Que ações poderiam ser criadas para promover o consumo consciente e preservar o meio ambiente?

Os ecossistemas naturais sustentam toda a vida na Terra - quanto mais saudáveis eles forem, mais saudável será o planeta. Segundo as Nações Unidas, em recente documento lançado, os próximos 10 anos serão cruciais para a restauração dos nossos ecossistemas – medida que apoia o enfrentamento à mudança do clima e a preservação de um milhão de espécies em risco de extinção.

Os desafios ambientais estão relacionados com a nossa forma de viver e estar no mundo, e as soluções exigem esforços e ações conjuntas de governos, empresas, órgãos internacionais, ONGs e indivíduos.

A atuação das empresas na pauta ambiental deve ser planejada, com o suporte de especialistas, a partir de seus objetivos relacionados à sustentabilidade e das externalidades da sua operação. Na Semana do Meio Ambiente, apresentamos algumas temáticas que empresas podem apoiar frente aos diferentes desafios da pauta ambiental e como a inovação integrada à sustentabilidade pode impulsionar essa agenda.

- Conscientização e mudança de comportamento:

A primeira temática que costumamos falar é a da conscientização: tão importante quanto as próximas que vamos abordar durante esse texto, estar consciente da importância de preservar o meio onde vivemos é essencial - precisamos entender que o “meio” e o “ambiente” são parte de um mesmo ecossistema e que vivem – ou deveriam viver – de forma harmoniosa.

Para além da conscientização, é preciso estimular a ação. Um exemplo de startup de impacto que pode se conectar com as empresas nesse sentido, estimulando o engajamento em torno de práticas ambientais, é a So+ma. Ao mesmo tempo em que trabalha a gestão de resíduos, promove a mudança comportamental, ao incentivar que os cidadãos entreguem seus resíduos nos pontos de coleta e ganhem pontos de fidelidade – que podem ser trocados por cursos, descontos, serviços e outras recompensas.

- Água:

Os oceanos e rios fornecem água, alimentos e são habitat para diversas espécies, mas vêm enfrentando ameaças como a poluição por produtos químicos, plásticos e esgotos, bem como a pesca inadequada. Tratamento de efluentes, destinação correta de resíduos sólidos, pesca sustentável e ações de eficiência hídrica são ações importantes para a proteção e restauração desses ecossistemas. Os rios ainda enfrentam impactos adicionais de barragens, canalização e mineração.

Além do olhar para eficiência hídrica na operação de qualquer segmento, para as empresas que dependem da água como insumo essencial, por exemplo a indústria de bebidas, proteger os rios é fundamental não apenas para o planeta mas para sua sustentabilidade como negócio.

Pensando nos problemas enfrentados para monitorar a qualidade em um país continental como o Brasil, que tem a maior rede hidrográfica do mundo, a startup Inspectral criou um método inovador para medir os índices de qualidade da qualidade da água (IQA): o monitoramento ocorre de forma remota por meio de imagens de satélite e drones. O modelo criado pela startup custa 41% do valor médio de análise atual e é mais completo (mais parâmetros de análise) e com frequência maior (quase em tempo real). Os resultados podem ser observados de forma dinâmica na plataforma Inspectral, disponível aqui.

- Energia

Para as empresas, os caminhos na temática de energia passam por implementar práticas de eficiência energética e tornar a sua matriz mais limpa.

Neste aspecto, a energia solar, além de ser uma fonte limpa, também pode gerar impacto social positivo, podendo criar os chamados ‘empregos verdes’ e se apresentando como uma alternativa em termos de acesso e viabilidade para quem ainda não a têm – e também para a grande parte dos brasileiros que está sendo impactada com o aumento da conta de luz. Negócios de impacto como a Revolusolar, que instala placas fotovoltaicas em comunidades cariocas, e a Litro de Luz, que está levando energia para muitas comunidades remotas no Brasil e já faz parcerias com diferentes empresas, estão democratizando o acesso a energia e podem ser ótimos aliados das empresas quando falamos de desenvolvimento territorial.

- Emissões

As emissões de gases de efeito estufa vêm sendo amplamente entendidas como uma questão prioritária para o mercado. O crescimento de metas net-zero de grandes empresas é apenas uma (e talvez a mais marcante) materialização disso. Os dois grandes caminhos possíveis para as empresas são por meio da redução e da compensação de emissão de carbono. Apesar de um processo complexo a ser realizado na prática, é possível simplificar o caminho de uma forma macro:

● Primeiro, é preciso mapear de onde são oriundas as emissões e quais as quantidades emitidas. Esse mapeamento pode ser feito, por exemplo, através da plataforma CLIMAS, solução tecnológica criada pela Way Carbon que se integra ao sistema de gestão das empresas clientes e faz o cálculo automático de indicadores ESG.

● Mapeadas as emissões, as empresas podem começar a avaliar onde é possível evitar ou reduzir, por meio ações diretas em suas operações, matérias primas, insumos utilizados ou logística de entrega - startups como Voltz e Origem vêm crescendo e mostrando que é viável produzir motocicletas elétricas nacionais. A E-Moving, startup acelerada pelo Quintessa, vem trabalhando com consumidores finais e empresas para difundir a bike elétrica como meio de transporte.

● Quando não é possível evitar as emissões, a empresa pode optar por compensá-las. A Carbonext, por exemplo, possui uma plataforma digital onde indivíduos e empresas podem compensar suas emissões de gases do efeito estufa.

