série de sintomas, incluindo a dor nos seios. Eles ainda podem ter o tamanho reduzido e perder elasticidade, sinais que aparecem junto a ondas de calor, oscilações no humor, diminuição da elasticidade da pele etc. 4. Mudanças durante a gravidezOutro período de alterações nos níveis hormonais para a mulher é a gestação, repleta de mudanças fisiológicas para acomodar e nutrir o feto que está no útero. Uma das mais marcantes é a preparação dos seios para a amamentação, que se dá por meio da produção de leite e crescimento das glândulas mamárias. Esses processos podem ocasionar incômodos e elevar a sensibilidade das mamas. 5. Traumas e lesõesNem sempre a dor percebida na região das mamas tem origem relacionada a essa parte do corpo. Por vezes, o incômodo é consequência de pancadas que lesionam ossos, músculos e outras estruturas do tórax. Como grande parte dessa área está coberta pelas mamas, a dor pode parecer estar nos seios. Devido aos níveis de progesterona e estrogênio, é comum sentir um incômodo ou dor leve durante a TPM 6. Inflamação (mastite)A época da amamentação favorece o surgimento de feridas, sensação de peso nos seios e fissuras no bico (mamilo), por causa da sensibilidade elevada. Por si só, essas condições já têm a capacidade de provocar dor nas mamas. Contudo, as fissuras podem levar ao entupimento de um duto mamário, desencadeando um quadro inflamatório chamado mastite. Nessa situação, a paciente sofre com inchaço, coceira e vermelhidão, geralmente de apenas um dos seios, além de febre. 7. MedicamentosCertos antidepressivos e remédios hormonais podem produzir reações adversas como a mastalgia. Entram nesse grupo as pílulas anticoncepcionais, que alteram os níveis de estrogênio e progesterona no organismo. 8. Nódulos na mamaExistem diversos tipos de nódulos mamários, sendo que a maioria é benigna, ou seja, não vai se tornar câncer. Um dos mais comuns é o cisto de mama, uma espécie de bolsa que envolve conteúdo líquido e costuma aparecer devido a estímulos hormonais. Outra lesão benigna é o fibroadenoma que, por ser sólido e fibroso, pode ser sentido quando a mulher faz o autoexame das mamas. Ele costuma ser redondo, liso, elástico, capaz de se mover pelo tecido mamário e de aumentar durante a menstruação. Ambos os nódulos podem desencadear dor nos seios, pedindo avaliação médica para que seja prescrito um remédio ou outra medida terapêutica que acabe com o desconforto. 9. Câncer de mamaComo adiantei anteriormente, os tumores malignos raramente se manifestam através da dor. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é mais comum que a paciente repare em sinais como:
Como aliviar a dor nos seiosSe o desconforto é leve e passageiro, como os relacionados ao ciclo menstrual, climatério e puberdade, ele não requer tratamento. É possível amenizar a dor com algumas medidas simples, que você pode fazer em casa, por exemplo:
Quando a dor nos seios preocupa?Para explicar a gravidade da dor nos seios, vou começar separando esse incômodo em três tipos descritos pela Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP):
Portanto, a dor nos seios é preocupante quando tem duração estendida por mais de uma semana, não está relacionada à TPM ou menstruação, é severa, persistente e focal. Outros sinais de alerta são sintomas associados como coceira, sangramento, saída espontânea de líquidos do peito, caroço e mudanças no aspecto da mama. Esses problemas podem ser detectados pela própria paciente ao realizar o autoexame das mamas. Sempre que se sentir à vontade, apalpe os seios com calma, prestando atenção em seu aspecto e verificando se há alteração no tecido mamário. Essa medida contribui para a detecção precoce do câncer de mama, que tem chances de cura na casa dos 90% quando descoberto em fase inicial. Inflamações e nódulos benignos também podem receber tratamento rápido, evitando complicações e acabando com o desconforto. A mamografia é um dos principais exames solicitados para rastrear o câncer de mama em estágio inicial Qual médico consultar para dor nos seios?Dois especialistas estão capacitados para avaliar e tratar a dor nos seios Geralmente, as mulheres recorrem ao ginecologista, que as acompanha durante as diferentes fases da vida. Esse profissional é especializado em saúde da mulher e reúne conhecimentos sobre menstruação, hormônios, doenças sexualmente transmissíveis (DST) e outros temas ligados ao sistema reprodutor feminino. Muitas vezes, o ginecologista também atua como obstetra, cuidando dos detalhes para uma gestação tranquila e saudável. Outro médico solicitado diante de dor nos seios é o mastologista, especialista no estudo e tratamento de doenças que acometem as mamas. Esse profissional atende tanto ao público feminino