Qual o espaço mínimo deve ser mantido entre uma ponte rolante e qualquer objeto fixo como parede ou coluna?

1 201 Técnicas de Instalação, Operação, Manutenção, Testes e Inspeção: 1 Eng. Lucas Pimentel Gobbo For

2 CONTEÚDO 2. Objetivo Introdução... 5 Vantagens da utilização de equipamentos de movimentação de cargas Equipamentos de movimentação de carga...11 Tipos de equipamentos Guindastes Giratórios...1 Classificação... 1 Guindastes de Parede... 1 Guindastes de Coluna Componentes Básicos Guindastes giratórios especificação Talhas Especificação Guindastes giratórios instalação Talhas Instalação Guindastes giratórios inspeção Talhas - Inspeção inicial Inspeção Guindastes giratórios manutenção Guindastes giratórios ensaios e testes...31 Talhas Ensaio Operacionais Guindastes giratórios recomendações de segurança Guindastes giratórios - Operação Operadores Práticas operacionais Manipulação da carga Pontes rolantes...3 Tipos de pontes rolante Ponte do tipo apoiada a) Univiga b) Dupla-viga Ponte rolante suspensa Ponte rolante tipo console Pontes rolantes - Componentes Ponte Cabeceiras Viga Carro talha Talha Trolley Caminho de rolamento For

3 201 Botoeira pendente Controle remoto Cabine Caixa de engrenagem Pontes rolantes inspeção e manutenção...4 Estrutura de suporte... 4 Trincas em soldas Inspeção dos acoplamentos Caminho de rolamento Inspeção do tambor Maquinário da talha Polias Corrente de carga Ganchos Moitão Condutores elétricos Dispositivos de comando Acessórios de movimentação de cargas Cordas CABOS DE AÇO...61 Terminologia Arames ou fios Pernas (strand) Alma (core) Camada (layer) Construção Passo (pitch) Diâmetro de um cabo de aço Resistência dos arames (wire tensile) Carga de ruptura efetiva (minimum breaking load) Construção Relação pernas x arames Tipos de alma Torção... 6 O cabo convencional x cabo não rotativo Acabamento Pré formação x pré esticamento Resistência dos arames... 0 Composição... 1 Composições usuais... 2 Especificação... 3 Seleção e uso... 4 Fatores de segurança... 4 Freqüência de inspeção x vida útil... 5 Cabos aplicados em Ponte Rolantes For

4 Cabos de aço - Inspeção... Inspeção visual... Arames rompidos... 8 Defeitos... 9 Inspeção Eletromagnética Vantagens cabos de aço - Manutenção correntes Correntes para Lingas Lingas de Correntes Quadro de Cargas de Trabalho Como especificar uma linga de corrente? Sistema de Classifição em Grau Redução da Capacidade de Carga Ângulo de Trabalho das Lingas Recomendações e Restrições de Uso... 9 Corrente de rolos Correntes de elos CINTAS Padrão de cores Tipos de cintas Formas de Levantamento Fator de Segurança (FS) Etiqueta de identificação Características gerais do poliéster Cintas com proteção em Aramida Dicas de utilização e inspeção de rotina Inspeções Critérios básicos para inspeções de rotina Cintas - Recomendações de segurança Itens para um levantamento seguro Condições de segurança Ganchos Inspeção SINALIZAÇÃO MANUAL PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA NR-11_Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais Trechos da Norma Regulamentadora n 11 (Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais) da Portaria n 3.214, do MTb Análise Comentada NR REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SOBRE O AUTOR For

5 OBJETIVO Este material didático foi desenvolvido com o fim específico de orientar e permitir um aprendizado básico sobre técnicas de manutenção, inspeção, especificação e operação de Guindastes giratórios, Pontes rolantes e Acessórios de movimentação de carga para utilização no meio industrial. Objetiva-se com esse treinamento, primeiramente apresentar os elementos básicos que compõem o sistema de movimentação de cargas, bem com sua função dentro de cada subsistema ou equipamento. Dentro de cada equipamento ou item específico serão tratados os temas: Inspeção, Manutenção, Especificação, Operação e Requisitos de Segurança, com um enfoque direcionado as normas e boas práticas utilizadas atualmente no Brasil e no mundo. Busca-se como resultado de toda esta jornada aprimorar os conhecimentos profissionais já existentes e somá-los aos novos conhecimentos, na intenção de melhorar a qualidade dos serviços através da aplicação de procedimentos de inspeção e manutenção mais adequados as características desta planta industrial. Essa condição proporciona, acima de tudo, a realização de trabalhos mais seguros e eficientes para organização, garantindo maior confiabilidade aos seus equipamentos, e por conseqüência mais economia INTRODUÇÃO HISTÓRICO: Seja na implementação das grandes obras ou na realização de trabalhos simplificados, torna-se indiscutível a importância da movimentação de cargas para o desenvolvimento da humanidade Desde o início dos tempos o Homem convive, com a necessidade frequente de mover e transportar objetos pesados e volumosos, além do limite de sua capacidade física. Os registros históricos indicam evidências do uso de For

6 201 equipamentos de movimentação de cargas (guindastes) a partir do século I d.c, tendo posteriormente seu uso mais difundido para construções de grandes catedrais européias ainda na idade média. Naquela época a força motriz destes equipamentos era desenvolvida por dezenas de homens ou animais, só sendo substituída a partir do advento das máquinas a vapor; O mais simples dos equipamentos de movimentação compunha-se apenas de uma única estaca fincada no chão, que era erguida e sustentada por um par de cabos amarrados em sua extremidade superior. Em seu topo, era fixada a roldana por onde corria a corda utilizada para suspender os materiais, corda esta, que era normalmente operada por um molinete fixo num dos lados da estaca, junto à base. Os equipamentos daquela época apresentavam grandes restrições de giro, equilíbrio, altura de içamento e mobilidade, que foram com o decorrer das experiências e dificuldades, superadas pouco a pouco. 6 CONSIDERAÇÕES GERAIS: A técnica de movimentação de cargas compreende as operações de elevação, transporte e descarga de objetos e/ou materiais, e pode ser efetuada manualmente ou com recurso a sistemas mecânicos. A aplicação sistêmica de recursos mecânicos permite que, de um modo planejado e seguro se movimentem cargas de um determinado ponto para outro com baixos níveis de força humana aplicada. Em outras palavras esses sistemas podem ser entendidos como elementos multiplicadores de força e velocidade na realização de operações. For

7 201 Os sistemas de movimentação de cargas incluem no seu grupo os aparelhos e dispositivos que elevam e movimentam cargas cujas massas estão abrangidas pelos limites das suas capacidades nominais. Entende-se por carga ou capacidade nominal, a carga máxima em operação que o aparelho de elevação pode suspender. Esta é definida ainda na etapa de projeto do dispositivo e nela encontra-se embutido todos os coeficientes de segurança e critérios específicos de projeto do equipamento. A eficiência operacional dos equipamentos de movimentação de cargas é relação direta da especificação técnica adequada a cada uso particular. Os sistemas selecionados para o desempenho das mais variadas operações estão dependentes de muitos fatores, dentre os quais devemos observar: - O quê preciso transportar? - Onde será realizada a movimentação? - Com que velocidade pretendo movimentar a carga? - Como pretendo movimentar a carga? O quê? - A carga a ser movimentada deve ter todas as suas características mapeadas, analisando-se: composição química, estado, físico, forma, textura, tipo de embalagem, condições particulares de segurança, massa total, fragilidade... Onde? - É necessário conhecer, com precisão, o local da carga e descarga e as respectivas particularidades destas locações (presença de ventos, movimentação sobre processos, fluxo de pessoas, obstáculos aéreos...) Com que velocidade? Deve-se analisar quanto tempo será necessário para efetuar o transporte da carga (velocidade de içamento, translação, descarga, giro,...) For

8 201 Como? Quais serão os movimentos e os deslocamentos necessários para a realização da movimentação da carga. (elevação, giro, translação,...) Essas dentre outras análises, são bastante importante para evitar os super dimensionamentos e/ou a subutilização dos equipamentos de movimentação de cargas, bem como possibilitar trabalhos com padrões de segurança adequados. 8 RISCOS: Em função da elevada energia potencial (Quantidade de movimentos e alturas) envolvida nos processos de movimentação de cargas, todos os trabalhos desenvolvidos em seus processos apresentam um alto grau de risco a vida e a integridade das pessoas que o rodeam. Dentre os principais riscos podemos citar o risco de morte ou lesões graves por esmagamento em função de: a) Queda de objetos ou carga suspensa; b) Agarramento ou arrastamento dos equipamentos; c) Queda de mesmo nível ou em altura dos operadores; d) Rompimento súbito de elementos de máquinas do equipamento; e) Tombamento de estruturas; ANÁLISE ECONÔMICA DE IMPLANTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO: Na maior parte dos casos os estudos mostram boa a relação custo x benefício na implantação de equipamentos de movimentação de cargas dentro dos processos produtivos. Com a implantação obtêm-se oportunidades de redução de custo: mão de obra, materiais e despesas gerais; aumento da capacidade produtiva e melhoria nas condições de trabalho dando maior segurança e reduzindo a fadiga dos funcionários. No entanto antes de qualquer implantação faz-se necessário um estudo de viabilidade econômica para comparar os investimentos de aquisição, manutenção (mão de obra, ferramental, espaço físico, treinamento,...) e depreciação destes equipamentos, For

9 201 além disso, deve-se observar a possibilidade de se ter um capital mal aplicado em função dos altos juros impostos pelos financiamentos, principalmente se estes equipamentos forem subutilizados. Estudos mostram que para as grandes demandas de movimentação os ganhos em produtividade compensam substancialmente o investimento atribuído a aquisição. Devido a isto eles se adaptaram muito bem em diversos ramos da produção industrial como: automobilístico, aeronáutico, naval, têxtil, etc. Assim o uso de equipamentos de movimentação nos processos industriais deixou de ser novidade e passaram a ser essenciais para garantir alta produtividade ganhando importância dentro da área de produção. Com esta modificação a movimentação de material e cargas passou a ser vista com outros olhos e tomar um rumo para o campo logístico da produção, que engloba o suprimento de materiais, componentes, movimentação e o controle de produtos. Os profissionais reconheceram a necessidade de se estabelecer um conceito bem definido de logística industrial, uma vez que começaram a compreender melhor o fluxo contínuo dos materiais, as relações tempo-estoque na produção e na distribuição e os aspectos de fluxo de caixa no controle de materiais. Com isto as empresas desenvolveram atividades de controle global capaz de apoiar firmemente cada fase do sistema com um máximo de eficiência e um mínimo de capital investido. 9 VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS A) Redução de Custos: - Redução de custo de mão de obra: a utilização dos equipamentos de manuseio vai implicar a substituição da mão de obra pelos meios mecânicos, liberando esta mão de obra para outros serviços dentro da empresa, onde ela não pode ser substituída, serviços esses que vão exigir esforço intelectual do homem. For

10 201 - Redução de custo de materiais: com um transporte mais racional, o custo de perdas durante a armazenagem é reduzido. - Redução de custo de despesas gerais : racionalizando-se os processos de transporte e estoque diminuem-se os custos de despesas gerais, facilitando a desobstrução dos locais, evitando riscos de acidentes de pessoal e sinistro. O processo adquire fluidez. 10 B) Aumento na capacidade produtiva - Aumento de produção: o aumento de produção só é possível com a intensificação no fornecimento da matéria-prima, o que é conseguido com a introdução de equipamentos de transporte que permitam maior rapidez na chegada dos materiais até as linhas de produção. - Aumento da permitem explorar capacidade de estoque: os equipamentos para empilhar ao máximo a altura disponível para armazenagem nos edifícios,baumentando assim a capacidade de estocagem de produtos acabados. Permitem também um melhor acondicionamento, contribuindo para o aumento do espaço. - Melhor distribuição de armazenagem: com a utilização de dispositivos para formação de cargas unitárias e métodos para uma perfeita utilização dos estoques é possível montar um sistema de armazenagem organizado, com a utilização de métodos para uma perfeita utilização dos estoques. C) Melhores condições de trabalho - Maior segurança : com o uso de dispositivos destinados a cargas unitárias e com a aplicação de equipamentos de manuseio, o risco de acidentes durante as operações fica reduzido, desde que o sistema seja utilizado corretamente. - Redução de fadiga / maior conforto para o pessoal : quando se trata de manuseio por uma máquina, está liberando o homem para serviços nobres, o que lhe diminui a fadiga. Ao mesmo tempo, os que continuam trabalhando em For

11 201 serviços de transporte e estocagem de cargas trabalham com muito mais conforto, pois o equipamento faz serviço pelo homem. D) Distribuição - Melhoria na circulação : com a criação de corredores bem definidos, endereçamento fácil e equipamentos eficientes, a circulação das mercadorias dentro de um fábrica é sensivelmente melhorada. Quando se integra a unidade produtora às unidades regionais de armazenagem de produtos acabados, para distribuição aos pontos de venda, a utilização de métodos de carga e descarga de mercadorias, bem como de estocagem altamente eficientes traz como conseqüência melhor circulação entre estes pontos. - Reposição de material : a aplicação de sistemas de manuseio torna viável a criação de pontos de armazenagem em vários locais distantes da fábrica e que estejam colocados estrategicamente próximos aos pontos consumidores. Tudo isso só é possível graças à utilização de equipamentos de movimentação e armazenagem, pois o uso de cargas unitárias minimiza os custos de processo. - Melhoria dos serviços ao usuário: estando as mercadorias muito mais próximas dos centros consumidores, a chegada até o usuário torna-se muito mais rápida, com menos riscos de deterioração ou quebra e com menor custo, ou seja, o consumidor pode adquirir as mercadorias em melhor estado e por melhores preços. - Maior disponibilidade: da mesma forma haverá sempre disponibilidade de produtos em cada região EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA Movimentar materiais é uma tarefa que demanda grande esforço. A utilização de equipamentos adequados para cada tipo de material a ser transportado pode contribuir para uma melhor execução desta tarefa. Cada vez For

12 201 mais, novos equipamentos, mais modernos e sofisticados, são introduzidos no mercado, e a escolha do melhor equipamento depende de muitas variáveis, como o custo, o produto a ser manuseada, a necessidade ou não de mão de obra especializada, espaço disponível, entre outros. São considerados equipamentos de movimentação de cargas ou materiais, os equipamentos que levantam e movimentam para outros locais, materiais diversos. Entre estes equipamentos destacam-se os elevadores de carga, guindastes, monta-cargas, pontes-rolantes, talhas, guinchos, gruas, caminhões tipo munck, etc. Neste item, falaremos um pouco sobre os principais equipamentos utilizados na movimentação de cargas aplicáveis as áreas industriais, ressaltando suas vantagens e desvantagens. 12 TIPOS DE EQUIPAMENTOS CARROS MANUAIS DE CARGA: São os equipamentos mais simples. Consistem em plataformas com rodas e um timão direcional. Servem para movimentar materiais em pequeno volume e baixo peso. Possuem vantagens como baixo custo, versatilidade, manutenção quase inexistente. Desvantagens: Capacidade de carga limitada, baixa velocidade e produção, exigem grande quantidade de mão-de-obra. For

13 201 PALETEIRAS: São carros de movimentação de cargas com braços metálicos em forma de garfo e e sistema de elevação hidráulica. Vantagens: possibilidade de trabalho com cargas unitizadas, operação com esforço físico moderado, versatilidade. Desvantagens: pequena altura de elevação, restrições de uso em função do terreno. 13 EMPILHADEIRAS: podem ser elétricas ou de combustão interna.são usadas quando o peso e as distâncias são maiores (se comparadas com o carrinho) As mais comuns são as frontais de contrapeso. Vantagens: livre escolha do caminho, exige pouca largura dos corredores, segurança ao operário e à carga, diminui a mão-de-obra. Desvantagens: retornam quase sempre vazias, exige operador especializado, exige paletização de cargas pequenas. PLATAFORMAS DE CARGA E DESCARGA: utilizadas no recebimento e na expedição de mercadorias, facilitando o trabalho de carga e descarga de veículos e containers. Geralmente são fixas. For

