O que fazer para eliminar gordura no fígado

A esteatose hepática é uma condição preocupante que precisa ser eliminada, por isso se torna essencial entender como reduzir o acúmulo de gordura no fígado.

Por mais que não haja um tratamento específico para eliminar a gordura no fígado, chamada cientificamente de esteatose hepática, existem formas de reduzir os riscos da condição.

GORDURA NO FÍGADO: O que é, sintomas e tratamento

GORDURA NO FÍGADO TEM CURA?

A gordura no fígado tem cura e pode ser promovida quando o indivíduo segue as instruções do seus médico para levar um estilo de vida mais saudável, de forma que garanta sua qualidade de vida.

Nos casos mais graves da doença, quando a gordura no fígado evolui para cirrose, ainda sim há formas de controlar os sintomas e consequências diante de um diagnóstico precoce.

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TRATAMENTO DE GORDURA NO FÍGADO:

Os pilares principais do tratamento para gordura no fígado são focados na dieta saudável e na prática de atividades físicas, sendo raros os casos que o uso de medicamentos é necessário.

Diante disso, confira 4 dicas para ajudar a reduzir o acúmulo de gordura no fígado:

1. Realize uma dieta hipocalórica:

A dieta hipocalórica com foco na redução da gordura no fígado consciente em evitar frituras, comidas gordurosas e doces, substituindo-as por frutas, verduras, legumes e carnes magras.

Outra vantagem que auxilia na exportação dos os triglicérides para a corrente sanguínea são os nutrientes colina e betaína, presentes em alimentos como:

• Ovo
• Beterraba
• Espinafre
• Quinoa
• Gérmen e farelo de trigo

2. Reduza a ingestão de carboidratos:

O consumo frequente de carboidratos favorece o acúmulo de gordura no fígado, por isso é importante evitá-lo ou preferir sempre os de fonte integral.

Ao invés disso, é importante se alimentar de produtos ricos em fibras, pois são capazes de controlar a velocidade de absorção da glicose. Exemplos de fontes de fibras são:

• Cereais integrais: arroz, aveia, trigo, quinoa e amaranto;
• Legumes e verduras folhosos: alface, agrião e rúcula;
• Leguminosas: feijão, soja, lentilha, ervilha e grão de bico;
• Sementes: linhaça e chia

LEIA MAIS: GORDURA NO FÍGADO SINTOMAS: saiba os principais sintomas da esteatose hepática e a CAUSA

3. Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas:

A bebida alcoólica em exagero é uma das principais causas de gordura no fígado.

Por esse motivo, eliminar o álcool do cardápioé um pronto essencial para pessoas com suspeita ou diagnóstico de esteatose hepática.

LEIA MAIS: O que é bom para GORDURA NO FÍGADO? Veja CHÁS PARA GORDURA NO FÍGADO 

4. Pratique exercícios físicos frequentemente:

A atividade física é capaz de queimar parte da maior fonte de energia que pode se acumular no fígado, os triglicérides.

Dessa forma, se torna importante seguir essas dicas para entender como tratar da gordura no fígado, mas a consulta com o médico também não deve ser dispensada.

SAÚDE do FÍGADO: conheça ALIMENTOS que ajudam no funcionamento

REFERÊNCIAS:

Esteatose hepática (gordura no fígado) - Ministério da Saúde. Acesso em 07/11/2022 

GORDURA NO FÍGADO: SINTOMAS, CAUSAS, DIETA E COMO ELIMINAR? - Hospital Santa Paula 

A gordura no fígado, também chamada de esteatose hepática, ocorre quando as células do fígado começam a ser infiltradas por células de gordura, chamadas triglicérides. É normal ter um pouco de gordura neste órgão, mas quando mais de 5% a 10% dele é composto de gordura, o quadro deve ser tratado.

Com o tempo, a presença de gordura no fígado pode causar um processo de inflamação no corpo chamado de esteato-hepatite, que se não for identificado e tratado pode evoluir para um quadro de cirrose. Todavia, quadro é reversível a partir das mudanças de estilo de vida indicadas por um médico especialista. 

