Por que o autor empregou o pretérito perfeito nessa passagem do texto?

Discurso diretoDiscurso indiretoUso da primeira pessoa do discursoTerceira pessoaVerbo no presente do indicativoEmprego do pretérito imperfeito do indicativoVerbo no pretérito perfeitoPretérito mais que perfeitoFuturo do presenteFuturo do pretérito Modo imperativo Pretérito imperfeito do subjuntivo Adjuntos adverbiais: aqui, cá, aí Adjuntos adverbiais: ali, lá Ontem O dia anterior Amanhã O dia seguinte


Discurso indireto livre

Como anteriormente mencionado, nesta modalidade, as formas direta e indireta fundem-se por meio de um processo em que o narrador insere discretamente a fala ou os pensamentos do personagem em sua fala. Embora ele não participe da história, instala-se dentro de suas personagens, confundindo sua voz com a delas.
Observemos um fragmento extraído do romance Madame Bovary, do escritor francês Gustave Flaubert, publicado em 1857:

“Olhava-a, abria-a e chegava mesmo a aspirar-lhe o perfume do forro, misto de verbena e de fumo. A quem pertenceria?... Ao Visconde. Era talvez presente da amante.”

O emprego do tempo presente do indicativo, assim como todos os assuntos relacionados ao universo gramatical, encontra-se em consonância com alguns pressupostos predefinidos. Assim, partindo dessa premissa, dispomo-nos a compreender um pouco mais acerca de tal procedimento linguístico, levando-se em conta alguns aspectos tidos como relevantes.

Ao fazermos uso deste tempo, inferimos se tratar de uma enunciação relacionada ao momento presente. Contudo, além dessa noção conceitual, torna-se passível de menção outros fatores relacionados a tal emprego, dignos de se incorporarem ao nosso conhecimento.

Assim sendo, estejamos atentos a algumas elucidações aqui formadas:

* O presente do modo indicativo é empregado quando se deseja retratar um fato ocorrido no momento da fala, também chamado de presente momentâneo:

Aprecio boas leituras.

Estou contente com a notícia.

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* É também utilizado para expressar processos habituais, regulares, ou que possuem validade permanente:

Durmo regularmente.

O direito de ir e vir são concebidos a todos os cidadãos.

* O emprego também se deve ao ato de narrar fatos passados, de modo a conferir-lhes atualidade. É também conhecido como o presente histórico:

“Em 58 a.C César invade a Gália e inicia uma das mais famosas campanhas da história militar”.

* Sua utilização se encontra relacionada ao ato de indicar um fato no futuro próximo, tido como uma realização certa:

Daqui a alguns instantes ele volta.
Viajo no próximo final de semana.

* Utilizado com valor imperativo, o uso do presente constitui uma ação delicada e familiar de pedir ou ordenar algo:

3 Luciana Pereira da Silva Luciane Hagemeyer português elementar I praticando a língua portuguesa Edição revisada IESDE BRASIL S/A Curitiba 2013

4 2010 IESDE BRASIL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ S581p Silva, Luciana Pereira da Português elementar I : praticando a língua portuguesa / Luciana Pereira da Silva, Luciane Hagemeyer. - 1.ed., rev. - Curitiba, PR : IESDE BRASIL, p. : 24 cm Inclui bibliografia ISBN Língua portuguesa - Estudo e ensino. I. Hagemeyer, Luciane. II. Título CDD: CDU: Capa: IESDE BRASIL S/A Crédito da imagem: IESDE BRASIL S/A Todos os direitos reservados. IESDE BRASIL S/A Al. Dr. Carlos de Carvalho, CEP: Batel Curitiba PR

5 Luciana Pereira da Silva Doutora em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal do Paraná, Mestre em Letras pela UEL; graduada em Letras pela FAFICOP. Professora do Curso de Letras Português- Inglês da UTFPR-Campus Curitiba. Luciane Hagemeyer Mestre em Estudos Literários pela UFPR; pós-graduada em Currículo e Prática Educativa pela PUC-RJ e graduada em Letras Português-Inglês pela UFPR. Atua como professora de Língua Portuguesa e Literatura no setor privado de ensino em Curitiba há 20 anos.

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7 Sumário Linguagem 15 Por que aprender novas palavras? 15 Significação e uso das palavras e os diferentes tipos de frase: declarativas, interrogativas, exclamativas e imperativas 17 Respostas completas 18 Linguagem verbal e não verbal 19 Comunicação 25 Modalidades da língua 25 Relação entre a leitura e a escrita 26 Relação entre a fala e a escrita 26 Regionalismos e dialetos 27 Elementos da comunicação 29 Fonologia 33 História da escrita 33 Letras e fonemas 34

8 Encontros vocálicos 36 Encontros consonantais 37 Pronúncia 38 Ortografia 41 Ortografia da Língua Portuguesa: uma introdução 41 Como escrever corretamente? 42 O uso dos porquês 43 Onde ou aonde? 44 Emprego do mal e mau 44 Emprego do mas, mais e más 45 Emprego do a e há 45 Acentuação 49 Sílabas tônicas e acentos gráficos 49 Regras de acentuação 50 Crase 52

9 Classes de palavras I 57 Classes de palavras 57 Substantivo 58 Artigo 62 Classes de palavras II 65 Adjetivo 65 Advérbio 69 Verbos 73 Conjugações verbais 73 Verbos regulares e irregulares 74 Tipos de verbo 75 Vozes verbais 77 Flexões verbais 77 Morfologia I 81 Interjeição 81 Conjunção 82

10 Morfologia II 89 Os pronomes e a sua classificação 89 Pronomes indefinidos 92 Pronomes relativos 93 Colocação pronominal 94 Frase, oração e período 97 Frase, oração e período 97 Sujeito e predicado 98 Complementos verbais e nominais 101 Predicativo do sujeito e do objeto 102 Termos acessórios da oração 105 Adjuntos adnominais 105 Adjuntos adverbiais 106 Aposto 108 Sintaxe 113 Período simples e composto 113 Período composto por coordenação 114

11 Período composto por subordinação 116 Período composto por coordenação e subordinação 118 Concordância nominal 119 Concordância verbal 120 Pontuação 123 Ponto, ponto de interrogação, ponto de exclamação e dois-pontos 123 Vírgula e ponto e vírgula 125 Aspas, travessão, reticências e parênteses 127 Semântica I 131 Denotação e conotação 131 Figuras de linguagem: figuras de palavras 132 Figuras de linguagem: figuras de construção 134 Figuras de linguagem: figuras de pensamento 135 Personificação 136 Polissemia 136 Eufemismos 138

12 Semântica II 141 Vícios de linguagem 141 Frases feitas 144 Frases de para-choque de caminhão 145 Vagueza 146 Elementos do texto 149 Coesão textual 149 Coerência textual 154 Seleção de vocabulário 155 A produção textual 159 Narração 159 Descrição 164 Argumentação 167 Narrar e argumentar 171 Narração 171 Argumentação 178 Elementos da narrativa 182

13 Tipologia e gêneros textuais 187 Biografia 187 Crônica 190 Textos instrucionais 197 Gêneros textuais I 201 Histórias em quadrinhos 201 Fábulas 203 Contos de fadas 205 Poema 207 Gêneros textuais II 215 Artigo jornalístico 215 Editorial 219 Texto de divulgação científica 220 Literatura de cordel 222 Gêneros textuais III 225 Conto 225 Texto teatral 232

14 Poesia 234 Entrevista 241 Análise e interpretação de textos 245 Textos argumentativos 245 Resenhas 248 Estudo do verso 256 Divisão silábica 259 Gabarito 263

15 Apresentação O Caderno de Exercícios Português Elementar I propicia ao estudante revisar e fixar os principais conceitos da Língua Portuguesa. Produzido por professoras experientes e com grande atuação no meio educacional que asseguram ao material uma apresentação atualizada e eficiente para o aprendizado. As experiências e trocas das autoras em sala de aula são dessa maneira, aplicadas aos exercícios propostos.

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17 Linguagem Por que aprender novas palavras? Significação e uso das palavras e os diferentes tipos de frase: declarativas, interrogativas, exclamativas e imperativas. Respostas completas. Linguagem verbal e não verbal. Por que aprender novas palavras? 1. Complete as frases adequadamente com as palavras do quadro: relações leitor vocabulário capacidade amplo significação leitura expandir pensar compreender Somente os seres humanos têm a de construir pensamentos por meio da palavra escrita e falada e, com isso, partilhar e o conhecimento. O conhecimento sobre a das palavras e seu uso nos ajuda a aumen- tar a capacidade de estabelecer, ou seja, pensar em maior grau de profundidade. Comportar-se como é frequentar bibliotecas, interessar-se por li- vros, jornais e revistas, seja por meio da compra ou empréstimo. É também conversar sobre os temas lidos, reler e recomendar livros aos outros. É isso que nos faz melhor o que lemos.

18 16 Linguagem Ao entrar em contato com diversos livros, somos apresentados a novas ideias e infor- mações, e assim acabamos por conhecer o significado de um maior número de palavras, ampliando a nossa visão de mundo e aprimorando nosso modo de. Um vocabulário mais facilita a compreensão da. Quanto mais realizar leituras, mais ampliará seus conhecimentos e, consequentemen- te, seu. e) f) 2. Ampliar o vocabulário pode auxiliá-lo a compreender melhor aquilo que lê. Marque um X na alternativa que melhor explica o significado das palavras a seguir: Efígie é... a representação da imagem de uma pessoa como um retrato estampado principalmente em uma moeda, pintura ou miniatura. uma escultura. Insosso é... algo que não merece consideração. algo sem tempero, que não tem graça. Acepipe é... uma cidade que fica em Sergipe. o mesmo que petisco. A palavra estupefato é... usada para descrever uma pessoa pasma, assombrada ou assustada. um material de limpeza. e) Recalcitrante é... uma palavra utilizada para descrever alguém teimoso, rebelde e desobediente. uma palavra utilizada para descrever um ladrão de carros. f) Obsoleto é... um tipo de inseto. algo fora de moda, ultrapassado, que ninguém mais usa. g) Amesendar é... fazer um lanche. sentar-se à mesa.

19 Linguagem 17 h) Pândego é... um instrumento musical. uma pessoa engraçada, que gosta de brincadeiras. Significação e uso das palavras e os diferentes tipos de frase: declarativas, interrogativas, exclamativas e imperativas 3. Basicamente, existem quatro tipos de sentenças: as sentenças declarativas, que podem ser afirmativas ou negativas. Elas podem afirmar ou negar uma ideia, uma opinião. As sentenças interrogativas solicitam uma resposta, uma informação. Já as sentenças exclamativas indicam ênfase, e as sentenças imperativas indicam um comando, um pedido. Sabendo elaborá-las e utilizá-las bem, podemos imprimir nossa marca pessoal ao produzir um texto, seja ele qual for. Classifique as frases a seguir, assinalando DA para as frases declarativas afirmativas, DN para as frases declarativas negativas, E para as frases exclamativas, IN para as frases interrogativas e IM para as frases imperativas: Ler não significa apenas decodificar um texto. Ler implica uma busca ativa de significado, confirmando ou rejeitando hipóteses. Aproveite as promoções ainda hoje. O meu ônibus deve passar daqui a pouco, tenho que prestar atenção! Dona Maria Cândida, durante minha ausência mande trocar as cortinas e providencie o conserto das tomadas; não deixe de abrir a correspondência e comunique aos clientes que estarei de volta no dia 27 (ILARI, 2001, p. 28). Como você pôde enfatizar tal ideia, se ao colocá-la em prática nem saberia dizer quais seriam os reais prejuízos? Vá imediatamente ao supermercado e compre os itens desta lista. Infelizmente não é possível fazer mais nada. Você sempre pode fazer o que gosta? A imaginação serve para deixar o mundo mais belo.

20 18 Linguagem Respostas completas 4. Uma resposta correta é o mesmo que uma resposta completa? Nem sempre. Uma resposta completa envolve a construção de frases sintaticamente corretas. Quanto mais variarmos as frases em um texto, mais as ideias fluirão. Assim, conseguiremos alcançar o efeito desejado com maior facilidade, captando a atenção do leitor e compartilhando conhecimentos e pontos de vista. Relacione os fragmentos da primeira coluna aos da segunda, de modo que o todo das frases faça sentido. O grau de compreensão da leitura..., pois seu texto pode ficar desconexo. Uma resposta completa... apresenta sujeito e predicados claros. Evite começar uma resposta com um conectivo... único e independente. Uma resposta mal elaborada... determina as chances da produção de uma resposta adequada. e) Trate suas respostas como um todo... pode não fazer sentido. 5. Ao redigir respostas completas, é muito importante identificar os comandos de cada questão para, então, respondê-los separadamente. Relacione as colunas a seguir, de modo a ligar cada pergunta a uma resposta equivalente: Se o seu público-alvo for composto de pessoas que você conhece, pode Qual o tempo verbal adequado para usar uma linguagem com a qual uma narrativa de viagem? eles estejam mais familiarizados. Em outros casos, utilize uma linguagem mais formal. Para tornar seu texto mais inte- ressante, você pode incluir dife- Quem vai ler o que você está escrevendo? rentes pontos de vista, utilizando citações de várias pessoas sobre um mesmo assunto.