14 201 MESAS E PLATAFORMAS HIDRÁULICAS: usadas basicamente na elevação da carga processos de manutenção e equipamentos. para auxílio em montagem de 14 GUINDASTES: usados em pátios, construção pesada, portos, plataformas marítimas e oficinas de manutenção. Podem ser do tipo fixo ou móvel, com lança treliçada ou telescópica. Opera cargas não paletizadas, grandes capacidades de carga, versátil, alcança locais de difícil acesso, mas apresenta a desvantagem de exigir espaço e ser lento. GRUAS: Fixo a terra, as Gruas ou guindastes de torre oferecem a melhor combinação de altura e capacidade, e são usados geralmente na construção de edifícios ou estruturas altas. Para conservar o For

15 201 espaço de trabalho na obra, o eixo vertical do guindaste é construído frequentemente dentro e ao centro da futura edificação, que é então, após o termino da obra (quando o guindaste é desmontado) convertido ao vão por onde passa o elevador. A estrutura horizontal contém uma espécie de trilho onde se desloca o equipamento responsável pelo içamento. Esta estrutura é balanceada assimetricamente com o auxílio de contrapesos. 15 STACKER CRANE: Consiste numa torre apoiada sobre um trilho inferior e guiada por um trilho superior muito utilizada a almoxarifados e estoques de cargas unitizadas. Pode ser instalada em corredores com menos de 1 metro de largura e algumas torres atingem até 30m de altura. Exige alto investimento, mas ocasiona uma grande economia de espaço. PÓRTICOS E SEMIPÓTICOS: São equipamentos de uma os duas vigas elevadas e auto-sustentáveis sobre trilhos. Possuem sistema de elevação semelhante ao das pontes rolantes e comando desde o piso, por botoeiras ou cabina, podendo esta ser fixa na viga ou móvel junto ao carro. Os pórticos são utilizados no armazenamento em locais descobertos e apresentam velocidades de elevação e translação de For

16 201 acordo com as necessidades operacionais. Sua capacidade de carga pode chega atingir 80 Ton e seu vão chega atingir 40m. O pórtico, devido a seu tipo de construção, não precisa de nenhum apoio como o semipórtico, para ser montado, por isso é a solução ideal para o transporte de materiais em espaços livres ou em prédios que não foram dimensionados para este fim. Vantagens: maior capacidade de carga que as pontes rolantes, não requer estrutura. Desvantagens: menos seguro, interfere com o tráfego no piso, e é mais caro.. PONTES ROLANTES: Viga suspensa sobre um vão livre, que roda sobre dois trilhos. São empregadas em fábricas ou depósitos que permitem o aproveitamento total da área útil Vantagens: elevada durabilidade, movimentam cargas ultrapesadas, carregam e descarregam em qualquer ponto, posicionamento aéreo. Desvantagens: exigem estruturas, investimento elevado, área de movimentação definida, profissional capacitado. GUINDASTES GIRATÓRIOS: Apresentam como característica básica a condição de serem equipamentos de área de movimentação limitada para o manuseio de materiais e visam atender locais de trabalho específicos. 16 For

17 GUINDASTES GIRATÓRIOS forma e local de instalação. Os guindastes giratórios com pontos de apoio fixos, são guindastes utilizados para manuseio de cargas e materiais em áreas restritas de movimentação. Apresentam restrições angulares e de alcance em função da 1 CLASSIFICAÇÃO: São subdivididos basicamente em duas classes: Os guindastes giratórios de coluna e de parede, sendo o primeiro montado sobre colunas metálicas fixadas ao piso e o segundo fixado em paredes ou colunas de concreto. GUINDASTES DE PAREDE: Por serem fixados a paredes ou colunas de concreto, os guindastes de parede apresentam maiores restrições quanto a mobilidade em função dos empecilhos impostos pelas paredes onde os mesmos são montados. Apresentam normalmente restrições de giro não permitindo passeios com angulações maiores do que 180. Em função do seu modo construtivo, necessitam de análise minuciosa e criteriosa quanto a resistência estrutural da parede ou coluna de concreto que vai recebê-lo antes de sua montagem, principalmente para as construções onde não tenha sido previsto em seu projeto a sustentação deste tipo de equipamento. Exige procedimento de fixação adequado, por profissionais habilitados, através da aplicação de sapatas metálicas ou estruturas especiais em função das cargas aplicadas. Como podemos observar abaixo apresentam For

18 201 características construtivas diferenciadas em função das capacidades de cargas desejadas. 18 GUINDASTES DE COLUNA: São equipamentos de movimentação mono-apoiados em mancais de deslizamento ou rolamento dispostos na estruturas das colunas metálicas. Diferentemente dos guindastes de parede podem permitir giros de até 360, a depender dos obstáculos impostos pela vizinhança da instalação. Assim como o guindaste de parede esta classe de equipamentos trabalham com a movimentação de cargas unitizadas ou não, e são operados a partir do solo sob o comando de joystick e/ou botoeiras de comando acionadas por operador

19 COMPONENTES BÁSICOS COLUNA: Estrutura metálica, sob a qual a lança é instalada, fabricada em aço estrutural através da união de partes metálicas por solda e montada no sentido vertical. Responsável pela absorção de esforços de flambagem e flexo-torção transmitidos pela carga movimentada através da viga horizontal. Normalmente construída por tubos ou união de perfis, apresentam núcleo oco que proporciona leveza a estrutura e favorecem a resistência a flambagem. LANÇA: Estrutura construída em aço, composta por perfis metálicos estruturais ou viga tipo caixão fechada por solda. Responsável pela sustentação de todos os esforços de flexão provocados pela movimentação espacial da talha em conjunto com a carga sob movimentação. Encontra-se fixada a coluna ou a parede por meio de articulações com pinos, tendo a outra extremidade livre de sustentação.

20 201 TROLLEY: Unidade de translação horizontal composta por elemento transportador responsável pela suportação da talha, composto por rodízios metálicos montados em estrutura de chapas e eixos fechados e encaixados no interior das vigas por onde percorrem transladando de uma extremidade a outra da lança. Podem apresentar sistema de auto-propulsão através do uso de motor elétrico e caixa de redução acoplada diretamente a estrutura do trolley. 20 TALHA: Montada sob o carro trolley, fixada através de gancho ou manilha, é destinada basicamente ao deslocamento vertical de cargas, e/ou deslocando-as por meio de cabos de aço ou correntes. sustentando-as A depender do modo de acionamento podem ser subdivididas em três classes: Talhas Manuais, Elétricas ou Pneumáticas. TALHAS MANUAIS: Por apresentarem dimensões portáteis as talhas manuais são mais utilizadas para serviços leves de montagem e manutenção que necessitam de baixa a moderada capacidade de carga. São isentas de sistema de propulsão própria, mas podem ser instaladas em carros do tipo trolley para permitir a

21 201 movimentação em vigas com perfil tipo I. Com capacidades de carga que variam de 250Kg a 6Ton e elevação média de 3m são compostas basicamente por: Roda dentada de operação da corrente; Dispositivo limitador de sobrecarga que impede que a máquina eleve cargas superiores à sua capacidade nominal. Corrente principal; 21 Corrente de propulsão; Ganchos fabricados em aço-liga, tratados termicamente e dotados de trava de segurança; Carcaça; Alavanca quando aplicável; TALHAS ELÉTRICAS: Apresenta seus movimentos de descida e subida acionados por motor elétrico agregado a uma caixa de redução, acionada por sistema de botoeira com fio ou wireless. Ao contrário das talhas manuais apresentam construções mais robustas e em função de sua mobilidade são normalmente aplicadas em guindastes giratórios e pontes rolantes para realização de trabalhos mais pesados que as manuais. Em função da maior robustez e mobilidade são na maioria dos casos aplicadas em processos de movimentação de carga, podendo realizar trabalhos com cargas de até 50 Ton (talhas mais usuais) e alturas de elevação a depender das condições construtivas do equipamento. São compostas basicamente pelos seguintes componentes: Joistick de comando; Motor elétrico;

22 201 Caixa de redução; Dispositivo limitador de sobrecarga que impede que a máquina eleve cargas superiores à sua capacidade nominal. Chaves fim de curso; Cadernal; Polias de carga; Tambor de enrolamento dos cabos; 22 Cabo de aço de elevação; Ganchos fabricados em aço-liga, tratados termicamente e dotados de trava de segurança; Carcaça; Trolley integrado

23 TALHAS PNEUMÁTICAS: Apresenta seus movimentos de descida e subida acionados por motor pneumático integrado ao corpo da talha, que acionado através da força de impulsão do ar comprimido. Uma das principais vantagens e a possibilidade utilização em áreas classificadas (áreas que não podem ser submetidas a chamas ou arcos elétricos).

24 GUINDASTES GIRATÓRIOS ESPECIFICAÇÃO TALHAS ESPECIFICAÇÃO Segue abaixo algumas características a serem observadas para a especificação de talhas aplicadas aos guindastes giratórios e pontes rolantes CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE CABOS DE AÇO PARA TALHAS Na seleção do sistema de cabos, devem ser considerados os seguintes parâmetros: a) Tipo de serviço, caracterizado pelo grupo de classificação; b) Diâmetro do cabo; c) Diâmetro do tambor, polias de carga e polias compensadoras; d) Ranhuras. 24 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE MOTORES DE ELEVAÇÃO PARA TALHAS Na seleção de motores de elevação e translação devem ser considerados os seguintes parâmetros: a) Regime de operação (períodos de utilização, intermitência no serviço, duração das operações) b) Potencia nominal necessária; CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE MOTORES DE TRANSLAÇÃO PARA TALHAS Na seleção de motores de elevação e translação devem ser considerados os seguintes parâmetros: a) Regime de operação (períodos de utilização, intermitência no serviço, duração das operações) b) Potencial nominal necessária; c) Conjugado necessário para vencer a inércia; d) Conjugado de aceleração; e) Tempo de aceleração; f) Coeficiente de atrito e perdas por escorregamento;

25 201. GUINDASTES GIRATÓRIOS INSTALAÇÃO TALHAS INSTALAÇÃO ESTRUTURA SUPORTE A estrutura suporte onde está instalada a talha, tal como monovia, braço giratório, deve ser dimensionada considerando as cargas às quais devem ser submetidas em função da utilização da talha. Devem ser observadas, ainda as dimensões mínimas requeridas, assim como as tolerâncias permissíveis (dimensão, forma, posição), valores esses a serem indicados pelos fabricantes. 25 ELEMENTOS DE COMANDO Os elementos de comando pendentes tais como botoeiras, devem ser localizados a uma altura adequada para o operador. ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA TALHA ELÉTRICA A linha de alimentação, a ser dimensionada conforme indicações do fabricante da talha, deve ser seccionável da rede por disjuntor ou chave seccionadora de fácil acesso. A seqüência de fazes deve ser respeitada para que a direção dos movimentos (gancho, trole) coincida com a marcação dos elementos de comando. Em caso de divergência, devem ser invertidas duas fazes na linha; não é permitida qualquer modificação nas ligações do motor ou dos elementos de comando. O equipamento deve ser convenientemente aterrado. ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA TALHA PNEUMÁTICA As talhas pneumáticas devem ser adequadamente ligadas às linhas de ar, que devem suprir a vazão, pressão e características de ar compatíveis com a talha, de acordo com as indicações do fabricante.

26 201 POSTO DE OPERAÇÃO Ao operador de talhas deve ser assegurado posto de operação seguro, do qual o acesso à corrente ou alavanca de comando seja fácil, e que permita boa postura e visão da talha e da carga GUINDASTES GIRATÓRIOS INSPEÇÃO TALHAS - INSPEÇÃO INICIAL a) Todas as talhas devem ser inspecionadas pelo fabricante, antes do seu fornecimento ao cliente; as talhas que tenham sido consertadas ou alteradas devem ser inspecionadas antes da sua instalação, para garantir a conformidade com a NBR e com as especificações do fabricante. b) Nova inspeção visual deve ser efetuada pelo responsável da montagem antes da instalação da talha, para certifica-se de que a talha e/ou seus acessórios não foram danificados no transporte, armazenamento ou manuseio. INSPEÇÃO Inspeções freqüentes e periódicas do equipamento deverão ser inseridas nos programas de manutenção do equipamento. Essa ação deverá ser tomada tanto no sentido de fornecer subsídios para as ações de manutenção, como de evitar que falhas ou defeitos não-detectados nas manutenções venham a se converter em fatores de risco. Após cada inspeção realizada é necessária a emissão de relatório de inspeção que deverá conter todos os itens avaliados e respectivas recomendações. As inspeções podem ser classificadas em inspeção inicial de segurança, inspeção diária e inspeção periódica de segurança. INSPEÇÃO DIÁRIA As inspeções diárias devem objetivar, no mínimo: a) A constatação do correto funcionamento dos sistemas:

27 201 proteção; - Avaliar o correto funcionamento dos fins-de-curso; - Avaliar a correta atuação dos comandos e de eventuais dispositivos de b) O exame visual do estado de conservação: - Elementos de máquinas submetido a ação das cargas: (Parafusos, cabos, correntes, porcas, pinos, eixos, polias, etc...) - Ganchos, moitões e/ou dispositivos de carga, verificando a existência de deformações ou outros danos. NOTA: As deficiências devem ser cuidadosamente examinadas, e corrigidas e eliminadas as suas causas. Deformações excessivas do gancho geralmente indicam que o sistema foi operado de forma imprópria e que pode ser induzido a danos em outros componentes. 2 INSPEÇÃO PERIÓDICA: As inspeções periódicas na talha devem ser completas, realizadas em intervalos definidos, profissional habilitado dependendo da severidade do serviço, das condições ambientais e das indicações específicas do fabricante. Além das indicadas na seção. As inspeções periódicas devem abranger, no mínimo, as partes do equipamento, indicadas a seguir, constatando: a) fixação e aperto de parafuso e/ou rebites; b) desgaste das roldanas; c) desgaste excessivo, corrosão, deformação ou ruptura de elementos, tais como: rolamentos, eixos, engrenagens, pinos; d) desgaste excessivo dos componentes do mecanismo de freio; e) desgaste excessivo, corrosão, deformação ou trincas na corrente de carga; f) estado do gancho: pelo menos uma vez por ano o gancho deve ser inspecionado com líquido penetrante, ou outro meio apropriado, visando a determinar a inexistência de fissuras;

28 201 g) estado da porca e trava do gancho dos elementos do moitão, tais como: anéis de retenção, pinos, soldas ou rebites; h) desgastes anormais ou deterioração dos componentes elétricos, em especial contadores, chaves fim-de-curso e) estado da botoeira de comando; i) estado do trole, em especial das rodas, parafusos de fixação e/ou fechamento e mecanismo de acionamento; j) estado das estruturas suporte, monovia e seus complementos e dos elementos de fixação; l) estado das linhas de alimentação e do que possa influir na operacionalidade do equipamento e na segurança do pessoal, tais como: limpeza em geral e, em especial das botoeiras e demais mecanismos de controle, mantendo os símbolos legíveis. NOTA: As deficiências devem ser cuidadosamente examinadas, e corrigidas e eliminadas as suas causas. Protocolos das inspeções efetuadas devem ser elaborados e assinados pelos responsáveis, ficando em fácil acesso para realização de auditorias e análise dos resultados GUINDASTES GIRATÓRIOS MANUTENÇÃO Segue abaixo algumas recomendações e procedimentos a serem realizados na manutenção das giratórios: talhas que equipam as pontes rolantes e os guindastes a) as correntes de carga e de comando devem ser mantidas limpas e livres de oxidação e de qualquer material abrasivo ou que possa se acumular na corrente alterando o seu módulo ou reduzindo sua capacidade de articulação. O processo de limpeza não deve provocar avarias nas correntes; b) as correntes de carga articulam-se sob altas pressões específicas e devem ser lubrificadas de acordo com as recomendações do fabricante da talha.

