Quais são os polissacarídeos de reserva energética animal e vegetal?

 Leia o resumo “Quais as principais características dos sais e dos carboidratos?” e resolva os exercícios abaixo.

1. (Vunesp) Os açúcares complexos resultantes da união de muitos monossacarídeos são denominados polissacarídeos.

a) Cite dois polissacarídeos de reserva energética, sendo um de origem animal e outro de origem vegetal.
b) Indique um órgão animal e um órgão vegetal nos quais cada um desses açúcares pode ser encontrado.

2. (PUC-RJ) Para a realização de alguns processos fisiológicos, o organismo humano tem a necessidade de íons de cálcio. Dentre os mecanismos que dependem diretamente desses íons para a sua realização, temos:

a) excreção de toxinas e atividade da tireoide
b) digestão de alimentos básicos e respiração
c) coagulação do sangue e contração muscular
d) atividade neurológica e oferta de O2 às células
e) crescimento dos ossos e atividade da hipófise

Gabarito

1. a) O polissacarídeo de origem animal é o glicogênio. Ele é formado através do processo chamado glicogenogênese, com a junção de diversas moléculas de glicose (monossacarídeos). A reserva energética vegetal é o amido.

b) As moléculas de glicogênio podem se armazenadas nos músculos ou no fígado. Já o amido concentra-se no interior do caule e principalmente em raízes, tubérculos e sementes.

2. C.

Resolução passo-a-passo:

A atividade da tireoide está ligada a sua produção de hormônios, que possuem iodo e não cálcio. Sendo assim, a opção A está incorreta. A digestão de alimentos é feita por enzimas e estas possuem o enxofre. O cloro do ácido clorídrico também participa do processo de digestão, acidificando a cavidade estomacal. A respiração celular também possui em suas coenzimas o enxofre e forma moléculas conhecidas como ATP, que possuem fósforo. Por conta disso, a opção B está errada. O cálcio participa da coagulação sanguínea, da contração muscular e da formação óssea. Por isso, a opção C está correta. O controle neurológico é controlado pelos íons sódio e potássio. Já a oferta de oxigênio se dá pela presença de ferro na hemoglobina. Isso faz a opção D estar errada. Apesar do crescimento dos ossos se dever ao cálcio, as atividades da hipófise não dependem deste sal mineral. Sendo assim, a opção E também está errada.

Graduação em Ciências Biológicas (Unicamp, 2012)
Mestrado Profissional em Conservação da Fauna Silvestre (UFSCar e Fundação Parque Zoológico de São Paulo, 2015).

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Polissacarídeos, ou glicanos, são carboidratos formados a partir da polimerização de vários outros açúcares menores. Ou seja, são cadeias orgânicas de monossacarídeos, em formato linear ou ramificado, podendo ter diversos tamanhos. São polímeros de médio ou alto peso molecular, diferente dos oligossacarídeos, que são menores. A maior parte dos carboidratos apresenta-se dentro desta classe.

Quais são os polissacarídeos de reserva energética animal e vegetal?

Molécula de glicose.

Um polissacarídeo se difere pelo tamanho da sua cadeia, pelos tipos de unidades que o compõem e pelo tipo de ligações entre elas. Ele não tem um peso molecular específico, como as proteínas, uma vez que sua síntese não se inicia a partir de um gene e não tem várias fases, determinando seu tamanho específico. É sintetizado a partir da ação de alguma enzima e pode ter números diferentes de resíduos para um mesmo polissacarídeo, com diferença de dezenas a centenas de resíduos para um mesmo carboidrato, com uma mesma função.

Existem dois tipos:

  • Homopolissacarídeos: Uma molécula composta por monômeros da mesma espécie. Exemplo: celulose, composta por unidades de glicose.
  • Heteropolissacarídeos: Uma molécula de carboidrato composta por diferentes tipos de monossacarídeos. Exemplo: peptidoglicano.

