Riscos de extrair um dente

A grande preocupação em saúde bucal da maioria das pessoas está ligada à estética de seu sorriso. De fato, ficar sem um ou mais dentes na boca está fora de cogitação. Entretanto, existem casos em que uma extração de dente é inevitável - sempre lembrando que somente um dentista pode determinar a realização de uma extração dentária. Por ser tratar de um procedimento cirúrgico, será que existe algum risco devido à idade do paciente? Confira as explicações da profissional Thalita Costa sobre essa dúvida recorrente.

Quais fatores podem levar a uma extração de dente?

Em alguns casos, é necessário que o paciente tenha que recorrer a uma extração de dente. Mas antes dessa decisão, o dentista vai analisar o quadro, histórico médico e radiografias, afinal, a prioridade é sempre manter o elemento dentário. Se o dentista chegou à conclusão de que a extração é a única saída, fique tranquilo, pois ele sabe o que está dizendo e fazendo.

E quando é que um dente deve ser extraído? Thalita listou exemplos. “Traumatismo dentário, cáries radiculares, fratura dentária, tratamento ortodôntico, sisos que não cabem na arcada ou não têm seu antagonista, dentes supranumerários, periodontite em que o tratamento periodontal é inviável, mobilidade dentária extrema, cistos, dentes inclusos e impactados, tratamento protético complexo, questões financeiras e falta de orientação”.

O objetivo de uma extração de dente

Primeiramente, vale ressaltar que o procedimento deve ser realizado por um profissional da área. Isto traz maior segurança ao paciente, entendendo que aquela foi a melhor solução encontrada e será orientado a como encaminhar com o tratamento. “A finalidade da extração, de modo geral, é restabelecer a harmonia oclusal”, explica a dentista. Dessa maneira, a retirada do dente contribui para a saúde bucal, como por exemplo para a organização de uma mordida correta e uma adequada dimensão vertical.

A extração pode ser feita em qualquer idade?

Nos casos de extração dental, a idade não é um fator de risco. “Sabemos que conforme o avançar dos anos, começam a aparecer algumas doenças”, ressalta Thalita. Isto é, quadros de doenças sistêmicas e medicamentos podem influenciar o momento da cirurgia. Elas podem ser apresentadas por pacientes de qualquer idade, e cada um demandará uma tipo de controle e maneira de conduzir o procedimento indicado. A saúde e imunidade são grandes aliados para um melhor pós-operatório.

Confira exemplos de doenças que podem ser um risco para o procedimento

Assim como a maioria dos procedimentos dentais, o quadro de saúde do paciente é um dos fatores que influenciam. “As doenças sistêmicas e medicamentos que esse paciente carrega consigo podem influenciar na hora da cirurgia”, ressalta a dentista. Para completar, a odontologista destaca os casos de pacientes que demandam uma maior atenção, como os que apresentam risco de trombose e AVC. Geralmente, eles fazem o uso de ácido acetil-salicílico, que proporciona um maior risco de hemorragias em cirurgias. Por isso, para evitar complicações em situações como essas é de suma importância informar ao profissional.


Dor ao mastigar alimentos, inchaço nas bochechas, vermelhidão nas gengivas, dor latejante e aguda nos dentes… Você está com um dente inflamado, não é? Mas será que é possível extrair dente inflamado?

Geralmente, é possível sim extrair dente inflamado.

Contudo, alguns processos e cuidados poderão ser diferentes da extração de um dente normal. Assista o vídeo abaixo e veja o que o Dr. Henrique Taniguchi tem a dizer sobre estes casos:



O que é um dente inflamado

Um dente inflamado pode ser consequência de uma cárie que não foi bem tratada. Ela fica mais profunda, até atingir a polpa do dente, ou seja, o seu nervo. O nascimento parcial de um siso também pode desencadear a inflamação. Em todos os motivos, há os sintomas desagradáveis, como:

  • dor na região;
  • edema na gengiva;
  • região vermelha;
  • dificuldade em mastigar e abrir a boca.

No caso do dente siso, isso pode ser ainda mais fácil de acontecer. Por ser um dente que fica num local mais dificultoso de se fazer a higienização correta, restos de comida ficam ali acumulados, o que faz as bactérias proliferarem.

E o que fazer nessa situação? Nunca desconsidere um dente inflamado. Apesar de às vezes poder parecer algo mais tranquilo, na verdade pode ser uma situação perigosa em alguns casos. As bactérias que estão ali no dente podem migrar, pela corrente sanguínea, para outras partes do organismo e acarretarem outros danos. Como por exemplo:

  • nos pulmões: as bactérias podem infeccionar os pulmões e a faringe, causando pneumonia;
  • nos rins: pode acontecer nefrite, inflamação nos rins;
  • nas articulações: pode causar o reumatismo articular agudo, que provoca restrição de movimentos e muita dor;
  • no coração: pode acontecer a endocardite bacteriana, que é uma infecção que se instala em várias áreas do coração. Pessoas que têm doenças cardíacas congênitas têm ainda mais predisposição.