21 Linguagem 19 O modo de escrever vai depender do livro a ser resenhado: ficção O que é uma ordem cronológica? ou não ficção. Mas inicie mencionando o título do livro, nome do autor e ilustrador. Como podemos variar o estilo da reda- ção de um texto? É uma forma de organizar o texto de modo a colocar os eventos em uma sequência lógica. Você pode escrever sua narrativa e) Como escrever uma resenha? no pretérito, pois assim descreverá os fatos que já aconteceram. Linguagem verbal e não verbal 6. A linguagem verbal comunica alguma coisa por meio da palavra. No entanto, apesar de a linguagem verbal ser uma forma de comunicação muito comum em nosso cotidiano, ela não é a única. A linguagem não verbal utiliza-se de diversos signos como meio de comunicação: gestos, imagens, sons, cores, sinais matemáticos. A seguir, há uma lista de comportamentos não verbais que podem ser percebidos durante uma conversa entre duas pessoas. Descreva o que pode significar: Balançar a cabeça para cima e para baixo. Esboçar um sorriso, curvar o lábio inferior. Esboçar pequenos sorrisos. Bocejar. e) Encolher os ombros.

22 20 Linguagem 7. É fato que podemos nos expressar e partilhar informações e sensações por meio de diversas formas de linguagem, ou seja, por meio das linguagens não verbais, que se valem do desenho, das fotografias, do movimento do corpo (a dança, os gestos), do teatro, do som e dos símbolos. Observe atentamente as propagandas da WWF e elabore sentenças que expressem as relações entre as imagens e o impacto que transmitem: Divulgação. Divulgação.

23 Linguagem 21 Divulgação. 8. Hoje, estamos cada vez mais cercados de linguagens o tempo todo e, muitas vezes, tanto as verbais quanto as não verbais se apresentam de forma integrada: são as linguagens que chamamos de múltiplas. São elas: Jornal, revista e gibi. Televisão, cinema e a internet. Livro, rádio e outdoors. 9. Observe o esquema a seguir e assinale a alternativa que melhor o descreve: IESDE Brasil S.A.

24 22 Linguagem Pesquisar o significado das palavras que desconhecemos facilita a compreensão da leitura. A leitura é importante para ampliar o vocabulário e expandir conhecimentos. Quanto mais lemos, mais ampliamos nosso vocabulário e quanto mais ampliamos nosso vocabulário, melhor compreendemos aquilo que lemos. 10. Leia as questões com atenção e faça um X correspondente à resposta mais completa a que se referem: Vivemos em um mundo cercado de diversas formas de linguagem o tempo todo. Todas as linguagens podem se apresentar de maneira integrada, formando redes sociais. Com base nisso, cite algumas características das redes sociais: As redes sociais dependem da interação entre pessoas, de modo a construir e veicular informações compartilhadas. Podemos afirmar que as redes sociais apresentam as seguintes características, por exemplo: são infinitas (não dependem de hora e local), permitem comentários adicionais e até mesmo reformulações de textos, podem englobar texto, som, imagem e gráficos em um mesmo suporte. As redes sociais são diferentes das mídias tradicionais: jornal, televisão, rádio e livros. Entre as indústrias atingidas pela digitalização (e pela internet), a do livro impresso foi a que menos sofreu até agora. Quais foram as demais indústrias atingidas? Entre as indústrias atingidas pela digitalização, podemos citar a fonográfica, a cinematográfica e até mesmo a indústria gráfica, como a que produz revistas e jornais. Foram as indústrias fonográfica, a cinematográfica e até mesmo a indústria gráfica, como a que produz revistas e jornais. Entre as indústrias atingidas pela digitalização, podemos citar a fonográfica (CD), a cinematográfica (DVD), e até mesmo a indústria gráfica, como a que produz revistas e jornais. 11. Como diz o ditado chinês: Se eu escuto, esqueço. Se eu vejo, entendo. Se eu faço, aprendo. De acordo com o que estudamos, isso significa que: Apenas escutar não basta, é preciso ver e fazer. É fazendo que se aprende. Em outras palavras, é preciso interagir com as informações por meio da leitura e da escrita, porque dessa forma nos tornamos realmente sujeitos de nossa aprendizagem. Aprender é mobilizar conhecimentos.

25 Linguagem 23

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27 Comunicação Modalidades da língua. Relação entre a fala e a escrita. Regionalismos e dialetos. Elementos da comunicação. Modalidades da língua 1. Nossa sociedade hoje é toda centrada na escrita. Por meio dela transmitimos o conheci- mento adquirido ao longo dos séculos, apesar de estarmos passando por algumas mudanças. Com base nisso, assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas: O uso do internetês reflete uma das mudanças que estão ocorrendo no campo da escrita. Cada vez mais as pessoas estão acessando chats, redes sociais, s e diversos meios que permitem a troca de mensagens instantâneas. A utilização dos meios digitais de comunicação tem sido foco de muitas discussões e polêmicas. No português, a língua falada não é muito diferente da língua escrita. Na fala, podemos contar com a ajuda dos gestos, do tom de voz, da expressão do rosto. Já na escrita quase tudo muda. É muito comum encontrarmos algo escrito do jeito que falamos.

28 26 Comunicação Relação entre a leitura e a escrita 2. Marque um X na(s) alternativa(s) que explica(m) o significado da afirmação a seguir: Todo bom escritor precisa ser antes de tudo, um excelente leitor. É quase impossível escrever textos de qualidade sem exercer a atividade da leitura. Ler bem é muito importante para escrever bem. Ler bem significa saber ler também o mundo, prestar atenção a tudo, pensar bem, desenvolver e aprofundar ideias. Ler é mais importante do que escrever. Relação entre a fala e a escrita 3. Complete as frases adequadamente com as palavras do quadro: falada diferença estrutura comunicação gestos informações mudanças riqueza coletivo A gramática de uma língua é sua, ou seja, aquilo que permite esta- belecer a com outra pessoa, desde que ela reconheça traços dessa mesma estrutura. O vocabulário dos é infinito e contribui para enriquecer a linguagem, complementa as ou acrescenta a elas um tom emocional que pode até mudar o sentido do que está sendo dito. Quando estudamos a linguagem, em seu sentido mais amplo, compreendemos que a língua é um sistema, que engloba a fala e a escrita. As línguas falada e escrita sofrem constantes com o passar do tempo e isso acontece com a língua escrita porque esta reflete as transformações que ocorrem na oralidade. No entanto, na língua falada as mudanças ocorrem muito mais depressa do que na segunda. Também não existe nenhum sistema escrito capaz de reproduzir fielmente a da língua falada. Acontece que, em algumas línguas, os graus de entre língua falada e o registro escrito são pequenos e, em outras, muito grandes. e) f)

29 Comunicação Não podemos afirmar seguramente que nós, falantes da Língua Portuguesa, possamos nos considerar totalmente como falantes cultos. Complete o texto a seguir, escolhendo o termo mais adequado entre parênteses para completar as sentenças: As linhas que separam a língua culta e popular são muito frágeis, afinal, não se trata de duas línguas (semelhantes/diferentes)! O que distingue uma da outra está na frequência com que cada uma é utilizada. É por isso que no texto (escrito/falado), como não temos os recursos da fala à nossa disposição, é necessário que optemos pela norma culta. A norma culta assegura a unidade da língua (regional/nacional). E, justamente por isso, é ensinada nas escolas e difundida nas gramáticas. Por isso existe a necessidade de conhecer essas regras, para que a estrutura de um texto (falado/ escrito) seja compreendida por qualquer pessoa que fale o idioma. Mas atenção: tem gente que acha que as pessoas que mais praticam o português popular falam errado. Isso (é/não é) verdade. Elas apenas utilizam a variedade correspondente ao seu nível sociocultural. Falar errado é outra coisa. É não se fazer entender, ou usar uma variedade (inadequada/adequad para uma determinada ocasião. Regionalismos e dialetos Se observarmos como as palavras são pronunciadas na grande extensão territorial brasileira, veremos o quanto o nosso bom e velho português sofre transformações. Isso ocorre devido aos regionalismos e dialetos. 5. Responda: O que são regionalismos? O que são dialetos?

30 28 Comunicação Que particularidades caracterizam os dialetos? 6. Encontre no caça-palavras as palavras que completam as sentenças a seguir: e) A língua falada não é e, por isso, os dialetos tornam-se o falar vivo de um povo que ocupa um território cuja população é numerosa. A língua varia tanto nas tradições quanto no de cada região. Pessoas escolarizadas reconhecem o uso do português culto, ou variedade, aprendida na escola ou nos ambientes familiares de pessoas que cultivam o hábito da leitura. Os sotaques são desenvolvidos naturalmente, por. No entanto, o certo ou errado deriva apenas de uma contingência. Não podemos esquecer que todas as línguas sofrem alterações que englobam diferenças tanto no tempo como no espaço. B G L A U B E S D F H X S V D F M Q O H B A O E L K H C X D K H O M O G Ê N E A J X V L F W L V A P L R Q D H D I P N V Ç Y L O O N J E A S W S T E S L N R R A P I R Ç H K Y N J D I A L E T O N P Q N I T U M C C E Y A U E Z D B Ç E Y P A D R Ã O N D G E Ç Z L W A Ç A S W Q U A O I M I T A Ç Ã O M A I M I D Z D Q O S S O C I A L L U K

31 Comunicação 29 Elementos da comunicação 7. Complete os quadros a seguir, identificando as causas ou consequências resultantes de cada fato. A cultura de massa surge no século XX, devido à grande concentração de pessoas nos centros urbanos, típica das sociedades industriais. Causa Consequência Surgimento da cultura de massa. Além disso, com a melhoria das condições econômicas e a difusão do ensino, desenvol veu-se a imprensa e os livros foram popularizados. Causa Consequência Melhoria das condições econômicas e difusão do ensino. Hoje, com a grande quantidade de informações que temos à nossa disposição, pode- mos afirmar que as profundas transformações pelas quais estamos passando no modo como interagimos com o mundo ao nosso redor, serão cada vez mais aceleradas. Causa Consequência As profundas transformações pelas quais estamos passando no modo como interagimos com o mundo ao nosso redor, serão cada vez mais aceleradas.

32 30 Comunicação 8. Antigamente, fazíamos parte do efeito bebedouro. Isso significa que: Todos bebiam praticamente da mesma fonte, ou seja, assistiam aos mesmos telejornais e programas de TV. Todos bebiam de várias fontes, ou seja, assistiam a telejornais diferentes e a diferentes programas de TV. 9. Como ocorreu a construção da linguagem popular no nosso país? Complete o texto a se- guir, escolhendo o termo mais adequado entre parênteses para completar as sentenças: Que tipo de língua você imagina que os portugueses trouxeram para o Brasil? Será que foi o português culto ou popular? Se você pensou no português (culto/popular), pensou bem. Quem colonizou nosso país não foram os nobres, mas uma população que desejava tornar-se dona das terras conquistadas. Que portugueses enfrentavam as incertezas da longa travessia marítima no século XVI? Definitivamente não eram os (pobres/nobres), mas eram eles que financiavam as esquadras e ficavam com grande parte dos lucros. Quem enfrentava os problemas das novas terras, se relacionava com os índios, plantava, construía, e procurava ficar rico, eram aqueles que precisavam trabalhar. 10. Será que o acesso aos meios de comunicação hoje nos torna mais aptos a conversar mais com as pessoas ao nosso redor? Ou pelo contrário, nos isola cada vez mais? Escreva o que você pensa sobre isso.

33 Comunicação 31

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35 Fonologia História da escrita. Letras e fonemas. Encontros vocálicos. Encontros consonantais. Pronúncia. História da escrita 1. Antes de o alemão Johann Gutenberg dar forma a uma máquina de impressão, em 1450, o prelo e os métodos e instrumentos utilizados para escrever sofreram diversas modificações ao longo do tempo. Numere os fatos que descrevem a história da escrita em ordem cronológica. Depois os egípcios desenvolveram o papiro e o pergaminho, que era feito de couro de animais. Costurados, formavam livros mais ou menos parecidos com os de hoje. A escrita só foi inventada há cerca de anos, em Sumer, na Mesopotâmia, Ásia. Mais tarde, os egípcios desenvolveram a escrita hieroglífica e esses sinais podem ser encontrados em túmulos, pirâmides etc. Cerca de mil anos antes de Cristo, os fenícios desenvolveram um sistema da língua escrita formado por 22 letras, que atingiu a Pérsia e a Índia e depois foi também adotado pelos gregos. Antes dos registros escritos ganharem a forma dos livros que conhecemos hoje, os homens escreveram pictogramas em pedras, ossos e tábuas de argila.

36 34 Fonologia No século VIII a.c., foi criado o alfabeto romano, ou latino, que contava com 21 letras e serviu de base para a maioria das línguas europeia, ocidental e central. O alfabeto grego, desenvolvido a partir do alfabeto fenício, continua sendo usado pelos gregos modernos, com algumas diferenças de pronúncia. 2. Existem várias maneiras de classificar a forma como os povos antigos representavam as palavras por meio da escrita. A classificação de Marcel Cohen é bem simples. Ela divide o processo de registro escrito em três etapas. Relacione as colunas, de modo a defini-las. (1) Pictogramas Sinais que representam o significado das palavras de modo mais ou menos simbólico. (2) Ideogramas São sinais abstratos que representam elementos de palavras ou de sons, como nas escritas alfabéticas. (3) Fonogramas Escrita figurativa, formada principalmente por linhas. Letras e fonemas 3. Chamamos fonologia o estudo dos sons. A palavra fonologia tem sua origem em elementos do grego: fono (som/voz) e logia (estudo/conhecimento de algo). A correspondência entre sons e letras nem sempre é igual, porque, na língua, existem mais sons do que letras. É por isso que é necessário aprender a diferenciar os sons das letras correspondentes em diversas palavras. Com base nisso, complete as frases adequadamente com as palavras do quadro. semivogais letra consoantes fonema sílaba vogais Menor unidade sonora de uma palavra:. Representação gráfica dos sons da fala:. As letras se dividem em:, e. Conjunto de fonemas pronunciados numa única emissão de voz:.

