Como trabalhar a diversidade e inclusão na educação infantil?

A vida em sociedade implica que entendamos o quão plurais os indivíduos são, com distinções culturais — como as crenças, os idiomas etc. — e até diferenças relativas a características econômicas e físicas. A partir dessa compreensão, se pensarmos no coletivo de pessoas como uma grande família, o respeito à diversidade e à inclusão significam que há um “espaço à mesa” para todos, de modo que ninguém deve ser deixado de lado.

Nesse contexto, faz-se necessário que os pais e/ou responsáveis mantenham um olhar atento sobre a forma como os filhos se comportam em relação aos demais e, principalmente, que ensinem as crianças e/ou os adolescentes a agirem quando estiverem em contato com o “novo”. Acredite: isso é o que fará com que esses jovens não somente se tornem, posteriormente, adultos que respeitam as peculiaridades de cada um, mas também formará verdadeiros promotores da inclusão.

Contudo, a pergunta que surge é: como fazer isso da forma mais acertada? Para ajudá-lo nessa missão, nós elencamos, neste post, uma série de dicas-chave sobre como educar os seus filhos acerca de diversidade e inclusão. Continue a leitura e confira!

1. Ensine-os sobre empatia e autoestima

Inicialmente, para educar os seus filhos acerca da diversidade e inclusão, comece trabalhando em prol de aumentar a empatia e a autoestima deles, já que indivíduos com uma autoestima mais alta têm mais probabilidade de aceitar o próximo. Isso porque, em vez de meramente “seguirem a multidão”, eles defenderão aquilo que acreditam ser o certo.

Nesse sentido, priorize oferecer aos seus filhos oportunidades para que exerçam as suas capacidades e, por conseguinte, sintam-se competentes. Além disso, por meio de atitudes, demonstre o quanto eles são verdadeiramente valorizados e amados.

2. Seja um exemplo a ser seguido

Abordar respeito, diversidade e inclusão demanda alguma prática, então, no cotidiano, é fundamental que os pais e/ou responsáveis observem como eles próprios lidam com ocasiões em que se faz necessário exercer a empatia. Simples e pequenas ações, como desejar um “bom dia” ao porteiro do condomínio e prezar a cordialidade no trânsito, ensinam muito mais do que palavras. Afinal, na convivência com os pais, os filhos incorporam os seus hábitos.

3. Seja paciente durante os diálogos

A conversa é a principal maneira de transmitir ensinamentos às crianças — a depender da idade, naturalmente — e aos adolescentes. Nesse sentido, manter a calma ao responder os questionamentos levantados, explicando pacientemente por que a sociedade é tão plural é um dos melhores pontos de partida para que eles aprendam sobre a coletividade.

4. Exponha os seus filhos a experiências diversas

A constante exposição de crianças e/ou adolescentes a situações nas quais eles possam notar o sentido real de inclusão e diversidade “normaliza” as diversas diferenças entre as pessoas. Além disso, ações como essa anulam quaisquer receios e/ou confusões que possam levá-los a agir com algum tipo de preconceito.

A verdade é que é extremamente comum que, no dia a dia, convivamos com círculos sociais muito semelhantes a nós — com crenças e poder econômico similares, por exemplo. Assim, é indispensável ir além dessa “zona de conforto”, a fim de que os jovens percebam que não existe um estilo de vida “normal” ou certo e que as diferenças entre os indivíduos são fatores que enriquecem o mundo o qual habitamos.

Como visto, ensinar aos filhos sobre diversidade e inclusão não é (e nem precisa ser) um “bicho de sete cabeças”. Além disso, ao contar com uma instituição de ensino que compartilhe da mesma ideia de abertura e respeito ao novo e ao “diferente”, você pode ter uma excelente aliada nessa missão. Por isso, no momento de decidir onde matriculá-los, é fundamental avaliar, entre outros aspectos, a filosofia e os valores praticados pelo colégio.

