Quais os interesses comerciais dos portugueses na África e na Índia?

Realizando uma análise interpretativa e querente do expansionismo português no continente africano percebemos certos aspectos vitais nesse, que podemos chamar de grande empreendimento português, no qual estes mesmos aspectos não nos permitem que os deixem de apontá-los em nosso estudo.

Quando falamos em motivações para a colonização da costa da áfrica pelos portugueses, não podemos deixar de destacar que houve várias, onde até mesmo a igreja foi uma de seus impulsionadores neste empreendimento, entretanto notamos que a principal delas foi o motivo econômico, como a muito já vem sendo discutido pelos historiadores. Porém é importante citar como os interesses econômicos variaram durante o período colonial português e o que essas variações influenciaram no continente.

Gostaria aqui de denominar esta nova perspectiva de análise, como variações econômicas no continente africano.
Quando os portugueses decidiram encontrar um novo caminho para as Índias, levados por todo o contexto histórico-Mercantilista que os apoiavam, estabeleceram isto como prioridade. Com o avanço da tecnologia da navegação em toda Europa, facilitando uma melhor análise das rotas marítimas, foi decidido que esta nova rota seria pela África.
Daí surgiu o primeiro interesse em transformar os locais “descobertos” em colônias, com o interesse imediato de estabelecer entrepostos para as grandes navegações. Contudo verificou-se que estas colônias tinham um potencial muito maior do que servir como entreposto para a nova rota as Índias.

Foi ai que o interesse econômico variou pela primeira vez. Portugal começou a investir na produção da cana-de-açúcar na maioria das colônias que estavam em seu poder, gerando empreendimento rentável a coroa portuguesa.

A cana-de-açúcar se mostrou uma experiência bem sucedida no começo, mais o expansionismo português não tinha se resumido a áfrica como todos sabem e foi nesta conquista de novas colônias no chamado novo mundo que a agricultura africana começou a ter problemas.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

A concorrência com o Brasil, levou a uma crise neste tipo de cultura, fazendo o interesse português diminuir em relação às colônias africanas, entretanto este desinteresse não durou muito, pois surge uma nova perspectiva de exploração, levando a uma nova variação no interesse econômico, o escravo.

Este foi sem dúvida o mais cruel sistema de exploração das colônias africanas, afetando diretamente o seu povo, e os transformando na própria mercadoria a ser oferecida, o ouro negro português, que serviu de mão de obra não só para o Brasil, como também para diversas partes do mundo.

Dentro deste contexto econômico, que passa pela política, temos ai à base para entender como a colonização da áfrica a transformou no que ela é hoje, tendo em vista que vários outros paises a dividiram realizando um partilha feita de maneira arbitrária, não respeitando as características étnicas e culturais de cada povo, o que contribui para muitos dos conflitos atuais no continente africano, tribos aliadas foram separadas e tribos inimigas foram unidas.

No fim do século XIX, início do XX, muitos países europeus foram até a África em busca das riquezas presentes no continente. Esses países dominaram as regiões de seu interesse e entraram em acordo para dividir o continente. Porém os europeus não cuidaram com a divisão correta das tribos africanas, gerando assim muitas guerras internas.

Produzido por: Volnei Belém de Barros Neto
Historiador e Colunista Brasil Escola.com

O primeiro grupo de territórios explorados compreende a costa marroquina, a Madeira, os Açores, Cabo Verde e a costa africana da Guiné (até ao Equador). O período de maior exploração desta área foi o século XV.

Inicialmente, os marinheiros portugueses demandavam a Madeira e as Canárias - antes da sua descoberta oficial e respetiva colonização - em busca de madeiras e de sangue-de-dragão (resina vermelha extraída do dragoeiro), usada para a tinturaria. Depois da ocupação e colonização efetiva desses territórios, a par dos Açores, na primeira metade do século XV, os principais produtos e riquezas eram, para além do "pão" (trigo), as plantas tintureiras (sangue de dragão, urzela, pastel...), pontualmente a madeira e algum gado.

Depois, na segunda metade do século XV, numa etapa que se prolongará um pouco nos primeiros 50-60 anos do século XVI, a Madeira ganhará relevo como centro produtor de açúcar (e cada vez mais de vinho), introduzido na ilha pelo Infante D. Henrique em torno de 1440-50, produto que gerará grandes lucros para o arquipélago e para a economia nacional. A atestar essa riqueza criada, veja-se a profusão de obras de arte flamengas e italianas na Madeira durante o período do açúcar, encomendas especializadas e de elevado custo.

Entretanto, nesta primeira fase, já alguns produtos provinham da exploração da costa africana. Depois do relativo insucesso da conquista de praças em Marrocos, com o desvio de rotas e a pouca afluência de cereais e de ouro, a costa africana para sul do Bojador ofereceu algumas mais-valias interessantes à economia portuguesa da segunda metade do século XV, em complemento ao trigo e açúcar madeirenses.

Dos Açores, onde o açúcar foi também experimentado, mas com resultados pouco animadores, provinham principalmente gado e cereais, bem como o peixe. Da costa africana, que se animou comercialmente a partir de 1450, provinham essencialmente escravos, que serviam por exemplo os engenhos de açúcar madeirenses e alguns senhores reinóis.

Os primeiros escravos foram canários (Guanches), mas eram difíceis de capturar, como os marroquinos, pelos que os Negros da costa africana se revelaram mais fáceis de obter, visto que existiam várias rotas de escravos controladas por muçulmanos que os vendiam aos Portugueses. Muitos desses escravos eram depois revendidos a bom preço para Castela, Aragão, repúblicas italianas, ficando uma parte em Portugal e na Madeira.

