Porque os conflito entre as filosofia de Heráclito e de Parmênides?

A partir destes princípios lógicos, a lógica não busca trabalhar com a relação direta dos “fatos”, pois os fatos “acontecem” ou simplesmente “não acontecem”. Do ponto de vista da lógica, não cabe atribuir aos fatos termo de “contradição”, “verdade” nem “falsidade”,pois tais termos só são relacionados entre os enunciados, a Lógica ,de forma geral, também não importa em discutir a autenticidade da verdade das premissas, mas sim revelar a relação delas o entre a conclusão dentro dos argumentos. De certo modo, a lógica está presente em nosso dia-dia, está presente ,quando no uso da razão fazemos conexões lógicas para argumentar ou explicar algo, e neste campo de raciocínio, pode-se fazer uma conexão no embate entre Parmênides contra Heráclito, acerca da explicação do “ser”. Parmênides defronta a solução (resposta) que Heráclito dá ao problema metafísico do “ser”. Essa defrontação é surgida através da análise de Parmênides, que não aceita a afirmação de que: uma coisa é e não é ao mesmo tempo, ele reflete sobre tal afirmação e declara que é um absurdo e algo contraditório raciocinar assim, e a partir desta crítica contra a contradição, ele afirma que o ser é e o não ser não é, com esta crítica, ele usa de um raciocino para construir um argumento lógico, que não se contradiria o que era afirmado, e chega à conclusão de que o ser é o que é, e o não ser não é. Mais tarde esta observação de Parmênides seria chamada pela lógica de “principio da identidade”. De grosso modo, era como se Parmênides afirmasse que uma coisa é igual a ela mesma, não podendo ser e não ser ao mesmo tempo outra coisa. Referente ao princípio da identidade, análogo a afirmação de Parmênides, pode-se observar uma relação de semelhança com os demais princípios básicos da lógica.* Pode-se perceber que foi a partir da “contradição” afirmada por Heráclito, que Parmênides não aceitou que o ser é, e o não ser é. E foi

Como Platão resolveu o conflito entre as concepções de Heráclito e a de Parmênides e explique sua resposta?

Platão imaginou juntar a visão de Heráclito e Parmênides. Parmênides dizia que nada muda e que o movimento é uma ilusão. Heráclito, acreditava que tudo estava sempre em constante mudança. Com intuito de provar que ambos estavam certos, Platão deu origem a teoria dos dois mundos: Mundo das idéias e Mundo dos sentidos.

Quais as semelhanças e diferenças entre o pensamento de Heráclito e Parmênides?

No entanto, existe uma diferença com o pensamento de Parmênides: enquanto a unidade de Parmênides é idêntica e imutável, a de Heráclito está entre dois polos, isto é, mesmo que o Ser e o Não-Ser sejam parte e coabitem o mesmo, não podem ser descartados como simples ilusões.

Como Platão lida com a oposição entre Parmênides e Heráclito?

Na realidade, Platão apresenta a oposição entre Heráclito e Parmênides para poder superá-la através de sua própria filosofia, algo que, como veremos abaixo, já fora tentado, antes dele, por Empédocles, Anaxágoras e Demócrito.

Qual foi o conflito entre a filosofia de Heráclito é a de Parmênides?

O conflito se encontra nas concepções de cada um acerca das coisas, enquanto Heráclito acredita nas constantes mudanças existe no mundo, Parmênides dizia que o ser era imóvel e completo, ele não acreditava nas mutações.

Qual a relação entre o mundo sensível e inteligível?

O chamado “Mundo Inteligível” é baseado no ideal que o indivíduo consegue fazer de algo, ou seja, a ideia que as pessoas possuem das coisas na realidade. Este ideal é o oposto do chamado “Mundo Sensível”, que consiste no que é material, ou seja, a imagem das ideias.

Qual a diferença que existe no pensamento de Heráclito?

Heráclito defende que não há unidade natural no mundo, mas duelos e dualidade constante. “O mundo é um eterno devir”, afirma o filósofo, querendo dizer que há uma constante mudança, imprevisível, que caracteriza a natureza.

Como Parmênides caracteriza o caminho da verdade em oposição ao caminho da opinião?

COMO PARMÊNIDES CARACTERIZA O CAMINHO DA VERDADE POR OPOSIÇÃO AO CAMINHO DA OPINIÃO? Parmênides caracteriza a verdade como absoluta, incontestável, enquanto a opinião não é absoluta, mas pessoal e tendenciosa. ... Por outro lado, segundo Parmênides, o ser é imutável e eterno.