37 Fonologia Considerando que em alguns casos ocorre o agrupamento de duas letras para representar um fonema, indique a alternativa que apresenta a sequência correta em relação à quantidade de fonemas das palavras: azeitona, churrasco, salada, arroz e sorvete. 8, 9, 7, 5, 7. 8, 7, 6, 4, 7. 7, 7, 8, 4, 7. 8, 8, 7, 5, O fonema /x/ pode ser representado tanto pela letra X, quanto por CH. Para tanto, é necessário recorrermos a algumas regras. Assinale a(s) alternativa(s) que configura(m) as regras do emprego do X e do CH. Depois de EN, empregamos X, exceto nas palavras derivadas dos verbos encher, encharcar. Todas as palavras derivadas de cheio, charco, chapéu, chocalho são escritas com CH. Depois de ditongos, normalmente é empregado o X. Depois da sílaba ME emprega-se CH. 6. Como vimos, o fonema /x/ pode ser representado tanto pela letra X quanto pelas letras CH. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente. Ameixa, eixo, peixada, enchada. Ameicha, eicho, peichada, enxada. Ameixa, eixo, peixada, enxada. Ameicha, eixo, peixada, enchada. 7. O fonema /z/ pode ser representado tanto pela letra Z quanto pela letra S. Para tanto, é necessário recorrermos a algumas regras. Assinale a(s) alternativa(s) que configura(m) as regras do emprego do Z e do S. Os sufixos ês e esa são empregados na formação de nomes que indicam títulos ou profissão e em palavras que indicam origem, nacionalidade. O sufixo iza aparece em palavras que indicam ocupações femininas: poetiza, profetiza, sacerdotiza. Os sufixos ez e eza são empregados para formar nomes abstratos que derivam de adjetivos. Com z são grafadas normalmente as palavras derivadas de outras em que já existe o z.

38 36 Fonologia Com z são grafados normalmente os verbos terminados pelo sufixo izar. Os verbos terminados em isar, com s, têm apenas como sufixo as letras ar, pois as letras is, nesse caso, fazem parte do radical da palavra que deu origem ao verbo. 8. Tanto as letras Z quanto S e X podem representar o fonema /z/. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente. Escassez, improvizar, certeza, analisar. Escassez, improvisar, certeza, analisar. Escasses, improvisar, certeza, analizar. Escassez, improvisar, certesa, analisar. Encontros vocálicos 9. Por ter um som forte, a vogal é considerada a base sonora da sílaba. São elas: A, E, I, O e U. As semivogais são os fonemas /i/ e /u/ que, por terem o som fraco, se unem a uma vogal, formando com esta uma só sílaba. Um encontro vocálico é, portanto, a união de fonemas vocálicos, ou seja, uma vogal e uma semivogal em uma mesma sílaba (ditongo/ tritongo) ou em sílabas diferentes (hiato). Com base nisso, classifique os encontros vocálicos destacados nas palavras a seguir, usando (D) para ditongo, (T) para tritongo e (H) para hiato. ( ) Inteligência f) ( ) Dia ( ) Leitura g) ( ) Criar ( ) Água h) ( ) Enxaguou ( ) Entusiasmo i) ( ) Cílios e) ( ) Verdadeiro j) ( ) Joelho 10. Os ditongos, que são o encontro de uma vogal e de uma semivogal, podem ser classificados em dois tipos: crescentes e decrescentes. Quando pronunciamos primeiro a semivogal e depois a vogal, ou seja, partimos do som mais fraco para o mais forte, temos a formação de um ditongo crescente. Ex.: frequente. Já quando pronunciamos primeiro a vogal e depois a semivogal, ou seja, do som mais forte para o mais fraco, temos então um ditongo

39 Fonologia 37 decrescente. Ex.: herói. Com base nisso, classifique os encontros vocálicos das palavras a seguir. e) f) g) h) i) j) Quarto: Carreira: Gênio: Piauí: Colégio: Circuito: Ideia: Papagaio: Trouxeram: Série: 11. Assinale a alternativa que apresenta todos os elementos necessários para a composição de um tritongo. Semivogal + vogal + vogal. Semivogal + vogal + semivogal. Vogal + semivogal + vogal. Vogal + vogal + vogal. Encontros consonantais 12. Encontro consonantal é o nome que damos ao agrupamento de consoantes. Chamamos de dígrafo a união de duas letras representando um único fonema. Os principais dígrafos são: ch, nh, ss, sc, gu, lh, rr, sc, xc, qu. Também as letras M e N podem indicar a nasalização de uma vogal, sendo consideradas dígrafos. De acordo com isso, assinale na sequência a seguir a alternativa em que todas as palavras possuem dígrafos. Folha, impossível, culpado, trecho, bomba. Ficha, lenha, passarinho, serra, felicidade. Abelha, caverna, queijo, trinco, assado. Grelha, piscina, chuva, assunto, sempre.

40 38 Fonologia Pronúncia 13. A ortoepia ou ortoépia é o nome dado à parte da Fonologia que cuida da correta pro- núncia das palavras. Procure ler em voz alta as palavras indicadas no quadro a seguir, pronunciando-as adequadamente. avaro ibero pudico recorde 14. Os trava-línguas, parte do conjunto de nossas tradições folclóricas, são frases que apresen- tam desafios de pronúncia. Procure lê-los em voz alta, sem cometer deslizes. Depois disso, faça um comentário sobre as principais dificuldades que você encontrou. Maria-Mole é molenga, se não é molenga, Não é Maria-Mole. É coisa malemolente, Nem mala, nem mola, nem Maria, nem mole. Cozinheiro cochichou que havia cozido chuchu chocho num tacho sujo. Chega de cheiro de cera suja. Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora.

41 Fonologia Na palavra muito temos o som forte da letra u e o som fraco da letra i. Fonetica- mente, a palavra contém: um encontro consonantal. um dígrafo. um hiato. uma vogal e uma semivogal. 16. Das palavras abaixo, a única que apresenta encontro consonantal e dígrafo é: e) interpretar. bloqueio. diagrama. excelente. nascer. 17. Das opções a seguir, a única alternativa que apresenta uma série de palavras com ditongo crescente é: feixe, frouxo, série. cuidado, veraneio, foi. água, quase, igual. área, véu, trouxe.

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43 Ortografia Ortografia da Língua Portuguesa: uma introdução. Como escrever corretamente? O uso dos porquês. Onde ou aonde? Emprego do mal e mau. Emprego do mas, mais e más. Emprego do a e há. Ortografia da Língua Portuguesa: uma introdução 1. A palavra ortografia vem dos elementos de origem grega orto, que significa correto, e grafia, que significa escrita. Por isso, a ortografia de uma língua é o conjunto de regras que determinam como escrever corretamente as palavras. Complete o texto a seguir, utilizando as palavras do quadro. português românica italiano latina Lusitânia espanhol História das Regras O português é uma língua, de origem. No entanto, o latim também sofria influências de outras línguas e foi se modificando em cada região. Com o passar do tempo, deu origem a outras línguas, como o, o, o francês, o, o catalão e o romeno. O português desenvolveu-se na província da, que corresponde hoje a uma parte dos territórios de Portugal e da Espanha. Com o passar do tempo, a Língua Portuguesa agregou termos de origem germânica, árabe, francesa e inglesa.

44 42 Ortografia 2. Assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas. Inicialmente, o português era apenas uma língua falada e não possuía escrita própria, como muitas línguas indígenas. O latim era utilizado para escrever e para falar, ou seja, falava-se em uma língua e escrevia-se em outra. Podemos dizer que a língua que usamos para conversar com nossos amigos é exatamente a mesma que usamos para escrever. No início do século XX, a ortografia da Língua Portuguesa foi simplificada e, em 1945, as regras ortográficas e gráficas foram fixadas pela primeira vez, no primeiro Acordo Ortográfico. Devido ao fato de a língua portuguesa ter sido influenciada por diversas línguas, a grafia das palavras não apresenta exceções. Como escrever corretamente? 3. A correspondência entre fonemas e letras nem sempre é exata e permanente. Por exemplo, a letra s representa diferentes fonemas de acordo com a posição em que aparece, ou seja, no início ou no final de uma palavra. Com base nisso, assinale a alternativa em que o conjunto de palavras não se apresenta grafado corretamente. e) Amoroso maravilhosa brisa poetisa. Coisa lousa ausente riso. Braseiro chinesa felizardo raiz. Abusar altivez humanisar teorização. Trás traz coser cozer. 4. Também há letras distintas que, na mesma posição e combinadas da mesma maneira, são pronunciadas da mesma forma. Para tanto, é preciso conhecer algumas regras. Analise as alternativas a seguir e assinale aquela em que todas as palavras devem ser completadas com a letra entre parênteses. via em / passa em / pa em / malandra em (g). pedá io / ada io/ relo io / prodí io (g). lambu em / berin ela/ a eitar/ a iota (j). hi iene/ su e / eito/ dese e (j).

45 Ortografia Assinale a(s) afirmação(ões) pertinente(s) à(s) regra(s) de emprego do S : Ao se derivar uma palavra em que o s já existe, o mesmo deve ser mantido. Ex.: visita, visitante. O s é utilizado após um hiato, como em maisena e pausa. O s é empregado no sufixo -oso formador de adjetivo, como em amoroso, atencioso. Emprega-se o s nas formas dos verbos pôr, querer e seus derivados, como em: repuser, quiser, quisesse. 6. O X é a letra com mais valores sonoros do alfabeto. Justifique a razão de seu emprego, conforme as regras estudadas: peixe: mexer: enxoval: Orixá: O uso dos porquês 7. É comum observarmos que o emprego do porquê gera dúvidas em relação à sua grafia, afinal, ela muda dependendo do sentido e da colocação. Complete as frases a seguir empregando corretamente os porquês e justifique sua escolha. você foi embora antes da minha chegada? Justificativa: Não sei fiz isso, não sei o motivo. Justificativa: A noite acendeu as estrelas tinha medo da própria escuridão. (Mario Quintan Justificativa:

46 44 Ortografia Cometeu tantos erros? Justificativa: e) Não sei o de você me acusar. Justificativa: Onde ou aonde? 8. O emprego da palavra aonde só ocorre com verbos de movimento que exigem a preposição a, como ir, chegar, conduzir. Com base nessas informações, assinale a alternativa em que o termo foi empregado adequadamente. e) Você sabe aonde fica o Nepal? Aonde a imitação acaba, a arte tem início. Tudo estava exatamente aonde deveria estar. Eu sei exatamente aonde você quer chegar. Aonde você está com a cabeça? Emprego do mal e mau 9. As palavras são classificadas de acordo com a função que exercem nas frases. A palavra mal pode se comportar como substantivo. Analise as frases a seguir e relacione as colunas, identificando a regra aplicada. Você não pode imaginar o mal que aquela comida me fez. As finanças vão mal em alguns municípios. Mal entrou em casa, a chuva começou. Conjunção. Indica tempo e pode ser substituído por logo que. Advérbio de modo que se refere ao verbo, à ação. Expressa ideia de prejuízo, sofrimentos, enfermidades, estragos.

47 Ortografia A palavra mau pode se comportar como substantivo ou adjetivo. Seu oposto é bom. Complete as frases a seguir empregando mau ou mal : Era um menino tão que só se tornou radiologista para ver a caveira dos outros. Nada é bom ou se não for por comparação. (Thomas Fuller) Não penses dos que procedem ; pensa somente que estão equivocados. (Sócrates) Algo como o tempo, na verdade, não existe. Existem, sim, vá- rios tipos de bom tempo. (John Ruskin) Não existem livros morais ou imorais. Os livros são bem ou escritos. (Oscar Wilde) Nenhum inimigo é pior do que um conselho. (Sófocles) e) f) Emprego do mas, mais e más 11. Todas as palavras, dependendo da maneira como se comportam na construção das frases, nos fornecem pistas sobre o seu significado e grafia. Analise as frases a seguir e complete- -as adequadamente com: mas, mais, más. A força destrutiva do universo é a fofoca. Nem sempre diga o que pensa, também não se esconda atrás de máscaras. Viver é a coisa rara do mundo. A maioria das pessoas existe. (Oscar Wilde) A imaginação é importante que o conhecimento. (Albert Einstein) Lembramo-nos das coisas do que das coi- sas boas. e) Emprego do a e há 12. Existem diferenças entre o uso do verbo haver, conjugado na 3.ª pessoa do presente do indicativo, há, com h, e da preposição a. Observe as frases a seguir e relacione as colunas, identificando a regra aplicada.

48 46 Ortografia As ideias são oferecidas a quem se esforça por buscá-las. Daqui a cinco anos estarei aposentado. Há tempos que os votos já não são os mesmos. Por mais que eu tente há sempre algo que não dá certo. e) Estive na África Oriental há meio ano. Refere-se a contagem de tempo. Este verbo pode ser substituído pelo verbo fazer. Verbo haver no sentido impessoal, com sentido de existir. Ideia de futuro ou distância, portanto se utiliza a preposição. Verbo haver na 3.ª pessoa do presente do indicativo, indicando referência ao passado. Temos a presença do a como preposição. Sua função é introduzir os complementos verbais. 13. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas das frases a seguir. Ela executa a coreografia com destre a. No entanto, tem a leve a e a suavidade da bri a. e) destresa, levesa, brisa. destreza, leveza, briza. destreza, leveza, brisa. destresa, leveza, brisa. destreza, levesa, brisa. 14. Assinale a alternativa em que a grafia das palavras apresenta-se correta. O otimista erra tanto quanto o pe imista, mas não sofre por ante ipa ão (Fernando Sabino). e) pessimista/antessipação. pecimista/antecipação. pesimista/antecipação. pessimista/antessipação. pessimista/antecipação.

