Que grupo social tinha direitos políticos em Esparta é que grupos eram excluídos?

No estudo das sociedades clássicas costumamos destacar especialmente o incisivo papel em que as práticas e instituições nascidas no mundo grego influenciaram a formação do mundo contemporâneo. Entre as várias instituições consolidadas no mundo grego, a noção de democracia é uma das que mais despertam nosso interesse na busca por paralelos que aproximem o mundo antigo do contemporâneo.

A história da democracia ateniense pode ser compreendida à luz de uma série de transformações sofridas pela sociedade e economia ateniense. Até os séculos VII e VI, o poder político ateniense era controlado por uma elite aristocrática detentora das terras férteis de Atenas: os eupátridas ou “bem nascidos”.

Nesse meio tempo, uma nascente poderosa classe de comerciantes, os demiurgos, exigia participação nos processos decisórios da vida política ateniense. Além disso, pequenos comerciantes e proprietários acometidos pela escravidão por dívidas, exigiam a revisão do poder político ateniense. Com isso, os eupátridas viram-se obrigados a reformular as instituições políticas da cidade-Estado.

Um grupo de legisladores foi responsável por um gradual processo de transformação política. Em 621 a.C., Drácon resolveu estabelecer um conjunto de leis escritas que dariam lugar às leis orais anteriormente conhecidas pelos eupátridas. Mesmo não enfraquecendo o poder da aristocracia essa primeira medida possibilitou uma nova tradição jurídica que retirava o total controle das leis invocadas pelos eupátridas.

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A partir de 594 a.C., Sólon, o novo legislador, ampliou o leque de reformas políticas em Atenas, eliminou a escravidão por dividas e resolveu dividir a população ateniense por meio do poderio econômico de cada indivíduo. Dessa forma, os comerciantes enriquecidos conquistaram direito de participação política. Além disso, novas instituições políticas foram adotadas.

A Bulé ou Conselho dos Quinhentos era um importante órgão legislativo que dividia as funções antes controladas pelo Areópago ateniense controlado pelos aristocratas. A Eclésia foi uma instituição mais ampla onde os cidadãos poderiam aprovar ou rejeitar as leis elaboradas pela Eclésia. Por último o Helieu seria composto por juízes incumbidos de julgar os cidadãos atenienses de acordo com as leis escritas.

Em resposta, as elites agrárias atenienses rivalizaram com esse primeiro conjunto de mudanças. A agitação política do período deu margem para que ações golpistas abrissem espaço para a ascensão dos governos tirânicos. Os principais tiranos foram Psístrato, Hiparco e Hípias. No fim do século VI a.C. a retração dos direitos políticos mais amplos incentivou uma mobilização popular que levou à ascensão política de Clístenes, em 510 a.C..

Em seu governo, os atenienses passavam a ser divididos em dez tribos que escolhiam seus principais representantes políticos. Todo ateniense tinha por direito filiar-se a uma determinada tribo na qual ele participaria na escolha de seus representantes políticos no governo central. Dessa maneira, o grau de participação entre os menos e mais abastados sofreu um perceptível processo equalização.

Outra ação importante, a medida de Clístenes foi a adoção do ostracismo. Por meio desta, todo e qualquer indivíduo considerado uma ameaça ao governo democrático seria banido por dez anos. Apesar de seu isolamento, o punido ainda teria direito de posse sobre suas terras e bens. De forma geral, esse foi um importante dispositivo que impedia o surgimento de novos tiranos em Atenas.

Aparentemente, podemos concluir que Clístenes foi o reformador capaz de estabilizar o regime democrático ateniense. Alem disso, ficamos com a ligeira impressão de que a igualdade entre os cidadãos de Atenas fora realmente alcançada. Porém, o conceito de cidadania dos atenienses não englobava, de fato, a maioria da população.

Somente os homens livres, de pai e mãe ateniense, maiores de 18 anos e nascidos na cidade eram considerados cidadãos. As mulheres, escravos e estrangeiros não desfrutavam de nenhum tipo de participação política. Dessa forma, a democracia ateniense era excludente na medida em que somente um décimo da população participava do mundo político ateniense.

Por Rainer Sousa
Graduado em História

As mais importantes cidades-estados da Grécia Antiga, Esparta e Atenas, revelaram a diversidade cultural do mundo grego. Publicado por: Fabrício Barroso dos Santos

Explique o que foram as cidades-estados gregas.

Cite e explique as duas principais características da cidade-estado Esparta.

Realize uma análise sobre a sociedade espartana

Em relação à sociedade ateniense, marque a alternativa verdadeira:

a) Era formada pelos cidadãos, que possuíam privilégios políticos e econômicos na cidade, concentrando as terras e ocupando os principais cargos políticos; pelos metecos, homens livres que pagavam impostos e que se dedicavam ao comércio e ao artesanato; e pelos escravos que não possuíam direitos políticos.

b) Era formada pelos metecos, que possuíam privilégios políticos e econômicos na cidade, concentrando as terras e ocupando os principais cargos políticos; pelos cidadãos, homens livres que pagavam impostos e que se dedicavam ao comércio e ao artesanato; e pelos escravos que possuíam direitos políticos.

c) Era formada pelos cidadãos, que não possuíam privilégios políticos e econômicos na cidade, pelos metecos, homens livres que pagavam impostos e que se dedicavam ao comércio e ao artesanato; e pelos escravos que não possuíam direitos políticos.

d) Atenas foi a primeira cidade grega a desenvolver a democracia, em que grande parte da população poderia ocupar os principais cargos políticos. Os metecos, por exemplo, tinham acesso às terras e possuíam um grande prestigio social; os cidadãos eram considerados ricos, mas aceitavam a participação popular no governo da cidade.