Qual seria a Arche para Parmênides qual a relação do filósofo com Heráclito de Éfeso?

Heráclito defendia que há um movimento contínuo (fluxo perpétuo) que permeia tudo o que existe, fazendo com que tudo mude a cada segundo. O princípio originário (arché) de todo o universo era o fogo, pois ele era o elemento que permitia a constante mudança e agitação.

Nesse trabalho discutiremos as diferenças entre Parmênides e Heráclito, seus conceitos, suas diferenças, especialmente seus pensamentos mais significativos e populares. Tais como as constantes modificações de Heráclito e o ser perfeito de Parmênides.

Heráclito procura explicar o mundo pelo desenvolvimento de uma natureza comum a todas as coisas e em eterno movimento. Ele afirma a estrutura contraditória e dinâmica do real. Para ele, tudo está em constante modificação. Daí sua frase “Não nos banhamos duas vezes no mesmo rio”, já que nem o rio nem quem nele se banha são os mesmos em dois momentos diferentes da existência. Parmênides, ao contrário, diz que o ser é unidade e imobilidade e que a mutação não passa de aparência. Para Parmênides, o ser é ainda completo, eterno e perfeito.

Conta-se que Parmênides certa vez disse a respeito de Heráclito: “Fora com os homens que nada sabem e parecem ter duas cabeças! Junto deles está tudo, também seu pensamento, em fluxo. Eles admiram as coisas perenemente mas precisam ser tão surdos quanto cegos para misturarem assim os contrários!”.

De fato, enquanto um se baseava na lenta e dolorosa escalada da lógica pura, e outro muitas vezes parecia estar guiado pela intuição e até por um misticismo confuso, era natural que não apenas discordassem, mas que se desenvolvessem ânimos entre eles. No entanto, esse conflito nos é fundamental, pois teria sido o primeiro choque de ideias que ainda hoje encontra força e significado; afastando-se lentamente da Filosofia da Natureza e do misticismo de Pitágoras, Heráclito e Parmênides começam a desbravar um território que ainda hoje nos assombra – o estudo dos seres e dos não-seres.

Ao questionar o que eles são, até que ponto eles são válidos e reais, ponto de divergência entre os dois, o que é, como ocorre e se ocorre o vir-a-ser (isto é, não ser então tornar-se) eles partem para um estudo mais aprofundado da realidade além de onde a ciência ou qualquer outra área do conhecimento com a exceção da filosofia alcançam.

PARMÊNIDES

Parmênides nasceu em Eleia na Itália, por volta de 530 a. c. Sua filosofia, dita Eleata, contrasta-se com a de Heráclito, dita Jônica, por seu tom cinza, frio e penetrante, mostrando um processo lógico de passos lentos, porém firmes; a filosofia de Parmênides pode ser dividida em duas fases, que servem inclusive para dividir o pensamento pré- socrático; em sua primeira fase, o pensamento de Parmênides é feito a partir de um sistema físico-filosófico; quando ele parte, no entanto, para a teoria do Ser, ele marca a divisão entre um pensamento anaximândrico e o pensamento parmenídico. Nos interessa, logicamente, apenas a segunda parte, onde se concentra o que há de inovador em sua filosofia;

O primeiro passo tomado por Parmênides é tentar ordenar a realidade; para isso, faz uso de duas classes; aquelas que são, e aquelas que não são – ao observar a luz e a escuridão, por exemplo, observou que a escuridão nada mais era que a negação as luz; como uma qualidade negativa; a partir daí partiu para outros pares de opostos, leve e pesado, sutil e denso, passivo e ativo, terra e fogo, frio e quente, etc. Parmênides relacionava uma das características à luz, ou positiva, e a sua oposta, à escuridão, ou negativa; depois que passou a denominá-las, simplesmente, “ser” (positiva) e não-ser (negativa), e postula também, que “O Ser é, e o Não-Ser não é”. Nessa seleção dos opostos, em vários momentos evidencia-se a disposição para um pensamento lógico livre de intuições sem fundamentos, uma característica que, aliás, marca Parmênides.