29 201 Na falta dessas recomendações, lubrificar a corrente com óleo mineral de alta viscosidade, aplicando em pequena quantidade, porém com grande freqüência, visto que o óleo se dispersa com uso da talha. Nota: As correntes de comando que atuam sob esforços reduzidos, normalmente, não necessitam de lubrificação. 29 c) Recomenda-se o estabelecimento de um plano de manutenção preventiva, devidamente desenvolvido por profissional habilitado, baseado nas recomendações do fabricante e em análise criteriosa das condições operacionais dos equipamentos em questão. PRECAUÇÕES NA MANUTENÇÃO Antes do início dos reparos ou ajustes na talha, as seguintes precauções devem ser tomadas. a) Se a talha possui acionamento elétrico, o circuito deve ser desenergizado através da chave seccionadora do suprimento de força da talha, sendo que a referida chave deve ser bloqueada na posição desligada através de cadeados ou similares. b) Se a talha tiver acionamento pneumático, a válvula na linha de fornecimento de ar deve ser fechada e bloqueada. c) Placas contendo as indicações de em reparo, manutenção ou similares devem ser colocadas na talha, de forma a ficar claramente indicado que o equipamento não pode ser utilizado. d) Após o término dos reparos e ajustes, a talha não deve ser posta em funcionamento antes que todas proteções tenham sido reinstaladas, os dispositivos de segurança reativados e todos os equipamentos de manutenção removidos. e) Se a talha bloqueou com uma carga suspensa, retirar a carga por qualquer meio seguro antes de desmontar qualquer componente.

30 201 LUBRIFICAÇÃO Todas as partes móveis da talha, para as quais esteja especificada uma lubrificação, devem ser lubrificadas periodicamente, nos intervalos indicados pelo fabricante. Os pontos que devem ser lubrificados, assim como o tipo e qualidade de lubrificante, devem seguir as indicações do fabricante. Devem ser tomadas precauções equivalentes às descritas acima, quando a talha estiver em lubrificação. 30 AJUSTES E REPAROS a) Qualquer condição de insegurança ou não-conformidade determinada pelas inspeções deve ser corrigida antes de pôr a talha novamente em uso, salvo as condições que apresentem baixa criticidade ao funcionamento do equipamento; b) Alguns ajustes devem ser efetuados visando a garantir a boa operação dos mecanismos, tais como: freios, catracas, mecanismos limitadores (fins de curso); c) Reparos ou substituições devem ser efetuadas oportunamente, conforme requeridos para o correto funcionamento do equipamento. d) Devem ser substituídas todas as peças vitais que apresentem desgaste ou estejam deformadas, quebradas ou apresentem fissuras. Nota: Soldas no ganchos ou elementos estruturais que compõem o equipamento não devem ser realizas sem acompanhamento técnico de um profissional habilitado; TALHAS UTILIZADAS DE FORMA DESCONTÍNUA As talhas utilizadas de forma descontínua, sujeitas à paralisação da ordem de um mês ou mais, devem ser preparadas (trabalho de preservação) para os períodos de paralisação, de forma adequada às condições ambientais, visando a defendê-las da umidificação dos componentes elétricos e da corrosão de uma forma geral. É recomendável, que pelo menos uma vez ao mês, seja simulado o

31 201 uso da talha. Recomenda-se também a continuidade de execução dos planos de inspeção para estes equipamentos. Nota: Nos casos em que os equipamentos tiverem passado mais 03 meses parados recomenda-se a realização de uma inspeção conforme itens da inspeção inicial e/ou periódica [Prática Recomendada] GUINDASTES GIRATÓRIOS ENSAIOS E TESTES TALHAS ENSAIO OPERACIONAIS Cada talha deve ser ensaiada antes de sua entrada em serviço. O primeiro ensaio, mesmo quando não realizado no estabelecimento do fabricante, deve ser efetuado sob sua responsabilidade técnica (ART Anotação de Responsabilidade Técnica). O fabricante deve fornecer ao comprador um certificado com os resultados dos ensaios, atestando que a talha fornecida encontra-se conforme os requisitos da Norma ABNT NBR 1132 e seus Anexos. VERIFICAÇÕES Antes da realização dos ensaios operacionais, os seguintes pontos devem ser verificados: a) apoios e/ou elementos de fixação; b) batentes na monivia ou trave de ponte ou do braço giratório, conforme o caso; c) ligações elétricas ou pneumáticas, conforme o caso; d) níveis de óleo e pontos de lubrificação; e) condições da corrente e sua acomodação nas roldanas; f) dispositivo fim-de-curso, se houver; g) terminais da corrente.

32 201 PROCEDIMENTOS DE ENSAIO Tanto as talhas novas como as que tenham sido reparadas ou modificadas, bem como as que tenham permanecido inoperantes por mais de trinta dias, devem ser ensaiadas sob a orientação de pessoa devidamente qualificada, antes do início ou reinício da sua operação. AVALIAÇÃO DE COMPATIBILIDADE É necessário comprovar a compatibilidade da talha com os demais equipamentos e com o local de operação. Deve-se avaliar as eventuais obstruções fixas ou móveis no caminho da talha ou de seus acessórios, bem como no caso da existência de desvios, sistemas de segurança, necessariamente independente da atuação do operador ou de terceiros, devem impedir que a telha tenha acesso a obstruções ou a descontinuidade da viga de rolamento. 32 ENSAIOS EM VAZIO São efetuados para constatação de funcionamento e regularidade de atuação de todos os comandos e funções, devendo ser ensaiados, no mínimo, os seguintes itens: a) os movimentos de subida e descida do gancho e de deslocamento do trole, se houver, observando-se coincidência com as marcações; b) a atuação dos freios; c) a atuação dos dispositivos limitadores e de segurança. ENSAIOS COM CARGA Os ensaios com carga, tanto nas talhas novas como nas reparadas e cujo meios de levantamento tenham sido substituídos ou alterados, devem atender ao prescrito na NBR quanto aos ensaios dinâmicos e dos freios, com exceção das medidas de velocidade e de percurso de frenagem, que podem ser substituídos por controle visual, caso o ensaio inicial já tenha sido executado pelo fabricante.

33 201 Devem ser tomados, durante os ensaios, todos os cuidados exigidos em operação normal acrescidos de cautela de içar inicialmente a carga na menor altura possível, elevando-a, após constatação da correta atuação dos freios. Uma sobrecarga de 25% acima da capacidade nominal deve ser elevada e abaixada, com a alimentação de energia (tensão/pressão) nos valores nominais, sem alteração expressiva das velocidades. Condicionado a que a alimentação de energia, seja elétrica ou ar comprimido, esteja dentro dos valores nominais indicados; as velocidades de elevação e abaixamento de uma carga correspondente a capacidade nominal da talha, devem ser, no máximo, 5% menores ou maiores do que a velocidade nominal indicada pelo fabricante. Nestas condições, nas talhas elétricas, a corrente medida não deve ultrapassar a indicada pelo fabricante. Ensaios estáticos não são usualmente realizados. Se solicitados, em casos especiais devem ser objeto. de entendimento entre fabricante e consumidor. Estes ensaios devem ser realizados com uma sobrecarga de até 50%. da capacidade nominal, até a capacidade 80 t., e de até 40% acima desta GUINDASTES GIRATÓRIOS RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA a) A capacidade de carga das talhas deve estar claramente posicionada no corpo da talha, bem como o trilho também deve ter assinalada sua capacidade de carga; b) As talhas devem estar seguramente presas aos seus suportes ou ao trolley através de manilha ou gancho com travas que não permitam o escape da talha; c) As talhas elétricas devem ser providas com limite de fim de curso que não permita ao cabo de aço sobre-enrolar no tambor, provocando o choque da carga contra a estrutura da talha, e romper-se; d) O botão de subida da talha deve ser projetado de forma que requeira permanente pressão para levantar ou abaixar a carga;

34 201 e) Os trilhos por onde correm as talhas devem ter batente de fim de curso para evitar a queda da talha; f) O tambor das talhas com entalhe simples para acomodação do cabo deve ser livre de projeções que possam danificar o cabo; g) Só utilizar talhas que apresentem cabos, correntes, ganchos e demais componentes em adequadas condições de uso; h) Manter mãos e dedos distantes de pontos de fixação ou guias; j) Não permanecer sob cargas suspensas; l) Quando destinada ao manuseio de cargas de alto risco como, por exemplo: metais em fusão e materiais radioativos a talha deve ser reclassificada, pela redução em 1/3 da sua capacidade nominal determinada em sua classificação; m) O cabo elétrico da caixa de comando deve ser sustentado por um cabo ou corrente paralela protegendo o cabo de possíveis esforços e danificações; n) A talha deve ser aterrada de maneira a evitar possível choque elétrico no operador em caso de falha do circuito; o) Um mínimo de duas voltas de cabo deve permanecer no tambor quando o bloco do gancho estiver no piso mais baixo do edifício onde a talha opera GUINDASTES GIRATÓRIOS - OPERAÇÃO A operação deste tipo de equipamento requer muita atenção e responsabilidade já que sua operação envolve bastante risco no que se refere a segurança das pessoas e processos em volta de sua movimentação. OPERADORES

35 201 São os profissionais habilitados a realizar as manobras e operações referentes ao uso do equipamento. As talhas devem ser operadas somente pelas seguintes pessoas: a) Operadores especificamente designados e treinados para tais tarefas; b) Pessoal de manutenção e testes, desde que necessário para o cumprimento de suas funções; c) Inspetores. 35 PRÁTICAS OPERACIONAIS Na operação da talha, as seguintes práticas gerais devem ser observadas: a) o operador deve evitar que, durante a operação com a talha, sua atenção seja desviada por outras tarefas ou motivos; b) caso tenham sido colocadas na talha placas indicativas de que a talha se encontra em reparos, ajustes, etc., o operador não deve acioná-la, até que pessoas responsáveis tenham terminado o serviço e retirado as placas indicativas; c) antes de comandar qualquer movimento da talha, o operador deve certificar-se de que a operação não coloca em perigo pessoas que estão na área; d) o operador deve familiarizar-se com o equipamento e com os cuidados a serem tomados. Caso ajustes ou reparos tornem-se necessários, ou se danos lhe forem conhecidos ou suspeitados, deve comunicá-los prontamente às pessoas pertinentes. Em caso de troca de turno, deve ser informada ao novo operador qualquer anomalia; e) Todos os controles devem ser testados pelo operador antes de iniciar a jornada. Caso algum controle não esteja funcionando satisfatoriamente, este deve ser ajustado ou reparado antes de iniciar o serviço. f) antes de operar a talha, o jogador deve assegurar-se de que as mãos estejam afastadas das partes da talha que entrarão em movimento.

36 201 QUALIFICAÇÃO E RESPONSABILIDADES INERENTES AOS OPERADORES Os operadores selecionados devem ter alto grau de responsabilidade e bom entendimento de equipamentos mecânicos. Nota: O trabalho com talhas e equipamento similares pode acarretar situações de perigo, para pessoas e equipamentos, que somente podem ser evitadas através de uma operação cuidadosa e responsável pelos operadores de tais equipamentos. Testes práticos, limitados ao equipamento específico a ser operado, devem ser efetuados com o pessoal a ser selecionado. 36 MANIPULAÇÃO DA CARGA Na manipulação da carga, devem ser observadas, no mínimo, as práticas e as restrições descritas abaixo: CAPACIDADE: Nenhuma talha deve ser carregada acima de sua capacidade nominal, exceto para efeito de teste devidamente autorizado. FIXAÇÃO: A corrente da talha não pode ser enrolada na carga. A carga deve ser fixada ao gancho da talha através de laços ou outros meios adequados ao seu manuseio, cuidando-se que não haja possibilidade de deslizamento, mesmo quando a carga oscilar com os movimentos do trole. MOVIMENTAÇÃO: a) A carga não pode ser elevada mais do que uns poucos centímetros, até se constatar que está devidamente balanceada nos laços ou nos meios de manuseio da carga. b) Deve-se cuidar, durante o içamento, para que: a corrente não esteja dobrada ou retorcida e, no caso de vários ramais, que estes não estejam enrolados entre si; a carga não esteja impedida por qualquer obstrução.

37 201 c) A talha deve estar centralizada acima da carga de tal forma que o içamento seja feito verticalmente, sem arrastes que possam danificar a talha. Nota: Somente em casos excepcionais e após verificar que tanto a talha como a sua fixação não sofrerão danos, pode-se admitir um desvio desta regra. d) talhas não devem ser utilizadas para o transporte de pessoas, a menos que esteja especificamente autorizado pelo fabricante, e o sistema seja devidamente aprovado pelas autoridades competentes; e) O operador não deve passar com cargas acima de pessoas. No caso de serem utilizados dispositivos pega carga, tais como eletroímãs, sistema de vácuo e similares, esta proibição é absoluta e extensiva a uma faixa de segurança a ser determinada em cada caso; f) Caso a talha opere regularmente com cargas pequenas em relação à sua capacidade nominal, o operador deve testar os freios cada vez que operar com uma carga próxima da capacidade nominal, levantando a carga um pouco acima do piso ou do suporte da carga, e verificando a ação do freio. somente após constatando o bom funcionamento do freio, pode ser feito o içamento da carga; g) O operador deve evitar ligações desnecessárias do(s) motor(es) da talha, a fim de evitar eventuais danos por excesso de ligações; h) O operador não deve abandonar a carga suspensa pela talha, a menos que sejam tomadas as devidas precauções; i) Os meios de comando (por exemplo, botoeira) devem estar sempre ao alcance da mão do operador quando estiver manipulado a carga; j) Dispositivos de sobrecarga da talha não devem ser utilizados pelo operador para limitar o percurso do gancho PONTES ROLANTES As Pontes rolantes são equipamentos usados para transportar cargas dentro de um espaço físico pré determinado. Tem o nome de "ponte rolante"

38 201 por ser constituída basicamente de uma viga principal apoiada em cada extremidade por apoios rolantes que se deslocam sobre dois trilhos elevados e paralelos afastados um do outro, o comprimento aproximado da viga. Estes equipamentos se destinam à movimentação horizontal e vertical, sendo geralmente empregadas no transporte e elevação de cargas (equipamentos e materiais) em instalações indústria (fundições, usinas siderúrgicas, linhas de montagem, em casas de máquinas de usina, elétricas, em pátio de carga, depósitos, etc.) e nos canteiros de obras. 38 O deslocamento da viga principal é no seu sentido tranversal, tanto para a direita como para a esquerda, pela extensão dos trilhos e geralmente em planos horizontais ou, em casos especiais os trilhos podem seguir trajetória curva e os planos serem levemente inclinados. Acrescentado à viga principal geralmente existe um guincho capaz de suspender as cargas verticalmente do chão até aproximadamente a altura da viga principal. Este guincho frequentemente está instalado sobre um carro que se desloca longitudinalmente através da viga principal. A ponte rolante tem seus movimentos longitudinal, transversal e vertical motorizados. Dependendo de seu tamanho e potência, tem os seus movimentos comandados por um operador na cabina, ou por botoeira ao nível do piso. O movimento longitudinal esquerdo ou direito é feito pelas rodas sobre os trilhos. O transversal esquerdo ou direito é feito pelo carro sobre a ponte. O

39 201 vertical ascendente ou descendente é feito pelo enrolamento ou desenrolamento do cabo de aço ou corrente. Os tipos de pontes rolantes variam em função dos fabricantes e são grandes opções oferecidas. Sua capacidade podem variar de 0,5 à 300 toneladas, porém de forma geral, as pequenas têm uma potência de carga até 3 toneladas e as grandes podem chegar até 120 toneladas, podendo ser montadas em pequenos vãos, de aproximadamente 6m, até em grandes vãos que chegam a 30m. Pontes com capacidade acima de 120 toneladas podem ser consideradas como pontes de uso especial. Convencionou-se dividir as pontes em grupos levando em consideração a capacidade de carga: - Grupo leve: Pontes rolantes de 3 à 15 ton; - Grupo médio : Pontes rolantes de 15 às 50 ton; - Grupo pesado: Pontes rolantes de 50 à 120 ton. - Grupo extra pesado: Pontes rolantes com capacidade acima de 120 ton. 39 Diferentemente do grupo leve, os grupos de pontes médios e pesados são equipados com dois sistemas de elevação no carro, sendo um deles o gancho auxiliar, que permite maior versatilidade no levantamento da carga, pois opera com maior velocidade. Em função de capacidade de carga as pontes rolantes podem ser constituídas de uma ou duas vigas principais suspensas, sobre um vão livre, e apoiadas rigidamente sobre as cabeceiras (vigas testeiras) móveis. As cabeceiras se deslocam sobre trilhos (caminhos de rolamento) apoiados sobre estruturas metálicas ou de concreto. Para aplicações que exigem menor capacidade de elevação e menores áreas de varredura, utilizam-se pontes rolantes com talha móvel, que constam de um viga I, em cuja aba inferior se apoia uma talha com trole.