quanto o masculino, pois os homens também podem sofrer com doenças nas mamas. O próprio câncer de mama é uma delas, embora apenas 1% dos casos afete pacientes homens. Outro problema masculino recorrente tratado pelo mastologista é a ginecomastia, uma condição que faz os seios dos meninos crescerem. Nódulos, infecções, inflamações e assimetrias estão entre os principais males femininos que esse especialista avalia e trata. Além, é claro, do câncer de mama. Quais são os exames para dor nos seiosUm dos principais procedimentos é o exame clínico, realizado durante a consulta com o ginecologista ou mastologista. Durante o exame, o médico observa a aparência dos seios, seu formato e a textura da pele para verificar alterações incomuns. O profissional ainda confere a existência de cistos ou outros tipos de caroço nas mamas através da palpação. Caso seja necessário, ele pede exames de imagem para dar suporte ao diagnóstico, fornecendo informações sobre o tecido mamário e características dos nódulos. Um desses testes é a mamografia, procedimento que emprega radiação ionizante para obter uma fotografia interna das mamas. Inclusive, esse é o principal exame para rastreamento do câncer de mama em estágio inicial. Por isso, autoridades de saúde recomendam que todas as mulheres acima dos 50 anos realizem uma mamografia anualmente, favorecendo o diagnóstico precoce da doença. Nas pacientes jovens, que têm mamas mais densas (firmes), é mais indicado o ultrassom de mamas para avaliação de achados suspeitos do exame clínico. Ou para complementar o resultado da mamografia. Como é o tratamento?O tratamento vai depender da causa da dor nos seios. Se tiver origem cíclica, medidas simples como as compressas de água morna podem ser suficientes para acabar com o incômodo. Para as dores de intensidade moderada ou severa, analgésicos podem ser receitados a critério médico. Não se automedique, pois os remédios podem piorar ou até mascarar a origem da mastalgia. Caso o desconforto seja provocado por nódulos, é indispensável passar em consulta médica para que sejam avaliados. Assim, a paciente terá detalhes sobre sua situação e poderá iniciar o tratamento adequado rapidamente. Cistos, por exemplo, podem ter seu conteúdo removido totalmente por meio de Punção aspirativa por agulha fina (PAAF). Consulte online com a MorschDores agudas e persistentes exigem atendimento imediato no pronto-socorro mais próximo. No entanto, o ideal é manter um acompanhamento preventivo, combinando hábitos saudáveis e visitas regulares ao ginecologista. Ainda que se sinta bem, vale ir ao consultório uma vez ao ano para fazer um checkup com bateria de exames ginecológicos. Se estiver sentindo dor nas mamas frequentemente, ou se o desconforto durar mais de uma semana, marque uma avaliação médica. O mesmo raciocínio se aplica caso repare em sintomas associados à dor nos seios. O atendimento pode ser feito de forma convencional ou online, via videoconferência. A plataforma de telemedicina Morsch oferece um ambiente moderno, intuitivo e seguro para a sua teleconsulta. Veja como é fácil e rápido agendar sua avaliação médica pela internet:
ConclusãoApesar de causar preocupação, a dor nos seios costuma ser reflexo de alterações hormonais naturais ao longo da vida da mulher. Nem por isso você deve descuidar da saúde ou se acostumar com esse incômodo. Com a consulta online, dá para receber assistência médica online de qualidade, no conforto da sua casa. Experimente agora mesmo a teleconsulta no sistema Morsch. Se gostou deste artigo e quer ser avisado sobre os próximos, assine nossa newsletter. Dr. José Aldair Morsch Cardiologista Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin Artigo anterior CID M25.5 – Dor articular Próximo artigo CID R52 – Dor não classificada em outra parte do corpo COMPARTILHEConheça o autor Dr. José Aldair Morsch Cardiologista Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin Receba novidades
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O que pode ser quando o bico da mama fica doendo?A sensibilidade no bico do peito pode ser causada, por exemplo, pelo atrito com a roupa ou alterações hormonais típicas do ciclo menstrual e menopausa. No entanto, há casos em que a mastalgia persiste e é preciso consultar um médico para que ele investigue as causas desta dor.
Quanto tempo demora para parar de doer o bico do seio?Normalmente a dor diminui ao fim de alguns dias, à medida que o seu corpo se habitua à amamentação e que a sucção do seu bebé se torna mais eficiente. Consulte um profissional de saúde, um consultor em aleitamento ou um especialista em amamentação se a dor durante a amamentação não diminuir ao fim de alguns dias.
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