Da costa da Guiné, os portugueses traziam também goma-arábica, gatos de argália (produto medicinal), malagueta, algodão, marfim, para além de papagaios e outros artigos de menor valor. O peixe, as baleias e os lobos-marinhos das Canárias e Madeira eram também procurados pelos Portugueses.

Mas o principal produto foi o ouro, desde 1442, estendendo-se ao longo do século XV, ainda que de forma irregular e num decréscimo na transição para a centúria de Quinhentos. O ouro provinha de Arguim, da África Ocidental, da Serra Leoa e da Mina, e foi sem dúvida, seguido pelos escravos, a base financeira de apoio à continuidade dos Descobrimentos e da construção do Império marítimo português no Atlântico e no Índico.

Depois vieram as especiarias da Índia, a partir de 1500, uma designação genérica de vários produtos que faziam mover nações e provocar guerras, gerar fortunas e edificar impérios, como o Português. Depois das especiarias africanas (malagueta, pimenta vermelha), as asiáticas (gengibre, canela, pimenta, cravinho, noz moscada, maça), provenientes da costa indiana do Malabar e depois de Sumatra, das Comores (costa oriental africana), de Java e das Molucas (ou Spice Islands), pulverizaram todo o comércio europeu de então, dominado por italianos e muçulmanos. 1530 foi o ano das especiarias em Portugal, o apogeu do Império, o culminar do ciclo da pimenta na economia portuguesa e do seu império asiático.

O ouro manteve na Ásia portuguesa a sua importância estratégica, chegando em assinaláveis quantidades de Sumatra, do Monomotapa (Rodésia) e ainda da Mina. Tal como os escravos, mão de obra cada vez mais importante na Madeira, Cabo Verde, S. Tomé e, posteriormente, no Brasil (como se verá adiante), assim como também na Metrópole e em Goa. Às vezes provinham da Guiné e do Congo/Angola mouros do Norte de África.

Os Portugueses traziam ainda do Oriente prata, cobre, pérolas, coral, para além de imaginária, mobiliário, ourivesaria, prataria, laca (Japão), madrepérola, marfim, sândalo (de Timor), entre outras madeiras preciosas (teca, sissó...), seda e outros tecidos preciosos, porcelanas e olaria (da China, por exemplo), couros e peles, almíscar, gado, entre vários produtos exóticos (não esquecer as pedras preciosas), produzidos em várias regiões índicas. Todos estes produtos estavam enquadrados numa rede comercial apoiada em instituições monopolistas de administração e fiscalização da obtenção, transporte e venda dessas riquezas, depois distribuídas por toda a Europa através de feitorias e entrepostos comerciais.

Entretanto, se os lucros do Oriente conheceram a partir de 1530 uma crescente estagnação e até mesmo crises cíclicas cada vez mais frequentes, surgiu um outro território no Império português que se tornaria a verdadeira "joia" do Ultramar entre a segunda metade do século XVI e a sua independência em 1822: falamos do Brasil. Até 1530-50, o seu principal produto e riqueza foi o pau-brasil, a que sucedeu, com o incremento da colonização a partir dos anos 40 de Quinhentos, o açúcar, que destronou o da Madeira nos circuitos comerciais europeus e se revelou de grande valor para a economia da colónia e do País.

A escravatura negra foi um dos suportes essenciais para o sucesso comercial do açúcar brasileiro, como o foi também para outros produtos importantes da colónia: o gado, o tabaco e o algodão, ainda que sem a expressão da cana sacarina. O século XVII foi essencialmente agrícola no Brasil, gerando riqueza e atraindo colonos e aventureiros, muitos à procura do Eldorado de pedras cintilantes e de ouro e prata.

Ouro, porém, só depois de 1699, e em quantidades tais que o Brasil transformou completamente a sua economia, a de Portugal e a do mundo, gerando uma riqueza colossal, que seria depois complementada pelos diamantes, descobertos na terceira década de Setecentos e que trouxeram um influxo ainda maior de riquezas para Portugal e Brasil.

A Índia definhava e o Brasil crescia, mas Portugal pouco mais era do que uma corte rica e faustosa e uma população empobrecida, com um Império para manter. Essencialmente, foram estes os principais produtos e riquezas dos Descobrimentos e Expansão ultramarina de Portugal até ao século XVIII.

Quais os interesses comerciais dos portugueses na África?

Em princípio estabeleceram comércio com os povos da região. Os interesses portugueses nesse momento eram principalmente encontrar uma nova rota para as Índias e produtos rentáveis para o mercado europeu.

Qual era o interesse dos portugueses na Índia?

A Índia continuava a ser o grande alvo das navegações marítimas portuguesas. Os interesses mercantil e religioso prevaleciam acima de qualquer outro. "A alternativa ao espaço índico, território das especiarias e pedras preciosas, é, para todo o nosso século XVI, o norte da África.

Como foi a relação comercial dos portugueses com os africanos?

À medida que os portugueses foram conhecendo melhor a África, encontraram grupos organizados em reinos e impérios. A partir de então, os portugueses começaram a comercializar ouro, marfim e outras riquezas.

Porque os portugueses queriam ir para a Índia?

Resposta verificada por especialistas Ambos países tinham interesse no comércio, principalmente às especiarias indianas e queriam chegar à Índia por mar pois seria mais lucrativo. No século XV, no período chamado expansão marítima, várias nações investiram em sua frota de navios para conhecer novos territórios.