49 Ortografia Em relação ao emprego do z, analise as frases a seguir e assinale aquela que apresenta todas as palavras grafadas corretamente. A grandesa não consiste apenas em não fazer o mal, mas em não enraisá-lo. A grandeza não consiste apenas em não fazer o mal, mas em não enraizá-lo. A grandeza não consiste apenas em não faser o mal, mas em não enraizá-lo. A grandesa não consiste apenas em não fazer o mal, mas em não enraizá-lo. e) A grandesa não consiste apenas em não faser o mal, mas em não enraizá-lo.

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51 Acentuação Sílabas tônicas e acentos gráficos. Regras de acentuação. Crase. Sílabas tônicas e acentos gráficos 1. Em nossa língua, todas as palavras com mais de uma sílaba possuem uma sílaba que soa mais forte, seja ela acentuada ou não. Identifique, nas palavras a seguir, as sílabas tônicas, sublinhando-as. e) f) g) h) i) j) Cateter. Condor. Austero. Extraterrestre. Avaro. Ureter. Ruim. Nobel. Filantropo. Ibero. 2. Algumas palavras necessitam ser acentuadas. Portanto, os acentos gráficos da Língua Portuguesa são o acento agudo, o qual informa que o som é aberto; o circunflexo, que informa que o som é fechado; e o grave, que indica a crase. Portanto, indicam se uma sílaba é tônica ou se uma vogal é aberta ou fechada, auxiliando a diferenciar a pronúncia entre as palavras. Nas sentenças a seguir, acentue as palavras em que há necessidade.

52 50 Acentuação e) Perder a alegria e a ultima forma de ser derrotado. (Antonio Skármet Eu amo aquele que deseja o impossivel. (Goethe) Não pode haver economia onde não ha eficiencia. (Benjamin Disraeli) Equivocos são um fato da vida; o que conta e a resposta ao erro. (Nikki Giovanni) Pense por si mesmo e de as outras pessoas o direito de fazer o mesmo. (Voltaire) 3. As palavras proparoxítonas são aquelas em que a sílaba mais forte é a antepenúltima. Nos casos em que a sílaba mais forte é a penúltima, nós as chamamos de paroxítonas. As palavras são oxítonas nos casos em que a última sílaba é a mais forte. Com base nessas informações, coloque os acentos gráficos nas palavras a seguir e depois as pronuncie em voz alta de acordo com a sílaba tônica. Todas as palavras são inventadas. e) f) g) h) Desbeliver. (proparoxítona, som aberto) Penseutron. (paroxítona, som fechado) Arilo. (oxítona, som fechado) Abacadi. (paroxíton Amipipe. (proparoxíton Ebelo. (oxítona, som aberto) Tamidens. (paroxíton Quebilum. (proparoxítona, som fechado) Regras de acentuação 4. De acordo com as regras de acentuação, todos os monossílabos tônicos terminados em -a, -e, -o devem ser acentuados. Com base nisso, acentue as palavras monossílabas destacadas a seguir, se houver necessidade. O po dificultava a respiração. Há vários caminhos que levam à paz. A fe das pessoas nos parece inabalável. O bichinho chorava de dar do. e) É bom ir rapidamente ao hospital.

53 Acentuação Em relação à regra de acentuação das oxítonas, sabemos que todas as palavras terminadas em -a, -e, -o e -em (incluindo as seguidas de -s) devem ser acentuadas. Com base nisso, acentue as palavras oxítonas destacadas a seguir, se houver necessidade. A luz do luar iluminava o rosto do bebe. Para usar o cristal é necessário pedir a permissão de alguem. O diretor não aprovou o robo utilizado na peça. Não encontrei jilo nem neste armazem. e) Este ano conseguimos colher um barril de maracuja. 6. Quanto às paroxítonas, as regras determinam que todas as palavras terminadas em -l, -n, -r, -x, -ã (seguidos ou não de -s), -i (ou -is), -us, -um (ou -uns), -nos, -os e em ditongo (seguido ou não de -s) devem ser acentuadas. Com base nisso, assinale a alternativa em que todas as paroxítonas foram acentuadas corretamente. e) História, instantaneo, saúde, juízo. Útil, bíceps, tórax, sotão. Revólver, benção, açúcar, crânio. Fácil, vírus, nêutrons, sítio. Álbum, feiura, amável, bonus. 7. Algumas palavras, na escrita, são acentuadas, embora na fala sejam iguais, ou seja, são pronunciadas da mesma maneira. É o caso de tem e têm, o verbo pôr e a preposição por. Também quando falamos da 3.ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo, usamos o acento, e isso auxilia até a pronúncia: pôde. Já quando se trata da 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo, não há necessidade do acento. O correto é pode. Baseando-se nessas afirmações, acentue corretamente as palavras nas sentenças a seguir. É preciso por cada coisa em seu lugar. A vida é maravilhosa se não se tem medo dela. (Charles Chaplin) Um irmão pode não ser um amigo, mas um amigo será sempre um irmão. Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama. (Bob Marley) e) A vítima não pode resistir aos ferimentos. f) As coisas tem momento certo e lugar.

54 52 Acentuação Crase 8. A crase serve para indicar a fusão de dois as. Um deles é preposição e o outro é o artigo definido, ou pronome demonstrativo. Em caso de dúvidas, é importante substituir a palavra feminina por uma masculina, não necessariamente sinônima. Com base nisso, analise as alternativas a seguir e assinale a opção que apresenta a sequência correta. Vou tarde, loja de brinquedos, procurar um presente para oferecer criança que faz aniversário hoje. e) à - a - à a - a - a a - à - a à - à - a à - à à 9. Quanto ao emprego da crase, é preciso redobrar a atenção nos casos em que a frase apresenta uma palavra feminina subentendida. Assinale a opção em que não há palavra feminina subentendida. e) O filme apresenta a viagem dos astronautas à Andrômeda. Foi à escola Dona Lourdes e depois à Dom Pedro II. Encaminhou-se à Rua Sete de Setembro e depois à das Flores. Foi à assembleia e votou a favor de várias propostas. Usava barba à Raul Seixas. 10. A casa onde moramos dispensa o artigo. Dizemos: Estou em casa; saí de casa; trabalho em casa. Sem artigo, nada de crase. Mas, se a palavra vier determinada, como em a casa dos meus pais; a casa de Marcos, a crase é necessária. Pede o artigo e, portanto, exige crase. Assinale a(s) alternativa(s) em que o emprego da crase se faz necessário. e) Voltei a minha casa ontem, depois de duas semanas em férias. Depois de um longo período de ausência, voltei a casa de meus avós. Constatamos que a casa havia sido levada pelas enchentes. A nossa casa é onde a gente está. A nossa casa é em todo lugar. (Arnaldo Antunes) Não era possível voltar a casa dos amigos depois de tudo que havia lhes dito.

55 Acentuação No caso do emprego da crase em expressões casadas, como de segunda à sexta ou das 17h às 18h, é preciso observar se a primeira palavra vem ou não acompanhada de artigo, ou se há apenas o a da preposição. Complete as lacunas das frases a seguir, empregando a crase onde for necessário. Era preciso aguardar da segunda sexta-feira para receber atendimento. É preciso completar os exercícios do começo da página 45 até página 48. De trem, fizemos o percurso da Alemanha Áustria. A locadora de vídeos funciona das 13h 23h30. e) Há pessoas que trabalham de segunda domingo. 12. Se quisermos fazer uma frase utilizando o verbo ir, precisamos tomar cuidado, pois o verbo exige a preposição a. Afinal, quem vai, vai a algum lugar. Os nomes de países, estados e também de cidades às vezes pedem artigo, às vezes não. Repare no conselho da quadrinha. Quando vou e volto da, Nesse caso, crase há. Quando vou e volto de? Nesse caso, crase para quê? Analise as frases a seguir, assinalando alternativas que apresentam o correto emprego da crase. Foram à casa de Dona Joana, uma das melhores cozinheiras do local. Teremos de ir à São Paulo hoje para participar da reunião com os diretores da empresa. Ontem, fomos à Cachoeira do Caracol, que fica no Rio Grande do Sul. Vou a João Pessoa conhecer à praia de Cabo Branco. É provável que iremos à Califórnia antes do final deste ano. 13. O uso da crase antes de pronomes possessivos é facultativo, pois esse pronome pode vir acompanhado de artigo ou não. Assinale a(s) alternativa(s) em que o uso do acento indicativo de crase é facultativo. Minhas sandálias são semelhantes às suas. Ele escreve à Eça de Queiroz. Ofereci alguns doces à Melissa.

56 54 Acentuação Fui à minha cidade, mas queria ter ido também à sua. Encontrei ontem no shopping uma pessoa com uma roupa igual à sua. 14. Considere as seguintes regras de uso da crase e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas. Todas as expressões escritas com palavras repetidas levam acento grave. Ex.: cara a cara, gota a gota. A palavra terra, no sentido de terra firme, recusa artigo e, portanto, não se usa acento grave. Não se utiliza crase diante da palavra Terra, no sentido de planeta. A expressão à toa, sem hífen e com crase, quer dizer sem rumo definido, estar a esmo. Antes do mais recente Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a expressão à-toa com hífen e com crase, significava inútil, ruim, sem valor. A expres são à-toa com hífen e com crase queria dizer inútil, ruim, sem valor. 15. Explique a razão pela qual a crase é utilizada nas expressões a seguir. Espantar às pedradas. Escrever à tinta. À zero hora. 16. Os pronomes demonstrativos aquela e aquele podem ser substituídos pelos artigos a e o, sem que com isso o sentido de uma frase seja alterado. Ocorre que, às vezes, a preposição se encontra com o pronome demonstrativo a, que substitui o pronome aquela, fazendo com que a crase seja necessária. Com base nisso, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: A medida é anterior decretada ontem, 9h da manhã. ( ) àquela as ( ) àquela às ( ) aquela às ( ) aquela as

57 Acentuação Assinale V para as alternativas verdadeiras e F para as falsas, sobre os casos em que a crase não é utilizada. Não se usa crase diante de verbo. Não se usa crase diante de palavra masculina. Na maioria das vezes, não usamos crase para indicar horas. Não se usa crase diante de ela, essa, esta, uma. Não se usa crase se o a (no singular) estiver diante de uma palavra no plural.

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59 Classes de palavras I Classes de palavras. Substantivo. Artigo. Classes de palavras 1. Quase todas as palavras da nossa língua se organizam em um total de dez classes: substantivos, artigos, pronomes, adjetivos, verbos, numerais, preposições, conjunções, interjeições e advérbios. Essas classes se dividem em palavras variáveis e invariáveis. As variáveis sofrem alterações na forma. Assinale a alternativa que apresenta exemplos de classes variáveis. e) Substantivo verbo artigo. Artigo substantivo conjunção. Verbo substantivo preposição. Adjetivo verbo conjunção. Substantivo verbo advérbio. 2. As palavras variáveis podem sofrer diversas formas de alteração. Com base nisso, assinale a(s) alternativa(s) que apresenta(m) os principais modos de variação que essas palavras podem apresentar. Intensidade, gênero e número. Modo, pessoa e tempo verbal. Gênero, número e grau. Proporção, pessoa e tempo.

60 58 Classes de palavras I 3. São palavras invariáveis: conjunções e preposições. substantivos e adjetivos. interjeições e advérbios. pronomes e adjetivos. 4. As palavras variáveis e invariáveis estão inseridas em classes chamadas fechadas e aber- tas. Assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas. A classe fechada é limitada a um pequeno número de palavras, as quais raramente se acrescentam novos termos. Palavras da classe fechada sempre aparecem sozinhas, pois podem formar frases isoladamente. A classe aberta engloba um número ilimitado de palavras que vai aumentando com a evolução da língua ou mesmo devido ao empréstimo de palavras de outros idiomas. A função das palavras da classe fechada é estabelecer relações entre as palavras de classe aberta. Os neologismos, ou seja, os novos vocábulos que são incorporados à língua, normalmente fazem parte da classe dos pronomes e dos advérbios. 5. Como sabemos, neologismos são palavras que podem ter origem no português ou em outras línguas. Relacione os neologismos a seguir às palavras correspondentes. ( 1 ) Deletar Fazer leitura ótica de uma imagem ( 2 ) Escanear ou escanerizar Cópia de segurança de arquivos ( 3 ) Becape Apagar Substantivo 6. As palavras que têm a função de atribuir nomes são chamadas de substantivos. São palavras extremamente importantes, pois nomeiam tudo o que existe: pessoas, animais, seres reais e imaginários, objetos, sentimentos, lugares, acontecimentos. Além disso, os substantivos são palavras variáveis que apresentam flexão de gênero, número e grau. Observe a frase a seguir.