E então? Este post foi útil? Aproveite e compartilhe o conteúdo nas suas redes sociais. Assim, você poderá ajudar outros pais e/ou responsáveis que estão lidando com dúvidas similares às suas. Vamos lá!

A questão da diversidade e inclusão nas escolas está, felizmente, sendo cada vez mais colocada em pauta nos últimos anos. Isso ocorre porque elas desempenham um papel primordial na sociedade e também porque alguns movimentos que acontecem no Brasil e no mundo impactam de forma significativa as instituições de ensino.

Enquanto, de acordo com o IBGE, as pessoas negras representam 56% da população brasileira, menos de 10% dos alunos das 20 melhores escolas do país pertencem a esse grupo. A constatação foi feita por um levantamento do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa da Uerj (Gemaa), que analisou as instituições mais bem colocadas no ENEM de 2019.

O fato é, evidentemente, reflexo da desigualdade social que vivemos e um dos fatores cruciais para uma melhora desse cenário é, sem dúvida, a educação. As escolas são, portanto, uma peça-chave para a mudança social que precisamos.

Por essa razão, se faz tão necessário trazer o tema da diversidade e inclusão nesse contexto e discutir sobre como as instituições podem integrar ensino e gestão a fim de educar sobre o assunto e, ao mesmo tempo, criar ambientes que tenham representatividade e sejam inclusivos.

As escolas brasileiras e a inclusão das pessoas com deficiência

Durante um longo período, quando as escolas pensavam sobre diversidade e inclusão no Brasil, o foco foi bastante restrito à questão das pessoas com deficiência. De fato, o tema da “educação especial” esteve — e está — bastante em voga, visto que o cenário sofreu algumas mudanças nos últimos anos.

Até os anos 1990, crianças e adolescentes com deficiência estudavam apenas em instituições específicas e não frequentavam o ensino regular. No entanto, a partir da Constituição de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996, determinou-se que esses alunos tinham direito a atendimento especializado preferencialmente na rede regular de ensino. O esforço de inclusão das pessoas com deficiência nesse âmbito foi coroado com o Plano Nacional de Educação (PNE), em 2014, que estabelecia a universalização da educação.

Desde então, conforme o Censo Escolar, o número de alunos com deficiência matriculados tem aumentado a cada ano nas escolas brasileiras, chegando a 1,2 milhão em 2018. No entanto, em 2020, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a Política Nacional de Educação Especial (PNEE), que pode, segundo especialistas, significar um retrocesso no panorama, visto que flexibiliza o direito da pessoa com deficiência de frequentar o ensino regular.

Diversidade e inclusão nas escolas requer abordagem ampla

Embora seja muito desafiadora, muitos estudos mostram que a educação inclusiva é muito importante para o desenvolvimento das crianças com deficiência. Contudo, além desse grupo, quando tratamos de diversidade e inclusão nas escolas, é preciso ampliar o olhar.

Isso significa que é necessário pensar em uma abordagem mais ampla e inserir também outros grupos minorizados nesse enfoque — tanto no que se refere à representatividade e inclusão quanto em termos pedagógicos.

Ensino obrigatório de História e Cultura Afro-Brasileira e movimento antirracista nas escolas

Você sabia que desde 2003 a legislação brasileira obriga a inclusão da temática História e Cultura Afro-Brasileira no currículo oficial da rede de ensino fundamental e médio? A Lei nº 10.639 é considerada essencial para a superação da desigualdade étnico-racial e do racismo no país.

Contudo, apesar da obrigatoriedade e mesmo depois de tanto tempo, a implementação da legislação ainda é irregular no país. Embora muitos estados e municípios tenham inserido a lei em seus planos de educação, muitas vezes não existem ações concretas nesse sentido, como capacitação de professores e produção de material didático adequado. 