40 Outra possibilidade de classificação pode ser desenvolvida em função do fator de utilização da ponte rolante. Podemos classificá-las como uso: a) ocasional com duas a cinco operações a plena carga por hora, a velocidades baixas, usadas em usinas de força; b) leve de cinco a dez operações a plena carga por hora, a baixa velocidades, em oficinas mecânicas e armazéns; c) moderado trabalham em regime de 10 a 20 operações horárias, a velocidades médias, em fundições leves e pátios de carga;

41 201 d) constante funcionam de 20 a 40 vezes por hora, a plena carga, a velocidade mais elevada, principalmente linhas de montagem e fundições pesadas; e) pesado conjugam elevadas velocidades com grande capacidade, realizando mais de 40 operações por hora. 41 TIPOS DE PONTES ROLANTE: Com base em suas características construtivas as pontes rolantes são subdivididas em: 1) Apoiada a) Univiga b) Dupla-viga 2) Suspensa 3) De console PONTE DO TIPO APOIADA A viga da ponte rolante corre por cima dos trilhos do caminho de rolamento. Estes trilhos são sustentados pelas colunas de concreto do prédio ou, no caso do projeto do prédio não ter previsto a instalação de uma ponte rolante, colunas de aço especialmente fabricadas para a estrutura do caminho. A) UNIVIGA A ponte rolante apoiada univiga é constituída por duas cabeceiras, uma única viga e um ou dois carros trolley que sustentam a(s) talha(s). O carro trolley corre na aba inferior da viga da ponte rolante. Dependendo

42 201 da capacidade do vão, as vigas principais podem ser constituídas de viga tipo I laminada ou viga tipo caixão soldada. Geralmente este tipo de ponte é aplicada para capacidade de cargas que podem chegar a até 15 toneladas. B) DUPLA-VIGA 42 A ponte rolante apoiada dupla-viga é constituída por duas cabeceiras, duas vigas e um ou dois carros trolley que sustentam a(s) talha(s). O carro trolley corre em trilhos que são normalmente fixados na parte superior da viga da ponte rolante. O aproveitamento da altura é particularmente vantajoso nessa construção podendo o gancho de carga ser içado entre as duas vigas principais da ponte rolante. Geralmente são fabricadas para aguentar cargas de até 50 toneladas. Em comparação as pontes do tipo univiga, apresentam maior capacidade de carga em função do uso de duas vigas. PONTE ROLANTE SUSPENSA Transladam na aba inferior da viga de rolamento que é montada diretamente na estrutura do prédio, aproveitando assim o máximo de altura disponível e eliminando a necessidade de estrutura auxiliar no piso. A viga da ponte rolante corre por baixo dos trilhos das vigas do caminho de rolamentos. Estes trilhos são sustentados pelas colunas de concreto do prédio ou, no caso do projeto do prédio não ter previsto a instalação de uma ponte rolante, colunas de aço especialmente fabricadas para a estrutura do caminho.

43 201 As aproximações laterais do gancho são menores do que qualquer outro tipo de construção de ponte rolante, pois a viga principal avança além do vão do caminho de rolamento, possibilitando o máximo aproveitamento da largura do prédio. Outra particularidade dessa construção de ponte rolante é a possibilidade de combinação com outras pontes rolantes ou monovias utilizando-se de um único mecanismo de elevação e translação da carga. Em geral suportam até kg. 43 PONTE ROLANTE TIPO CONSOLE A ponte rolante tipo console movimenta-se em um nível próprio, debaixo das grandes pontes rolantes. Com isso, ela proporciona um fluxo de materiais sem atritos através de possibilidades de movimentação adicionais para outras áreas de produção de forma conseqüente. Com coordenadas de ângulos retos, ela pode, nesse caso, atender a mais de um local de trabalho. As pontes rolantes do tipo console tipo console são geralmente encontradas para capacidades de até 5t e comprimentos de lança de até 10m.

44 PONTES ROLANTES - COMPONENTES PONTE É a estrutura principal propriamente dita. Suporta maior parte dos componentes e realiza o movimento de translação da ponte rolante que cobre o vão de trabalho. Uma ponte rolante é constituída por duas cabeceiras e uma univiga ou dupla-viga. CABECEIRAS Estão localizadas nas extremidades da viga. Nas cabeceiras estão fixadas as rodas, uma das quais geralmente é acionada por uma caixa de engrenagem, que por sua vez é acionada por um motor elétrico, o que permite o movimento de translação da ponte rolante. Estas rodas se movem por sobre os trilhos que compõem o caminho de rolamento. VIGA É a viga principal da ponte rolante. Quando o projeto da ponte rolante utiliza apenas uma viga tem-se uma ponte chamada de uni-viga, e quando o projeto da ponte rolante utiliza duas vigas tem-se uma ponte chamada de ponte dupla-viga. Sobre ou sob esta viga, dependendo do tipo de ponte rolante desloca-se o carro da talha. CARRO TALHA

45 201 O carro talha se movimenta sobre as vigas principais da ponte e é o mecanismo onde se localiza o sistema de elevação (talha). É responsável pelo deslocamento transversal e vertical da carga. TALHA A talha pode ser montada no carro ponte e é resposável pelo movimento de elevação da carga. Geralmente a talha utiliza um cabo de aço para levantar um bloco de gancho ou dispositivo de elevação. Para parar o movimento de elevação é utilizado um motor elétrico com freio eletromagnético chamado de motofreio. A talha também pode ser montada sob a viga principal da ponte com o auxílio de um Trolley para poder se deslocar na transversal da ponte, não sendo necessário o carro ponte. 45 TROLLEY O trolley movimenta a talha sob a viga da ponte rolante. Geralmente o movimento do trolley é realizado por um motor elétrico que aciona uma caixa de engrenagens. CAMINHO DE ROLAMENTO Trata-se de um par de trilhos ferroviários, normalmente fixados nas vigas laterais do edifício, que servem como caminho para o deslocamento longitudinal da Ponte Rolante. Esse par de trilhos é posicionado abaixo das rodas cabeceira e deve ser cuidadosamente calculado para resistir aos esforços existentes no trabalho deste equipamento. da A botoeira pendente é a forma mais tradicional de controlar os BOTOEIRA PENDENTE movimentos de uma ponte rolante. Entretanto, como a botoeira pendente é ligada ao painel elétrico da ponte rolante através de um contribuir para: aumentar o risco da operação (devido a cabo, ela pode proximidade do

46 201 operador com a carga que está sendo movimentada), diminuir a produtividade (o operador pode ter dificuldade em se movimentar por entre máquinas e materiais, pois está preso a ponte rolante pela botoeira pendente) e aumentar os custos de manutenção (pois o cabo está sujeito a enroscar em algo e a botoeira pendente está sujeita a golpes e pancadas). CONTROLE REMOTO 46 Outra maneira de controlar os movimentos de uma ponte rolante é através do uso de um controle remoto via rádio frequência. Este tipo de equipamento é composto por um receptor de rádio frequência conectado eletricamente ao painel da ponte rolante, um transmissor portátil para seleção dos movimentos, carregador de baterias e bateria (química). O uso do controle remoto via rádio frequência oferece algumas vantagens sobre a botoeira pendente: O transmissor do controle remoto é portátil, assim, assegura um melhor posicionamento do operador em relação a carga que está sendo movimentada, ou seja, mais segurança na operação da ponte rolante. O controle remoto permite que o operador se posicione a uma distância segura do receptor que está conectado ao painel da ponte rolante, ou seja, o operador pode escolher a melhor e mais eficiente rota dentro da configuração de instalação de fábrica para se locomover, aumentando a produtividade. Com o uso do controle remoto, a botoeira pendente pode ser retirada ou pode continuar instalada atuando como reserva do controle remoto. Em ambos os casos o desgaste dos cabos será mínimo, reduzindo os custos de manutenção da ponte rolante. CABINE Outra maneira de controlar os movimentos da uma ponte rolante é através de uma cabine de operação que é localizada na própria ponte rolante. Este tipo de controle é utilizado quando o ambiente abaixo da ponte é muito agressivo e/ou quando o operador precisa visualizar a operação pelo exemplo, a movimentação de um container (transporte). alto, como, por

47 201 CAIXA DE ENGRENAGEM: Composta por engrenagens de dentes retos ou oblíquos, de funcionamento silencioso e construção leve, fornecem a necessária resistência ao momento de torque de acionamento. Estão disponíveis quatro relações de transmissão diferentes por modelo PONTES ROLANTES INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO ESTRUTURA DE SUPORTE CHECANDO APERTO NOS PARAFUSOS: Note o acúmulo de sujeira e/ou tinta Trincas na pintura ou acúmulo de sujeira geralmente são causados por parafusos folgados. 1. Verifique todos os parafusos quanto à folga, a falta ou a parafusos quebrados.

48 Uma boa dica é verificar se há trincas na pintura em torno do parafuso, o que mostra que houve movimento. 3. Às vezes um acúmulo de sujeira ou graxa pode fazer a mesma coisa. 4. Usar uma chave de torque para verificar o aperto nem sempre funciona, pois a corrosão poderia lhe dar uma leitura falsa. 5. Substitua um parafuso solto ou deformado, em vez de apertá-lo. É muito provável que tenha sido danificado. 6. Se houver por perto outros parafusos que mostrem sinais de folga, substitua todos. 48 TRINCAS EM SOLDAS INSPEÇÃO DE TRINCAS EM SOLDAS: 1. Verifique se existem trincas na estrutura e em todas as soldas. 2. Uma trinca na solda terá sempre início na superfície e caminhará ao longo de toda solda até falhar completamente. 3. Muitas vezes, uma trinca na pintura vai ser uma pista para uma solda que está falhando. 4. Se diagnosticada no início, a trinca pode muitas vezes ser removida e reparada.

49 Antes de soldar qualquer parte da ponte rolante, verifique se você tem um soldador certificado, e se esta parte for uma parte estrutural da ponte rolante, deve-se obter os procedimentos do fabricante, ou especificá-los através de um profissional habilitado; 6. Além disso, em primeiro lugar tente determinar a razão da trinca. A ponte rolante esta sendo sobrecarregada ou utilizada indevidamente? 49 INSPEÇÃO DOS ACOPLAMENTOS 1.Checar o acoplamento quanto a: - presença de parafusos folgados; - presença de folgas excessivas nos contatos do acoplamento; - presença de trincas;

50 2 4 d e 201 CAMINHO DE ROLAMENTO 50 Avaliar a possível presença de desgaste na superfície do caminho de rolamento e desgaste e no flange da roda. (O desgaste pode se dá em ângulo ou centralizado, a depender do alinhamento da ponte em relação ao caminho de rolamento); A escala de avaliação do desgaste deverá ser classificada em: Leve, moderado ou severo; e d l i r b a

51 201 INSPEÇÃO DO TAMBOR 51 Hoist drum: tambor da talha Wire rope: cabo de aço Rope clamp: braçadeira para cabos Seizings: tipo de nó de junção 1. Verificar o estado do enrolamento do cabo de aço no tambor. 2.Verificar o estado da lubrificação dos mancais do tambor. 3. Verificar a fixação do cabo no tambor. 4. Nunca desça a talha até um ponto em que fique menos de 2 voltas faltando no tambor 5. Verificar o estado de lubrificação do cabo sob o tambor.

52 201 MAQUINÁRIO DA TALHA Verificar o desgaste nos sulcos do tambor; 2.Verificar o desgaste nas roldanas; 3.Verificar desgaste da manilha de sustentação; 4.Verificar o funcionamento dos fins de curso; POLIAS 1. Verificar o seu desgaste e lubrificação. 2. Verificar os flanges e as bandas. 3. Avaliar o processo desgaste do sulco utilizando o calibre de roldanas.

53 201 CORRENTE DE CARGA 53 Na talha deve ser verificado o seguinte: 1. Presença de deformação do tipo torção; 2. Alongamento dos elos; 3. Corrosão; 4. Desgaste laterais e nas uniões dos elos; GANCHOS

54 201 Procurar por: (Desgaste, Deformação, Rachaduras,..) 1.Verificar a funcionalidade das Travas de segurança 2. Ganchos com rosca e porcas precisa ter tópicos inspecionados periodicamente. 3. Ganchos só podem ser reparados por procedimentos do fabricante. 4. A trava de segurança do gancho deve estar presentes e funcionar adequadamente. 5. Um aumento na abertura da garganta do gancho de mais de 15% é motivo de remoção. 6. Qualquer torque no gancho de mais de 10% é motivo de remoção abertura da garganta. 2. gancho retorcido.

55 201 MOITÃO 55 1.Verificar o aperto dos parafusos da placa lateral do moitão; 2.Verificar a folga do pino da polia e rolamento do distocedor; 3.Verificar o funcionamento da trava de segurança do gancho; CONDUTORES ELÉTRICOS

56 Verificar o estado das terminações dos cabos; 2. Verificar a livre circulação do carrinho; 3.Verificar o estado dos isoladores;

57 Verificar o aperto dos conectores elétricos; 5. Verificar a existência de corrosão nas terminações elétricas; 6.Verificar a presença de parafusos ou elementos soltos;.verificar a tensão da mola de retorno; DISPOSITIVOS DE COMANDO 5 1. Certifique-se de que todos os botões estão marcados e legíveis. 2. Verifique se há botões que estão quebrados ou avariados. 3. Verifique o funcionamento do botão de parada de emergência. 16. ACESSÓRIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS Qual acessório para qual aplicação? Para movimentar cargas se faz necessária a utilização de acessórios com meios de interligação entre as cargas e os equipamentos de movimentação.

