Parte da geração da riqueza do Egito estava ligada às enchentes do rio Nilo

Parte da geração da riqueza do Egito estava ligada às enchentes do rio Nilo

Exercícios – História – Mesopotâmia e Egito – 6º ano

1. Qual o significado da palavra Mesopotâmia?

a)  Império do Nilo

b)  Terra Entre Desertos

c)  Terra Entre Rios

d)  Império do Tigre

e)  Império do Eufrates

2. Surgido na Antiga Mesopotâmia, é considerado o mais antigo código de leis escritas da humanidade: 

a)  Lei das Doze Tábuas. 

b)  Leis Draconianas. 

c)  Dez Mandamentos. 

d)  Código de Hamurábi. 

e)   Lei Tessalônica

3. "Salve, ó Nilo (...) regas a terra em toda parte, ó deus dos grãos, senhor dos peixes, produtor do trigo e da cevada (...) Logo tuas águas se erguem (...) todo ventre se agita, o dorso é sacudido de alegria e os dentes rangem."

          O trecho acima celebra:

a)  o Egito, região quente e seca como o Saara;

b)  a crença numa vida de além-túmulo;

c)  o relativo isolamento do vale, limitado pelos desertos da Arábia e da Líbia;

d)  as nascentes desconhecidas do Rio Nilo;

e)  o poder criador do regime das cheias e das vazantes do rio Nilo, que deixavam no solo um lodo de grande fertilidade.

4. As pirâmides são:

a) O túmulo exclusivo do faraó

b) O túmulo do faraó e sua família

c) A residência do faraó

d) A residência do faraó e sua família

5.  A vida econômica egípcia era bastante movimentada, apesar do deserto, a agricultura, a pecuária e o comércio se desenvolveram com grande esplendor (riqueza). Porém, isso só foi possível graças a um controle rígido e autoritário. Esse comando era exercido pelo:

a) Exército

b) Sacerdote

c) Faraó

d) Rio Nilo

6. Parte da geração da riqueza do Egito estava ligada às enchentes do rio Nilo, que propiciavam uma excelente agricultura na época da vazante. Todas estas terras que margeavam o rio eram:

a) De propriedade do Estado.

b) Cultivadas pelos sacerdotes.

c) Grandes propriedades pertencentes à nobreza egípcia.

d) Formadas de pequenas propriedades pertencentes aos felás

5. Leia as sentenças e classifique-as com V, caso sejam verdadeiras, e com F, caso sejam falsas.

a) ( V  ) Nos templos religiosos na Mesopotâmia, foram desenvolvidas a escrita e a astronomia.

b) ( F   ) Os textos cuneiformes mais antigos datam de 1.500 anos atrás.

c) ( V  ) Ao longo do tempo a escrita cuneiforme foi aperfeiçoada para a pictográfica e, posteriormente, para a ideográfica.

d) (  V ) Os mesopotâmicos utilizaram seus conhecimentos astronômicos para planejar a agricultura: quando deveriam ser feitas a semeadura, a colheita, entre outros processos.

e) (  F ) Na escrita cuneiforme, o texto era gravado na rocha.

f) (  V ) O conhecimento matemático auxiliou o desenvolvimento da astronomia e da agricultura.

Fonte: Escola São Domingos, Scribd

Muito usada nos tempos faraônicos, a tecnologia media o nível da água que transbordava do Nilo e tinha um papel crucial na agricultura

Ricos tanto em cultura, quanto em tradição, os povos do Egito Antigo conviviam com um constante contratempo da natureza. Todos os anos, de julho a outubro, as terras egípcias eram inundadas pelas chuvas de verão.

Com o grande volume de água, o Nilo transbordava durante todo o período das chuvas. E não pense que os egípcios ficavam frustrados com toda aquela água. Para eles, a inundação anual era o fenômeno mais importante do ano.

Era através da água trazida pelo Nilo que a fertilização das terras agrícolas aconteciam. Isso porque, durante as chuvas, toneladas de lodo — um dos fertilizantes usado na época — eram carregadas pela enchente.

Ainda mais, as inundações eram usadas para determinar festivais religiosos e, assim, regulavam o estilo de vida no Egito Antigo. Entretanto, existia um problema: era impossível identificar tudo que as águas indicavam apenas olhando para o horizonte.

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Agricultura às margens do Rio Nilo / Crédito: Divulgação

A ideia do século

A fim de observar melhor o nível de água do Rio Nilo durante as estações de cheias, os egípcios inventaram os nilômetros. Feitos de pedra ou mármore, as gigantes colunas eram usadas para medir a altura que a inundação atingia.

