Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

O calor é uma forma de energia que pode ser transferida de um corpo para o outro quando há diferença de temperatura entre eles. Os métodos de transferência de calor de um lugar para outro ocorre através de três mecanismos: a radiação, condução e convecção.

No mecanismo de radiação, o calor ocorre através de ondas eletromagnéticas que viajam com a velocidade da luz. Como a radiação é a única que pode ocorrer no espaço vazio, esta é a principal maneira pela qual o sistema terrestre recebe a energia do sol e a libera para o espaço.

Já a condução ocorre dentro (ou entre) de substâncias que estão em contato físico direto. Nesse mecanismo, a energia cinética dos átomos e as moléculas são transferidas através de colisões entre átomos e moléculas vizinhas. O calor sai das temperaturas mais altas e vai para as temperaturas mais baixas.

O mecanismo de condução só é importante entre a superfície da terra e o ar diretamente em contato com a superfície. Como meio de transferência de calor para a atmosfera, o mecanismo de condução é menos significativo e pode ser omitido na maioria dos fenômenos meteorológicos.

O terceiro método é a convecção, que ocorre somente em líquidos e gases. A convecção acontece devido à diferença na densidade do ar e consiste na transferência de calor de um fluído através de movidos dele próprio (fluído). O calor ganho na camada mais baixa da atmosfera através de radiação ou condução é transferido por convecção, geralmente.

Na nossa atmosfera, o aquecimento geralmente envolve os três processos (radiação, condução e convecção). Os processos ocorrem simultaneamente e o calor transportado pelos mecanismos combinados é chamado de calor sensível.

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

6.1 Introdu��o:

6.1.1. O que � e como se processa?

Transfer�ncia de Calor (ou Calor) � energia em tr�nsito devido a uma diferen�a de temperatura. Sempre que existir uma diferen�a de temperatura em um meio ou entre meios ocorrer� transfer�ncia de calor.

Por exemplo, se dois corpos a diferentes temperaturas s�o colocados em contato direto, como mostra a figura 1.1, ocorrera uma transfer�ncia de calor do corpo de temperatura mais elevada para o corpo de menor temperatura at� que haja equival�ncia de temperatura entre eles. Dizemos que o sistema tende a atingir o equil�brio t�rmico.

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

Est� impl�cito na defini��o acima que um corpo nunca cont�m calor, mas calor � identificado com tal quando cruza a fronteira de um sistema. O calor �, portanto um fen�meno transit�rio, que cessa quando n�o existe mais uma diferen�a de temperatura.

Os diferentes processos de transfer�ncia de calor s�o referidos como mecanismos de transfer�ncia de calor. Existem tr�s mecanismos, que podem ser reconhecidos assim:

Quando a transfer�ncia de energia ocorrer em um meio estacion�rio, que pode ser um s�lido ou um fluido, em virtude de um gradiente de temperatura, usamos o termo transfer�ncia de calor por condu��o. A figura 1.2 ilustra a transfer�ncia de calor por condu��o atrav�s de uma parede s�lida submetida � uma diferen�a de temperatura entre suas faces.

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

Quando a transfer�ncia de energia ocorrer entre uma superf�cie e um fluido em movimento em virtude da diferen�a de temperatura entre eles, usamos o termo transfer�ncia de calor por convec��o. A figura 1.3 ilustra a transfer�ncia de calor de calor por convec��o quando um fluido escoa sobre uma placa aquecida.

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

Quando, na aus�ncia de um meio interveniente, existe uma troca l�quida de energia (emitida na forma de ondas eletromagn�ticas) entre duas superf�cies a diferentes temperaturas, usamos o termo radia��o. A figura 1.4 ilustra a transfer�ncia de calor por radia��o entre duas superf�cies a diferentes temperaturas.

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

6.1.2. Mecanismos Combinados

Na maioria das situa��es pr�ticas ocorrem ao mesmo tempo dois ou mais mecanismos de transfer�ncia de calor atuando ao mesmo tempo. Nos problemas da engenharia, quando um dos mecanismos domina quantitativamente, solu��es aproximadas podem ser obtidas desprezando-se todos, exceto o mecanismo dominante. Entretanto, deve ficar entendido que varia��es nas condi��es do problema podem fazer com que um mecanismo desprezado se torne importante.