58 201 Dentre estes acessórios podemos citar: as Lingas de cabo de aço e corrente, as cintas, as cordas, os travessões, os ganchos, os moitões, etc... A escolha dos acessórios deveria ser feito pela engenharia de produção ou pelo planejamento, no entanto, mas na maioria das vezes, quem tem de escolher é o próprio movimentador. Por isso iremos apresentar algumas informações relevantes quanto a escolha e ao uso de alguns desses acessórios de movimentação. Seguem os acessórios e suas respectivas aplicações: Cabos de Aço: Utilizado para cargas com superfície lisa, oleosa ou escorregadia, assim como laços de cabo de aço com ganchos para aplicação nos olhais da carga. Correntes: Utilizada para materiais em altas temperaturas e cargas que não tenham chapas ou perfis. Lingas de corrente com gancho podem ser acoplados aos olhais da carga. Cintas e Laços Sintéticos: Utilizados para cargas com superfícies extremamente escorregadias ou sensíveis, como por exemplo, cilindros de calandragem, eixos, peças prontas e pintadas. Cordas de Sisal e Sintéticas: Utilizadas para cargas com superfície sensível, de baixo peso, como tubos, peças de aquecimento e refrigeração ou outras peças passíveis de amassamento. Combinação Cabo e corrente: Utilizado para o transporte de perfis e trefilados. Neste caso a corrente deve ficar na área de desgaste onde possivelmente existam cantos vivos e o cabo fica nas extremidades exercendo função de suporte e facilitando a passagem da Linga por baixo das cargas. 58

59 201 RECOMENDAÇÕES GERAIS: Para o transporte de chapas na perpendicular devemos usar grampos pega-chapa. Desde abril de 199 é obrigatório que estes ganchos tenham uma trava. A pega (abertura) do grampo deve ser indicada na própria peça. Para o transporte de chapas devemos usar sempre dois grampos que tenham uma pega compatível com a espessura da chapa. Os dois grampos são necessários para que se garanta a estabilidade da carga, pois, se a chapa balança, as ranhuras da garra desgastam rapidamente, podendo se quebrar nos cantos. Antes de movimentar, sempre travar os grampos. Para o transporte de perfis existem diversos tipos de dispositivos de movimentação, os quais nem sempre são dotados de travas que não permitam que a carga se solte. Estes dispositivos são projetados para cargas específicas e só devem ser usados para as quais foram construídos. Também para movimentar as chapas na horizontal, devemos usar grampos com trava, pois chapas finas tendem a se dobrar o que pode fazer com que se soltem dos grampos e caiam. 59 UTILIZAÇÃO INADEQUADA: Cabos de Aço: para materiais com cantos vivos ou em altas temperaturas. Correntes: para cargas com superfície lisa ou escorregadia. Cintas e Laços Sintéticos: para cantos vivos e cargas em altas temperaturas.

60 CORDAS Os mais antigo e simples acessório de amarração e movimentação de cargas é a corda. Elas são produzidas a partir de fibras, naturais ou artificiais, que são torcidas, trançadas ou encapadas. Antigamente as fibras que se utilizavam na fabricação de cordas eram fibras naturais como Sisal ou Cânhamo. Hoje estas fibras são substituídas por fibras sintéticas como Poliamida, Poliester ou Polipropileno que às vezes são comercializadas com nomes comerciais como nylon, diolen, trevira e outros. COMO DIFERENCIAR AS DIVERSAS FIBRAS: Uma vez que existem diversos tipos de fibras com diferentes capacidades, é necessário que se saiba qual é a fibra para se conhecer sua capacidade de carga.

61 201 Em cordas, a partir de 3mm de diâmetro devemos ter uma filaça de uma determinada cor para identificar a fibra mas, cordas abaixo de 16mm de diâmetro, são muito finas e não devem ser utilizadas para movimentação. Em cordas a partir de 16mm deveria haver identificação do fabricante e do ano de fabricação. Por normalização internacional as cores que identificam as fibras são: Cânhamo Verde Sisal Vermelho Cânhamo de Manilha Preto Poliamida Verde Poliester Azul Polipropileno Marrom A cor verde, para cânhamo e poliamida, não é passível de ser confundida uma vez que o cânhamo tem um acabamento rústico e a poliamida um acabamento muito liso CABOS DE AÇO: A utilização de cabos de aço é bastante diversificada, seja como elemento estrutural, comandos em equipamentos ou para transporte de cargas e pessoas. Este componente está presente, por exemplo, na sustentação de grandes pontes, acionamento de flaps em aeronaves e em guindastes de aplicações on e offshore, e em todos os casos a importância dos trabalhos de inspeção deve sempre ser considerada. Diversas são as ações demandas mesmo antes da instalação do componente, como garantir a rastreabilidade de fornecimento, realizar inspeções de recebimento, prever a disponibilidade de acessos nos equipamentos, presença de pessoal treinado para manutenção e etc... A falha de um cabo de aço pode trazer consequências graves para empresas,

62 201 interrompendo processos e causando prejuízos de ordem material e pessoal, poderiam ser evitados com custos bastante reduzidos. Este material foi estruturado visando fornecer informações básicas sobre cabos de aço, relacionadas à sua construção e características operacionais, formando uma base para seleção e uso adequado destes componentes. TERMINOLOGIA: 62 Estão relacionados a seguir os termos mais utilizados em literaturas técnicas sobre cabos de aço, a denominação em inglês é largamente utilizada para alguns, sendo, portanto interessante que nos familiarizemos com as mesmas. ARAMES OU FIOS: Material metálico obtido através do processo de trefilação, que assume a função de estrutura básica para a formação d L e ca bo de D aço. É assim classificado em função da seguinte relação geométrica entre seu comprimento e diâmetro: PERNAS (STRAND): Conjunto de arames trançados em forma de hélice e dispostos em camadas sobre a alma do cabo, ou sobre outra camada de pernas internas.

63 201 ALMA (CORE): Núcleo em torno do qual as pernas são torcidas e ficam dispostas em forma de hélice. Sua função principal é fazer com as pernas sejam posicionadas de forma uniforme permitindo a distribuição equalizada dos níveis de tensão no interior de cada perna. 63 CAMADA (LAYER) Conjunto de pernas de um mesmo nível em relação ao núcleo do cabo de aço. CONSTRUÇÃO Constituição de um cabo de aço quantidade / tipo de arames e pernas. em termos de PASSO (PITCH) Corresponde a distância medida no cabo de aço para realização de uma volta completa da perna em torno do núcleo.

64 201 DIÂMETRO DE UM CABO DE AÇO O diâmetro real do cabo, deve ser obtido medindo-se em uma parte reta de aço, em 2 posições com espaçamento mínimo de 1m. Em cada posição, devem ser efetuadas duas medições, com defasagem de 90º, do diâmetro do círculo circunscrito. A média dessas 4 medições deve ser o diâmetro real. 64 RESISTÊNCIA DOS ARAMES (WIRE TENSILE) Medida expressa em unidade de pressão, relativa a resistência a tração dos arames empregados na confecção das pernas de um cabo de aço. CARGA DE RUPTURA EFETIVA (MINIMUM BREAKING LOAD) Medida expressa em unidade de força, correspondente ao valor mínimo da carga que o cabo deve suportar anteriormente ao rompimento em um ensaio de tração. CONSTRUÇÃO: A diversidade de construções de cabos de aço disponíveis no mercado atualmente é bastante elevada, de modo a atender as exigências de cada 5 aplicação, como as citadas na introdução efetuada anteriormente. O nosso enfoque abordará aquelas mais utilizadas no processo de movimentação de cargas.

65 201 RELAÇÃO PERNAS X ARAMES A quantidade de pernas presentes em um cabo de aço pode ser indicada pelo primeiro algarismo situado a esquerda da letra x, e o número de arames de cada perna corresponderá ao algarismo situado à direita da mesma letra. Por exemplo: 65 6 x 19 cabo de aço de 6 pernas, dotada de 19 arames; com cada uma 19 x cabo de aço de 19 pernas, com um totalde arames por perna. Esta forma de denominação é empregada em cabos que seguem a norma API SPEC 9A1 (Specification for wire ropes), mas não é necessariamente adotada por outras normas, como por exemplo, do sistema BSI2. A relação entre a quantidade de pernas e performance de um cabo de aço pode ser bem visualizada pelo seguinte exemplo: consideremos dois cabos de mesmo diâmetro, com mesma quantidade de pernas mas diferenciadas pela quantidade de arames nas pernas, um possui e outro 25. No primeiro, o diâmetro dos arames das pernas seria obrigatoriamente maior que os arames do cabo de 25 pernas, o que lhe atribuiria uma maior resistência ao desgaste, tanto por abrasão como por corrosão. Por outro lado, o segundo cabo apresentaria uma maior flexibilidade. A seleção da construção a ser empregada depende

66 201 fundamentalmente da aplicação a que se destina o componente, como veremos mais à frente de forma semelhante para outras características construtivas. TIPOS DE ALMA O núcleo do cabo de aço pode ser constituído de diferentes materiais e estruturas, mas com um mesmo objetivo de dar suporte as demais pernas do cabo. Vejamos os tipos mais usuais: 66 Alma de aço (AA) o elemento central é uma perna idêntica as demais que constituem as camadas do cabo. Mas utilizada em cabos de pequeno diâmetro. Alma de aço de cabo independente (AACI) a composição da perna central não corresponde a das demais pernas que constituem as camadas. sisal. Alma de fibra (AF) fabricada em fibra natural como Alma de fibra artificial (AFA) confeccionada material artificial como polipropileno. em A seleção de cada tipo de alma influenciará em determinadas características operacionais do cabo de aço, por exemplo, a maior flexibilidade pelo emprego das almas de fibra pode ser interessante, mesmo diante da menor resistência mecânica do mesmo. Em alguns casos a necessidade de utilização de várias camadas de cabo, por exemplo, em um tambor, demanda a necessidade

67 201 de uma maior resistência à compressão disponibilizada pelas mesmo que os esforços de tração não sejam elevados. almas de aço, TORÇÃO Os arames podem ser torcidos em torno de uma perna e esta em torno da alma para direita ou para esquerda; isto resulta em pelo menos quatro possibilidades de montagem, considerando-se um mesmo sentido de torção para as diferentes camadas: 6 A - Arames das pernas para esquerda e pernas para a direita em torno do núcleo. B - Arames das pernas para direita e pernas para esquerda em torno do núcleo. C - Arames trançados para direita nas pernas e estas trançadas para direita em torno do núcleo; D - Idem, desta vez com arames e pernas trançadas para esquerda; A B C D Aos cabos com torção de arames e pernas de mesma orientação denominaram-se como de torção LANG. Logo os cabos C e D são respectivamente LANG a direita e LANG a esquerda. Para o caso de orientações opostas entre os trançados dos arames nas pernas e destas em relação ao núcleo, identificaram-se a torção como REGULAR.

68 201 A orientação da torção da perna determina a denominação do cabo, onde acima temos A como REGULAR a direita e B, como regular a esquerda. A estabilidade de um cabo de aço quando submetido ao carregamento também é uma característica a ser avaliada na seleção do tipo de torção de um cabo de aço. Por exemplo, percebermos a maior tendência do destrançamento dos cabos LANG, diante de uma montagem onde uma das extremidades é fixa, e a outra livre para ser carregada. Por outro lado, este mesma torção atribui ao cabo uma maior resistência ao desgaste, uma vez que se verifica uma maior área metálica exposta dos arames. 68 O CABO CONVENCIONAL X CABO NÃO ROTATIVO Nas montagens acima o mesmo sentido de torção das pernas das camadas foi mantido para os diferentes níveis em relação ao núcleo. Consideremos agora a alternância de sentidos, ou seja, as pernas da camada mais interna são torcidas para direita e a seguinte para esquerda. Esta variação é característica de cabos denominados como NÃO ROTATIVOS, enquanto nos referiremos daqui em diante para os demais como convencionais. Como resultado desta montagem, podemos visualizar uma tendência menor ao destrançamento das pernas quando o cabo é submetido ao carregamento. Isto é fundamental, por exemplo, em aplicações onde várias linhas de cabo são utilizadas em um mesmo moitão ou catarina, pois reduziria a tendência das pernas ao entrelaçamento. Além das diferentes torções entre as camadas, os cabos não rotativos apresentam uma elevada quantidade de pernas, por exemplo, 18x ou 34x, o que permite identificá-los facilmente. Estes cabos

69 201 apresentavam tradicionalmente valores de resistência a tração inferiores a dos cabos convencionais, mas atualmente com o advento do cabo compactado temos verificado o oposto, com diferenças de capacidades da ordem de 30%. ACABAMENTO Os cabos de aço podem receber proteção anticorrosiva por galvanização, aplicada aos arames anteriormente a montagem das pernas a quente ou eletrolicamente. Diante da ausência desta proteção os cabos são denominados polidos e em geral, atualmente, não se verificam diferenças de resistência mecânica entre os cabos polidos e galvanizados. 69 PRÉ FORMAÇÃO X PRÉ ESTICAMENTO É comum confundir pré-formação com pré- esticamento, em função da pouca utilização da expressão cabos de aço pré - esticados. Vejamos, portanto o que significa cada ação: Pré-formação os cabos de aço são submetidos a cortes para realização de montagens em diferentes sistemas, e era comum a abertura abrupta das pernas ou arames das pernas neste momento, uma vez que a tensão resultante da torção em hélice era liberada. A pré-formação reduz o nível de tensão entre os arames, conformando-os em hélice. As vantagens desta operação não se limitam ao descrito acima, podemos ainda citar a redução dos atritos internos entre arames, além da maior facilidade do manuseio do cabo.

70 201 Pré-esticamento em algumas aplicações não devem ser toleradas deformações de comprimento do cabo quando em serviço, desta forma o cabo é submetido a um carregamento superior a carga de trabalho, mas dentro do limite elástico do material por algumas horas. Máquinas de tração utilizadas em testes de carga são utilizadas, tracionando trechos do cabo em toda sua extensão. 0 RESISTÊNCIA DOS ARAMES O agrupamento das resistências dos arames normalmente empregado por fabricantes de cabo de aço, é efetuado conforme a TABELA 1 a seguir. A seleção da resistência dos arames influenciará diretamente na resistência a ruptura do 2. cabo de aço, como pode ser visto no comparativo apresentado na TABELA

71 2 4 d COMPOSIÇÃO NÚMERO DE OPERAÇÕES: No princípio, a montagem de um cabo de aço era efetuada em mais de uma operação, onde as pernas da camada interna eram torcidas em torno do núcleo, sendo posteriormente torcida uma segunda camada sobre a primeira e assim sucessivamente. Por exemplo: a descrição 1 + 6/14 significa que 1 arame deve ser coberto por 6 arames trançados em forma de hélice, e esta camada resultante recebe a cobertura de mais 14 arames em uma segunda operação semelhante. Atualmente um cabo de aço pode ser composto em uma única operação dependendo das quantidades de arames envolvidas na montagem, estas por sua vez das características que se deseja obter. Na FIGURA ABAIXO podemos visualizar uma linha de montagem de um cabo de aço. 1 POR QUE MENOS OPERAÇÕES? Quando a relação de quantidade de pernas não é adequada a montagem em uma operação, ocorre a defasagem entre os passos das pernas entre camadas e conseqüentemente seu cruzamento, sujeitando o cabo a ocorrência de danos como nicking e 0 2 e d l i r b a e

72 201 desgastes causados por atritos internos. A FIGURA ABAIXO mostra as possíveis ocorrências resultantes de quantidades diferentes de operações para montagem de um cabo de aço. COMPOSIÇÕES USUAIS CABO TIPO FILLER: Esta composição apresenta fundamentalmente arames de enchimento de menor diâmetro que os demais em uma perna, cujo objetivo é permitir uma melhor acomodação dos arames que efetivamente são sujeitos ao carregamento, reduzindo atritos e desgastes internos. Estes arames menores não são considerados como contribuintes para resistência mecânica do cabo de aço. Notemos que esta composição também é mais resistente a esforços de compressão pela ocupação dos vazios entre os arames. 2 CABO TIPO SEALE: A presença de camadas com mesma quantidade de arames, apesar dos diferentes diâmetros é a característica desta composição, sendo que nesta montagem os arames menores contribuem para a resistência mecânica do cabo, e permitem ainda a melhor acomodação interna do cabo. A camada dotada de arames de maior diâmetro irá apresentar uma maior resistência ao desgaste, por exemplo, por abrasão. CABO TIPO WARRINGTON: A alternância de diâmetros entre arames de uma mesma camada marca esta composição. Os dois diâmetros