- Resíduos

O Brasil gera aproximadamente 79 milhões de toneladas de resíduos por ano: 8% desse resíduo ainda não é coletado, e 40% é destinado de forma incorreta, segundo a . Para avançarem neste sentido e serem responsáveis pelos resíduos que produzem em sua operação e inserem na sociedade, as empresas podem realizar parcerias com diversas startups com expertise no tema.

Neste tema, a Aterra é um startup de base tecnológica e sustentável que apoia empresas na criação de um novo mindset de negócios por meio da ressignificação de resíduos.

A Recicleiros atua assessorando prefeituras na implementação da coleta seletiva e também implementa programas de logística reversa para empresas no cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Já o Instituto Muda implementa a coleta em condomínios residenciais, empresas e colégios, cuidando de todo o processo, desde a conscientização até a destinação do resíduo.

A Gaia Negócios Sociais também está nesta frente, promovendo a PNRS e tendo em vista a inclusão sócio produtiva dos catadores de material reciclável, que são responsáveis por quase 90% do lixo reciclado no Brasil.

Vale destacar também que para as empresas que comercializam produtos, o olhar para inovação e impacto positivo vai além da gestão de resíduos e logística reversa, mas também passa por desenvolver embalagens mais sustentáveis e composições naturais que não agridam o meio ambiente.

- Consumo sustentável

Uma pesquisa da McKinsey demonstrou que os clientes se dizem dispostos a pagar para “se tornarem sustentáveis”. Mais de 70% dos consumidores pesquisados sobre compras em diversas indústrias, incluindo as categorias automotiva, de construção, eletrônica e de produtos embalados, pagariam 5% a mais por um produto sustentável se ele atendesse os mesmos padrões de performance que as alternativas não sustentáveis.

Quando a Unilever desenvolveu a Sunlight, uma marca de líquido para lavar louças que usava muito menos água que outras marcas, as vendas de Sunlight e de outros produtos que economizam água superaram o crescimento da categoria em mais de 20% em diversos mercados que enfrentavam escassez de água.

Muitas grandes empresas já estão se mobilizando para criar linhas de produtos sustentáveis, seja na embalagem, no material ou na composição do produto (como shampoos e produtos de limpeza), mas é preciso ter muito cuidado em garantir que seja de fato uma alternativa não prejudicial ao meio ambiente, pois o greenwashing é muito praticado neste sentido da inclusão dos ‘selos’ e rótulos verdes.

Nesse contexto, a startup Nossa Nova é um dos negócios que promove o consumo consciente. O marketplace reúne marcas atentas ao ciclo de vida de seus produtos e com um propósito socioambiental bem definido, além de promover projetos de conscientização em grandes empresas.

- Florestas

As florestas são responsáveis por armazenar grandes quantidades de carbono e equilibrar o clima, sendo fundamentais contra a crise climática. Manter a floresta em pé é um compromisso de todos os atores da sociedade, com ações para frear o desmatamento e desenvolver a bioeconomia. A startup Via Floresta, acelerada pelo Quintessa, é focada em fortalecer o ecossistema de produção e inovação da Amazônia, conectando-o com pessoas, organizações e empresas. O aplicativo da Via Floresta oferece para diversas empresas o rastreamento de produtos e insumos amazônicos, promovendo o comércio justo e a sustentabilidade das cadeias da biodiversidade brasileira. A PlantVerd é um dos negócios que trabalha para recuperar áreas degradadas e já soma mais de 2 milhões de mudas plantadas. Complementar a esse trabalho, a Nucleário é uma startup que desenvolveu um dispositivo plástico que envolve as mudas e aumenta a eficiência das restaurações em larga escala, reduzindo a manutenção do pós-plantio.

O futuro que queremos construir

Projeções da Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) indicam que tendências negativas de ecossistemas devem prejudicar em 80% o progresso de 9 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Para o futuro que estamos construindo, a atuação das empresas é extremamente importante para endereçar diversos problemas socioambientais. Sem elas como parte da solução, nosso futuro fica comprometido. Iniciativas de sustentabilidade e de práticas ESG conectadas à estratégia da empresa contribuem não só para a sociedade, bem como para a geração de valor da empresa e o valor da sua existência no mercado.

Que tipo de ações podemos realizar para ajudar a preservar o meio ambiente?

Não é preciso muito: atitudes simples no dia a dia podem ajudar a minimizar os danos causados no meio ambiente..
Economize energia. ... .
Economize papel. ... .
Tenha um dia vegetariano. ... .
Desligue a torneira. ... .
Reduza o consumo de plástico..

Como reduzir o consumo pode colaborar com a preservação do meio ambiente?

#3 - Reciclagem e redução do lixo para ajudar o planeta.
Evite comprar mercadorias com muitas embalagens..
Separe o lixo úmido do seco..
Recicle: reutilize embalagens e outros materiais recicláveis, oferecendo-os novas funções..
Prefira sacolas reutilizáveis para fazer compras..

Como podemos promover um consumo racional e consciente dos recursos ambientais?

Isso inclui:.
reduzir o uso do papel;.
economizar energia;.
economizar na conta de água;.
adotar práticas de reciclagem;.
adquirir equipamentos com melhor eficiência energética;.
adotar o uso de transportes alternativos, como trabalhar de bicicleta ou transporte coletivo;.
não poluir;.
respeitar as leis ambientais..

Que soluções você pode propor para preservar o meio ambiente e promover o consumo sustentável?

Conheça agora algumas medidas simples que podem ser adotadas para ajudar na preservação do meio ambiente..
Economizar água. ... .
Não jogar lixo na rua. ... .
Diminuir o uso do carro. ... .
Usar menos plástico. ... .
Comprar menos e consertar mais. ... .
Separar o lixo. ... .
Diminuir o consumo de energia elétrica..