Como exemplo de um sistema onde ocorrem ao mesmo tempo v�rios mecanismo de transfer�ncia de calor consideremos uma garrafa t�rmica. Neste caso, podemos ter a atua��o conjunta dos seguintes mecanismos esquematizados na figura 1.5:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

Melhorias est�o associadas com (1) uso de superf�cies aluminizadas (baixa emissividade) para o frasco e a capa de modo a reduzir a radia��o e (2) evacua��o do espa�o com ar para reduzir a convec��o natural.

6.1.3. Sistemas de Unidades

As dimens�es fundamentais s�o quatro: tempo, comprimento, massa e temperatura. Unidades s�o meios de expressar numericamente as dimens�es.

Apesar de ter sido adotado internacionalmente o sistema m�trico de unidades denominado sistema internacional (S.I.), o sistema ingl�s e o sistema pr�tico m�trico ainda s�o amplamente utilizados em todo o mundo. Na tabela 1.1 est�o as unidades fundamentais para os tr�s sistemas citados:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

Unidades derivadas mais importantes para a transfer�ncia de calor, mostradas na tabela 1.2, s�o obtidas por meio de defini��es relacionadas a leis ou fen�menos f�sicos:

Lei de Newton: For�a � igual ao produto de massa por acelera��o (F = m.a), ent�o :

1 Newton (N) � a for�a que acelera a massa de 1 Kg a 1 m/s2

Trabalho (Energia) tem as dimens�es do produto da for�a pela dist�ncia ( W = F.x ), ent�o :

1 Joule (J ) � a energia dispendida por uma for�a de 1 N em 1 m

Pot�ncia tem dimens�o de trabalho na unidade de tempo (P = W/ t), ent�o:

1 Watt (W) � a pot�ncia dissipada por uma for�a de 1 J em 1 s

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

As unidades mais usuais de energia ( Btu e Kcal ) s�o baseadas em fen�menos t�rmicos, e definidas como :

Btu � a energia requerida na forma de calor para elevar a temperatura de 1lb de �gua de 67,5 �F a 68,5 �F

  Kcal � a energia requerida na forma de calor para elevar a temperatura de 1 kg de �gua de 14,5 �C a 15,5 �C

Em rela��o ao calor transferido, as seguintes unidades que s�o, em geral, utilizadas:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?
 - fluxo de calor transferido (pot�ncia): W, Btu/h, Kcal/h.

Q - quantidade de calor transferido (energia): J, Btu, Kcal.

6.2 Condu��o:

Uma das t�cnicas utilizadas para a detec��o de um inc�ndio dentro de um ambiente consiste em encostarmos a m�o na porta ou na parede, sentindo assim a temperatura da mesma. O que acontece, termodinamicamente no momento do contato? Definindo nossa m�o como um sistema A e a porta como um sistema B, reconhecemos que A recebe calor de B (atrav�s da fronteira). Em conseq��ncia, a energia interna de A come�a a subir e da� sua temperatura. Pelo contato t�rmico, h� transfer�ncia de calor de B para A.

Formalizando, podemos dizer que condu��o de calor � a troca de energia entre sistemas ou partes de um mesmo sistema em diferentes temperaturas que ocorre pela intera��o molecular (impacto) onde mol�culas de alto n�vel energ�tico transferem energia �s outras, como acontece com gases e mais intensamente com l�quidos, pois neste caso, as mol�culas est�o bem mais pr�ximas. Para s�lidos n�o met�licos, o mecanismo b�sico de condu��o est� associado �s vibra��es das estruturas eletr�nicas e para os metais, os el�trons livres, que podem se mover na estrutura cristalina, entram em cena, aumentando a intensidade da difus�o (condu��o) de energia. Assim, materiais que forem bons condutores el�tricos ser�o bons condutores t�rmicos, uma vez que os mecanismos de opera��o sejam os mesmos.

6.2.1. Lei de Fourier

A lei de Fourier foi desenvolvida a partir da observa��o dos fen�menos da natureza em experimentos.