73 201 utilizados fazem com esta composição apresente uma boa resistência à fadiga, e mesmo a desgastes por abrasão. CABO TIPO - WARRINGTON-SEALE A combinação das composições acima é comum, originando cabos warrington-seale, de modo a obterem-se características como melhor resistência a abrasão e fadiga. 3 ESPECIFICAÇÃO Uma vez apresentadas as diferentes características construtivas que de um cabo de aço, é necessário poder relacioná-las de maneira adequada, por exemplo, para permitir a sua aquisição junto aos diversos fabricantes. A seguir, apresentamos a sequência usualmente utilizada para descrever um cabo de aço. a) Diâmetro; b) Construção; c) Composição; d) Torção; e) Alma; f) Resistência dos arames; g) Acabamento; h) Carga de ruptura. INTERPRETAÇÃO: No exemplo a seguir podemos visualizar trecho de

74 201 tabela típica de um fabricante de cabos de aço. Nesta vemos como são apresentadas algumas das diferentes características de cabos de uma mesma construção. Para chegar a esta tabela foi necessário previamente estabelecer alguns itens de interesse por parte do usuário, como a construção e tipo de alma. A torção dos arames, composição e acabamento, como em geral não influenciam na resistência do cabo podem ser definidas posteriormente, em função apenas da disponibilidade na linha de produção do fabricante. 4 SELEÇÃO E USO: EM FUNÇÃO DO SERVIÇO Conforme citado anteriormente, o sistema onde o componente será utilizado é que determina as características que serão necessárias ao cabo. Tomemos como exemplo a montagem onde o percurso implicará em passagem por diversas polias, neste caso é imediata à identificação da necessidade de emprego de um cabo flexível. A fixação de queimadores de gás em plataformas de produção sugere maior resistência corrosão portanto galvanização, e por tratar-se de um cabo estático, a construção lang poderia ser cogitada. Portanto a construção e composição de um cabo de aço devem ser rigorosamente avaliadas quanto a adequabilidade para uma determinada aplicação, uma vez que a seleção equivocada pode trazer prejuízos a curto ou médio prazo para as instalações. FATORES DE SEGURANÇA Os cabos de aço são utilizados com cargas inferiores a sua resistência máxima, o quanto inferior dependerá da aplicação, mais especificamente do risco potencial presente em seu emprego. Na tabela abaixo exemplos de fatores de segurança frequentemente utilizados. relaciona alguns TABELA Fatores de segurança p/ serviços com cabos de aço

75 201 5 Consideremos o seguinte exemplo: o cabo de um elevador tem resistência a ruptura da ordem de 10 toneladas, e opera com uma carga de 0,5 toneladas. Podemos constatar a aplicação de um fator de segurança de 20. FREQÜÊNCIA DE INSPEÇÃO X VIDA ÚTIL A determinação da frequência de inspeção de um cabo de aço dependerá da observação inicial do sistema. A coleta de dados como média horária de operação, nível de carregamento e histórico de vida útil são ações fundamentais para equipamentos de movimentação de carga, visando a definição da periodicidade de inspeção. A determinação da vida de um cabo de aço deve ser na realidade resultado do tratamento de dados de inspeção, que permitem identificar a causa fundamental que causou a reprovação do componente em serviço, entre diversos períodos de operação. Na tabela a seguir apresenta um exemplo do acompanhamento performance de cabos de aço de um guindaste offshore. de TABELA Acompanhamento de vida útil de cabo de aço Atenção também dever ser dada a montagens estáticas, onde o principal

76 201 fator que pode determinar grave comprometimento à vida do cabo de aço é corrosão. CABOS APLICADOS EM PONTE ROLANTES: Segue abaixo as características técnicas de alguns cabos, recomendado por um dos principais fabricantes de cabos do país: 6 A) Cabo de elevação 6x41 Warrington-Seale, alma de fibra (AF), torção regular, polido, préformado, IPS. PowerPac, torção regular, polido, 1960 N/mm2. ProPac, torção regular, polido, 1960 N/mm2 B) Cabo para levantar cargas quentes 6x41Warrington-Seale, alma de fibra (AF), torção regular, polido, préformado, IPS. PowerPac, torção regular, polido, 1960 N/mm2. Observações:

77 201 Nas instalações que possuam dois ou mais cabos independentes poderão ser utilizados torção direita e esquerda simultaneamente. Para trabalhos em atmosfera corrosiva, também é recomendado cabo de aço com alma de aço (AACI). 19. CABOS DE AÇO - INSPEÇÃO: INSPEÇÃO VISUAL As ocorrências de danos em cabos de aço podem, em sua maioria, ser detectadas através de uma simples inspeção visual. Os pontos críticos do sistema devem ser investigados, de modo a sugerir a expectativa do tipo de dano a que o componente está sujeito. O aspecto de quebra dos arames de um cabo pode ser fundamental para a determinação da causa do ocorrido, como podemos ver na FIGURA ABAIXO onde os arames romperam por fadiga. Neste tipo de ocorrência os arames rompidos permanecem em suas posições originais, e a sua localização exige uma atenção muito especial. Na FIGURA A temos os aspectos característicos de rupturas de arames por: abrasão (a partir da esquerda), onde se percebe a redução de espessura do arame na região anterior à falha; por tração, neste a estricção da seção transversal do arame antes do rompimento é bem nítida; por fadiga e também por fadiga associada à corrosão.

78 201 Figura - A ARAMES ROMPIDOS: Na tabela a seguir é uma transcrição da norma CONTEC N-21613, onde estão representadas as quantidades de arames rompidos consideradas como limite para indicação de substituição de um o cabo de aço. 8 TABELA Limite de arames rompidos em um cabo de aço

79 2 4 d e 201 Notemos que a tabela depende de informações fundamentais como a construção e torção, independente do diâmetro ou da resistência do arame utilizado. Como exemplo, consideremos um cabo 6 x 25 c/ torção regular, tipo bastante utilizado em movimentações de carga, a identificação de 6 arames rompidos em uma distância equivalente a 6d ou 13 arames em 30d indicariam a retirada de operação do cabo. 9 DEFEITOS: Um cabo pode ser reprovado para operação por danos que não apresentem arames rompidos, mas que também comprometem, por exemplo, a distribuição de esforços entre pernas e consequentemente a resistência ruptura do componente. As ilustrações apresentam alguns defeitos típicos e permitem a percepção da afirmativa acima. a FIGURA A - Gaiola de passarinho, característico de um alívio brusco de tensão aplicada ao cabo. FIGURA B amassamentos, resultantes de esforços de compressão das camadas superiores de cabo alojadas em um tambor de um guincho e d l i r ba

80 201 FIGURA C abrasão, a redução de diâmetro do cabo em valores superiores a 10% determina a necessidade de substituição do cabo. Observemos a camada externa na ilustração. 80 FIGURA D corrosão externa, o limite citado anterior 10%, deve ser considerado também para esta ocorrência. Há inúmeros tipos de defeitos que podem determinar a substituição de cabos em serviço, como dobras, ruptura da alma, destrançamento de pernas e etc. A literatura técnica sobre o assunto é vasta, e indicamos neste trabalho referências importantes para eventuais consultas. LIMITAÇÕES DO MÉTODO: A ocorrência de corrosão interna em um cabo de aço é considerada grave, pois pode levar o cabo a falha abrupta, com cargas bastante inferiores em relação a sua carga de ruptura. Ocorre por lubrificação deficiente, e é comum não ser anteriormente identificado indicio algum de comprometimento externo que levasse a suspeita da presença de corrosão internamente ao cabo. As figuras a e b ilustram bem o assunto.

81 2 0 1 Figura- A Figura- B Desta forma a inspeção visual nos deixa em situação desconfortável para emissão de um parecer definitivo sobre a continuidade operacional de alguns cabos, após longo tempo de exposição a ambientes corrosivos. Métodos complementares de avaliação são utilizados, como o corte da extremidade do cabo e avaliação de sua integridade interna, ou a abertura do mesmo através do uso de ferramentas como ilustrado na FIGURA C. Mas com o advento do método de inspeção eletromagnética, a ser visto a seguir, deu-se um grande salto para a redução e mesmo eliminação de ocorrência de falhas de cabos em serviço, causadas por corrosão interna. 81 INSPEÇÃO ELETROMAGNÉTICA: PRINCÍPIO: A indução de um campo magnético em torno de um cabo de aço e a captação das alterações causadas por defeitos como presença de arames rompidos e perda de massa, causada por corrosão ou abrasão, tornam este método uma grande opção para a emissão de um laudo sobre a condição física de cabos de aço. O equipamento é um conjunto constituído de um cabeçote para geração do campo eletromagnético, que envolve trecho do cabo de aço, e de um console que recebe os sinais a proporção que o cabo é movimentado através do cabeçote e os plota em um gráfico.

82 2 0 1 Figura- A 82 Figura-B Neste pode-se verificar o tipo de defeito, a distância a partir do cabeçote onde este está localizado e, em caso de perda de massa, avaliá-la quantitativamente. Voltemos a ilustração acima, nesta podemos perceber a alteração da curva inferior mais a direita do gráfico, representando uma redução de massa que poderia ocorrer por corrosão interna, notemos também que a curva superior apresenta no mesmo trecho a ocorrência de ruídos característicos da presença de arames rompidos. Quanto aos arames, a inspeção visual complementaria a avaliação, uma vez que não é possível efetuar a contagem dos mesmos apenas com o aparelho. A calibração dever ser efetuada para cada tipo de cabo a ser inspecionado, considerando-se dados como área metálica do cabo e sua construção. VANTAGENS: Não há dúvida que a identificação de ocorrência de corrosão interna é a principal vantagem do método, mas podemos citar também: A possibilidade de identificação de defeitos sem a remoção em excesso da lubrificação aplicada para proteção do cabo uma vez

83 2 0 1 que tal ação seria restrita as regiões onde foram constatados sinais de defeitos; Mapeamento de defeitos de forma precisa para monitoração periódica de cabos. Contudo não devemos considerar que este método substitua a inspeção 83 visual, pois ainda há a dependência da mesma para a constatação quantitativa dos arames rompidos, e que tão pouco reduza o tempo de inspeção dos cabos, pois na prática tem-se constatado que pela indicação de diferentes níveis de defeito, a pesquisa visual tem tomado mais tempo. A definição de um plano de inspeção eletromagnética deve ser considerado, com a frequência de intervenções a ser definida da mesma forma descrita no item.3, acrescendo-se dos resultados das primeiras inspeções realizadas por este método. 20. CABOS DE AÇO - MANUTENÇÃO: Os cuidados requeridos por cabos de aço são relativamente simples e podem estender significativamente a vida útil destes componentes. Consideremos as indicações a seguir: NO RECEBIMENTO: O cabo de aço pode ser entregue pelo fornecedor simplesmente enrolado, o que ocorre em geral quando se trata de comprimento reduzido, ou acondicionado em uma bobina, sendo esta a maneira mais adequada. Em ambas as situações deve ser evitar desenrolar o cabo de aço pelo piso, como nas FIGURAS abaixo, uma vez que a sujeira pode contaminar a lubrificação aplicada e até danificar os arames quando em serviço, por exemplo, na passagem em roldanas ou mesmo no contato entre as voltas em um tambor.

84 É comum também verificarmos o desenrolar de cabos de aço a partir de rolos o u bobinas apoiadas no piso (FIGURAS C e D). Figura- C Figura- D Tal ação é extremamente inadequada, pois certamente poderá induzir a torções no cabo e, conseqüentemente, a formação de nós nas regiões indicadas. A maneira correta é o posicionamento do cabo enrolado ou bobina sobre uma mesa rotativa (FIGURA E), sendo que diante de cabos de grande diâmetro ou extensão provenientes em bobinas o uso de um cavalete passa a ser imprescindível (FIGURA F).

85 2 0 1 NA INSTALAÇÃO: Quando a retirada do cabo de aço é seguida diretamente da montagem em um equipamento de movimentação de cargas, por exemplo, em um tambor de um guincho, se deve atentar para o cuidado com a torção do cabo. Consideremos a bobina posicionada a frente ao tambor, se o cabo deixa a bobina na parte superior em direção ao guincho e é ancorado na parte inferior do tambor FIGURA abaixo teremos a inversão da torção utilizada na acomodação fornecida pelo fabricante, uma vez que a ancoragem deveria ocorrer na parte superior do tambor FIGURA abaixo. Quando posto em serviço o cabo tenderá a se acomodar como originalmente entregue, ou mesmo durante a própria operação de montagem o que poderá resultar em danos como dobras ou amassamentos entre voltas no tambor. 85 Em alguns casos anteriormente a retirada do cabo destinado a substituição, o mesmo é utilizado como guia para o novo cabo, ou se lança mão de um cabo de menor diâmetro para tal função. Atenção especial deve ser dada para que a união efetuada não danifique o novo cabo, assim como para que não ocorra a transferência de torção inadequada do cabo guia para aquele em instalação. Em substituição a pontos de solda entre as extremidades dos cabos em questão, é bastante comum o emprego do chapéu chinês (FIGURA I), pois

86 2 0 1 além de permitir a visualização do nível de torção transferida ao cabo novo, é de fácil instalação. 86 Figura- I Outro aspecto importante na montagem em tambores é a realização desta tarefa com um nível de tensão da ordem de 1 a 2% da carga de ruptura do cabo, o que garantirá o enrolamento adequado da primeira camada de cabo alojada no tambor. Se isto não for efetuado, as voltas de cabo na camada seguinte, quando carregadas, podem penetrar entre as voltas da camada inferior provocando danos como amassamentos entre as diferentes voltas (FIGURA -J). Figura- J EM SERVIÇO: A preservação de um cabo de aço é sem dúvida alguma fundamental para este componente, como já citado anteriormente quando falamos de inspeção. Não apenas para evitarmos a incidência de corrosão externa ou interna, mas

87 2 0 1 também para atenuar a ocorrência de efeitos como abrasão ou desgaste. A freqüência de aplicação do lubrificante deve ser efetuada de acordo com a severidade operacional a que o equipamento está submetida, assim como a seleção do tipo de lubrificante. Vejam alguns exemplos: 8 Para aplicação em guindastes, mas especificamente nos cabos de carga e lança, atualmente tem sido empregada a graxa GCA, lubrificante à base de sabão de cálcio, contendo grafite da LUBRAX INDUSTRIAL. Esta apresenta características que lhe dão resistência à lavagem por água, com elevada adesividade, permitindo o uso em grandes extensões, sem gotejamento. Para cabos estáticos expostos ao tempo, a LUBRAX INDUSTRIAL GBA-300, lubrificante de base asfáltica, também possui características de adesividade e resistência à lavagem por água, formando uma película flexível que permanece aderida às superfícies lubrificadas mesmo em equipamentos expostos ao tempo. Em função de sua viscosidade deve ser aquecida a cerca de 0ºC antes de ser aplicada. A aplicação pode ser efetuada manualmente ou através de emprego de dispositivos de lubrificação pressurizada, como o apresentado na FIGURA A. Semelhantemente ao cabeçote de inspeção eletromagnética, o dispositivo abraça o cabo, recebendo graxa sob pressão.