Parmênides estava, então, diante de um grande problema; ele precisava explicar como ocorre o movimento, ou o vir-a-ser (ou seja, a mudança; um não-ser que se torna ser, ou um ser que se torna não-ser). Foi então que Parmênides fez uma constatação sem precedente- ao decidir por seguir a lógica, somente a lógica, Parmênides descobriu que não sabia de nada com certeza- livre de certezas intuitivas, não fosse questionável, nada que fosse realmente claro e certo. Assim, Parmênides partiu em uma busca por um pensamento fundamental, algo que fosse evidente em si. Em Parmênides, esse pensamento se manifestou como o Princípio da Identidade – “o que é, é”, ou seja, “n” é igual a “n”, e somente igual a “n” – se “n” for igual a “a”, então nada mais pode ser do que “n” (você não pode ser igual e diferente ao mesmo tempo). Isso parecia ser tão óbvio e tão evidente que parecia ilógico que não fosse verdade.

Aqui entram as complicações de Parmênides – diante do Ser e do Não-Ser, e da Identidade, ele não podia enxergar um caminho para que ocorresse o vir-a-ser O Ser é, e o Não-ser não é, pensava Parmênides: como pode-se dizer que “algo era”, ou “algo será”? o ser não pode vir do não-ser, pois o não-ser, é o nada e nada pode surgir do nada; e se viesse do Ser, o que seria isso senão a criação de si mesmo? O perecimento – o deixar de ser – também sofre do mesmo problema. Nesse momento, Parmênides marcha para sua conclusão final – não há mudança, e, portanto, não há distinção entre seres e não-seres. O homem que criticara Heráclito por sua cegueira e surdez agora tinha como palavra de ordem a negação do que os “sentidos mentirosos” lhe mostravam – o Ser é Uno, um único grande Ser eterno que jamais se altera e a qual tudo, Seres e Não-Seres, são apenas ilusões de si mesmo.

É possível observar tocantes semelhantes de Parmênides e outros eleatas como Xenófanes com o Hinduísmo, e até mesmo com correntes de pensamentos que florescem em nosso tempo; e, embora várias críticas possam ser feitas a Parmênides, talvez a mais fundamental seja quanto a seu curso da lógica – hoje pensamos que a razão que deve se adequar à realidade, e não o contrário; assim, se a “lógica pura e bruta” diz que tudo é uma ilusão, então a falha deve estar na lógica, e não no mundo. Parmênides desenvolveu também um profundo estudo do infinito, juntamente com seu discípulo Zeno (ou Zenão de Eleia).

HERÁCLITO

Parmênides cai no repouso universal; já um fragmento dos escritos de Heráclito diz: “Tudo flui e nada permanece; tudo se afasta e nada fica parado… Você não consegue se banhar duas vezes no mesmo rio, pois outras águas e ainda outras sempre vão fluindo…É na mudança que as coisas acham repouso…”

De fato, enquanto Parmênides duvida do vir-a-ser, Heráclito faz deles um dos seus pontos de partida; dessa maneira, afirma que nada é permanente, que tudo está em constante mutação, incessantemente; nesse ponto enxerga-se um paralelo curioso com o pensamento oriental, embora as civilizações de onde surgiram conceitos tão semelhantes ainda não tivessem entrado em contato com umas com as outras; a respeito de sua vida, Heráclito nasceu em Efésios; conhecido por desprezar quase todos, senão todos, os pensadores e poetas da sua época, não teve mestre, dizendo na adolescência que “não sabia nada”, e, na idade adulta, que “sabia tudo”. Heráclito, em seu comportamento antissocial, resolveu se afastar da cidade e habitar os campos, se alimentando apenas de ervas, o que lhe trouxe hidropisia, que acabou lhe matando. Conta-se que teria retornado a Efésios e perguntado se seria possível curá-lo esvaziando seus intestinos; como diziam que não, dizem que deitou em praça pública e deu o comando que lhe cobrissem de esterco, para que o calor fizesse evaporar a água que tanto lhe atormentava; tendo então morrido por sob uma pilha de esterco, alguns dizem que teria sido sepultado na própria praça pública, enquanto outros dizem que ele teria sido devorado pelos cachorros que ali passavam.