Imaginemos um experimento onde o fluxo de calor resultante � medido ap�s a varia��o das condi��es experimentais. Consideremos, por exemplo, a transfer�ncia de calor atrav�s de uma barra de ferro com uma das extremidades aquecidas e com a �rea lateral isolada termicamente, como mostra a figura 1.6:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

Com base em experi�ncias, variando a �rea da se��o da barra, a diferen�a de temperatura e a dist�ncia entre as extremidades, chega-se a seguinte rela��o de proporcionalidade:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

A proporcionalidade pode se convertida para igualdade atrav�s de um coeficiente de proporcionalidade e a Lei de Fourier pode ser enunciada assim: A quantidade de calor transferida por condu��o, na unidade de tempo, em um material, � igual ao produto das seguintes quantidades:

   

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?
                                                                       (eq. 1.1)

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?
 , fluxo de calor por condu��o ( Kcal/h no sistema m�trico);

k, condutividade t�rmica do material;

A, �rea da se��o atrav�s da qual o calor flui, medida perpendicularmente � dire��o do fluxo (m2);

dT/ dx, raz�o de varia��o da temperatura T com a dist�ncia, na dire��o x do fluxo de calor ( �C/h )

A raz�o do sinal menos na equa��o de Fourier � que a dire��o do aumento da dist�ncia x deve ser a dire��o do fluxo de calor positivo. Como o calor flui do ponto de temperatura mais alta para o de temperatura mais baixa (gradiente negativo), o fluxo s� ser� positivo quando o gradiente for positivo (multiplicado por -1).

O fator de proporcionalidade k (condutividade t�rmica) que surge da equa��o de Fourier � uma propriedade de cada material e vem exprimir maior ou menor facilidade que um material apresenta � condu��o de calor. Sua unidade � facilmente obtida da pr�pria equa��o de Fourier, por exemplo, no sistema pr�tico m�trico temos:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

No sistema ingl�s fica assim:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

No sistema internacional (SI), fica assim:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

Os valores num�ricos de k variam em extensa faixa dependendo da constitui��o qu�mica, estado f�sico e temperatura dos materiais. Quando o valor de k � elevado o material � considerado condutor t�rmico e, caso contr�rio, isolante t�rmico. Com rela��o � temperatura, em alguns materiais como o alum�nio e o cobre, o k varia muito pouco com a temperatura, por�m em outros, como alguns a�os, o k varia significativamente com a temperatura. Nestes casos, adota-se como solu��o de engenharia um valor m�dio de k em um intervalo de temperatura.

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

6.2.2. Condu��o de Calor em uma Parede Plana

Consideremos a transfer�ncia de calor por condu��o atrav�s de uma parede plana submetida a uma diferen�am de temperatura. Ou seja, submetida a uma fonte de calor, de temperatura constante e conhecida, de um lado, e a um sorvedouro de calor do outro lado, tamb�m de temperatura constante e conhecida. Um bom exemplo disto � a transfer�ncia de calor atrav�s da parede de um forno, como pode ser visto na figura 1.7, que tem espessura L, �rea transversal A e foi constru�do com material de condutividade t�rmica k. Do lado de dentro a fonte de calor mant�m a temperatura na superf�cie interna da parede constante e igual a T1e externamente o sorvedouro de calor ( meio ambiente ) faz com que a superf�cie externa permane�a igual a T2.

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

Aplicado a equa��o de Fourier, tem-se:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?
                                         

Na figura 1.7 vemos que na face interna (x=0) a temperatura � T1 e na face externa ( x=L ) a temperatura � T2. Para a transfer�ncia em regime permanente o calor transferido n�o varia com o tempo. Como a �rea transversal da parede � uniforme e a condutividade k � um valor m�dio, a integra��o da equa��o 1.2, entre os limites que podem ser verificados na figura 1.7, fica assim:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

Considerando que (T1 - T2) � a diferen�a de temperatura entre as faces da parede (DT ), o fluxo de calor a que atravessa a parede plana por condu��o � :

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?
                               (eq. 1.3)                                             

Para melhor entender o significado da equa��o 1.3 consideremos um exemplo pr�tico. Suponhamos que o engenheiro respons�vel pela opera��o de um forno necessita reduzir as perdas t�rmicas pela parede de um forno por raz�es econ�micas. Considerando a equa��o 1.3, o engenheiro tem, por exemplo, as op��es listadas na tabela 1.3:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

Trocar a parede ou reduzir a temperatura interna podem a��es de dif�cil implementa��o; por�m, a coloca��o de isolamento t�rmico sobre a parede cumpre ao mesmo tempo as a��es de redu��o da condutividade t�rmica e aumento de espessura da parede.

