Publicidade À medida que um bem tão essencial para a vida humana começa a se esgotar, as disputas por suas fontes se intensificam. O maior foco de tensão é a exploração de rios e bacias hidrográficas que se espalham pelos territórios de diferentes países. Quais nações têm direito ao controle dessas águas? Qual é a forma mais justa de compartilhar os recursos hídricos? Como não há resposta simples a estas perguntas, as disputas envolvendo o controle de reservas hídricas
já estão se tornando uma realidade em diversos lugares do mundo. O tema vem ganhando relevância nos últimos anos e é cobrado pelos principais vestibulares. Confira a seguir, quatro casos para você ficar atento nos seus estudos: Local: Bacia do Nilo, na África Países envolvidos: Egito, Sudão, Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Etiópia, Quênia, Uganda, Tanzânia, Ruanda e Burundi O problema: O Nilo é o rio mais longo do planeta, com mais de 7 mil quilômetros de extensão, e o fato de cruzar um continente onde a escassez hídrica é notória provoca disputas pelo controle de suas águas. Desde 1959, o Egito e o Sudão monopolizam o acesso às águas do rio por meio de um acordo. Mas nos últimos anos, países como Etiópia, Quênia, Uganda, Tanzânia, Ruanda e Burundi passaram a exigir a partilha igualitária do Rio Nilo. A controvérsia aumentou a partir de 2011, quando a Etiópia começou a construção da hidrelétrica Grande Renascença. Com 60% das obras concluídas até o final de 2017, ela será a maior barragem da África. Como a hidrelétrica depende do desvio das águas do Nilo Azul, um dos afluentes do Rio Nilo, alguns países são contra o projeto. O Sudão e o Egito temem que o fluxo das águas do Nilo para seus territórios fique comprometido. Barragem no Rio Eufrates, na Turquia (fonte: iStock)Local: Bacia do Tigre e Eufrates, no Oriente Médio Países envolvidos: Turquia, Iraque e Síria O problema: As águas dos rios Tigre e Eufrates abastecem as históricas regiões da antiga Mesopotâmia, que atualmente abrange territórios da Síria e do Iraque. No entanto, as nascentes são controladas pela Turquia, que vem realizando uma série de obras hidrelétricas na bacia desses rios. Uma das barragens em construção no Rio Tigre é a Ilisu. Ela é fortemente criticada pelas autoridades da Síria e do Iraque, que temem uma redução na vazão dos rios. Além da construção da hidrelétrica, Síria e Iraque sofrem com a falta de chuvas – a estiagem crônica dos últimos anos vem reduzindo o volume de água no Tigre e no Eufrates, afetando o abastecimento à população e o desenvolvimento da agricultura. Dessa forma, a escassez hídrica se torna um foco a mais de tensão nesta já conturbada região. Continua após a publicidade Pescador navega no Rio Mekong, no Vietnã (fonte: iStock)Local: Planalto do Tibete, na China Países envolvidos: China, Índia, Bangladesh, Tailândia, Laos, Camboja e Vietnã O problema: No planalto do Tibete, no sudoeste da China, correm cinco grandes rios que carregam as águas do degelo da Cordilheira do Himalaia e das chuvas de monções para vários países do sul e do sudeste asiático. Um desses rios é o Mekong, que nasce na China e percorre quase 2 mil quilômetros passando por Tailândia, Laos, Camboja e Vietnã. Esses quatro países dependem das águas do Mekong, mas o abastecimento está sendo comprometido devido à construção de usinas hidrelétricas pela China. Da mesma forma, o Laos também desenvolve projetos de construção de barragens no Mekong para produzir energia elétrica, o que gerou atritos com o governo do vizinho Camboja. Além da disputa envolvendo o Rio Mekong, o Planalto do Tibete abriga a nascente do Rio Brahmaputra. A China também tem planos de construir barragens e desviar as águas desse rio para gerar energia, o que afetará drasticamente o abastecimento de água para Índia e Bangladesh. A inauguração da primeira usina hidrelétrica no Brahmaputra no final de 2015 afetou as relações entre China e Índia, que já não são das mais amistosas. Paralelamente, também há disputas entre Índia e Bangladesh envolvendo as águas do Rio Ganges. Mar de Tiberíades, alimentado pelo Rio Jordão (fonte: iStock)Local: Colinas de Golã, no Oriente Médio Países envolvidos: Israel, Síria, Jordânia O problema: Durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel invadiu e ocupou as Colinas de Golã, que pertenciam à Síria. Além dos solos férteis e da estratégica posição, a região abriga as nascentes do Rio Jordão, o mais importante desta região desértica. Das Colinas de Golã saem um terço da água consumida por Israel. O represamento e os desvios nas águas de Golã por Israel afetam o abastecimento de Síria e de Jordânia que também dependem desta fonte hídrica. Desde 1974, a ONU monitora um cessar-fogo entre Síria e Israel. Com a guerra civil na Síria, Israel tem planos de incorporar definitivamente as Colinas de Golã ao seu território e vem ampliando os assentamentos na região. Veja também: Especial: a crise hídrica no Brasil 12 temas sobre água que caem no vestibular Continua após a publicidade
Qual a importância do planalto do Tibete para os rios da Ásia?Neste planalto nascem alguns dos mais importantes rios do continente asiático, como, por exemplo, o Mekong, Indus, Yangtze e Tsangpo (Bramaputra). É uma região rica em recursos minerais como o bórax, o ferro, o ouro, o cobre e o urânio, mineral de que o Tibete possui a maior reserva a nível mundial.
Qual a importância das grandes elevações do Himalaia e do Tibet para a população asiática?O Himalaia funciona como uma barreira que impede que o ar frio do ártico chegue ao sul da Ásia, o mantendo temperaturas mais quentes do que ocorre em outras regiões temperadas do planeta.
Qual a influência do planalto do Tibete e da cordilheira do Himalaia no clima de parte do continente asiático?O Himalaia tem uma grande influência no clima do subcontinente indiano e do planalto tibetano, pois impede que os ventos gelados e secos que sopram do sul cheguem à Índia. O clima de todo o sul da Ásia é muito mais quente do que o de outras regiões que estão na mesma latitude.
Qual e a importância dos Himalaias para a Índia?Os Himalaias desempenham um papel importante na formação dos desertos da Ásia Central, como o Taklamakan e o deserto de Gobi. As cadeias de montanhas ocidentais também resultam na precipitação de neve na região de Caxemira e em partes de Punjab e no norte da Índia.
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