Movimento de pais e mães por educação antirracista

A fim de aumentar a representatividade negra nos corpos docente, discente e diretivo de escolas de elite de São Paulo, pais e mães de estudantes criaram o Movimento por Escolas Antirracistas e a Liga por Escolas Antirracistas. De acordo com uma reportagem publicada no final de 2020, os grupos atuam junto às instituições, cobrando ações e realizando um trabalho conjunto nesse sentido. 

Temática LGBTI+ é obrigatória no Reino Unido

Ainda sobre a questão da diversidade e inclusão nas escolas, enquanto no Brasil ainda engatinhamos em relação à inclusão LGBTI+ no sistema de ensino, na Inglaterra a abordagem da temática tornou-se obrigatória em 2020. 

As diretrizes aprovadas no país determinam que no ensino infantil sejam trabalhados os conceitos de famílias LGBTI+. Já os alunos maiores, aprenderão sobre orientação sexual, identidade de gênero e relacionamentos. O objetivo da legislação é ensinar sobre a importância da igualdade e do respeito à diversidade.

Como a diversidade e inclusão podem ser trabalhadas pelas escolas

Incorporar em seu plano pedagógico conteúdos relacionados aos grupos minorizados — pessoas negras, comunidade LGBTI+, pessoas com deficiência, mulheres, indígenas, refugiados e idosos — é uma parte das ações que devem ser feitas para promover a diversidade e a inclusão nas escolas.

No entanto, as instituições também precisam investir em programas focados em aumentar a representatividade e a construir um ambiente mais inclusivo para esses diferentes grupos. 

Nesse sentido, além de pensar em ações afirmativas efetivas — tanto  para estudantes quanto para funcionários —, os colégios também precisam tomar outras medidas, como a criação de comitês de diversidade e, sobretudo, o investimento na formação de professores e colaboradores.

O treinamento sobre vieses inconscientes voltado especificamente para times de educação, com cases relacionados a esse público, por exemplo, é muito importante para promover a reflexão sobre preconceitos implícitos entre os educadores. 

Essa é, inclusive, uma das capacitações oferecidas pela TREE, que vem realizando um importante trabalho junto a instituições de ensino. Os colégios têm buscado cada vez mais auxílio especializado para tratar da questão da diversidade e inclusão integrando estratégias no aspecto pedagógico e administrativo para agir de forma realmente efetiva e fazer a diferença.

Quer saber mais sobre o trabalho da TREE em relação à diversidade e inclusão nas escolas? Vamos conversar!

Como trabalhar diversidade e inclusão na Educação Infantil?

Para conseguir isso, uma providência essencial é adquirir materiais didáticos que valorizem as diferentes raças, pessoas com deficiências físicas e mental e mostrem meninos e meninas em posição de igualdade. Ao comprar instrumentos musicais, contemple os de diversas culturas.

O que trabalhar a diversidade na Educação Infantil?

Conheça, a seguir, algumas atividades que podem ser levadas à sala de aula para engajar os estudantes por meio da diversidade cultural..
TRABALHAR A AUTOESTIMA PELA REPRESENTATIVIDADE. ... .
DINÂMICAS DE INTEGRAÇÃO. ... .
USO DE PERSONAGENS DA LITERATURA INFANTIL. ... .
FILMES INFANTIS E DESENHOS INCLUSIVOS..

O que é diversidade e inclusão na Educação Infantil?

A Educação Inclusiva, em especial na educação infantil, supõe uma atenção individualizada e ao mesmo tempo social, sem preconceitos ou discriminações, respeitando e ofertando uma atenção de qualidade para todos os alunos, em seus diferentes ritmos de aprendizagem, cultura e estilos.

Como trabalhar com a inclusão na Educação Infantil?

A inclusão começa nas ações e na postura da equipe da instituição. A escola deve oferecer condições de acessibilidade para todos, e o acesso a espaços e materiais deve promover a ação independente de todas as crianças, de acordo com a faixa etária.