Exerc�cio R.6.2.1. Um equipamento condicionador de ar deve manter uma sala, de 15 m de comprimento, 6 m de largura e 3 m de altura a 22 �C. As paredes da sala, de 25 cm de espessura, s�o feitas de tijolos com condutividade t�rmica de 0,14 Kcal/h.m.�C e a �rea das janelas podem ser consideradas desprez�veis. A face externa das paredes pode estar at� a 40 �C em um dia de ver�o. Desprezando a troca de calor pelo piso e pelo teto, que est�o bem isolados, pede-se o calor a ser extra�do da sala pelo condicionador (em HP).

OBS: 1 HP = 641,2 Kcal/h

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

Para o c�lculo da �rea de transfer�ncia de calor desprezamos as �reas do teto e piso, onde a transfer�ncia de calor � desprez�vel. Desconsiderando a influ�ncia das janelas, a �rea das paredes da sala �:

A = 2� 6 � 3 + 2 �(15� 3)= 126m2

Considerando que a �rea das quinas das paredes, onde deve ser levada em conta a transfer�ncia de calor bidimensional, � pequena em rela��o ao resto, podemos utilizar a equa��o 1.3:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

6.2.3. Analogia entre Resist�ncia T�rmica e Resist�ncia El�trica

Dois sistemas s�o an�logos quando eles obedecem a equa��es semelhantes. Por exemplo, a equa��o 1.3 que fornece o fluxo de calor atrav�s de uma parede plana pode ser colocada na seguinte forma:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?
                     (eq. 1.4)                                                             

O denominador e o numerador da equa��o 1.4 podem ser entendidos assim:

(DT), a diferen�a entre a temperatura da face quente e da face fria, consiste no potencial que causa a transfer�ncia de calor.

(L / k.A) � equivalente a uma resist�ncia t�rmica (R) que a parede oferece � transfer�ncia de calor.

Portanto, o fluxo de calor atrav�s da parede pode ser expresso da seguinte forma:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?
     (eq. 1.5)                         

Se substituirmos na equa��o 1.5 o s�mbolo do potencial de temperatura DT pelo de potencial el�trico, isto �, a diferen�a de tens�o DU, e o s�mbolo da resist�ncia t�rmica R pelo da resist�ncia el�trica Re, obtemos a equa��o 1.6 (lei de Ohm) para i, a intensidade de corrente el�trica:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?
                             (eq. 1.6)                                                        

Dada esta analogia, � comum a utiliza��o de uma nota��o semelhante a usada em circuitos el�tricos, quando representamos a resist�ncia t�rmica de uma parede ou associa��es de paredes. Assim, uma parede de resist�ncia R, submetida a um potencial DT e atravessada por um fluxo de calor

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?
, pode ser representada como na figura 1.8:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

6.2.4. Associa��o de paredes planas em s�rie

Consideremos um sistema de paredes planas associadas em s�rie, submetidas a uma fonte de calor, de temperatura constante e conhecida, de um lado e a um sorvedouro de calor do outro lado, tamb�m de temperatura constante e conhecida. Assim, haver� a transfer�ncia de um fluxo de calor cont�nuo no regime permanente atrav�s da parede composta. Como exemplo, analisemos a transfer�ncia de calor atrav�s da parede de um forno, que pode ser composta de uma camada interna de refrat�rio (condutividade k1 e espessura L1), uma camada intermedi�ria de isolante t�rmico (condutividade k2 e espessura L2) e uma camada externa de chapa de a�o (condutividade k3 e espessura L3). A figura 1.9 ilustra o perfil de temperatura ao longo da espessura da parede composta:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