61 Classes de palavras I 59 Este negócio é importante para você usar aqueles trecos e lembrar o nome das coisas. As palavras negócio, trecos e coisas nomeiam de maneira vaga, devendo ser substituídas por outras, desde que sejam pertencentes à classe dos substantivos. Assinale a(s) alternativa(s) que apresenta(m) possibilidade(s) de substituição para essas palavras. Maquinário pinos peças. Liquidificador ingredientes receitas. Peça consertos clientes. Computador botão arquivos. Ferramenta conhecimentos bactérias. Dispositivo microscópios substâncias. Livrão pensamento palavra. Manequim roupinhas preços. 7. Todas as alternativas do exercício anterior apresentam palavras pertencentes à classe dos substantivos. Então, por que não é possível assinalar todas elas? 8. Os substantivos são também classificados em grupos conforme suas características. Chamamos de substantivos próprios aqueles que designam particularmente os seres, lugares, marcas etc. Os substantivos comuns são as palavras que nomeiam grupos de seres da mesma espécie. Analise as frases a seguir e indique a classificação dos substantivos sublinhados, utilizando P para próprio e C para comum. A necessidade de dar nome às pessoas surgiu do fato de se ter de chamá-las, citá-las e distingui-las entre as demais dentro da família ou da comunidade. Com o aumento da população, os nomes passaram a ser acompanhados de sobrenomes. O homem chegou à Lua e já mandou sondas a Marte. A língua falada no Brasil recebeu a contribuição dos idiomas de diversos outros povos: indígenas, africanos, imigrantes. A palavra computador vem de computer, que é a forma inglesa reduzida de electronic computer, de 1962.

62 60 Classes de palavras I 9. Chamamos de substantivos primitivos as palavras que não provêm de nenhuma outra e que deram origem a uma nova palavra. Observe o quadro a seguir e sublinhe-os. carta filho pacífico padeiro velhice autor jornal livraria filhote vinhedo aviador território terra internet carteiro pedrada luminosidade pão sabão fogo pedra papelaria vinho papel fogão livro autoria sabonete paz velho brasa brasão jornalista internauta luz avião 10. Os substantivos derivados são os que provêm de outras palavras, ou seja, delas se originam. Observe o quadro a seguir e sublinhe-os. carta filho pacífico padeiro velhice autor jornal livraria filhote vinhedo aviador território terra internet carteiro pedrada luminosidade pão sabão fogo pedra papelaria vinho papel fogão livro autoria sabonete paz velho brasa brasão jornalista internauta luz avião 11. Estabeleça, por meio de cores ou números, a correspondência entre os substantivos pri- mitivos e derivados que você identificou nos exercícios 9 e 10. carta filho pacífico padeiro velhice autor jornal livraria filhote vinhedo aviador território terra internet carteiro pedrada luminosidade pão sabão fogo pedra papelaria vinho papel

63 Classes de palavras I 61 fogão livro autoria sabonete paz velho brasa brasão jornalista internauta luz avião 12. Além das classificações que já vimos, os substantivos também podem ser organizados em simples e compostos. Os substantivos simples são formados de uma só palavra, ou seja, um só radical. Já os substantivos compostos são formados de duas ou mais palavras, ou seja, dois ou mais radicais. Eles têm uma história interessante, porque antes eram palavras diferentes, que com o passar do tempo acabaram se unindo. Isso aconteceu com guarda- -chuva e para-choque, que são palavras compostas. Com base nisso, escreva exemplos de substantivos compostos que se iniciam com os seguintes substantivos simples. Couve: Guarda: Pé: Pão: 13. Os substantivos concretos são aqueles que podemos visualizar claramente em nossa mente, apresentando características mais ou menos universais, como: Deus, fada, bruxa, fantasma. Os substantivos abstratos são aqueles que indicam qualidade, sentimento, ação, estado. Não existem isoladamente. Precisam de um ser para existir. Com base nessas informações, assinale a(s) alternativa(s) em que aparece(m) substantivos simples, um concreto e um abstrato, respectivamente. Raiva, vingança. Fantasma, inveja. Medo, esperança. Saci-pererê, alegria. Lembrança, Natal. 14. Os substantivos coletivos são aqueles que designam um conjunto de seres, que juntos fazem parte de um grupo de número incontável. Nas frases seguintes, substitua as expressões entre parênteses pelos coletivos correspondentes. O (grupo de artistas) já está na cidade para o início das gravações.

64 62 Classes de palavras I A (grupo de médicos) decidiu realizar a cirurgia em caráter de urgência. Estávamos apavorados, pois uma (grupo de cães de caç caminhava em nossa direção. Você conhece a expressão desafinar no (grupo de pessoas que cantam) dos contentes? e) Fomos a um pesque-pague e retornamos com um belo (grupo de peixes). f) A nova (grupo de músicos) já fez sucesso no primeiro baile. Artigo 15. Os artigos são palavras que se antepõem aos substantivos para determiná-los ou indeterminá-los. Eles podem ser definidos, quando utilizados para indicar um ser já conhecido do leitor e do ouvinte, e podem ser também indefinidos, quando utilizados para se referir de forma indefinida (vag a um substantivo. Dependendo do contexto maior em que se insere a frase, é preciso fazer a opção pela utilização de um ou de outro. Observe as frases a seguir e, conforme o caso, complete-as com o artigo definido ou indefinido. e) f) g) Havia uma vez veterinário. veterinário tinha também cachorro. jornalista apresentou-se em resposta ao anúncio. rapaz parecia competente. É conversa que não tem fim. Queria muito possuir alguns bens, como: carro, casa, sítio. Havia rei. rei tinha uma filha. filha queria a Lua. sumiço dos animais da fazenda ainda é, mistério. Depois de série de dias conturbados, parecia que rotina finalmente tinha voltado.

65 Classes de palavras I Explique as diferenças de significado entre as frases a seguir. O guarda poderia ter entrado na cabine de projeção. Um guarda poderia ter entrado na cabine de projeção. Um homem comprava ingressos, enquanto o detetive o vigiava. O homem comprava ingressos, enquanto um detetive o vigiava. 17. Assinale a(s) frase(s) que não apresenta(m) substantivos. O dia de amanhã ninguém usou. Pode ser seu. (Pagano Sobrinho) A dúvida é um dos nomes da inteligência. (Jorge Luis Borges) Quem sabe tropeçar não cai. (ditado alemão) Quem planta uma árvore, planta uma esperança. (Lucy Larcom) É preciso estudar muito para saber um pouco. (Montesquieu) 18. Dos substantivos do quadro a seguir, sublinhe apenas aqueles que são derivados. resultado pescador palavras flautista florista dicionário dentada revista telefonista dúvida família maquinista aniversário vocabulário dentista mistério boiada acionista vulcão maratonista mulherio bazar bronquite disciplina goiabada nobreza desafio barriga peixada origem preguiça 19. Preencha adequadamente as lacunas com artigos, conforme seja necessário. e) Portugal foi um dos países premiados, mas Suécia não. Renata pediu a senhora que escutasse o que ela tinha a dizer. Todos envolvidos foram indiciados. senhora está equivocada. Mário deve estar pesando 80 quilos.

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67 Classes de palavras II Adjetivo. Advérbio. Adjetivo 1. Assim como os substantivos são palavras que dão nome a todas as ideias e entidades que conhecemos, os adjetivos contribuem para a caracterização dessas ideias. Portanto, adjetivos são palavras que acompanham os substantivos, atribuindo-lhes características, tais como qualidades, estado ou modo de ser. Identifique nas frases a seguir aquela que não apresenta o uso de adjetivos. e) O dia amanheceu chuvoso. O garoto lhe pediu um elástico grande para o trabalho da escola. Queria descansar para estar com boa aparência no dia seguinte. Deixou a sala tranquilamente, mas no fundo, desejava sair correndo. Márcia leu seus poemas preferidos no recital. 2. Como já vimos, os adjetivos podem ser classificados de várias formas. A classificação semântica pode variar de acordo com a delimitação das características que essas palavras exprimem. Assinale a alternativa que apresenta adjetivos explicadores, ou seja, que destacam e acentuam uma característica inerente ao elemento a que se referem. e) Egar é um rapaz, digamos, curioso. O povo é cristão, embora nem sempre se lembre disso. O vasto mar não poderia ser enfrentado sem planejamento. Era um material de qualidade superior. No fundo, ele acreditava que fazia um bom negócio.

68 66 Classes de palavras II 3. Os adjetivos especificadores, por sua vez, procuram demarcar características que não são necessariamente inerentes ao elemento a que se referem. Assinale a alternativa que apresenta o emprego do adjetivo especificador: e) Era preciso comprovar as despesas médicas e hospitalares. O café amargo foi feito de acordo com o especificado. Era uma flor bonita como qualquer outra. Um castelo imponente seria utilizado como locação. As folhas verdes caem no jardim. (Capital Inicial) 4. Indique nos exemplos a seguir a classificação semântica a que os adjetivos empregados nas frases se referem, de acordo com a numeração a seguir. (1) Cor (2) Forma (3) Temperatura (4) Intensidade (5) Proporção (6) Qualidade (7) Defeito (8) Adjetivo pátrio Mesmo nascendo em Dois-Irmãos, as pessoas mal sabiam que ele era duofraternense. Precisávamos de uma tigela redonda para obter corretamente a receita. O cristal é um dos materiais mais belos que existem. O dinheiro naquele mês seria pouco. Estava gelado como se acabasse de vir do norte da Sibéria. O espetáculo circense havia sido simplesmente horrível. A cor vermelha foi escolhida como principal na paleta de cores. Os problemas eram enormes, não havia mais nada a fazer. 5. Os adjetivos são também variáveis, pois se flexionam de acordo com o gênero, o número e o grau. Classifique os adjetivos das frases a seguir em relação ao gênero conforme sejam uniformes ou biformes. Lembre-se de que os adjetivos uniformes apresentam uma única forma tanto para o feminino quanto para o masculino. Já os adjetivos biformes apresentam duas formas para os dois gêneros, masculino e feminino.

69 Classes de palavras II 67 Nada mais fácil do que utilizar uma linguagem rica, quando se é leitor. Uniforme: Biforme: Qual a diferença entre uma gargalhada e um sorriso sincero? Uniforme: Biforme: Quando se escreve bem, a fluência é legítima. Uniforme: Biforme: Construa grandes ideias a partir de pequenas ideias. Uniforme: Biforme: e) Use o seu tempo ocioso com sabedoria. Uniforme: Biforme: 6. Existem adjetivos biformes que podem sofrer mudanças conforme a terminação. É o caso dos masculinos terminados em eu, que no feminino podem ter duas terminações diferentes. Atribua a forma feminina correta aos exemplos a seguir. e) Ateu: Hebreu: Plebeu: Judeu: Pigmeu: 7. Outra forma de flexão do adjetivo é a flexão de número. O adjetivo flexiona-se no plural de acordo com as mesmas regras existentes para o substantivo, ou seja, apresenta singular e plural. Com base nisso, selecione a alternativa que completa adequadamente a frase a seguir: Todos os membros da equipe vieram trajados em calças. azul-escuras. azuis-escuras. azul-escura. azuis-escura.

70 68 Classes de palavras II 8. Os adjetivos podem também ser flexionados em grau. No grau comparativo, confronta-se a mesma qualidade entre dois seres, ou duas qualidades do mesmo ser. O grau comparativo de igualdade, como o próprio nome já diz, compara dois seres em pé de igualdade. Pode ser determinado pelas locuções: tão, como, tanto, quanto. Assinale a(s) alternativa(s) em que a(s) frase(s) não se apresenta(m) flexionada(s) no grau comparativo. Haverá difuldades tão ruins quanto as nossas? A proposta era tão boa quanto se imaginava. O medo não é tão bom conselheiro em que se possa confiar. O primeiro deve ser tão abominável quanto o segundo. A situação estava mais pra lá do que pra cá. 9. O grau comparativo de superioridade é utilizado para expressar um grau de superioridade na relação entre dois seres. Pode ser determinado pelas locuções: mais que ou mais do que. Mas, entre as formas de comparativo, há exceções que chamamos de comparativos irregulares. Neles há uma efetiva transformação na forma do adjetivo. São os casos: grande maior; bom melhor; pequeno menor; ruim pior. Assim, assinale X onde o emprego do grau comparativo de superioridade ocorreu de maneira inadequada. As histórias são mais que a pura verdade. Há problemas mais ruins do que os nossos? Das propostas apresentadas, algumas eram melhores do que outras. Esta loja é mais pequena do que grande. Meus sonhos são mais grandes do que os seus. 10. Além do grau comparativo, temos também o grau superlativo. O grau superlativo absoluto pode indicar que um ser apresenta determinada qualidade em grau elevado. Pode, por sua vez, ser analítico (formado por um advérbio de intensidade, mais um adjetivo) ou sintético (expresso com a participação de sufixos ao invés de advérbios). Analise as frases a seguir e marque A para as que apresentam o emprego do grau superlativo analítico e S para as que apresentam o sintético. O tubarão é uma criatura velocíssima. Era um homem muito sábio. Gostava de mostrar que era muito habilidoso em seu ofício. Trata-se de uma questão simplíssima, no entanto, parece que não será resolvida tão cedo. Meu professor é muito bom, aliás, ele é incomparável.