88 CORRENTES CORRENTES PARA LINGAS Correntes são fabricadas em diversas formas e qualidades. Primeiramente os elos são dobrados e depois soldados. Posteriormente é feito o tratamento térmico (correntes de grau) e ensaio de tração. Diversos testes são feitos durante e após a fabricação para que as correntes sejam certificadas. Durante a produção, alguns elos são dobrados em diversos sentidos para verificar a solda e após a produção e tratamento térmico, são realizados testes de tração e ruptura. O passo de um elo é o seu comprimento interno. Somente correntes que tenham elos com passo igual a três vezes o seu diâmetro podem ser utilizadas para movimentação e amarração de cargas. Esta regra se explica pelo fato de que correntes assim construídas, quando aplicadas em ângulos retos, os elos se apoiamos elos vizinhos, evitando assim que a corrente se dobre. As correntes podem ser fabricadas através do processo de soldagem ou forjamento 88 LINGAS DE CORRENTES Lingas simples - em aço forjado usadas em fundições, Pontes rolantes, Empreiteiros de Construção e para todos os trabalhos onde se tornam necessários Guindastes para remoção de material, como cargas e

89 2 0 1 descargas de navios e caminhões. Segue tabela de cargas de trabalho. QUADRO DE CARGAS DE TRABALHO 89 COMO CORRENTE? ESPECIFICAR UMA LINGA DE 1. Identifique o peso da

90 2 0 1 carga a ser movimentada. 2. Verifique se a carga possui pontos de içamento adequados. 3. Leve em consideração a altura do pé direito de suas instalações. 4. Verifique o dimensional do gancho da ponte rolante, guindaste ou dispositivo no qual a linga será acoplada, para garantir a compatibilidade com o elo de sustentação. 5. Escolha a linga com os componentes que mais se adequam à sua operação. 6. Se a carga for assimétrica, possuir cantos vivos, ou for movimentada em ambientes com temperaturas mais elevadas considere o fator de redução de carga.. Defina o número de ramais e o comprimento total de acordo com o detalhamento abaixo: 90 1 ramal 2 ramais 3 ramais 4 ramais 1 RAMAL 1000mm. Recomenda-se comprimento mínimo de

91 RAMAIS É preciso levar em consideração a maior distância entre os pontos de içamento, conforme a figura abaixo. 91 A = abertura máxima entre os pontos de içamento Pode-se aplicar uma fórmula simplificada, multiplicando a distância entre os pontos de içamento por 0,85. O resultado é o comprimento mín. da linga com ângulo ß até 45. Exemplo L = 1000 x 0,85 = 850mm (850mm é igual ao comprimento mínimo da linga ß<= 45 ) 4 RAMAIS

92 2 0 1 É preciso levar em consideração a maior distância entre os pontos de içamento, conforme a figura abaixo. 92 A = abertura máxima entre os pontos de içamento Pode-se aplicar uma fórmula simplificada, multiplicando a distância entre os pontos de içamento por 0,95. O resultado é o comprimento mín. da linga com ângulo Exemplo ß até 45. L = 1000 x 0,95 = 950mm (950mm é igual ao comprimento mínimo da linga ß<= 45 ) Por fim, recomendamos o mínimo de 30% acima do comprimento indicado pelo cálculo, de modo a aumentar a versatilidade da linga. SISTEMA DE CLASSIFIÇÃO EM GRAU A classificação do grau da corrente é conferida de acordo com a tensão de ruptura, ou seja, a capacidade da corrente. A corrente grau 8 é aquela que suporta de 800N/mm2 ou mais. A corrente grau 10 é a corrente que suporta 1000N/mm2 ou mais.

93 2 0 1 A corrente grau 12 é a corrente que suporta 1200N/mm2 ou mais. Exemplo: Grau de qualidade x Carga de trabalho 93 Este sistema de classificação em graus também é aplicado a ganchos, elos, conectores, manilhas e outros acessórios, indicando a compatibilidade destes, em termos de resistência, com o grau apropriado da corrente. REDUÇÃO DA CAPACIDADE DE CARGA TEMPERATURA: Entre -40 C e 200 C: Não há alteração na capacidade de carga. Entre 200 C e 300 C: Redução de 10%. Entre 300 C e 400 C: Redução de 25% CANTOS VIVOS: Redução da capacidade de carga em 20%. Considera-se canto vivo, quando o raio é menor que o diâmetro nominal da corrente. O que chamamos de canto vivo: Raio no canto da peça menor do que o diâmetro nominal da linga.

94 CARGAS ASSIMÉTRICAS: Redução da capacidade de quando o içamento ocorrer com lingas de 2 ou mais ramais. carga em 50% O que chamamos de cargas assimétricas: assimétrico simétrico ÂNGULO DE TRABALHO DAS LINGAS

95 Exemplos: Içamento com linga de um r a mal, sem inclinação, força aplicada ao ramal corresponde ao peso da carga. Içamento com lin g a de dois ramais, ângulo de 45, força aplicada em cada ramal aproximada de 0% do peso da carga.

96 Içamento com linga de dois ramais, ângulo de 60, força aplicada em cada ramal correspondente ao peso da carga. Içamento com linga de dois ramais, ângulo de 80, força aplicada em cada ramal superior ao peso da carga. Normas brasileiras foram desenvolvidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) com base nas normas internacionais, sendo estas as aplicáveis: - NBR ISO 1834: Corrente de elos curtos para elevação de cargas - condições gerais de aceitação. - NBR ISO 306: Corrente de elos curtos para elevação de cargas - Grau T (8), não calibrada, para lingas de correntes, etc. - NBR ISO : Corrente de elos curtos para elevação de cargas - Lingas de correntes parte 1: Requisitos e métodos de ensaio.

97 NBR ISO : Corrente de elos curtos para elevação de cargas - Lingas de correntes parte 2: Uso, manutenção e inspeção. - NR-11 Norma regulamentadora de segurança e medicina do trabalho. INSPEÇÕES DE CORRENTES: 9 As correntes utilizadas em movimentação de cargas devem ser inspecionadas pelo menos vez por ano e, dependendo do tipo de trabalho, semestralmente. Substituições de correntes devem ser feitas quando seu diâmetro médio (dm) em qualquer ponto tenha sofrido redução igual ou superior a 10% do diâmetro nominal. Para esta conclusão, deve-se adotar a seguinte fórmula: Devem também ser substituídas as correntes que apresentarem deformação por dobra ou torção, amassamento, entalhamento, trinca ou alongamento no comprimento externo maior que 3%, o que corresponde a um alongamento no passo interno maior que 5%, caracterizando, assim,deformação plástica. Em caso de dúvidas, solicite mais informações ao nosso departamento de assistência técnica. RECOMENDAÇÕES E RESTRIÇÕES DE USO:

98 2 0 1 Lingas de corrente e acessórios não devem: Ser submetidas a meios ácidos ou alcalinos. Ser zincadas, galvanizadas, receber tratamento de superfície que envolva ácidos, bases e alta temperatura. Tais processos, quando necessários, devem ser feitos exclusivamente pelo fabricante. Ser submetidas, pelo usuário, a nenhuma espécie de tratamento térmico, termoquímico e soldas. Ser submetidas a temperaturas superiores a 400 C. Tal situação compromete permanentemente a capacidade de carga. O fabricante deverá ser consultado quando as correntes forem submetidas a produtos químicos de alta concentração. 98 Antes de qualquer uso, verifique: Capacidade de carga indicada na plaqueta de identificação. Danos visíveis ou sinais de desgaste que possam comprometer a capacidade de carga. Se a corrente está livre de torções ou nós. A presença de pontos de içamento adequados na carga. CORRENTE DE ROLOS INSPEÇÃO A corrente de rolos deve ser inicialmente inspecionada ainda montada na talha. Para inspecionar a corrente quanto ao desgaste ou alongamento, proceda de acordo com as instruções do fabricante da talha. Na falta dessas instruções, proceda como indicado nas alíneas abaixo:

99 Caso sejam detectados alongamentos maiores do que 2%, a corrente deve ser substituída. - Inspecionar a corrente quanto à torção, conforme ilustrado na Figura ao lado. Se verificado que num trecho de 1,5 m da corrente suspensa verticalmente, sem carga, a deflexão excede 15º, a corrente deve ser substituída. - Inspeciona a corrente quanto à flexão, conforme ilustrado na Figura ao lado. Se verificado que num trecho de 1,5 m da corrente suspensa verticalmente, sem carga, a deflexão no sentido perpendicular das articulações excede 6 mm, a corrente deve ser substituída. - Uma inspeção mais meticulosa da corrente deve ser feita, removendo-a da talha, limpando-a com solvente neutro e verificando os seguintes pontos e eventuais defeitos: a) pinos frouxos; b) rolos presos, que não sejam facilmente girados com os dedos; c) articulações que não possam ser facilmente movimentadas com as mãos; d) chapas laterais abertas; e) corrosão; f) estrias, mossas e outras avarias. 99 SUBSTITUIÇÃO A corrente deve ser substituída caso se apresente fora dos limites de tolerância em qualquer das constatações feitas conforme os itens abaixo:

100 2 0 1 a) a existência de qualquer dos defeitos mencionados na alínea e da seção é motivo suficiente para questionar se a corrente tem condições de uso e cogitar da sua substituição; b) a nova corrente a ser instalada deve ser idêntica à fornecida com a talha, quanto às dimensões, tipo e material, a não ser que diversamente recomendado pelo fabricante da talha, em virtude de condições de trabalho diversas das originalmente previstas; c) ao instalar a nova corrente, deve-se ter cuidado de não torcer, sujar ou danificar, e observar que ela circule livremente nas roldanas de tração e livres ( se houver). Todas as ligações e terminais devem ser adequadamente fixados; NOTA: As instruções do fabricante da talha devem também ser seguidas em relação à escolha e às instalações dos elementos de interligação. d) ao instalar uma nova corrente, devem ser desmontadas e inspecionadas e, se necessário, substituídas as peças nas quais a corrente se encaixa ou desliza. 100 MANUTENÇÃO Na manutenção deve ser verificado o seguinte: a) as correntes de rolos devem ser mantidas limpas e livres de oxidação. Correntes excessivamente sujas podem ser lavadas por imersão em solvente neutro, agitando-as para assegurar que todas as juntas sejam livres e isentas de corpos estranhos; b) tanto em operação, como após as limpezas, as correntes de rolos devem ser lubrificadas de acordo com as recomendações do fabricante da talha. Na falta dessas recomendações, a corrente pode ser lubrificada com óleo automotivo de grau SAE Nunca aplique graxa à corrente, a não ser recomendado em para atender ao

101 2 0 1 CORRENTES DE ELOS INSPEÇÃO Seguem os itens que devem ser realizados ou avaliados na inspeção destes componentes: a) ensaiar os movimentos de subida e descida da carga na talha, observando a atuação da corrente de carga na roldana de tração. A corrente deve entrar e sair suavemente da roldana. Se a corrente prender, saltar ou produzir ruído, verificar em primeiro lugar se ela está limpa e corretamente lubrificada. Se o defeito persistir, verificar as peças nas quais a corrente se encaixa, quanto ao desgaste, deformação ou outra avaria; b) examinar visualmente suas condições quanto a estrias, mossas ou entalhes, respingos de soldas, corrosão ou deformação de elos, uma vez que a inspeção da corrente requer a sua prévia limpeza. Afrouxar a corrente e deslocar elos adjacentes para o lado, para inspecionar as faces de contato dos elos quanto ao desgaste. Se for observado desgastes ou houver suspeita de alongamento, a corrente deve ser medida de acordo com as instruções do fabricante da talha. Na falta dessas instruções, proceder à medição como indicado a seguir: - Selecionar uma extensão da corrente raramente solicitada, por exemplo: na extremidade, junto à ancoragem; - Suspender a corrente verticalmente, tensioná-la com uma pequena carga da ordem de 5 % a 10% da carga de trabalho e medir um comprimento razoável (se possível, de a 11 elos) com um paquímetro; - Medir o mesmo número de elos no trecho mais solicitado da corrente, sob as mesmas condições, e calcular o percentual de aumento do comprimento. 101

102 2 0 1 SUBSTITUIÇÃO - A corrente deve ser substituída se ela exceder ao comprimento máximo recomendado pelo fabricante da talha para um número dado de elos. Na falta desta recomendação, a corrente deve ser substituídas se o trecho mais solicitado estiver 2,5%, ou mais, mais longo que o do trecho não solicitado. - A existência seja de estrias, mossas, entalhes, defeitos de solda e elos deformados, é motivo suficiente para questionar se a corrente tem condições de uso e cogitar a sua substituição. Uma decisão segura, nesses casos, depende principalmente do adequado julgamento quanto à extensão e conseqüência do defeito por pessoa experiente e qualificada A nova corrente que for instalada deve ser idêntica em dimensões, tipo e grau (referente às características do material) à fornecida com a talha, a não ser se diversamente recomendado pelo fabricante da talha em virtude das condições de trabalho diversas das originalmente previstas. Os elos da corrente, que passam na roldana de tração em sentido vertical, perpendicular ao eixo, devem ser instalados com as emendas (soldas) para fora da roldana, conforme ilustrado na Figura. Esta precaução é desnecessária nas roldanas livres. - A corrente extremidades. deve ser instalada sem qualquer torção entre suas - Ao instalar uma nova corrente, devem ser demonstradas e inspecionadas, se necessário substituídas, as peças nas quais a corrente se encaixa ou desliza.

103 Ao instalar a nova corrente, deve-se ter cuidado de não a torcer, sujar ou danificar, observar que ela circula livremente nas roldanas de tração ou livres, se houver. Todas as ligações e terminais devem ser adequadamente fixados. - As instruções do fabricante de talha devem também ser seguidas em relação à escolha e instalação dos elementos de interligação. 103 NOTA: Uma decisão segura, nesses casos, depende principalmente do adequado julgamento quanto à extensão e conseqüências do defeito por pessoa experiente e qualificada. MANUTENÇÃO A corrente deve ser mantida limpa e livre de oxidação e de qualquer material abrasivo, ou que possa se acumular alterando o seu módulo ou reduzindo sua capacidade de articulação. Correntes excessivamente sujas podem ser lavadas por imersão em solvente neutro, agitando-as para assegurar-se de que todas as juntas estão livres e isentas de corpos estranhos. O processo de limpeza não deve provocar avarias. A corrente articula-se sob altas pressões específicas e deve ser lubrificada de acordo com as recomendações do fabricante da talha. Na falta dessas recomendações, a corrente pode ser lubrificada com óleo automotivo de grau SAE aplicando em pequena quantidade, porém, com muita freqüência, visto que o óleo se dispersa com o uso da talha. NOTA: Nunca aplique graxa à correntes que trabalharão no interior das talhas. 22. CINTAS: Cada vez mais, as cintas de poliéster são encaradas como opção

104 2 0 1 prática e de baixo custo, substituindo, em 80% dos casos, as antigas correntes e cabos de aço. Todos os segmentos de comércio e serviços que dependem de processos de logística sobretudo a área portuária, indústrias, transporte rodoviário e ferroviário e construção civil e utilizam as cintas para movimentar cargas. O poliéster é uma das principais matéria-prima das cintas de elevação e amarração. É a mais forte das fibras sintéticas e apresenta alta capacidade de absorção de força, além de excepcional resistência a sucessivos carregamentos. Durabilidade, segurança no manuseio, fácil transporte e baixo custo são fatores que tornam as cintas de elevação e amarração uma opção interessante para as empresas que têm a necessidade de movimentar cargas até 100 mil kg. Testes convencionais de abrasão demonstram que as cintas têm vida útil superior às outras do grupo das sintéticas. Eleva sua carga com segurança protegendo-a contra amassamentos, riscos ou danos. As cintas oferecem uma capacidade de CARGA MÁXIMA por uma LARGURA MÍNIMA. Seguem algumas características das cintas de poliéster: - Ponto de fusão 260º C - Temperatura limite de utilização: -40 à 100 C - Ponto de amolecimento: 235 C a 240 C - Inflamabilidade: Poliéster não propaga a combustão, mas queima em contato com a chama. Porém a combustão se extingue imediatamente assim que se elimina o contato com a mesma. 104 O destaque fica por conta da trama especial desenvolvida para garantir o máximo em segurança, resistência e flexibilidade, especialmente nas operações de elevação de cargas. Por isso, as cintas de movimentação oferecem capacidade de carga máxima por uma largura mínima. A textura e a costura das cintas não marcam ou riscam superfícies polidas ou acabadas dos materiais a serem movimentados. São leves, extremamente flexíveis e permitem um manuseio fácil e rápido, ao contrário dos cabos, correntes ou cordas. Além disso, ajustam-se