O fluxo de calor que atravessa a parede composta pode ser obtido em cada uma das paredes planas individualmente:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?
                 (eq. 1.7)

Isolando as diferen�as de temperatura em cada uma das equa��es 1.7 e somando membro a membro, obtemos:

Isolando as diferen�as de temperatura em cada uma das equa��es 1.7 e somando membro a membro, obtemos:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?
       (eq. 1.8)

Colocando em evid�ncia o fluxo de calor

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?
 e substituindo os valores das resist�ncias t�rmicas em cada parede na equa��o 1.8, obtemos o fluxo de calor pela parede do forno:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?
                                   (eq. 1.9)

Portanto, para o caso geral em que temos uma associa��o de paredes n planas associadas em s�rie o fluxo de calor � dado por:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?
        

(eq. 1.10)

6.2.5. Associa��o de paredes planas em paralelo

Consideremos um sistema de paredes planas associadas em paralelo, como na figura 1.10, submetidas a uma diferen�a de temperatura constante e conhecida. Assim, haver� a transfer�ncia de um fluxo de calor cont�nuo no regime permanente atrav�s da parede composta.

Todas as paredes est�o sujeitas a mesma diferen�a de temperatura;

As paredes podem ser de materiais e/ou dimens�es diferentes;

O fluxo de calor total � a soma dos fluxos por cada parede individual.

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

O fluxo de calor que atravessa a parede composta pode ser obtido em cada uma das paredes planas individualmente:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?
     (eq. 1.11)

O fluxo de calor total � igual a soma dos fluxos da equa��o 1.11:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?
(eq. 1.12)
Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?
                                                                                           (eq. 1.13)

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

 

Portanto, para o caso geral em que temos uma associa��o de n paredes planas associadas em paralelo o fluxo de calor � dado por:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?
    (eq. 1.14)

Em uma configura��o em paralelo, embora se tenha transfer�ncia de calor bidimensional, � freq�entemente razo�vel adotar condi��es unidimensionais. Nestas condi��es, admite-se que as superf�cies paralelas � dire��o x s�o isot�rmicas. Entretanto, a medida que a diferen�a entre as condutividades t�rmicas das paredes ( k1 - k2 ) aumenta, os efeitos bidimensionais tornam-se cada vez mais importantes.

Exerc�cio R.6.2.2. Uma camada de material refrat�rio (k=1,5 kcal/h.m.�C) de 50 mm de espessura est� localizada entre duas chapas de a�o (k = 45 kcal/h.m�C) de 6,3 mm de espessura. As faces da camada refrat�ria adjacentes �s placas s�o rugosas de modo que apenas 30 % da �rea total est� em contato com o a�o. Os espa�os vazios s�o ocupados                              por ar (k=0,013 kcal/h.m.�C) e a espessura m�dia da rugosidade de 0,8 mm.

Considerando que as temperaturas das superf�cies externas da placa de a�o s�o 430 �C e 90 �C, respectivamente; calcule o fluxo de calor que se estabelece na parede composta. OBS: Na rugosidade, o ar est� parado (considerar apenas a condu��o).

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

O circuito equivalente para a parede composta �:

Pode ocorrer mais de um mecanismo de transferência de calor simultaneamente?

É impossível a transferência de calor ocorrer por três formas simultaneamente?

A propagação do calor entre dois sistemas pode ocorrer através de três processos diferentes: a condução, a convecção e a irradiação.

Quais os 3 mecanismos de transferência de calor?

Há três mecanismos conhecidos para transferência de calor: radiação, condução e convecção (Fig. 2.13). Como vimos, a radiação consiste de ondas eletromagnéticas viajando com a velocidade da luz.

Qual o mecanismo de transferência de calor que pode ocorrer mesmo na ausência de um meio físico?

Irradiação: ao contrário dos processos de condução e convecção que necessitam de um meio material para a transferência de calor, a irradiação é o processo que pode acontecer sem que exista meio material.

Como ocorre a transferência de calor entre dois corpos de temperaturas diferentes?

Quando dois corpos com temperaturas diferentes são colocados em contato, as moléculas do corpo mais quente, colidindo com as moléculas do corpo mais frio, transferem energia para este. Esse processo de condução de calor é denominado condução.