Quais são as principais características do Renascimento e do Humanismo?

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As principais características do Renascimento foram o Humanismo, o Racionalismo, o Individualismo, o Antropocentrismo, o Cientificismo, o Universalismo, e a valorização dos valores da Antiguidade Clássica.

O Renascimento ocorreu a parti do início do século XV, com origem na Itália. Ele surgiu como um movimento artístico, intelectual e filosófico que tinha como principal objetivo a ruptura com os valores sociais e culturais vigentes na época, que caracterizam a Idade Média, com foco na religião.

A ideia era a de resgatar os valores da antiguidade clássica e devolver o foco à razão e ao pensamento humano. Foi a partir do Renascimento que se iniciou o período histórico que conhecemos hoje como Idade Moderna.

Humanismo

O humanismo é definido como a valorização do ser humano, da natureza, bem como das suas relações, e do pensamento humano em relação ao mundo ao seu redor. Ele se refletiu principalmente nas artes e na filosofia.

Racionalismo

O racionalismo dava enfoque máximo à racionalidade humana, à razão, aos experimentos e ao pensamento científico contrariando o foco na fé que foi dado aos fenômenos durante a Idade Média. A partir do racionalismo, a ciência se desenvolveu de forma expressiva.

Individualismo

O individualismo está diretamente relacionado com o conceito de humanismo e com a colocação do homem como ser racional responsável pelas ações e protagonista de sua história.

Antropocentrismo

O antropocentrismo veio para completar esses conceitos e colocar o homem no centro de todas as coisas, em oposição ao teocentrismo que reinava durante a Idade Média, que colocava Deus como centro de todas as coisas.

Cientificismo

O cientificismo complementava o racionalismo, enfatizando as pesquisas a racionalidade para dar sentido aos fenômenos naturais e às leis que movem a natureza. Diversas descobertas científicas foram feitas nessa época pela valorização da observação, da investigação científica e da experimentação.

Universalismo

O universalismo pregava o conhecimento sobre todas as coisas, o que explica o surgimento de artistas que também era cientistas e filósofos, como Leonardo da Vinci, e estimulava a busca do conhecimento em todas as áreas do saber.

Valorização dos valores da Antiguidade Clássica

Com o objetivo de romper com as normas e pensamentos vigentes durante a Idade Média, foi feito um resgate dos valores clássicos e uma valorização da figura humana, do seu pensamento, das artes e da filosofia.

Atualizado em: 04/09/2019 na categoria: História Geral

As características do Renascimento marcaram o movimento renascentista – o movimento artístico e filosófico que surgiu na Itália, no século XV. As características do Renascimento foram o humanismo, o antropocentrismo, o individualismo, o racionalismo, o cientificismo e a valorização da arte da Antiguidade Clássica.

Chamamos Renascimento o movimento cultural ocorrido entre os séculos XV e XVI, na Europa Ocidental, e que evidencia a crise dos valores medievais. Ou seja, foi o conjunto de manifestações artístico-intelectuais que marcou a transição da Idade Média para a Moderna. Nesse sentido, pois, o Renascimento se apresenta como a primeira tentativa da burguesia emergente em elaborar uma cultura comprometida com sua visão de mundo, com seus valores.

FATORES GERADORES

O Renascimento, como movimento cultural que rompeu com os padrões medievais, deveu-se ao conjunto de transformações vividas pela Europa Ocidental durante a Baixa Idade Média. Tais transformações afetaram com maior ou menor intensidade as várias regiões da Europa, concentrando-se, sobretudo, na Itália. Dessa forma, a Itália, especialmente algumas de suas cidades, emerge como centro irradiador da cultura renascentista que atinge todo o continente europeu. Entre os fatores que favoreceram a ocorrência do Renascimento destacamos:

  • a Revolução Comercial: a reabertura do Mediterrâneo ao comércio oriental, a partir do movimento cruzadista, propiciou a intensificação das relações mercantis na Europa, gerando enorme prosperidade econômica. Muitos burgueses, enriquecidos com a atividade comercial, mas segregados socialmente, buscavam prestígio patrocinando artistas e intelectuais que produzissem uma cultura comprometida com os novos valores da burguesia: eram os mecenas. O restabelecimento de contatos com o Oriente (Bizâncio, sobretudo) favoreceu ainda o afluxo de artistas e intelectuais para a Europa que conservavam parte da cultura clássica greco-latina, fonte de inspiração renascentista, como veremos;
  • o renascimento urbano: o desenvolvimento das atividades mercantis promoveu o crescimento das cidades, que se converteram em polos produtores e irradiadores da nova cultura renascentista. Nas cidades, surgiram academias de artes e ciências e universidades, em sua maioria, dedicadas a refletir sobre novas concepções estéticas e éticas, rompendo com a visão medieval de mundo e propondo uma mentalidade mais especulativa e crítica;
  • a invenção da imprensa: graças a esse invento, os novos valores podiam ser divulgados de maneira mais rápida, a um maior número de indivíduos que no passado. Certamente, era ainda bastante reduzido o número daqueles que tinham acesso à cultura, mas, comparada à Época Medieval, a cultura renascentista era muito mais acessível.

CARACTERÍSTICAS DO RENASCIMENTO

O Renascimento apresentou as seguintes características gerais:

  • herança clássica: os artistas e intelectuais do Renascimento buscaram na cultura clássica greco-romana inspiração para suas obras; ao repudiar a cultura medieval, estática, carregada de religiosidade, os renascentistas retornaram à Antiguidade e dela extraíram elementos para a nova produção cultural; não se tratava apenas de imitar os clássicos, mas reelaborar sua visão de mundo a partir dos novos valores da burguesia emergente;
  • repúdio aos valores medievais: os renascentistas criticavam a cultura medieval, sobretudo sua intensa religiosidade chegando a negar sua importância; muitos autores desse período chamam a Idade Média de “Idade das Trevas”;
  • antropocentrismo: o pensamento renascentista valorizava o “homem” e todas as suas capacidades; assim, a razão humana (racionalismo) era a fonte única dos conhecimentos. Além disso, o Renascimento valorizava o indivíduo (individualismo), as capacidades individuais de cada homem das quais dependem o seu sucesso ou fracasso, independentemente da interferência do sobrenatural. Evidenciando ainda o antropocentrismo, em oposição ao teocentrismo medieval, a cultura renascentista valoriza o naturalismo, a fiel reprodução da natureza e de sua obra-prima: o homem.

Pode-se então concluir que o Renascimento preocupa-se com o imanente em oposição ao transcendente, com o mundo real e não imaginário. A interferência do sobrenatural na vida cotidiana é reduzida e, por isso, a importância de Deus na vida do homem perde espaço.

“A crítica de Rabelais ao clero

(A ilha era habitada por pássaros) grandes, belos e polidos, em tudo semelhantes aos homens da minha pátria, bebendo e comendo como homens, digerindo como homens, dormindo como homens... Vê-los era uma bela coisa. Os machos chamavam-se clerigaus, monagaus, padregaus, abadegaus, bispogaus, cardealgaus e papagau - este era o único da sua espécie... Perguntamos porque havia só um papagau. Responderam-nos que... dos clerigaus nascem os padregaus... dos padregaus nascem os bispogaus, destes os belos cardealgaus, e os cardeagaus, se antes não os leva a morte, acabam em papagau, de que ordinariamente não há mais que um, como no mundo existe apenas um Sol... Mas donde nascem os clerigaus?... - Vêm dum outro mundo, em parte de uma região maravilhosamente grande, que se chama Dias-sem-pão, em grande parte doutra região Gente-demasiada... A coisa passa-se assim: quando, nalguma família desta última região, há excesso de filhos, corre-se o risco de a herança desaparecer, se for dividida por todos; por isso, os pais vêm descarregar nesta ilha Corcundal os filhos a mais... Dizemos ‘Corcundal’ porque esses que para aqui trazem são em geral corcundas, zarolhos, coxos, manetas, gotosos e mal-nascidos, pesos inúteis na terra... Maior número ainda vem de Dias-sem-pão, pois os habitantes dessa região encontram-se em perigo de morrer de fome, por não ter com que se alimentar e não saber nem querer fazer nada, nem trabalhar em arte ou ofício honesto, nem sequer servir a outrém... ou cometeram algum crime que poderá levar à pena de morte... então voam para aqui, tomam aqui este modo de vida, e subitamente engordam e ficam em perfeita segurança e liberdade.”