71 Classes de palavras II Como vimos, a locução adjetiva é a reunião de duas ou mais palavras que têm a função de um adjetivo. Relacione as colunas a seguir, identificando os adjetivos e as respectivas locuções correspondentes. (1) O hotel fica na região da costa. (2) Possui uma maravilhosa área de campo. (3) Há opção para consumir determinados alimentos de dieta. (4) A estadia lhe permite um certo rejuvenescimento da alma. (5) Na metade do ano acontece a festa de junho. (6) Você pode comprar produtos da fábrica. (7) A alimentação é a base de produtos com alta concentração de proteínas. (8) Há passeios turísticos pela cidade no período da tarde. (9) O barco circunda o perímetro da ilha. (10) Na parte do lado oeste é possível avistar as belas montanhas. fabris insular vespertino costeira anímico proteica lateral campestre junina dietéticos Advérbio 12. Os advérbios são palavras que acrescentam ao verbo novas informações que se referem às circunstâncias em que a ação ocorre. Essas circunstâncias podem indicar o tempo, o modo, a intensidade ou o lugar da ação. Classifique os tipos de advérbios que aparecem nas frases a seguir. (1) modo; (2) tempo; (3) afirmação; (4) negação; (5) dúvida; (6) lugar; (7) intensidade.

72 70 Classes de palavras II Nunca as pessoas viveram tanto. De manhã cedo, ele pagava de seu próprio bolso um café para os amigos. Visivelmente cansado, mesmo assim Marcos não desistia. Certamente aquela era uma das histórias mais tristes. Em negócios, o que se perde quase nunca se recupera. Os rapazes desembarcariam mais adiante e ainda teriam de percorrer um longo caminho a pé. Possivelmente naquela noite haveria precipitação de neve. 13. A forma como intensificamos o uso do advérbio em uma determinada frase também pode fazer muita diferença no campo semântico dela. Analise o grau dos advérbios apresentados a seguir. Recebeu a barra de chocolate menos alegremente do que de costume. As pessoas acordavam tão cedo como sempre faziam todos os dias. As peças dos veículos estão sendo fabricadas mais intensamente. Trata-se de uma região bastante pobre, com baixo índice de desenvolvimento humano. 14. Complete as frases empregando o grau superlativo absoluto sintético. e) f) Ela não é magra, é. A casa não era antiga, era. Não era um homem eficaz, era. O velocista não era audaz, era. O velho era muito bom, aliás, era com todos os seus filhos. Os trajes eram todos muito finos, eram. 15. O adjetivo está mal flexionado em grau em: amável: amabilíssimo. elegante: elegantérrimo.

73 Classes de palavras II 71 e) doce: dulcíssimo. miserável: miserabilíssimo. fácil: facílimo. 16. Assinale a opção em que o plural do adjetivo composto está correto. e) Borboletas azul-celeste. Clínicas médico-cirúrgica. Tecidos amarelos-ouro. Tintas verde-escuras. Rapazes surdos-mudo.

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75 Verbos Conjugações verbais. Tipos de verbo. Verbos regulares e irregulares. Vozes verbais. Flexões verbais. Conjugações verbais 1. Os verbos são classes de palavras que nos informam acerca de um determinado sujeito e expressam estados, ações e fenômenos da natureza. Analise as frases a seguir e indique as informações que os verbos expressam nas palavras em itálico. (1) Estado. (2) Ação. (3) Fenômeno da natureza. Naquela semana, choveu mais do que durante o ano todo. Ele viu que ela se afastava pela esquerda. A previsão para hoje é de chuva. Tivera de comprar selos usados numa filatélica. Seus olhos, livres e puros, eram livres de qualquer contaminação. 2. No que se refere à estrutura dos verbos, analise as sentenças a seguir e marque V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas: No verbo conjugado dormíssemos, nós temos o se que designa tempo imperfeito e modo subjuntivo e o mos designa a 1.ª pessoa do plural.

76 74 Verbos No verbo dormir, a vogal temática i indica que o verbo pertence à 2.ª conjugação. No verbo dormir, a vogal temática i indica que o verbo pertence à 3.ª conjugação. 3. Como vimos, o imperativo afirmativo divide as pessoas do discurso em dois grupos. De um lado ficam as segundas pessoas (tu e vós), e as outras (ele, nós, eles) de outro. O imperativo afirmativo da segunda pessoa permanece igual ao presente do indicativo, mas sem o s. As demais pessoas (você, nós, vocês) saem todas do presente do subjuntivo sem nenhuma alteração. Com base nisso, assinale X na opção em que a forma verbal não indica corretamente a construção do imperativo afirmativo: Joga tuas coisas fora, pois aqui não vais precisar delas. Seja você a luz que deseja ver brilhar no mundo! Permitas que me deixem aqui sozinho. Vai e diz a ela que estou sofrendo. Estudemos nós, enquanto podemos dispor de tempo. Verbos regulares e irregulares 4. Os verbos regulares são aqueles que não apresentam, em sua conjugação, nenhuma mudança no radical. Já os irregulares são aqueles que, em sua conjugação, apresentam alteração no radical ou na desinência verbal. Preencha as lacunas corretamente, adequando os verbos aos tempos pedidos: Tinha que esperar até que ela no sono de novo e não sabia quanto tempo ia levar. (pegar/presente do subjuntivo) Queremos que (sair/presente do subjuntivo), que (fazer/presente do subjuntivo) novas amizades. Não (saber/pretérito imperfeito do indicativo) que horas eram quan- do acordou. Suas mãos (tremer/pretérito perfeito do indicativo) tanto, que aca- bou derramando o chá. Não (haver/pretérito imperfeito do indicativo) o mais leve sopro de vento naquela tarde. e)

77 Verbos 75 Tipos de verbo 5. Há verbos que possuem mais de uma forma para o mesmo tempo, modo ou pessoa. São chamados de verbos abundantes. Essas formas diferentes são mais comuns no particípio passado. Assinale as formas que não se apresentam corretas nos blocos a seguir: Ela não podia ter saído a uma hora daquelas. Havia estado doente por alguns dias. Tinha entregue os remédios em suas mãos. Ele foi preso antes de completar 18 anos. O rapaz tinha salvo um companheiro. O rapaz havia sido expulso da instituição. Havia findado o tempo de espera. Estava isentado de qualquer culpa. Foram expressadas as condolências. O submarino jazia imerso nas águas profundas do Atlântico. Há muito tempo aqueles animais estavam extintos. Os homens estavam omissos diante dos fatos. 6. Os verbos anômalos são aqueles que, na sua conjugação, apresentam alterações mais profundas no radical que os verbos irregulares. É o caso dos verbos ser e ir. Com base nisso, flexione corretamente os verbos destacados, de acordo com o contexto em que se apresentam nas frases a seguir: Quando eu ser adulto, realizarei muitos sonhos. É bem provável que estes sonhos ser fáceis de realizar. Quando era criança, meus sonhos ser simples.

78 76 Verbos Agora ser muito maiores e mais complexos. 7. Os verbos defectivos são aqueles que não têm conjugação completa. Alguns exemplos: chover, ventar, trovejar, constar, doer, acontecer, ocorrer, adequar, precaver, reaver, abolir. Em relação ao presente do indicativo do verbo reaver há duas formas corretas. São elas: e) reaves; reaveis. reavo; reavemos. reavemos; reaveis. reavem; reaveis. reave; reavem. 8. Complete as lacunas das sentenças a seguir, utilizando os termos adequados: raiz tônico grego arrizotônicas rizotônicas radical As formas são os vocábulos cujo acento tônico não permanece no. É o caso do verbo adequar, em que a vogal tônica recai depois do u. As formas são aquelas cujo acento incide no radi- cal do verbo. A palavra rizotônica vem do e significa riza, mais tônica, que tonifica. 9. Os verbos auxiliares são aqueles que se juntam a um verbo principal para formar estruturas verbais compostas e exprimir determinadas informações, por exemplo, o modo, o tempo verbal e a pessoa gramatical. As formas compostas são constituídas dos verbos auxiliares ter, haver, ser, estar, ir e andar, mais o particípio do verbo principal. Complete as lacunas das frases a seguir com verbos auxiliares, de acordo com as indicações de tempo que as mesmas fornecem: e) vindo aqui sempre que posso. estado ocupado nos últimos meses. revoltado com os inúmeros problemas. tido um mal-estar passageiro. Tinha encontrar os familiares naquela tarde.

79 Verbos 77 Vozes verbais 10. Além das flexões em número, modo, pessoa e tempo, os verbos também são flexionados em voz. São três as vozes do verbo: ativa, passiva e reflexiva. O verbo de uma oração está na voz ativa quando a ação é praticada pelo sujeito, ou seja, é ele o agente da ação que o verbo indica. A voz passiva ocorre quando não é o sujeito quem pratica a ação, e sim, quem a recebe, ou seja, sofre a ação praticada por outrem (ela pode ser analítica e sintétic. Na voz reflexiva, o sujeito pratica e, ao mesmo tempo, sofre a ação. Identifique a presença da voz ativa (A), passiva (P) ou reflexiva (R) nas orações a seguir: Naquele dia, os shoppings foram invadidos pelas crianças. Tia Stella não se mostrou envergonhada e sorriu. A escola organizou vários passeios pelos museus e pontos turísticos. As crianças fantasiaram-se. Eu me machuquei logo na primeira vez. Os dois amigos riram às gargalhadas. O resultado do sorteio será divulgado hoje. O lugar era banhado por um grande rio. Jogador é operado do joelho. Flexões verbais 11. Os verbos são classes gramaticais que podem ser flexionadas em pessoa. Todo verbo tem a primeira pessoa ( eu e nós ), a segunda pessoa ( tu e vós ) e a terceira pessoa ( ele, ela ). Todo verbo tem singular e plural. Outra forma de flexão é a flexão de modo, que indica a maneira, o modo como o fato se realiza (indicativo: indica certeza; subjuntivo: dúvida ou uma possibilidade; imperativo: indica ordem, pedido). Com base nisso, classifique o nome do verbo, a pessoa, o número e o modo de cada uma das formas verbais destacadas nas frases a seguir: Quando a vida (floresce) tudo são janelas e portas abertas. O chalé, assim como o resto do jardim, (permaneci adormecido em seu canto.

80 78 Verbos Se você ao menos (provasse)... Se um dia você pensar em se casar com ela, não lhe (darei) um vintém. e) Que (vai) acontecer com ela se continuar assim? f) (Pensastes) que havia me esquecido de ti? g) Drácula (morde) suas vítimas no pescoço e retira-lhes todo o sangue. 12. A forma verbal também varia para indicar o tempo em que o fato ocorre. É por isso que dissemos que os verbos são uma das mais importantes classes gramaticais, pois de uma só palavra retira-se uma série de informações. Os tempos verbais são também três: Presente indica a ação que acontece durante o momento em que se fala. Pretérito indica a ação que ocorreu antes de ser falada. Futuro indica a ação que vai acontecer depois de se falar. Com base nisso, indique a pessoa, o número, o tempo e o modo de cada uma das formas verbais destacadas nas frases a seguir: Londres é uma cidade linda. Quando você for até lá, será maravilhoso descobrir a cidade. Por que você deixaria este trabalho? Às vezes lembrava-se de frases que não sabia de onde saíam. e) Assim você rasgará todo o papel de embrulho. 13. Complete as lacunas das frases com a forma verbal indicada entre parênteses: ( ) as habilidades empíricas de seu filho. (desenvolver/imperativo afirmativo) Os gregos ( ) contar e ouvir histórias. (amar/pretérito imperfeito do indicativo) A falta de atividade física na infância ( ) ocasionar problemas de obesidade no futuro. (poder/futuro do presente do indicativo)

81 Verbos 79 e) ( ) melhor passar mais tempo ensinando aos alunos sobre saúde alimentar. (ser/futuro do pretérito do indicativo) Se ( ) novas espécies de tubarões, a comunidade científica ganharia ainda mais incentivos. (descobrir/futuro do subjuntivo) 14. Passe as frases seguintes para o plural, de modo a manter o tempo e os modos verbais: O periódico circula há muito tempo. Divida sua redação em parágrafos de três ou quatro frases. Ela conversa com os diplomatas de outros países a fim de melhorar o comércio e assinar acordos. O menino devia saber que um remédio tomado a tempo pode salvá-lo de uma doença grave. 15. A forma que pode estar no pretérito imperfeito do subjuntivo é: Teria sido maravilhoso descobrir as belezas do mar. Cansamos de ver tanta poluição marítima. Se nós fizéssemos a nossa parte, a situação não teria chegado a este ponto. Quando nós acabarmos de vez com a poluição marítima, a Terra nos agradecerá.

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83 Morfologia I Interjeição. Conjunção. Preposição. Interjeição 1. A interjeição é o vocábulo que nos permite exprimir, além de sentimentos e emoções, espanto, admiração e surpresa. Analise os diálogos a seguir, relacionando a resposta do interlocutor à interjeição mais conveniente. e) Acho que você vai ganhar um presente hoje. O carro se espatifou a 300km por hora. Nem acredito que conseguimos concluir o trabalho. Dê só uma olhada naquele carrão! Era uma barata enorme e nojenta. Ui! Oba! Uau! Nossa! Ufa!

