Quais os 4 tipos de infecção hospitalar?

Uma infecção hospitalar é definida como toda infecção adquirida durante a internação hospitalar, desde que sem indícios de estar presente no momento da admissão no hospital ou também relacionada a algum procedimento hospitalar como cirurgias.

Estima-se que 5 a 15% de todos os pacientes hospitalizados adquirem algum tipo de infecção hospitalar. Essas infecções são resultado de uma interação de fatores, que incluem os microrganismos no ambiente hospitalar, o estado de comprometimento do paciente e a cadeia de transmissão do hospital. Em geral, a presença isolada desses fatores não resulta na infecção, apenas quando estão interagidos. Entre os fatores de risco para aquisição de uma infecção hospitalar está, obviamente, a necessidade de um indivíduo ser submetido a uma internação ou a um procedimento de saúde.

Entre os fatores associados ao comprometimento do paciente que influenciam na susceptibilidade a infecções estão incluídos a idade, principalmente recém-nascidos e idosos que possuem uma imunidade fragilizada e os pacientes imunocomprometidos, como portadores da AIDS e transplantados; o tempo de internação, que deve ser o mínimo possível, mas contemplando todo o tratamento necessário; doenças crônicas como diabetes mellitus, que interfere no processo de cicatrização da pele; doenças vasculares; entre outros.

Quais os 4 tipos de infecção hospitalar?
Quais os 4 tipos de infecção hospitalar?

Prevenção de Infecções Hospitalares. Foto: Tyler Olson / Shutterstock.com

O hospital é um importante reservatório de microrganismos levando em consideração a quantidade de pessoas adoecidas no local e embora existam medidas e esforços para manter ou impedir o crescimento de microrganismos, até os microrganismos da microbiota normal do corpo que permanecem de forma benéfica são oportunistas e apresentam riscos para os pacientes internados.

A grande maioria dos microrganismos que causam as infecções hospitalares não causam doenças em pessoas saudáveis, cujo sistema imunológico não esteja enfraquecido devido à doença ou a terapia.

Prevenção

A principal forma de prevenção das infecções hospitalares é uma medida simples de higienização das mãos e do próprio local. Em relação às mãos, água, sabão e o álcool 70% são recomendados para todos que entrarem em contato com o internado, isso é, todos os profissionais da saúde envolvidos no tratamento e também os familiares visitantes.

Para minimizar os riscos de uma infecção, além da higienização, outra medida importante que deve ser tomada durante o período de internação do paciente, é a nutrição adequada, para evitar qualquer tipo de imunossupressão.

Como foi dito anteriormente, o estado de comprometimento do paciente envolve, entre outros fatores, o tempo de permanência no ambiente hospitalar, que deve ser reduzido ao máximo possível, com programas terapêuticos otimizados considerados pela gestão hospitalar e equipe médica, e a manutenção criteriosa da utilização de procedimentos invasivos como cirurgias, sondas, drenos, cateteres.

Fontes:

http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/faq_infeccao_hospitalar_final.pdf

TORTORA, G.J, FUNKE, B. R, CASE, C. L. Microbiologia. -8. ed.-Porto Alegre: Artmed, 2005.

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As infecções hospitalares constituem hoje um grave problema de saúde pública no país¹. A infecção hospitalar é toda infecção adquirida durante a internação hospitalar (desde que não incubada previamente à internação) ou então relacionada a algum procedimento realizado no hospital (por exemplo, cirurgias), podendo manifestar-se inclusive após a alta². Atualmente, o termo infecção hospitalar tem sido substituído por Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS)². Essa mudança abrange não só a infecção adquirida no hospital, mas também aquela relacionada a procedimentos feitos em ambulatório, durante cuidados domiciliares e à infecção ocupacional adquirida por profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros)².

Fatores de risco 

Entre os fatores de risco para aquisição de uma infecção hospitalar está, obviamente, a necessidade de um indivíduo ser submetido a uma internação ou a um procedimento de saúde². A ocorrência de uma infecção dependerá principalmente da relação de desequilíbrio entre três fatores: a condição clínica do paciente, a virulência e introdução dos micro-organismos e fatores relacionados à hospitalização (procedimentos invasivos, condições do ambiente e atuação do profissional de saúde)².

Em relação ao paciente, várias condições estão associadas a um maior risco de ocorrência de infecção². Entre elas estão condições como extremos de idade (recém-nascidos e idosos); duração da internação; diabetes mellitus, que compromete os processos de cicatrização tecidual; doenças vasculares, que comprometam a oxigenação adequada de tecidos; alterações da consciência, que interferem com os mecanismos fisiológicos da deglutição; estados de imunossupressão, sejam inatos ou adquiridos pelo uso de medicações (corticoide e quimioterapia)². A virulência é característica do próprio germe, determinada geneticamente e principalmente selecionada de acordo com o uso correto ou não dos antibióticos4. A introdução dos microorganismos e fatores relacionados a hospitalização dependem da exposição do paciente a procedimentos invasivos (passagem de cateter venoso central, intubação e ventilação mecânica, por exemplo), assim como a manejo excessivo e por muitos profissionais ou visitantes, que inadvertidamente podem usar dispositivos médicos (como termômetros) contaminados, ou estar com as mãos e vestimentas pouco higienizadas4.

Prevenção 

Prevenir as infecções hospitalares e as IRAS envolve diversos segmentos, como a gestão de qualidade e recursos para garantia de estrutura de trabalho, como atenção à higiene, formação de profissionais de saúde e pessoal, conhecimento constante das mudanças dos agentes infecciosos, que levam ao crescente aumento do risco de infecção, associado a avanços nos cuidados médicos e pacientes cada vez mais vulneráveis³. E, tão importante quanto, a cooperação e ajuda de pacientes e suas famílias e amigos³.

Ações que envolvam a lavagem das mãos, dos ambientes de limpeza e esterilização de instrumentos são as melhores formas de prevenir infecções hospitalares³. Porém, sabe-se que não é tão simples assim, pois requer de todos os envolvidos, profissionais de saúde ou não, um compromisso em manter um ambiente seguro para paciente, trabalhadores e familiares³.  A inobservância de princípios básicos do controle das infecções hospitalares pode ter consequências drásticas¹. Assim, é importante ter profissionais conscientes, trabalhando em equipe, respeitando cada um dentro de suas funções, atualizando-se com frequência e com capacidade de auto avaliarem-se¹. 

Quais são os 4 tipos de infecção hospitalar?

Quais são as principais infecções?.
infecção da corrente sanguínea associada a cateter venoso central;.
pneumonia associada à ventilação mecânica;.
infecção do trato urinário associada a cateter vesical;.
infecção de sítio cirúrgico..

Quais são as 3 fontes de infecção hospitalar?

No hospital, as principais fontes de infecção decorrem:.
- do paciente;.
- visitantes;.
- pessoal;.
- equipamentos;.
- técnicos de trabalho;.
- planta física..

O que é infecção hospitalar e os tipos?

Infecção Hospitalar é a infecção adquirida após a admissão do paciente na unidade hospitalar e pode se manifestar durante a internação ou após a alta. Pela sua gravidade e aumento do tempo de internação do paciente, é causa importante de morbidade e mortalidade, caracterizando-se como problema de saúde pública.

Quais os principais tipos de infecção?

As bactérias são responsáveis pela maior parte das infecções associadas aos cuidados da saúde. Os tipos mais comuns de infecções são as infecções do trato urinário, infecção em feridas, pneumonia (infecção pulmonar) e infecções da corrente sanguínea, de acordo com a Consumer Reports.