105 2 0 1 perfeitamente ao contorno da carga. As cintas são produzidas de acordo com o Padrão Internacional de Cores e apresentam Fatores de Segurança :1 (elevação) e 2:1 (amarração), que atendem as especificações recomendadas pela Comunidade Européia EN /2 e EN 121/95. Isso é garantia de máxima segurança na utilização em relação à capacidade de peso e estabilidade. As cintas de movimentação possuem, ainda, total aprovação nos mais rigorosos testes, com garantia de total absorção de esforços e resistência a sucessivos carregamentos. Testes convencionais de abrasão demonstram que as cintas de movimentação de poliéster têm vida útil superior às outras do grupo das sintéticas. Tal característica permite elevar e amarrar a carga com segurança, protegendo-a contra amassamentos, riscos ou danos. As cintas sintéticas são produzidas com equipamentos e tecnologia mais modernas e avançados disponíveis no mercado mundial, o que garante ótima aplicação sob condições severas. Apresenta, ainda, baixa absorção de líquidos penetrantes, sem degradação nem encharcamento mesmo durante períodos prolongados de uso na movimentação em ambientes úmidos ou tanques. Nas operações de elevação de cargas com revestimento usinado, pintado ou delicado, as cintas são bem leves e flexíveis e superam em muito as cordas, correntes e cabos de aço para esse tipo de serviço. Nas cintas podem ser utilizados diversos olhais ou outros acabamentos, de acordo com a necessidade e características do modal a ser usado. 105 PADRÃO DE CORES As cintas devem ser produzidas de acordo com o Padrão Internacional de Cores, garantindo assim a máxima segurança na utilização das cintas em relação à sua capacidade carga. de

106 2 0 1 TIPOS DE CINTAS As cintas para elevação são produzidas de acordo com as Normas Internacional EN 1492 e Nacional NBR 1563:2008, garantindo assim a máxima segurança na utilização das cintas em relação à sua capacidade de carga. Para garantirem a máxima segurança, as cintas devem ser aprovadas nos mais rigorosos testes, com total absorção de esforços e resistência a sucessivos carregamentos. Leves e extremamente flexíveis, são ideais para içamento de cargas de material delicado, superando em muito cordas, correntes e cabos de aço. 106 As cintas de amarração são compostas por catracas e presilhas para amarração de cargas tensionadas: amarração rápida, prática e mais segura. Evita tombamentos, quedas e deslizes durante o percurso, conferindo maior valor agregado às cargas transportadas. Para serem certificadas, as cintas de amarração devem atender a Norma Internacional EN partes 1 e 2. As cintas de amarração podem ser utilizadas com diversos tipos de terminais de fixação e ancoragem, de acordo com a necessidade e características específicos.

107 2 0 1 Para reduzir o atrito e para evitar cortes nas cintas podemos usar revestimentos com materiais sintéticos resistentes, em especial de poliuretano. Normalmente estes de perfis são ajustáveis à cinta. Utilizadas tanto na amarração, como na elevação de cargas, têm a função de proteger as cintas durante a movimentação quando estão expostas a cortes ou abrasão. Com diversos modelos e tipos, as proteções podem ser aplicadas nas mais variadas posições e comprimentos, prolongando substancialmente a vida útil das cintas. 10 FORMAS DE LEVANTAMENTO As cintas elevam e movimentam sua carga em qualquer uma das quatro formas diferentes de levantamento ilustrado.algumas cintas são especificamente designadas para serem utilizadas em somente um tipo de levantamento. As formas mais comuns de cintas são: Cesto sem fim Com olhais sem reforço Com olhais reforçados Com terminais metálicos No caso de terminais metálicos, eles devem ser feitos de forma que seja possível passar um pelo outro para que se possa fazer uma laçada.

108 FATOR DE SEGURANÇA (FS) É a relação entre o limite de carga de trabalho especificado e a carga de ruptura mínima efetiva da Cint. É usado nos ensaios laboratoriais (planejamento da construção do produto), para atender a legislação e garantir a sua segurança na hora da movimentação. Sendo assim: Nunca exceda a capacidade da cinta na realização de trabalhos de amarração e elevação de cargas. ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO Toda e qualquer cinta em utilização deverá apresentar fixada em seu corpo uma etiqueta de identificação onde deverá ser apresentada todas as suas características básicas. Devido ao envelhecimento das fibras, em especial quando usadas ao ar livre ou em

109 2 0 1 banhos químicos, a data de fabricação das cintas deve estar na etiqueta. 109 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO POLIÉSTER

110 2 0 1 CINTAS COM PROTEÇÃO EM ARAMIDA ARAMIDA é um tecido resistente, criado com base na pesquisa avançada de teias de aranha. Cientistas analisaram a aparente resistência dos finos fios das teias que resistiam a grandes impactos. Tal resistência levou as fabricas a utilizarem a ARAMIDA na confecção de roupas à prova de balas. 110 DICAS DE UTILIZAÇÃO E INSPEÇÃO DE ROTINA a) Inspecionar as cintas antes de cada uso (observando se há danos) e assegurar que a identificação e a especificação estão corretas (etiqueta do produto); b) Inspecionar todos os encaixes e acessórios usados em conjunto com a cinta; c) Nunca utilizar cintas danificadas; d) Verificar a existência de cantos vivos e preparar proteções para evitar danos à cinta; e) Proteger as cintas de bordas cortantes, fricção e abrasão, utilizando-se reforços e proteções complementares, de modo a garantir a segurança e vida útil da cinta; f) Conhecer o peso e o centro de gravidade da carga;

111 2 0 1 g) As áreas de movimentação devem propiciar condições de forma que o trabalho seja realizado com total segurança e serem sinalizadas de forma adequada, na vertical e no piso; h) Obter catálogos técnicos, para melhorar o entendimento sobre o produto; i) Consultar a empresa fabricante para esclarecimentos adicionais, quando houver dúvida no procedimento a ser realizado. 111 INSPEÇÕES A inspeção preventiva é de fundamental importância para a manutenção dos níveis de segurança e economia. As cintas devem ser examinadas em intervalos regulares, dependendo da freqüência de uso, por pessoa qualificada. Mesmo que os fios externos não cheguem a se romper, podem atingir um ponto de desgaste que diminui o coeficiente de segurança da cinta, tornando seu uso precário à segurança. Em situações de desgaste excessivo por abrasão, solicitar proteções.

112 2 0 1 Não utilizar cintas onde o desgaste por abrasão seja maior que 10% da espessura original da cinta. (Ocorre geralmente quando a cinta é utilizada em contato com área não plana da carga) Nunca utilizar cinta sem proteção em carga que tenha a largura inferior à da cinta. Na ocorrência de corte no sentido longitudinal, onde o corte ultrapasse 10% da largura da cinta, a cinta deve ser retirada de uso. (Ocorre quando a cinta sofre tensão desequilibrada ou contato com cantos vivos, agudos ou abrasivos) Nunca utilizar sem proteções a cinta em contato com cantos vivos, agudos ou abrasivos. Na ocorrência de corte no sentido transversal, onde o corte ultrapasse 10% da largura da cinta, a cinta deve ser retirada de uso. 112 CRITÉRIOS BÁSICOS PARA INSPEÇÕES DE ROTINA Colocar a cinta em uma superfície plana; Examinar com atenção ambos os lados; Examinar cuidadosamente os olhais; Examinar cuidadosamente as proteções e os acessórios se houver; Todo o pessoal envolvido com o uso e as inspeções deve ser treinado. 23. CINTAS - RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA ITENS PARA UM LEVANTAMENTO SEGURO: 1. Não exceder às especificações do fabricante, nas limitações de peso e estabilidade. 2. Nunca aplique uma sobrecarga no equipamento de elevação. 3. Uma operação suave e balanceada rende muito mais, além de evitar desgaste do equipamento e acidentes. 4. Nunca use cintas avarariadas. 5. Posicionar a cinta corretamente na carga, para propiciar uma fácil remoção, após o uso.

113 Não deixe a carga em contato direto com o piso. Coloque calços ao descarregá-la para melhor poder elevá-la.. Não posicione a cinta em cantos agudos ou cortantes. 8. Utilize ganchos com um raio de apoio nunca inferior a 1, de seção lisa e redonda. 9. Evite a colocação de mais de 1 par de cintas, no mesmo gancho. 10. Quando elevar uma carga pesada com mais de uma cinta, verifique se o total do peso está bem distribuído na tensão dos vértices da cinta. 113 CONDIÇÕES DE SEGURANÇA Conhecer o peso e o centro de gravidade da carga. Verificar condições de embalagem ou de amarração da carga. Se necessário, preparar proteções para cantos vivos. Preparar local de destino. Colocar o gancho de elevação perpendicularmente sobre o centro de gravidade da carga. Não exceder as especificações técnicas. Não sobrecarregar o sistema ou equipamento de elevação. Posicionar a cinta corretamente na carga. Verificar se a carga está livre para movimentação. Verificar o balanceamento da carga. Em longos percursos de movimentação ou para cargas assimétricas, utilizar guia não metálica na condução. Se a carga pender, baixá-la imediatamente. Evitar a colocação de mais de um par de cintas no mesmo gancho. Operar a movimentação com suavidade, evitando movimentos bruscos. Nunca utilize cintas avariadas

114 2 0 1 Sinalize o local de movimentação. Avise a todos os envolvidos e todos que estiverem na área de risco. Saia da área de risco. A sinalização ao operador deve ser feita por uma única pessoa GANCHOS Elemento de fixação da carga ao equipamento de movimentação de carga. Normalmente fabricado em aço alta liga através de processo de forjamento. INSPEÇÃO: - Devem ser substituídos os ganchos que apresentam qualquer um dos defeitos a seguir: a) deformações: aumento em 10% da abertura da garganta do gancho; torção em mais de 10% do plano do gancho; Nota: Os valores mencionados aplicam-se exclusivamente aos ganchos fabricados em aço de classe de resistência M, conforme a NBR b) desgastes: Desgaste de mais de 5% na base do gancho; Desgastes na porca de fixação ou nos elementos de trava de fixação do gancho; c) corrosão:

115 2 0 1 Alteração de mais de 5% nas dimensões da rosca da porca do gancho; Alteração das medidas do gancho acima das tolerâncias originais determinadas pelo fabricante; d) fissuras superficiais: No caso de fissuras superficiais que não podem ser eliminadas sem 115 ultrapassar as tolerâncias permissíveis referentes às medidas construtivas, o gancho deve ser substituído. - Recomenda-se a realização de END s (LP ou PM) periodicamente para avaliação dos ganchos de carregamento para detecção de trincas a fim de detectarem possíveis deformidades. -A inspeção visual de todos os ganchos deverá ser realizada em paralelo com inspeção mensal de cabos de aço e estropos. 25. SINALIZAÇÃO MANUAL PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA No Brasil todo sinaleiro e operador deve ser treinado e passar por reciclagem continua sobre o conteúdo da norma ABNT NBR O sinaleiro precisa ser capaz de se comunicar de forma rápida e eficiente com o operador, para que este possa fazer o que exatamente precisa ser feito. Felizmente para que esta comunicação seja feita de forma clara e segura, existe uma linguagem universal para orientar os movimentos do guindaste. São os sinais manuais. Estes mesmos sinais são usados oficialmente em todo o mundo, mas aqui no Brasil, vemos algumas variações bastante criativas, por isto sempre que um sinaleiro entra em um canteiro de obras este deve conversar com o operador e os demais sinaleiros sobre as praticas locais, pois, estas variações são regionais e de empresa para empresa. RESPONSABILIDADES DO SINALEIRO: O SINALEIRO SE TORNA AOS OLHOS DO OPERADOR DO EQUIPAMENTO:

116 2 0 1 Muitas vezes, o operador não pode ver a carga, seja ao longo de um telhado plano ou do outro lado de uma parede, etc... As vezes a carga está na sua frente, e o operador não pode ver através dela e prever onde possa haver um obstáculo. O SINALEIRO DEVE TER CONSCIÊNCIA DE CADA MOVIMENTO QUE A CARGA FARÁ A CADA SINAL: Os sinais para guindaste destinam-se a dizer ao operador do equipamento de movimentação o que ele deve fazer e em qual direção a carga irá. Um sinal faz com que o equipamento se mova, gire suba e desça carga. 116 A elevação e transporte de cargas por aparelhos de elevação devem ser regulados por um código de sinalização que comporte, para cada manobra, um sinal distinto feito, de preferência, por movimentos dos braços ou das mãos, devendo os sinaleiros ser facilmente identificáveis à vista. Abaixo serão apresentados os sinais utilizados para movimentação de cargas utilizados para movimentação com pontes rolantes e guindastes giratórios.l ABAIXE CARGA- Com o braço estendido para baixo e o dedo indicador apontado para o solo, movimente a mão em pequenos círculos horizontais. ELEVE A CARGA- Com o antebraço na vertical e o dedo indicador apontando para cima, movimente as mãos em pequenos círculos horizontais.

117 2 0 1 PARE- Com o braço na horizontal e a mão espalmada para baixo, faça movimentos para a esquerda e para a direita. 11 FAÇA MOVIMENTOS LENTAMENTE- Com a mão espalmada, sobre a outra mão que está sinalizando. No exemplo: Eleve a carga lentamente. PARE O EQUIPAMENTO - Com o braço estendido para a frente, mão aberta e levemente levantada, faça o movimento empurrando na direção do equipamento. Com o guindaste em movimento parar. AMARRE TUDO (Catraca esticadores etc.)- Cruze as mãos em frente ao corpo. EMERGÊNCIA PARE - Com os dois braços estendidos na horizontal e as mãos espalmadas para baixo, movimente horizontalmente os braços para a esquerda e direita rapidamente.

118 2 0 1 deslocamento. MOVIMENTE O TROLLEY (Ponte rolante ou pórticos)- Com o antebraço na vertical, indique com o polegar o sentido do 118 MOVIMENTE A PONTE OU O PÓRTICO- Com o braço estendido na horizontal e a mão espalmada com os dedos deslocamento. apontados para cima, faça movimentos no sentido do MÚLTIPLOS TROLLEYS- Indique com um assinalado com o número 1 e com dois dedos o trolley 2. dedo o trolley

Qual a distância mínima que o material deverá ficar afastado das estruturas laterais do armazém?

11.3.3. Material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma distância de pelo menos 0,50m (cinqüenta centímetros).

Quais são as regras de segurança que devem seguir na risca numa operação de ponte rolante?

Para tornar a empresa um local mais seguro, é importante que durante a operação sejam seguidas normas de segurança como: manter distância mínima de 2 metros entre as cargas suspensas, não esticar cabos e correntes de repente, não suspender ou descer pessoas, não ultrapassar a capacidade máxima de carga, entre outras.

Em qual local é instalada uma ponte rolante?

Aplicação de ponte rolante As pontes rolantes podem ser usadas nos mais diversos segmentos industriais, como: metalúrgico, mecânico, químico, siderúrgico, automotivo, siderúrgico, mineradoras, indústria plástica e metalmecânica, indústria ferroviária, de geração de energia e da construção civil.

São componentes básicos da ponte rolante?

As pontes rolantes possuem vários componentes com determinadas funções (Figura 4), são eles: viga principal, cabeceiras, caminho de rolamento, carro trole e rodas.