84 82 Morfologia I 2. Quando algo nos desagrada, resmungamos Ah!. E em alguns lugares, expressões de sur- presa podem ser: Puxa!, Ah!, Xi! e Oh!. Complete as frases a seguir com a interjeição que poderia ser utilizada. e) Por que tudo que parece fácil às vezes é tão mais complicado? Esta é a promoção que eu estava esperando há meses. cavalinho! Só falta mais um pouquinho. Por essa eu não esperava. Tem uma barata enorme no canto da sala! 3. As locuções interjetivas são palavras que têm valor de interjeição. Cite três exemplos de locuções interjetivas. 4. A palavra que não exerce função sintática quando funciona como interjeição. Assinale a(s) frase(s) que apresenta(m) a palavra que como interjeição. Quê! Não acredito que você vai sair desse jeito! Não gosto que você fale assim comigo. O quê! Como foi que você conseguiu quebrar aquela janela? Eu tenho esperança de que ainda possamos dialogar. Tudo o que um homem pode sonhar, os outros podem realizar. (Júlio Verne) Conjunção 5. A conjunção é uma classe gramatical que pode ligar palavras e orações. Funciona como elemento articulador das frases, orações e períodos. Ao ligar duas orações entre si, a conjunção pode relacionar orações coordenadas. De acordo com a numeração indicada, classifique as conjunções coordenativas das frases a seguir. (1) Conjunção coordenativa aditiva (2) Conjunção coordenativa adversativa (3) Conjunção coordenativa alternativa (4) Conjunção coordenativa explicativa (5) Conjunção coordenativa conclusiva

85 Morfologia I 83 Nem sempre as esperanças se realizam, mas sempre tenho esperança. (Ovídio) Não só as coisas grandes se partem em pequenas, como as pequenas viram pó. É preciso estudar muito, pois só assim se sabe um pouco. Quanto menos necessidades, logo mais felicidade. Não é louco quem corre atrás de uma esperança, porque a esperança é o fim de nossa própria vida. (Menotti Del Picchi As pessoas são como os vinhos: a idade azeda os maus ou apura os bons. (Marco Túlio Cícero) A paciência é amarga, todavia seu fruto é doce. A vida é feita de três quartos de comédia e um de tragédia. Portanto, um cômico está em maior contato com a realidade. (Stefan Zweig) Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite. (Clarice Lispector) Faça seu trabalho com atenção, ou este será o último aviso! 6. Observe e analise os períodos a seguir e procure uni-los de modo a utilizar uma conjunção coordenativa. Não conheço as decisões tomadas. Sei que todos os assuntos foram discutidos de modo ponderado. Tem feito dias muito frios na Europa. Leve roupas adequadas na bagagem. Tome uma decisão agora. Você pode se arrepender depois. Não se preocupe. Eu sei do que você precisa.

86 84 Morfologia I e) Faltou muita gente na festa. Sobrou muita comida. 7. As conjunções subordinativas classificam-se em integrantes e adverbiais. Qual a diferença entre as duas? 8. As conjunções adversativas das orações a seguir foram retiradas. Assinale a alternativa em que elas estão corretas, respectivamente e) as obras não ficavam prontas, os recursos foram suspensos. Este lago é tão poluído as águas do Rio Tietê. Poderia haver acordo, todos estivessem dispostos a dialogar. a noiva não desista, os convites serão impressos. consta dos autos, o réu foi considerado culpado. Mesmo que, quando, embora, desde que, já que. Embora, como, posto que, desde que, ainda que. De modo que, ainda que, porque, logo que, desde que. Uma vez que, quanto, conquanto, desde que, conforme. A fim de, como, embora, uma vez que, logo que. 9. Consulte o quadro a seguir para depois completar as orações com a conjunção subordina- tiva adequada entre parênteses. Conjunções subordinativas adverbiais Causais (exprimem caus: porque, como, uma vez que, visto que, já que,... Concessivas (exprimem concessão): embora, ainda que, mesmo que, conquanto, apesar de que,... Consecutivas (exprimem consequênci: que, de sorte que, de forma que,... Comparativas (estabelecem comparação): como, mais... (do) que, menos... (do) que,...

87 Morfologia I 85 Eu trabalho bastante durante o dia, possa descansar nos finais de se- mana. (consecutiv Eu não acredito que possa conseguir aquele emprego esteja preparado. (concessiv É o melhor chefe que já tivemos, nos elogia quase todos os dias. (causal) Não é fácil trabalhar com o novo colega, pois o anterior, ele também não nos informa sobre o que faz. (comparativ Não existe voo direto para Manaus, é melhor você se preparar. (con- secutiv e) 10. Consulte o quadro a seguir para depois completar as orações com a conjunção subordinativa adequada entre parênteses: Conjunções subordinativas adverbiais Condicionais (exprimem condição ou hipótese): se, caso, desde que, contanto que... Conformativas (exprimem conformidade): conforme, consoante, segundo, como... Finais (exprimem finalidade): para que, a fim de que, que, porque... Proporcionais (estabelecem proporção): à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais..., menos... Temporais (indicam tempo): quando, enquanto, antes que, depois que, desde que, logo que, assim que,... confirmar o seu pedido, reiteramos o envio da carga. (final) o que foi comentado, esta é uma das melhores orquestras do Brasil. (conformativ você só tiver tempo para assistir tevê e nada mais, não fará muitos progressos. (condicional) a chuva aumentava, mais registros de acidentes eram comu- nicados. (proporcional) terminou de ouvir as notícias, desistiu de sair de casa. (tem- poral) e) 11. As preposições não podem formar frases isoladamente, pois sua função é juntar ou relacionar palavras que compõem uma frase, tanto na fala quanto na escrita. São palavras invariáveis que podem estabelecer relações de oposição, tempo, modo, meio, lugar, entre outros. As preposições essenciais são palavras que atuam exclusivamente como preposições. Nas frases seguintes, identifique as preposições e suas funções.

88 86 Morfologia I Estamos a bordo do navio desde ontem. O carro estava sem alarme, por isso ninguém percebeu o furto. A loja ficava entre as ruas XV de Novembro e Marechal Deodoro. 12. As preposições acidentais são as palavras pertencentes a outras classes gramaticais que podem atuar como preposições. Cite exemplos de preposições acidentais. 13. Com relação ao estudo das preposições, assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas. Locuções prepositivas são duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas. São exemplos de locuções prepositivas as seguintes expressões: abaixo de, ao lado de, de acordo com, em cima de, ao redor de, junto a, por causa de e por cima de. As preposições não podem se unir às outras palavras. A concordância em gênero e em número são características das preposições e não das palavras a que elas se unem. 14. Complete as lacunas com a interjeição Oh ou com o vocativo Ó : e) vizinho, pode me dar uma ajuda? não! Parece que uma nova tempestade vem aí. meu filho, por que você não me escutou? é tão fácil amar os filhos e tão difícil educá-los! mas isso não é possível!

89 Morfologia I Assinale a alternativa em que o período apresenta uma conjunção. e) A decisão foi tomada desde já. Era um barco antigo, de velas rasgadas. Foi a um shopping, comprou novas roupas e cortou o cabelo. Parecia que o filho estava contra o pai. A fábrica ficava onde era o antigo depósito. 16. No processo de combinação a preposição não sofre alteração. Entretanto, no processo de contração há alteração da preposição. Com base nisso, assinale a(s) afirmação(ões) correta(s). Da é a combinação da preposição de com o artigo a. No é a contração da preposição em com o artigo o. A preposição neste é a combinação da preposição em com o pronome este. Ao é a combinação da preposição a com o artigo o. A preposição aonde é a combinação da preposição a com o advérbio onde.

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91 Morfologia II Os pronomes e a sua classificação. Pronomes indefinidos. Pronomes relativos. Colocação pronominal. Os pronomes e a sua classificação 1. Os pronomes favorecem o encadeamento das ideias contidas nas frases. Quando substituem os nomes são chamados de pronomes substantivos, porque em uma frase exercem a mesma função de um substantivo. Quando os pronomes acompanham o substantivo, chamam-se pronomes adjetivos e passam a ter função adjetiva. Assim, o pronome sempre deve ser analisado de acordo com sua função na frase. Identifique a função que os pronomes exercem nas frases a seguir, marcando (S) para os que apresentam função substantiva e (A) para os que tem função adjetiva. No meio daquela discussão Júlio e Daniel sumiram, pois ao que parece eles tinham ficado muito assustados. Na frente da garota e de seus amigos havia uma paisagem incrível. Na ponta do galho tinha um enxame de abelhas e elas saíram voando, voando, até que pousaram. Nossos primos Nilton e Mariana mudaram-se para uma casinha no sítio. Algum tempo depois eles já haviam esquecido de que não tinham energia nenhuma.

92 90 Morfologia II 2. Como sabemos, existem três tipos de pronomes pessoais: retos, oblíquos e de tratamento. Os pronomes pessoais podem ser retos, quando atuam como sujeitos da oração. Esses pronomes são os que desempenham a função sintática de sujeito da oração. Com base nisso, identifique as pessoas do discurso a que se referem as frases. O que vimos foi alguém se esgueirando pelas paredes, procurando se esconder. Trouxeram um pacote misterioso e todos queriam abri-lo logo. Simplesmente não cumprimentou. Achava que eram insignificantes. Vi quando saíram de fininho, ou seja, à francesa. e) Não pretendo nunca magoá-lo. 3. Os pronomes pessoais também podem ser oblíquos, quando atuam como complemento (objeto direto ou indireto). Diante disso, complete as frases a seguir, completando-as com o pronome oblíquo adequado. e) Eu não culpo, mas a ele sim. Eu sempre deito tarde da noite. Eles perseguem há anos. Não diga que você ainda está em casa! Fique, se assim desejar.

93 Morfologia II Muitas vezes surgem dúvidas sobre como empregar adequadamente os pronomes na cons- trução de um enunciado. Diante disso, reescreva as frases a seguir, utilizando o pronome oblíquo adequado: Encontrei ela na feira de sábado à tarde. Deixe eu em paz, não vê que quero ficar só? Não custa nada para mim levar o livro até você. Esta conversa é entre eu e você. e) Fizeram ele sair de casa tarde da noite. 5. As expressões e os pronomes pessoais de tratamento são empregados no trato com as pessoas. Alguns indicam maior ou menor grau de familiaridade. Os pronomes pessoais de tratamento podem ser utilizados em situações formais, como ao enviar uma carta, cumprimento e até mesmo durante a conversação em eventos sociais em que autoridades estão presentes. Complete as lacunas das frases a seguir utilizando os pronomes de tratamento mais adequados. e) Mãe, o que a está pensando disso tudo? Encaminhamos a a prestação de contas que nos foi solicitada., o presidente, sabe como agir em causas difíceis. tem o apoio de todos os fiéis da Igreja. deverá esperar o momento da coroação.

94 92 Morfologia II Pronomes indefinidos 6. Os pronomes que chamamos de indefinidos indicam noção de medida aproximada. Podem ser classificados em variáveis (pois sofrem variação em gênero e número conforme o substantivo ou o verbo da oração) e invariáveis (não sofrem variação em gênero e número, ou seja, sempre mantêm a mesma forma independente da oração). Identifique os pronomes indefinidos nas orações a seguir, classificando-os em variáveis ou invariáveis. Há muitas razões para duvidar e uma só para crer. (Carlos Drummond de Andrade) Não restam quaisquer dúvidas a respeito de quem é o culpado pelo homicídio. Algo precisa ser feito para deter o nível de poluição ambiental. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. e) Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal. (Oscar Wilde) 7. Alguns pronomes indefinidos, tais como algum, nenhum e certo, podem adquirir valores positivos ou negativos conforme o contexto de sua utilização. Observe os exemplos a seguir e classifique o sentido em que os pronomes foram empregados, marcando (P) se este é positivo e (N) se é negativo. Tenho paciência e penso: todo o mal traz consigo algum bem. (Ludwig Beethoven) Algum desgosto prova muito amor, mas muito desgosto revela demasiada falta de espírito. (William Shakespeare) Não há, de modo algum, fórmula para a resolução do problema Nenhum cientista pensa com fórmulas. (Albert Einstein) Ter muitos amigos é não ter nenhum. (Aristóteles)

95 Morfologia II O pronome indefinido certo, posicionado antes do substantivo, confere o sentido inde- terminado ao enunciado. No entanto, posposto ao substantivo, classifica-se como adjetivo. Assinale a(s) alternativa(s) em que o vocábulo certo tem função de pronome indefinido. Há decisões que no momento parecem certas. Mas só o tempo as confirmará. No início, os filhos amam os pais. Depois de um certo tempo, passam a julgá- -los. Raramente ou quase nunca os perdoam. (Oscar Wilde) Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver. (Dalai Lam Nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais certo de vencer é tentar mais uma vez. (Thomas Edison) De um certo ponto adiante não há mais retorno. Esse é o ponto que deve ser alcançado. (Franz Kafk 9. Os pronomes indefinidos todo, todos, toda e todas podem apresentar variação de sentido, dependendo de como ocorrem na oração. Quando utilizados no plural, indicam a totalidade de um conjunto. Mas se os pronomes indefinidos todo ou toda vierem acompanhados de artigo, podem ter função de adjetivo. Assinale a(s) alternativa(s) em que os vocábulos todo/toda têm função de pronome indefinido. Em pouco tempo a casa toda já havia sido destruída pelo incêndio. Muitas vezes não temos tempo para dedicar aos amigos, mas para os inimigos temos todo o tempo do mundo!. (Leon Uris) Com todo perdão da palavra, eu sou um mistério para mim. (Clarice Lispector) Havia caixas espalhadas ao longo de toda a avenida, dificultando o tráfego. Sua tarefa é descobrir o seu trabalho e, então, com todo coração, dedicar-se a ele. (Bud Pronomes relativos 10. Os pronomes relativos são palavras que retomam ou substituem outras, garantindo a síntese e a coesão das orações e dos textos. Eles substituem palavras que já foram utilizadas na oração e, assim, evitam repetições, contribuindo para tornar o texto mais conciso e objetivo. Com base nisso, complete as lacunas das frases a seguir por pronomes relativos.