Acima de um amplo sistema de canos, os egípcios construíam um poço profundo, com uma coluna no meio — os nilômetros. Como estavam em um nível muito abaixo do Nilo, os poços eram preenchidos com água durante as enchentes.

Com a estrutura pronta, a coluna octagonal era seccionada em 19 segmentos, de 50 centímetros cada. Assim, os nilômetros poderiam ser usados como régua e mediam enchentes de até 9,5 metros.

Uma vez determinado o tamanho da coluna de mármore, os egípcios observaram o que cada altura indicava. Quando a água da chuva atingia as 19 sessões, ficava claro que o Egito estava passando por fortes inundações.

Caso o nível chegasse a 12 segmentos, o volume de água não seria suficiente para a agricultura e, assim, o povo enfrentaria fome naquele ano. A colheita apenas seria abundante caso a altura da água atingisse a 16ª sessão.

Dessa forma, graças à ferramenta, os egípcios foram capazes de prever a sorte da colheita anual. A partir desses dados, então, eles determinavam os impostos e os preços dos alimentos a serem cobrados da população. 

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Ilustração de Nilômetro / Crédito: Wikimedia Commons

Herança cultural

Famosos nos tempos faraônicos, os nilômetros continuaram sendo utilizados mesmo depois que o Egito foi conquistado por estrangeiros. A tecnologia era eficaz e era a melhor forma de observar as enchentes que continuavam acontecendo.

Por séculos, as populações egípcias aproveitaram a eficácia dos nilômetros e construções semelhantes foram encontradas até mesmo em civilizações greco-romanas. Com o tempo, entretanto, grande parte das estruturas foi perdida.

Segundo artigo publicado na National Geographic, em 2016, existem “menos de duas dúzias dos dispositivos” no mundo todo. Esse é o caso do nilômetro de Helwan, localizado ao sul do Cairo, por exemplo.

Situado na margem do Nilo, as ruínas do nilômetro podem ser visitadas até hoje. Segundo registros arqueológicos, a construção foi erguida ou restaurada em 699 d.C. — cerca de meio século depois que os muçulmanos conquistaram o Egito.

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Ilustração representando a agricultura egípcia / Crédito: Divulgação

Em 714 d.C., o califa omíada Al-Walid I observou o péssimo estado de conservação da estrutura e deu uma ordem. Ao governador do Egito na época, ele exigiu que o nilômetro fosse reconstituído.

Por anos a fio, independentemente da potência que dominasse o Egito, os nilômetros continuaram a forma mais eficaz de medir o nível das chuvas. Os impostos egípcios, inclusive, foram baseados nas enchentes até metade do século 20.

A construção, entretanto, tornou-se obsoleta em 1970, quando outra estrutura foi erguida: a barragem de Aswan High. Com a nova tecnologia, a relação entre o Nilo e a população que morava em suas margens sofreu uma mudança considerável.

Pela primeira vez em séculos, era o homem quem controlava as enchentes causadas pelo Nilo e, assim, os nilômetros não eram mais necessários. Com a barragem, as águas eram armazenadas em um reservatório, liberadas apenas quando necessário.


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Qual a importância das enchentes do rio Nilo para os egípcios?

Para eles, a inundação anual era o fenômeno mais importante do ano. Era através da água trazida pelo Nilo que a fertilização das terras agrícolas aconteciam. Isso porque, durante as chuvas, toneladas de lodo — um dos fertilizantes usado na época — eram carregadas pela enchente.

Qual a relação que os egípcios tinham com o rio Nilo?

Para os egípcios, o rio Nilo é muito importante, pois contribui com a irrigação agrícola, navegação e aquisição de água para a utilização humana e dos animais. No deserto existem represas e canais de irrigação que asseguram o fornecimento de água. Egito e Sudão são os países que compõem o vale do Nilo.

Como os egípcios tratavam o rio Nilo?

Grande parte dela se instalava na margem direita do rio, a leste, pois é o onde o Sol nasce. Para os egípcios, os deuses da mitologia egípcia usavam o Nilo como transporte, e o local onde o Sol nasce seria o mais propício para a vida.

Qual foi a influência do rio Nilo para a agricultura?

Ele favorecia a agricultura com seu regime de cheias, dessa forma, quando o nilo estava em cheia ele fertilizava a terra e quando baixava a terra estava propicia para a agricultura e extremamente fértil.