Portanto, primeiro cuide bem da higienização dos dentes, para evitar o dente inflamado. E caso isso aconteça, não deixe de procurar um dentista.

Como extrair dente inflamado da melhor forma possível

Para começar, depende de cada caso. O dentista pode optar por tratar, por meio de um canal. Então, ele abrirá o dente, retirará a parte morta e preencherá com um material específico, para que as bactérias não entrem e se espalhem.

Agora, caso seja um siso que você já pretenda tirar, pode ser que ele opte por retirá-lo ainda que inflamado e infeccionado. Se ele estiver com muita infecção, o dentista poderá prescrever antibiótico antes da cirurgia, para combater a condição. Ou optar por drenar o pus do local.

Para o dente apenas inflamado e sem infecção séria, a cirurgia poderá ser feita com um processo diferente na anestesia, explicado logo a seguir.

A anestesia no dente inflamado

Talvez esse seja um dos seus motivos de preocupação. Afinal, muitos já ouvimos falar que a anestesia não pega direto se o local estiver inflamado. Bom, de certo modo essa afirmação está correta. Mas vamos entender melhor e ver outra solução?

A dor é sentida por nós porque os neurotransmissores enviam sinais a uma região do cérebro e ao nosso corpo. Com essa transmissão de informação temos a sensação de algia em alguma parte.

Quando tomamos anestesia, essa informação é bloqueada, o que diminui a nossa sensibilidade naquela região aplicada.

Mas quando a área está inflamada, no caso da boca, por exemplo, a região fica com o pH mais baixo, ou seja, ácido. Esse pH ioniza as moléculas do anestésico, o que transformará suas substâncias e fará com que não seja absorvido da forma esperada.

Todavia, existe uma alternativa para driblar essa dificuldade. Em vez de aplicar a anestesia somente no nervo do dente a ser extraído, que seria o processo realizado em um dente normal, o dentista pode aplicar um pouco mais longe, pois ele pegará um nervo maior na boca. Assim, não é preciso tentar anestesiar o nervo que já está prejudicado pela inflamação. Anestesia-se um que é responsável pela sensibilidade de uma área maior. O procedimento costuma dar certo e o paciente tem satisfação com o resultado.

Como aliviar a dor do dente inflamado

Enquanto você não consulta um dentista para que ele possa fazer o que é mais adequado ao seu caso, você pode:

  • tomar algum anestésico;
  • fazer bochecho com água morna e sal, para tentar retirar os restos de alimento e acalmar a inflamação;
  • fazer uma compressa com gelo na bochecha, na região da dor, durante 20 minutos a cada 3 horas.

Inflamação após o dente siso extraído

Quando você extrai o dente, fica um buraco no lugar. Há uma parte do osso que fica exposta e também há a formação de um coágulo no local. O processo natural de cicatrização é que esse buraco se feche e os restos de alimentos e micro-organismos não penetrem. Mas pode acontecer de esse coágulo não se fechar e as terminações nervosas ficarem expostas, o que causará muita dor. Se não houver pus, dá-se o nome de alveolite seca. Caso contrário, será uma alveolite purulenta, podendo ter dor ainda maior e outros sintomas.

As primeiras 24 horas são as mais importantes para que esse coágulo seja fechado. Mas as cautelas devem ser mantidas nos dias seguintes, de acordo com a recomendação do dentista. Alguns cuidados são aconselháveis para ajudar na cicatrização, como:

  • ter atenção na hora da higienização, para não enxaguar a boca com força ou passar a escova de dentes no local do siso retirado;
  • não cutucar o local em que estava o dente;
  • evitar, nos primeiros dias, alimentos muito quentes, pois eles dissolvem o coágulo;
  • evitar assoar o nariz, pois poderá fazer o coágulo se deslocar;
  • mastigar os alimentos apenas no outro lado da boca. Isso evita que se remova o coágulo com pedaços de comida;
  • escovar os dentes sempre depois de qualquer refeição, para que não se acumulem restos de comida no local e desenvolvam bactérias.

É importante que todos os cuidados sejam seguidos. E caso você esteja passando por uma situação de ter de extrair dente inflamado, não deixe de fazer um exame com um dentista de confiança.

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Qual o perigo de uma extração de dente?

Ainda que a boca esteja sensível com a retirada do dente, você não deve deixar de cumprir sua rotina de higiene — até porque a proliferação de bactérias representa um grande perigo. Nesse caso, o melhor conselho é ser extremamente cuidadoso, principalmente com a parte que ainda está com os pontos da cirurgia.

Qual dente é mais perigoso para extrair?

O siso comumente ocupa um lugar de difícil acesso e bem inervado. Em alguns casos, ele permanece escondido por completo pela gengiva e, em outros, nasce parcialmente, ficando apenas uma ponta para fora.

Qual o tempo de repouso depois da extração de um dente?

Quantos dias de repouso para extração de dente? Após a extração, é necessário de repouso absoluto nas primeiras 24 horas, sem sair de casa. Após esse período, deve ficar em repouso parcial nas 48 horas posteriores.