Depoimento de quem tomou aranto

O aranto, também conhecido como mãe-de-milhares, é uma planta ornamental de fácil reprodução, com origem na ilha africana de Madagascar, rica em bufadienolídeo, uma substância com propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e cicatrizantes.

No entanto, embora tenha propriedades medicinais, o aranto deve ser usado com cuidado devido ao risco de intoxicação, especialmente quando as folhas frescas são consumidas ou quando utilizado em altas dosagens. Além disso, não existem comprovações científicas suficientes dos benefícios desta planta, especialmente, para o combate ao câncer.

O nome científico do aranto é Kalanchoe daigremontiana ou Bryophyllum daigremontianum, e a parte normalmente utilizada dessa planta são as folhas secas, para o preparo do chá ou cápsulas, encontrados em lojas de produtos naturais ou farmácias de manipulação. É importante ressaltar que essa planta deve ser usada somente com indicação do médico ou do fitoterapeuta, devido aos seus efeitos tóxicos.

Depoimento de quem tomou aranto
A ideia que seria possível usar o aranto para curar câncer se desenvolveu porque, devido às propriedades medicinais já conhecidas, iniciou-se uma série de estudos testando as propriedades anticancerígenas da planta. Entretanto, Juliana ressalta que os estudos são iniciais e os resultados dessas análises são muito rasos. 

“Os estudos que identificaram propriedades anticancerígenas na composição do aranto são muitos rasos. Por não haver um respaldo científico sobre o assunto, não é recomendado o uso para pacientes oncológicos”, informa.

  Algumas dessas investigações avaliaram o efeito da mãe de milhares especificamente contra leucemias.

“Foi demonstrado que o aranto tem, em sua composição, uma espécie de corticoide. Isso pode sugerir algum tipo de ação no tratamento de leucemias, contribuindo para a remissão da doença”, comenta a nutricionista.

 Porém, são testes feitos in vitro, isto é, em laboratório e não em humanos. Dessa forma, não se sabe quais seriam os efeitos no corpo. Portanto, não é possível indicar a planta como tratamento oncológico.

“A nossa sugestão é sempre fazer o devido acompanhamento médico, já que as plantas medicinais podem auxiliar no tratamento de doenças. Porém, devem ser prescritas por um médico e consumidas de forma responsável”, alerta Juliana. 

Ela reforça, porém, que ainda não há um ensaio clínico com pessoas comprovando sua eficácia. Por outro lado, está confirmado que o uso prolongado do aranto pode causar intoxicações e outros sintomas. Como náuseas, vômito, dor abdominal, comprometimento do sistema nervoso e alteração de batimentos cardíacos.

Isso vale para o consumo da mãe de milhares em qualquer formato, seja suco, chá ou até pomada. 

“Não é indicado que as pessoas façam uso deste chá na intenção de curar um tumor, já que há riscos na ingestão. Além de não haver indicação de uso para o paciente oncológico com fim de tratamento oncológico”, frisa Juliana Nabarrete. 

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Quais são os efeitos colaterais do aranto?

Segundo a bióloga, o uso contínuo de chás feitos com a planta podem causar diversos tipos de sintomas, como náuseas, vômito e dor abdominal. Além disso, pode comprometer o sistema nervoso, ocasionando confusão mental, delírio e alucinações.

Quantos dias posso tomar o aranto?

O aranto pode ser consumido pelo período máximo de 1 mês, e depois deve-se fazer uma pausa de pelo menos 15 dias antes de reiniciar o uso. Além disso, não devem ser ingeridas mais de 30 g de aranto por dia pelo risco de efeitos tóxicos no corpo com suas altas dosagens.

Pode tomar aranto todos os dias?

O aranto pode ser consumido pelo período máximo de um mês, porque há o risco de surgirem efeitos colaterais provocados por intoxicação mediante superdosagem. O consumo diário seguro é de até 30 gramas. Entre os efeitos colaterais, relatam-se paralisia e contração muscular.

Tem aranto venenoso?

A forma mais comum de consumir a planta é pelo seu chá, feito a partir de suas folhas quando secas. Porém, não devem ser ingeridos mais de 30 g de aranto por dia pelo risco de efeitos tóxicos no corpo com suas altas dosagens.