(RABELAIS, François. Gargantua e Pantagruel. In MARQUES, Adhemar, BERUTTI, Flávio e FARIA, Ricardo. História Moderna através de textos. 2a.ed, São Paulo, Contexto, 1990; pp.94-95)

OS REPRESENTANTES DO RENASCIMENTO

O Renascimento foi um movimento cultural que apresentou várias fases. Dentre seus precursores mais destacados lembramos Dante Alighieri (1265-1321), escritor, cuja principal obra é A Divina Comédia; Giovanni Boccaccio (1313-1375), autor do Decameron, conjunto de contos que ressaltam o egoísmo, o erotismo e o anticlericalismo; e Giotto (1266-1337), pintor, cujas obras revelam o prenúncio do naturalismo e das quais se destaca São Francisco pregando aos pássaros.

No século XV, ou Quattrocento, as artes plásticas contaram com enorme desenvolvimento. Destacam-se os nomes dos seguintes artistas:

  • Sandro Botticelli (1445-1510), autor de Alegoria da Primavera e O nascimento de Vênus;
  • Leonardo da Vinci (1452-1519), artista e intelectual que sintetiza o espírito do Renascimento. Curioso e crítico, dedicou sua vida a vários ramos das artes (pintura, escultura) e do conhecimento científico (astronomia, matemática). Entre suas principais obras no campo artístico destacam-se as telas A última ceia e Gioconda (Monalisa);

    Quais são as principais características do Renascimento e do Humanismo?

    Leonardo da Vinci

  • Rafael Sanzio (1483-1520): um dos mais populares artistas da Renascença, deixou imensa produção, destacando-se os retratos e, sobretudo, as Madonas;

No século XVI, o maior expoente artístico renascentista foi Michelangelo Buonarroti (1475-1564), cuja produção foi rica e abundante. Destacam-se obras de pintura, como os afrescos da Capela Sistina, em Roma (A criação do homem, O Juízo Final), e escultura (Moisés, David, Pietá).

Quais são as principais características do Renascimento e do Humanismo?

Capela Sistina

Nas letras e nas ciências, o Renascimento também conheceu grande desenvolvimento, o qual não se limitou à Itália, estendendo-se a várias partes do continente europeu. No campo literário, destacamos os seguintes autores:

  • Nicolau Maquiavel (1469-1527): conhecido como o pai da Teoria Política, este pensador foi ferrenho defensor das formas absolutistas de poder, como demonstra em seu livro O Príncipe;
  • Erasmo de Rotterdam (1466-1536): holandês que faz severas críticas ao clero e à religiosidade medieval; sua obra principal é Elogio da loucura;
  • William Shakespeare (1564-1616): teatrólogo inglês de vasta produção; destacam-se as peças Romeu e Julieta, Hamlet, Othelo, Macbeth, Sonhos de uma noite de verão, Rei Lear, entre outras;

    Quais são as principais características do Renascimento e do Humanismo?

    Shakespeare

  • Miguel de Cervantes (1547-1616): escritor espanhol em cuja principal obra, Dom Quixote, critica os valores medievais da nobreza e da cavalaria.

Quais são as principais características do Renascimento e do Humanismo?