Heráclito foi também conhecido por Skoteinós, que quer dizer “O Obscuro”- de fato, seus pensamentos muitas vezes parecem contraditórios e sem sentido, e apesar de seu amor declarado por Lógos (a lógica, a razão) ele não parece disposto a se utilizar tão exclusivamente dela, como Parmênides, mesmo que seus pensamentos a respeito da lógica tenham sido de fundamental importância para grandes pensadores como Aristóteles e Hegel. Heráclito declara que tudo está em mutação, mas apenas o que permanece é – e o que permanece, senão a própria mudança? Assim, ele denomina como Lógos essa lei universal da mudança – o modo com que as coisas mudam- e ainda: “Todos fazemos e dizemos segundo a participação do Lógos. Por isso devemos seguir apenas a este entendimento universal. Muitos, porém, vivem como se tivessem um entendimento próprio; o entendimento, porém, não é outra coisa que a interpretação (o tomar consciência, a exposição, a convicção) dos modos da ordenação do todo. Por isso, na medida em que tomamos no saber dele, estamos na verdade; mas, na medida em que temos coisas particulares (próprias), estamos na ilusão”

Heráclito também parte da divisão do universo entre dois polos, “Seres” e “Não-Seres”, e, também, enxerga a unidade entre eles. No entanto, enquanto a unidade de Parmênides é idêntica e imutável, a de Heráclito é “tensionada entre dois polos”; assim, mesmo que o Ser e o Não-Ser sejam parte e coabitem o mesmo, e, como diz em suas obscuras palavras, “O ser é tão pouco como o não-ser; o devir é e também não é”, mesmo apesar de tudo isso, não quer dizer que você possa descartá-los como simples ilusão. Dessa maneira, enquanto os eleatas mergulham fundo em busca da essência verdadeira, daquilo que factualmente existe, Heráclito faz uso de uma representação, o que, não se pode negar, é um avanço considerável. A partir dessa nova visão dos pares de opostos Heráclito cria ideias interessantes a partir de pares como “o todo e a parte”, “o que se une e o que se opõe”; dessa ideia de que os polos sejam simples abstrações e habitem o mesmo, conclui que, em suas próprias palavras, “O Um, diferenciado de si mesmo, une-se consigo mesmo, como a harmonia do arco e da lira”. Essa harmonia seria Lógos, a razão, que une os opostos em sons consoantes; como a composição grega é horizontal e não vertical, por harmonia entende-se a maneira como sons tocados em sequência equilibram-se entre si; daí a metáfora torna-se perfeita, como mudança.

Heráclito também teve uma participação marcante juntamente dos jônicos, voltando-se novamente aos modelos físico-filosóficos; e nesse ponto a partir de diferentes fontes encontra-se diferentes visões a respeito de qual seria a essência ontológica; essas aparentes contradições parecem ruir, pelo outro lado, quando se lembra que nada era permanente para Heráclito (senão Lógos, a mudança em si), e que ele parece estar mais preocupado com determinar o ciclo de mudanças e a maneira como esta ocorre – e daí a indicação do tempo como uma das essências ontológicas. Mesmo assim, ele acende e se apaga.

De um lado, um mundo em repouso, onde tudo que se movimenta é ilusão, nascida da lógica; pelo outro lado, um mundo onde tudo é movimentado, onde as coisas nascem mas, nas palavras de Buda, “Você deveria saber que todas as coisas nesse mundo são efêmeras – unir-se significa inevitavelmente separar-se. Não se entristeça, pois tal é a natureza da vida”, uma visão gerada pela razão, mas também por um recém-nascido método especulativo, baseado em como Lógos alcança a mente humana, e, no fundo, muitos traços se intuição e misticismo, condenáveis não ao pensador, mas ao ser humano por trás dele. E assim nascia a Filosofia.

Qual foi o conflito entre a filosofia de Heráclito é a de Parmênides?

O conflito se encontra nas concepções de cada um acerca das coisas, enquanto Heráclito acredita nas constantes mudanças existe no mundo, Parmênides dizia que o ser era imóvel e completo, ele não acreditava nas mutações.

Por que os conflitos entre as filosofias de Heráclito e de Parmênides ajudaram no aparecimento da lógica?

Resposta verificada por especialistas O conflito entre os dois filósofos estava na questão da origem, transformação e desaparecimento dos seres. Para Heráclito apenas a mudança era real e o mundo é um constante fluxo onde tudo se transforma.

Por que Parmênides criticou a filosofia de Heráclito?

Resposta verificada por especialistas A crítica que Parmênides dirige a Heráclito é que o seu modelo filosófico é incapaz de conceber nas coisas o que elas tem de essencial, focando-se na superficialidade e na transitoriedade.

Como o impasse entre o pensamento de Heráclito e Parmênides foi superado?

Resposta. o impasse foi que Heráclito, elaborou a teoria do fluxo,ou seja,aqui nada é permanente tudo muda,e a única permanência é a própria mudança . Usou uma metáfora ao afirmar que : "O homem não consegue adentrar duas vezes no mesmo rio, porque nem o homem é o mesmo ,tampouco o rio.