Monossacarídeos e oligossacarídeos normalmente possuem função no metabolismo energético. Já alguns polissacarídeos possuem a função de ser a forma de armazenamento energético para um organismo. Há dois importantes homopolissacarídeos envolvidos nesta função. É o caso do amido, quando degradado tem como produto monossacarídeos que servirão nas reações metabólicas para obtenção de energia para as células vegetais. Outro homopolissacarídeo que possui esta função é o glicogênio, que é o carboidrato de reserva dos animais. Armazenado no fígado e músculos, quando hidrolisado libera monômeros de glicose para as células animais utilizarem em suas atividades. Possuem muitas ramificações, o que garante que sua estrutura não fique em formato de hélice.

Há homopolissacarídeos que têm função estrutural, como a quitina que é um carboidrato que possui grupamentos de nitrogênio entre suas unidades. Formam fibras longas e é elemento estrutural no exoesqueleto de artrópodes e na parede celular de fungos. Temos ainda, a celulose que é o carboidrato mais abundante no planeta. É um polímero fibroso, insolúvel em água, resistente e humanos não conseguem digeri-lo. Apresentam-se nas paredes celulares de plantas e é um homopolissacarídeo de cadeia linear, não tem ramificações. Os ruminantes são capazes de digerir a celulose porque em seu sistema digestório existem bactérias simbióticas que fazem a degradação das moléculas de celulose.

Os heteropolissacarídeos em todos os reinos servem como suporte extracelular. Por exemplo, nos tecidos animais a matriz extracelular é preenchida por fibras de proteínas e heteropolissacarídeos, que resultam em suporte e proteção para os tecidos, são os glicosaminoglicanos. Eles formam um composto de repetições de dissacarídeos, que só encontramos em animais e bactérias, não há em plantas. Alguns glicosaminoglicanos possuem grupos sulfatos, que no meio extracelular se ligam a proteínas na formação de proteoglicanos.

Nas bactérias, existem em suas paredes celulares ligamentos cruzados de cadeias de heteropolissacarídeos com curtos peptídeos, resultando em compostos chamados de peptidoglicanos. E a estrutura muda de espécie para espécie. Estes compostos dão à parede celular bacteriana resistência e proteção.

Quando consumimos um polissacarídeo, ocorre a digestão dele, ou seja, há hidrólise da cadeia, resultando em unidades de carboidrato. A enzima lisozima hidrolisa ligações glicosídicas da parede celular bacteriana, sendo um bactericida encontrado nas lágrimas, por exemplo. Antibióticos agem nas ligações cruzadas, enfraquecendo a parede celular das bactérias, deixando-as suscetíveis à lise (rompimento) celular.

Referência:

Nelson, D. L; Cox, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 5o ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. 244-250 p.

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Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/bioquimica/polissacarideos/

Quais são os polissacarídeos de reserva animal e vegetal?

a) O polissacarídeo de origem animal é o glicogênio. Ele é formado através do processo chamado glicogenogênese, com a junção de diversas moléculas de glicose (monossacarídeos). A reserva energética vegetal é o amido.

Quais são os polissacarídeos de reserva energética presente nos animais e nas plantas?

Nas plantas, a reserva energética é desempenhada pelo amido, que é um polissacarídeo de origem vegetal. Nos animais, a energia é armazenada pelo glicogênio, que é um polissacarídeo de origem animal. Saiba mais sobre o amido.

Qual é o polissacarídeo de reserva energética dos vegetais?

O amido é um polissacarídeo utilizado pelos vegetais como reserva energética. Podemos encontrá-lo em raízes, tubérculos e sementes. Sua síntese é consequência do excesso de glicose da fotossíntese.

Qual é o polissacarídeo de reserva animal?

O glicogênio é o principal polissacarídeo de reserva em animais, assim como o amido é o das plantas. Ele é um polímero formado por resíduos de glicose unidos por ligações glicosídicas.

Qual é a reserva energética dos animais?

A reserva energética encontradas nos animais é o glicogênio, que fica acumulado no fígado e nos músculos. Já a celulose é um importante componente da parede celular, sendo o carboidrato mais abundante na natureza.