Miguel de Cervantes Saavedra

“A aspiração de D.Quixote à aventura, o seu desejo de renovar, no mundo povoado de injustiças, do seu tempo, a ação purificadora da andante cavalaria, e de operar essa ação pelo dom de si mesmo, é, em si, um dos mais altos anseios a que tendeu o espírito humano, e a provação a que se sujeitou para cumpri-lo, um drama de tipo messiânico. Mas D.Quixote não se limitou a aspirar à condição de um novo Amadis ou Felixmarte de Hircânia; pensou que efetivamente o fosse, e se aspirar a uma superior missão entre os homens é sublime, acreditar que se  possui essa missão é ridículo.
Cervantes, concebendo a novela do Ingenioso Hidalgo como uma farsa, ao mesmo tempo nos deu, do heroísmo, o exemplo mais grave e eficaz que encontramos no nosso patrimônio de ideias, e a mais aguda advertência contra o perigo da sua degenerescência. Querer salvar, é sublime; julgar-se um salvador, é ridículo. Eis por que nos servimos da expressão quixotismo, ora para exaltar uma virtude, ora para denunciar uma fraqueza.
(...)

Na verdade, a meu ver, o que Cervantes pretendeu mostrar no seu livro, ou - se não pretendeu - o que mostrou efetivamente, foi que a Cavalaria como forma social, como aparato externo e também como tema literário, estava irremediavelmente ultrapassada e liquidada, mas que dela era possível desencarnar o sentido, transformando-a em mitologia.”

(DANTAS, San Tiago. D.Quixote: um apólogo da alma ocidental. In MARQUES, Adhemar, BERUTTI, Flávio e FARIA, Ricardo. História Moderna através de textos. 2a.ed, São Paulo, Contexto, 1990; pp.17-18)

Em decorrência do novo espírito que varria a Europa, em termos de crítica à visão estática e estagnada do mundo da Idade Média, o pensamento científico também se aprimorou, resultando em importantes descobertas. O novo espírito científico fundamentava-se no empirismo, ou seja, aliadas ao racionalismo, fonte exclusiva do conhecimento humano, a observação e a experimentação deveriam conduzir à formulação de leis universais. Reforçava-se, dessa maneira, tanto o individualismo quanto o naturalismo.

Dentre os principais cientistas da época renascentista, destacaram-se:

  • Nicolau Copérnico (1473-1543), formulador da teoria heliocêntrica;
  • Johann Kepler (1571-1630) que defendeu a teoria do movimento elíptico dos astros;
  • Galileu Galilei (1564-1642), astrônomo inventor do telescópio;
  • Miguel de Servet (1511-1553), descobridor do mecanismo da circulação sanguínea;
  • André Vesálio (1514-1564) considerado o pai da moderna anatomia pelas investigações realizadas a partir de acuradas observações sobre o corpo humano.

Todas as descobertas científicas da Época Renascentista estavam, portanto, relacionadas ao novo espírito, ao mesmo tempo crítico e curioso do início dos Tempos Modernos, que questionava e negava os valores medievais (estáticos, conformistas). Não resta dúvida que, este espírito medieval, centrado na figura de Deus (teocentrismo), reforçava os poderes da Igreja. Não resta dúvida também que o abalo proporcionado pela mentalidade renascentista sobre o espírito humano resultou numa reformulação dos valores religiosos e no enfraquecimento do catolicismo: foi nesse contexto que ocorreu a Reforma Protestante.

Quais são as principais características do Renascimento?

As características do Renascimento marcaram o movimento renascentista na Itália, no início do século XV. As principais características foram o humanismo, o antropocentrismo, o individualismo, o universalismo, o racionalismo, o cientificismo e a valorização da Antiguidade Clássica.

O que foi o Renascimento e o humanismo?

O Humanismo Renascentista foi um movimento intelectual e filosófico que atingiu diversos setores da sociedade europeia entre os séculos XVI e XVI, mas, sobretudo, as área da educação e da cultura.

Quais são as principais diferenças entre o Renascimento e o humanismo?

O estudo do Homem e da Natureza levou ao progresso das ciências, onde se destacavam Copérnico e Giordano Bruno. E, enquanto o Humanismo era universalista, o Renascimento era revestido de cores nacionais e envolvia não só as letras, como as artes e as ciências.

Quais são as principais características do Renascimento Brainly?

As características do renascimento são o humanismo, racionalismo, individualismo, antropocentrismo, cientificismo, universalismo e a arte da Antiguidade Clássica. Foi um movimento artístico e filosófico que despontou na Itália no século XV.