Os quadros de gordura no fígado são divididos de acordo com suas causas. São elas: 

A esteatose hepática alcoólica se desenvolve em pessoas que bebem com muita frequência, principalmente pessoas que sofrem com alcoolismo.

A gordura no fígado de causas não alcoólicas pode ocorrer por diversos quadros, tais como:

• Sobrepeso e obesidade
• Hepatites virais (como a hepatite B e a hepatite C)
• Diabetes
• Resistência à insulina
• Triglicérides alto
• Colesterol alto
• Perda ou ganho muito rápidos de peso
• Uso de medicamentos como corticoides, estrógeno, amiodarona, antirretrovirais, diltiazen e tamoxifeno
• Pessoas com inflamações crônicas do fígado devido a outras doenças.

Hoje, o excesso de peso é uma das maiores causas do problema, sendo que 60% das pessoas que sofrem com gordura no fígado possuem um diagnóstico de obesidade.

Saiba mais: Conheça 9 alimentos que ajudam na saúde do fígado

No geral, a gordura no fígado se acumula sem causar sintomas físicos. Ela pode ser detectada em exames de ultrassonografia do abdômen, nos quais será possível notar um fígado aumentado.

Porém, conforme o quadro evolui é possível que uma pessoa com gordura no fígado apresente sintomas como:

• Fadiga
• Dor na parte superior direito do abdômen
• Dor no abdômen
• Cansaço
• Fraqueza
• Perda de apetite
• Aumento do fígado
• Barriga inchada
  
• Dor de cabeça constante.

Em casos graves, quando as funções do fígado começam a ser comprometidas, começam a aparecer sintomas como:

• Acúmulo anormal de líquido dentro do abdômen
• Doenças no encéfalo
• Confusão mental
• Hemorragias
• Queda no número de plaquetas sanguíneas
• Icterícia (pele e olhos amarelados)
• Fezes sem cor
• Alterações do sono
• Mudanças na coagulação
• Inchaço dos membros inferiores
• Aumento rápido do volume abdominal

Leia mais: Gordura no fígado pode evoluir para complicações graves

O diagnóstico de gordura no fígado é feito com ajuda de exames como:

• Ultrassom abdominal
• Níveis de TGO e TGP no sangue.

É possível fazer uma biópsia, mas, por ser um procedimento invasivo, ele é deixado para pacientes com indicação de cirurgia. A ultrassonografia costuma indicar o grau de gordura no fígado, sendo:

• Grau 1 ou leve: quando há pequeno acúmulo de gordura
• Grau 2: quando há um acúmulo moderado de gordura no fígado
• Grau 3: quando ocorre grande acúmulo de gordura no fígado.

Mulheres parecem ter um risco maior de desenvolver excesso de gordura no fígado, uma vez que o hormônio estrógeno, produzido naturalmente pelo corpo feminino, facilita o acúmulo de gordura.

Pessoas de ascendência oriental ou hispânica também parecem ter uma maior propensão ao quadro, ao contrário dos descendentes de africanos. 

Outros fatores de risco incluem: 

• Síndrome do ovário policístico
• Hipotireoidismo
• Síndrome metabólica
• Apneia do sono
• Acúmulo de gordura abdominal.

É importante que pessoas que apresentam os fatores de risco (especialmente excesso de peso) realizem consultas médicas periódicas a fim de avaliar a necessidade de monitorar a quantidade de gordura no fígado. O diagnóstico precoce é ideal para iniciar o tratamento imediatamente, a fim de evitar possíveis problemas de saúde ao paciente. 

Não existe um medicamento que sozinho consiga tirar a gordura do fígado. Eles podem ajudar, mas precisam ser aliados às mudanças de estilo de vida, tratando a causa do problema. Confira algumas dicas para eliminar a gordura no fígado:

Geralmente, a medida mais eficaz para controlar esteatose hepática é emagrecer, sendo que reduzir 7% do peso corporal já pode trazer bons resultados. Para isso deve-se ter uma dieta hipocalórica, evitar frituras, gorduras e doces e aumentar a ingestão de frutas, legumes, verduras e carnes magras.

