Com mais de 150 mil quilômetros de linhas de transmissão de energia elétrica, o Brasil possui uma quantidade de cabos capaz de dar cinco voltas ao redor do planeta Terra. Imprescindível para o funcionamento da maioria das tecnologias, a eletricidade faz parte do
dia a dia. Sem ela, as nossas vidas ficam bem difíceis. Para você ligar o computador ou assistir a uma série, um processo minucioso acontece desde as hidrelétricas até as linhas de transmissão que ficam em torres que chegam a ter mais de 300 metros de altura. Após a energia ser gerada nas hidrelétricas, a corrente viaja nos fios, passando por uma subestação elevatória antes de chegar às torres de transmissão. publicidade Para construí-las, um mega projeto de
engenharia foi colocado em prática em todo o território brasileiro, inclusive passando por cima de rios. Exemplo é no rio Amazonas, onde há 2.130 metros de cabos de uma margem a outra. Feitas de aço, o sistema de montagem das torres é parafusado e construído como um Lego, com etapas para levar toda a estrutura em locais remotos, frequentemente de difícil acesso. Os cabos são puxados entre as torres por uma máquina de bobinas, que lança um cabo único que serve de guia para os demais. Eles chegam a ter 5 centímetros de diâmetro e pesam milhares de quilos por quilômetro. Alguns lugares utilizam helicópteros de cargas para facilitar na montagem das torres e até drones vêm auxiliando nas construções. É importante informar que ao longo do caminho a energia pode sofrer interrupções, como raios, tempestades, ventos fortes e queda de árvores. São problemas típicos que atingem o sistema e fazem a luz apagar em sua casa. Muitas vezes, paradas programadas também ocorrem para as concessionárias realizarem serviços de manutenção. Para efeito de curiosidade, as bolas laranjas que existem em alguns pontos das linhas de transmissão são na verdade esferas de sinalização para aviões. Leia mais:
Maior linha de transmissão do mundoO Brasil conta com a maior linha de transmissão do mundo. São 2.539 quilômetros de extensão, ligando Xingu ao Rio de Janeiro. Ela leva energia gerada em Belo Monte para a Região Sudeste. Surgimento da energia elétrica no BrasilA energia elétrica surgiu no Brasil em 1879, mesmo ano da invenção da lâmpada. Foi Dom Pedro II que concedeu a Thomas Edison a permissão para implementar os equipamentos na iluminação pública. A primeira cidade a receber luz elétrica foi Campos dos Goytacazes, no norte do estado do Rio de Janeiro, sendo a primeira da América do Sul. Antes, a eletricidade era gerada pelo vapor das caldeiras à lenha. Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal! Karoline Albuquerque é redator(a) no Olhar Digital Já se perguntou como a energia elétrica sai de usinas hidrelétricas, parques eólicos e outros lugares para chegar até as grandes cidades? Uma parte importante desse longo caminho dentro do sistema elétrico é a transmissão. Nele, a energia é levada em alta tensão por cabos sustentados por torres, aquelas que costumamos ver pela estrada quando viajamos, por exemplo. E, quando o trajeto cruza um rio de grande extensão, é necessário executar uma complexa obra para montá-la dentro da água. Foi o que a Neoenergia fez no Mato Grosso do Sul, onde construiu uma linha que corta o Rio Paraná. Para isso, precisou içar uma torre de mais de 80 metros de altura, que pesa 65 toneladas. A montagem foi iniciada em junho e levou aproximadamente
um mês, enquanto para uma torre no solo, esse trabalho dura cerca de uma semana. Isso porque, dentro da água, é necessário erguer parte por parte da estrutura. “Montamos a torre por etapas. É um desafio muito grande erguer uma estrutura metálica de 80 metros com os ventos fortes de uma região aberta como é o caso do rio. Mas conseguimos garantir a segurança da equipe e concluir as obras com o uso de balsas, guindaste, guinchos e outros equipamentos”, afirma Gilberto Srmukznc, gerente de