Sobre a Guerra do Peloponeso é correto dizer que:

a) Foi um confronto militar que uniu Esparta e Atenas para enfrentar o exército persa que invadiu o território grego.

b) A Guerra do Peloponeso foi um confronto que uniu as cidades de Esparta, Corinto, Mégara e Tebas contra o domínio ateniense na região.

c) Confronto entre os exércitos espartanos e atenienses com o objetivo de conquistar o império persa e o império babilônico.

d) Confronto militar em que Atenas saiu vitoriosa depois de um longo conflito contra os Espartanos pela disputa do mar mediterrâneo.

respostas

Também conhecidas como Pólis, as cidades-estados gregas eram cidades independentes umas das outras e possuíam suas próprias leis e governos. Entre as mais famosas pólis gregas, destacaram-se Atenas e Esparta, que em vários momentos disputaram o poder político na Grécia Antiga.

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As duas principais características de Esparta eram o caráter militarista e oligárquico. Militarista porque um dos principais objetivos era formar modelos de soldados bem treinados fisicamente para defender os interesses políticos da pólis. Oligárquica (governo de poucos) porque somente uma minoria da população (esparciatas) possuía direitos políticos e acesso a propriedades de terras.

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A sociedade espartana era dividida em três estamentos compostos por esparciatas,periecos e hilotas. Os esparciatas eram homens livres, considerados os mais ricos e poderosos da cidade, que possuíam privilégios econômicos e políticos. Nascidos em Esparta e filhos de pai e mãe espartanos, os esparciatas não pagavam impostos e eram os únicos que poderiam participar dos órgãos do governo e servir ao exército.  Os periecos também eram homens livres, porém, não possuíam os mesmos privilégios dos esparciatas. Eles se dedicavam ao comércio, pagavam os impostos e não tinham direitos de participar dos órgãos políticos da cidade e nem de entrar para o exército. Os hilotas eram considerados os mais submissos de Esparta, pois trabalhavam nas terras dos esparciatas, onde passavam a vida inteira cultivando produtos agrícolas. Por serem desprezados socialmente, eles realizavam revoltas que eram controladas pelos jovens militares em treinamento através das criptias – expedições de extermínio realizadas para diminuir a quantidade de hilotas na cidade.

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Letra A. A sociedade ateniense era controlada pelos cidadãos que eram homens nascidos em Atenas. Eles usufruíam de privilégios políticos e se dedicavam em tempo integral ao governo da cidade. A política e a filosofia eram vistas como essenciais para a vida do cidadão ateniense. Por outro lado, os metecos eram homens livres, porém, não eram nascidos em Atenas e, portanto, não tinham acesso aos principais cargos políticos. Desse modo, dedicavam-se ao comércio e pagavam os impostos. Os escravos atenienses eram homens capturados em guerras ou que já eram filhos de escravos. Eles não possuíam direitos políticos e eram desprezados socialmente por realizarem serviços que exigiam esforço físico.

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Letra B. A Guerra do Peloponeso aconteceu logo depois das Guerras Médicas, em que Espartanos e Atenienses se uniram para vencer o exército persa. Ao final desse conflito, a cidade de Atenas saiu fortalecida e passou a ter o maior poderio militar e econômico da Grécia Antiga. A criação da Liga de Delos, com o objetivo de fornecer proteção às cidades-estados, serviu para aumentar a influência política de Atenas na região e, com isso, os espartanos ficaram receosos de uma possível invasão ateniense pela força que eles ganharam. Em contrapartida, sob a liderança de Esparta, algumas cidades-estados criaram a Liga do Peloponeso com a prioridade de conter o poder dos atenienses, o que acabou deflagrando a Guerra do Peloponeso, que durou 27 anos. Ao fim do conflito, os espartanos conseguiram sair vitoriosos e barraram o crescimento político e econômico dos atenienses.

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Que grupo social tinha direitos políticos em Esparta é que grupos eram excluídos?

Leia o artigo relacionado a este exercício e esclareça suas dúvidas

Que grupo social tinha direitos em Esparta quais grupos eram excluídos?

Em Esparta os cidadãos (com direitos políticos) eram os Esparciatas ou Espartanos (descendentes dos dórios e militares), e os excluídos eram os Periecos (homens livres sem direitos) e os Hilotas (servos do Estado).

Quem eram os excluídos dos direitos políticos?

Comerciantes, artesãos, mulheres, escravos e estrangeiros não eram considerados cidadãos. Assim, estes grupos não tinham direitos políticos e participação nas decisões da comunidade.

Quais eram os grupos sociais espartanos?

A estrutura social espartana estava dividida em espartanos ou esparciatas, os aristocratas herdeiros dos dórios que estavam na cúpula; os periecos, os habitantes antigos da região da Lacônia que geralmente exerciam funções como o artesanato e o comércio; e os hilotas, escravos que serviam aos esparciatas geralmente no ...

Qual era o grupo social dominante em Esparta?

Esparciatas ou espartanos – principal grupo na hierarquia social, os espartanos eram descendentes dos dórios e formavam a aristocracia da cidade, ou seja, eram os grandes proprietários de terras. Exerciam as funções administrativas e militares na cidade-estado.