Os nutrientes colina e betaína parecem ajudar o fígado a exportar os triglicérides para a corrente sanguínea, evitando assim o acúmulo dos dessas células no fígado, que é o início da esteatose. As fontes alimentares de colina e betaína são:

• Quinoa
• Beterraba
• Espinafre
• Farelo e gérmen de trigo
• Ovo
• Soja.

Ademais, é importante evitar o exagero nas quantidades de carboidratos e prefira sempre os integrais. Incluir boas fontes de fibras na alimentação é também fundamental, uma vez que elas controlam a velocidade de absorção da glicose. As fibras estão presentes em:

• Cereais, desde que integrais (trigo, aveia, quinoa, amaranto, arroz, etc)
• Legumes e verduras (principalmente nos folhosos como alface, rúcula, agrião, etc)
• Leguminosas (feijões, ervilhas, grão de bico, lentilhas, soja ), na casca das frutas e em sementes como linhaça e chia

Outras dicas importantes incluem: 

• Evite bebidas alcoólicas em exagero. Quem já está com estatose hepática deve eliminar o álcool do cardápio
• Priorize a gordura vegetal e não exagere nas quantidades desse nutriente
• Faça atividade física com frequência, pois nossa maior fonte de energia são os triglicérides. Ao queimar os triglicérides, você evita o acúmulo deles no corpo e no fígado.

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Alguns medicamentos têm sido usados para tratar gordura no fígado:

• Vitamina E, na dose de 400 a 800 UI ao dia, é indicada para pacientes com esteato-hepatite e sinais de fibrose hepática, comprovados através da biópsia do fígado
• Drogas usadas para tratamento de diabetes, como a metformina, pioglitazona e rosiglitazona, têm sido utilizadas nos pacientes com níveis elevados de glicemia
• Orlistat (xenical) pode ser usado como droga auxiliar para o controle do peso corporal, mas não age diretamente sobre a esteatose.

Alguns trabalhos mostraram benefícios do ômega-3 nos casos de esteatose, mas não de suas complicações, como a esteato-hepatite.

Outras drogas foram testadas com resultados inconclusivos, entre elas:

• Ursacol (ácido ursodesoxicólico)
• Ácido fólico
• N-acetilcisteína
• Silimarina.

Seguindo o tratamento adequado, o paciente tem altas chances de regredir o quadro de gordura no fígado ou ao menos estabilizá-lo.

Mesmos os casos em que a doença já evoluiu para cirrose podem ser controlados antes que o fígado seja completamente atacado, o que ressalta a importância do diagnóstico precoce.

O ideal é prevenir as causas possíveis de gordura no fígado, como obesidade, triglicérides e colesterol alto, diabetes, entre outros.

Um meio geral de prevenir estes problemas é levando uma vida saudável, exercitando-se regularmente e com uma alimentação equilibrada, rica em carboidratos integrais, gorduras boas e proteínas magras.

Saiba mais: 7 dicas simples para reduzir os triglicérides

Quando a presença de gordura no fígado não é tratada, ela pode evoluir para uma inflamação do fígado chamada esteato-hepatite. 20% dos casos desta inflamação que não são tratados podem evoluir para uma cirrose hepática, situação em que o tecido do fígado pode ser substituído por fibroses. Se a cirrose avançar, pode ser necessário um transplante de fígado.

Além disso, a cirrose é um fator de risco comum para o câncer de fígado (hepatocarcinoma), que inclusive pode ocorrer também em pessoas que tem apenas a gordura no fígado sem outras evoluções, mas é mais raro.

• Hepatologista Leonardo Mota, especialista do Hospital São Camilo (SP)
• Gastroenterologista Ricardo Barbuti (CRM-SP 66.103), especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP)
• Gastroenterologista e hepatologista Cibele Ferrarini (CRM-SP 47.359)
• Nutrólogo Roberto Navarro (CRM-SP 78.392), membro da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN)
• Henrique Perobelli, gastroenterologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo
• Debora Poli, gastroenterologista do Hospital Santa Paula
• Mayo Clinic

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