Implantação de Projetos de Transmissão da Neoenergia. MONTAGEM DA TORREPara a montagem da torre no rio, ao contrário do que acontece quando ela fica no solo e é erguida em grandes partes pré-montadas, foi necessário o içamento aos poucos das pequenas partes da estrutura metálica. “Tudo foi feito em embarcações, desde o transporte das equipes, que ficaram hospedadas a cerca de dois quilômetros da margem do rio, até as partes da torre”, afirma Evandro Luiz Santos, engenheiro da Neoenergia que atua em campo na construção da linha de transmissão. A distância de uma margem até a outra do Rio Paraná é de cerca de 2,5 quilômetros e a torre fica no meio, a aproximadamente 1,6 quilômetro de uma das margens. Trabalhavam na montagem da torre cerca de 40 pessoas, levadas de barco, diariamente, até as balsas.  A estrutura metálica da torre, que pesa 65 toneladas, foi montada em seguida. “Para erguer as peças maiores, que ficam na parte de baixo, um guindaste foi usado até uma altura de 50 metros. A partir daí, guinchos acoplados em tratores ancorados nas balsas, em um sistema de polias e roldanas levaram as partes menores até o topo”, diz Augusto Gonçalves, engenheiro da Neoenergia,
responsável em campo pela obra. Por último, veio o lançamento dos cabos que conduzem a energia, o que levou cerca de duas semanas, pela complexidade maior envolvida na travessia sobre a água. LINHA DE TRANSMISSÃOAo todo, a linha de transmissão da Neoenergia tem 327 torres, incluindo a que foi montada dentro do Rio Paraná, com 147 quilômetros de extensão, ela vai de Rosana, em São Paulo, até Rio Brilhante, no Mato Grosso do Sul. A torre que fica dentro do rio mede praticamente o dobro das demais no mesmo trecho, que têm uma média de 40 metros de altura. O tamanho da estrutura é definido pelos engenheiros do projeto de acordo com questões como a distância entre elas e o peso dos cabos. Também no Mato Grosso do Sul, a empresa ainda montará uma segunda torre completamente dentro do rio. Esse empreendimento da Neoenergia, no Mato Grosso do Sul, faz parte do lote 4 do leilão 005/2016, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em abril de 2017 para viabilizar novos projetos para a área. As linhas somam 611 quilômetros de extensão, transmitindo energia em 230 kV de tensão. Por que os fios de transmissão de energia são curvados?Tal espaçamento é justamente por causa da dilatação que esses materiais irão sofrer em dias muito quentes ou noites muito frias. Vale lembrar que os materiais não dilatam da mesma forma, mesmo sendo submetidos ao mesmo valor de temperatura, pois cada um possui um coeficiente de dilatação diferente do outro.
Como são os cabos e torres utilizadas na transmissão?Feitas de aço, o sistema de montagem das torres é parafusado e construído como um Lego, com etapas para levar toda a estrutura em locais remotos, frequentemente de difícil acesso. Os cabos são puxados entre as torres por uma máquina de bobinas, que lança um cabo único que serve de guia para os demais.
Porque os fios elétricos tem uma barriga?Você já observou por que os fios de energia formam uma “barriga” de um poste ao outro? Essa barriga não foi deixada por motivo aleatório. Essa distância deixada entre os trilhos de ferro e a “barriga” deixada nos fios são consequências da dilatação dos sólidos.
Para que servem as bolas laranjas nas linhas de transmissão?Então, em resumo, as bolas laranjas, que também podem vir em cores como vermelho ou bege, servem como uma sinalização para evitar qualquer acidente ou contato com os fios nos quais elas estão penduradas, basicamente como uma placa de sinalização de trânsito para para as vias de transporte aéreas.
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Porque os cabos das torres de transmissão de energia são colocados arqueados?
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