96 94 Morfologia II A vida é uma peça de teatro não permite ensaios. O espaço cultural o governo pretende criar beneficiará a toda a comunidade. Descobri a senhora que me atendeu ontem é sua prima. Uma pergunta resposta você não sabe é uma pergunta difícil? e) Este é o livro autor vem recebendo vários elogios. f) O tema sobre se discutiu ontem foi amplamente divulgado hoje. Colocação pronominal 11. Os verbos determinam a presença dos pronomes, que podem aparecer antes dos verbos, no meio e depois deles. Essas mudanças coloquiais de colocação pronominal são conhecidas por próclise, mesóclise e ênclise. Sobre as regras do emprego da próclise, assinale V para as verdadeiras e F para as falsas. De maneira geral, os advérbios atraem os pronomes para antes do verbo. Os pronomes substantivos também ocasionam a próclise. A próclise também ocorre com o auxílio do pronome relativo. As conjunções subordinativas, como por exemplo: que, se, como, porque, uma vez que e caso atraem o pronome para antes do verbo. As preposições seguidas de gerúndio, tais como: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sob, sobre e trás, também atraem os pronomes para antes do verbo. Em frases exclamativas, o pronome oblíquo átono vem antes do verbo. Em frases interrogativas não ocorre o mesmo. Em frases optativas, que expressam desejo, ou opinião, a colocação pronominal também é optativa. 12. A ênclise ocorre nas frases iniciadas por verbos, desde que estes não estejam no tempo futuro. Elas ocorrem em casos de orações reduzidas de infinitivo, orações reduzidas de gerúndio e frases imperativas afirmativas. Assinale a frase que apresenta a incorreta colocação pronominal. Estava preocupando-se a respeito do que os outros diziam. Ajude-me agora, não posso mais aguentar! O pai correu para abri-lo, mas estava emperrado.

97 Morfologia II 95 Me diga o que sabe agora mesmo! e) Aquele lugar me traz doces lembranças. 13. Analise as frases a seguir e assinale a alternativa correta. I. É bem verdade que o recado não me havia sido dado a tempo. II. III. e) Hoje lhe mandam flores. Amanhã, ninguém sabe. Por favor, me ajude com esta louça! As alternativas I e II são verdadeiras. As alternativas I e III são verdadeiras. As alternativas II e III são verdadeiras. Todas são verdadeiras. Todas são falsas. 14. Observe as frases a seguir. I. II. Atribuímos a (ele) todos os méritos. Reordenamos (o projeto) conforme as necessidades do cliente. III. Julgaram os (arquitetos) muito ousados. Substituindo as palavras destacadas por um pronome oblíquo, temos: e) I. Atribuímos-lhe; II. Reordenamos-lo; III. Julgaram-los. I. Atribuímos-lhe; II. Reordenamos-lo; III. Julgaram-os. I. Atribuímos-lhe; II. Reordenamo-lo; III. Julgaram-nos. I. Atribuímo-lhe; II. Reordenamos-o; III. Julgaram-nos. I. Atribuímo-lhe; II. Reordenamo-lhe; III. Julgaram-lhe. 15. Leia atentamente os períodos a seguir. Se quiseres contemplar a minha verdadeira aparência, vê-me no espelho. O espelho não se deixa enganar e mostrar-te-á a minha verdadeira face. A colocação pronominal utilizada denota a aplicação das seguintes regras: Ênclise em frases imperativas afirmativas e mesóclise diante de verbos no futuro do presente. Próclise em frases imperativas e mesóclise diante de verbos no futuro do presente. Ênclise em frases imperativas afirmativas e ênclise diante de verbos no futuro do presente.

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99 Frase, oração e período Frase, oração e período. Sujeito e predicado. Complementos verbais e nominais. Predicativo do sujeito e do objeto. Frase, oração e período 1. A frase é todo e qualquer enunciado de sentido completo, capaz de estabelecer comunicação. De acordo com sua construção, as frases podem ser classificadas em nominais ou verbais. As nominais são construídas sem auxílio de verbos. As verbais, como o próprio nome já diz, são construídas com verbos. Marque N para as frases nominais e V para as frases verbais: O menino ficava pensando nas coisas que o perturbavam. Que grande dia para o time mineiro! Daqui a pouco a gente sai dessa. Sempre na mesma hora. Nem antes, nem depois, só agora. 2. Como vimos, uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso, é necessário que o enunciado tenha sentido completo e que tenha verbo ou locução verbal. Marque um X nas frases que são orações: A vida ia passar brincando. Essa foi uma bela época. Por mim, tudo bem! Ele saiu da loja carregado de compras. De pão e de água.

100 98 Frase, oração e período 3. O período denomina a frase constituída por uma ou mais orações, formando um todo com sentido completo. Quando o período possui apenas um verbo, ele é chamado de período simples. Quando apresenta mais de um verbo, passa a ser denominado período composto. Analise os períodos a seguir e marque (1) para os simples e (2) para os compostos: O menino apostava que iam ficar amigos. As pessoas comiam as rosquinhas e reciclavam as embalagens. Você pode explicar melhor? Acharam graça de tudo, mas acabaram perdendo a hora. Fizeram uma bagunça danada e não limparam. 4. Classifique as construções abaixo, considerando a possibilidade de haver mais de uma classificação em alguns casos: e) Todos falavam ao mesmo tempo. João era superorganizado. Classificava e guardava tudo bem escondido. Até que um dia aconteceu um imprevisto e o armário explodiu. Engraçada uma história assim. Sujeito e predicado Termo essencial da oração: sujeito 5. O sujeito é um dos termos essenciais da oração. Ele indica o ser que pratica ou recebe a ação expressada pelo verbo. No entanto, quando os sujeitos expressos apresentam mais de uma palavra-chave, elas são denominadas termos acessórios e o sujeito é o núcleo. Identifique nas orações a seguir o sujeito, sublinhando-o com um traço e circulando o termo acessório: e) Algumas pessoas começaram a notar pequenas mudanças na ordem do dia. O meu amigo Marcelo ouviu de repente o barulhinho do molho de chaves. O esquisito garoto começou a se afastar cautelosamente. Minha tia entrou afobada na sala e sentou-se em sua cadeira de descanso. Os belos carros começam hoje a sair da fábrica.

101 Frase, oração e período Como estudamos, existem quatro tipos de sujeitos: simples, composto, elíptico e indeterminado. Os simples possuem apenas um núcleo. Os compostos possuem mais de um núcleo. Há também o sujeito elíptico ou desinencial, que não é explicitamente apresentado na oração. Por fim, temos o sujeito indeterminado, que é aquele que não pode ser fixado com exatidão de sujeito. Observe as orações a seguir e assinale a alternativa correta: Sorria um sorriso simpático, de quem estava emocionado. Nessa oração, o sujeito é: composto. simples. indeterminado. elíptico. Seu Gregório e Dona Marieta trabalhavam na casa há muitos anos. Nessa oração o sujeito é: composto. simples. indeterminado. elíptico. Conta-se que quando chegava em casa, sentia-se sempre exausto. Nessa oração o tipo de sujeito é: composto. simples. indeterminado. elíptico. Deixávamos a janela aberta todas as noites, pois o calor era insuportável. Nessa oração o tipo de sujeito é: composto. simples. indeterminado. elíptico. e) O garoto colocou a touca de lã, as luvas e as botas e saiu em direção à montanha. Nessa oração o tipo de sujeito é: composto. simples. indeterminado. elíptico.

102 100 Frase, oração e período Termo essencial da oração: predicado 7. A classificação de um verbo depende das relações que se estabelecem entre ele e alguns outros termos específicos. Em uma oração, os verbos podem ser de dois tipos: de ligação e significativos. Complete as orações a seguir, utilizando as palavras do quadro: permanente complemento predicativo mutatório de ligação transitivos significativos e) O verbo é aquele que não indica ação e, como o nome já diz, liga o sujeito a um estado, a uma característica ou a um modo de ser desse sujeito. Em outras palavras, liga o sujeito a um. Os verbos de ligação podem expressar estado de continuidade, estado, transitório, e aparente. Os verbos expressam ação ou acontecimento. Esse tipo de verbo tem em si mesmo um sentido, um significado característico. Os verbos significativos podem ser de sentido completo ou incompleto. Em virtude disso, eles podem ser classificados em intransitivos e, respectivamente. Os verbos transitivos pedem. 8. Existem três tipos de verbo transitivo: direto, indireto e direto e indireto ao mesmo tempo. No caso dos verbos transitivos diretos, o complemento a ser utilizado não precisa de preposição. No caso dos transitivos indiretos, os verbos transitam indiretamente para seus complementos, pois para tanto, precisam do auxílio das preposições. Já os verbos transitivos diretos e indiretos são aqueles que transitam direta e indiretamente para o seu complemento. Observe as orações e classifique os verbos que apresentam transitividade mediante o código a seguir: Transitivo direto (TD) Transitivo indireto (TI) Transitivo direto e indireto (TDI) Foi então que ela agarrou a corda mais próxima e tentou se salvar. Volte para o lugar de onde veio. Gostava de comer queijos e de dormir longas sestas em recantos protegidos. Anita ofereceu o livro para levar ao amigo doente. Ela deu dinheiro ao velho bibliotecário para comprar mais livros.

103 Frase, oração e período Como sabemos, o predicado se refere a tudo aquilo que é atribuído ao sujeito. E, assim como o sujeito, o predicado também possui um núcleo. Dependendo do mesmo, o predicado pode ser classificado em: nominal, verbal e verbo-nominal. Considerando que o predicado nominal apresenta um verbo de ligação e predicativo do sujeito, assinale a oração que não apresenta predicado nominal: e) A felicidade é o melhor presente que você pode desejar. De fato, Tiago era o autor das histórias. Eles permanecem preocupados, pois não recebem notícias. Ela acorda cedo para fazer exercícios. Neste momento, a praia encontra-se totalmente deserta. 10. Considerando que o predicado verbal apresenta um verbo significativo (verbo transitivo ou intransitivo) e que o núcleo desse predicado é sempre o verbo, assinale a oração que não apresenta predicado verbal: e) A criança brincava com sua nova bicicleta. Fernando refugiava-se no quarto para escrever. O homem parecia nervoso, ou pior, alucinado. Vamos fazer um acordo? A garota saiu para comprar novos acessórios. Complementos verbais e nominais 11. Além dos termos essenciais da oração (sujeito e predicado), há, ainda, os termos integrantes. Os complementos verbais completam o sentido dos verbos transitivos. Eles se dividem em objetos diretos e indiretos, de acordo com o verbo que complementam. Com base nisso, assinale (1) para objeto direto e (2) para objeto indireto nas seguintes orações: De modo algum desobedeça a seus pais. O poderoso rei procurou um meteorologista infalível. Os juízes julgaram os culpados rigorosamente. Gostava de lugares novos e pitorescos. É preciso devolver o livro ainda esta semana.

104 102 Frase, oração e período 12. Dá-se o nome de complemento nominal ao termo que complementa o sentido de um nome, que pode ser substantivo, adjetivo ou advérbio, conferindo-lhe uma significação completa ou, ao menos, mais específica. O complemento nominal completa o nome por meio de uma preposição. Sublinhe o complemento nominal das orações a seguir: e) Romeu era louco por Julieta. O diretor ficou satisfeito com a equipe de vendas. Apesar do choque, ele estava consciente de tudo. Espero que você tenha feito um bom aproveitamento do passeio. Tinham muito orgulho dos filhos. Predicativo do sujeito e do objeto 13. Todo predicado construído com verbo de ligação necessita de predicativo do sujeito, pois os verbos de ligação necessitam de um complemento especial que permita expressar efetivamente o estado ou a qualidade do sujeito. Mas, além do predicativo do sujeito, temos ainda o predicativo do objeto. O predicativo do objeto caracteriza o objeto. Com base nisso, analise as orações a seguir, marcando V para as verdadeiras e F para as falsas: A história era bonita e cativante. (predicativo do sujeito) O interior da biblioteca ficou iluminado. (predicativo do sujeito) Consideramos suas artimanhas perigosas. (predicativo do sujeito) Primeiramente, a cidade elegeu Jucelino prefeito. (predicativo do sujeito) Os pedestres pediam calma absoluta aos motoristas. (predicativo do objeto) 14. Marque: Período simples (PS) Período composto (PC) Como achar uma palavra no dicionário? Para facilitar a procura de um verbete, os dicionários apresentam duas palavras de referência. Existem diferentes tipos de dicionários. Há dicionários que explicam mais de cem mil palavras. O dicionário etimológico é um dos mais interessantes que existem no mundo.

105 Frase, oração e período Sublinhe os verbos e registre quantas orações há nos períodos: Algumas crianças chegaram ao jardim e logo começaram a atirar pedrinhas na água. Os livros voaram, se espalharam por todos os cantos e a casa ficou uma bagunça. 16. Quanto ao tipo, o sujeito de uma oração pode ser: Elíptico ou indeterminado. Simples ou composto. As duas alternativas anteriores estão corretas. Desinencial. 17. Dê a função sintática dos termos sublinhados: As pessoas tornaram-se suspeitas. Objeto direto objeto indireto. Sujeito predicativo do sujeito. Sujeito predicativo do objeto. Predicativo do sujeito predicativo do objeto.

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107 Termos acessórios da oração Adjuntos adnominais. Adjuntos adverbiais. Aposto. Vocativo. Adjuntos adnominais 1. Como sabemos, os termos acessórios da oração são assim chamados porque não fazem parte da estrutura básica da oração, organizada a partir de um verbo e dos nomes. Os termos acessórios são ligados a eles pela concordância ou pela transitividade. Os adjuntos adnominais são um desses termos acessórios. Eles possuem função adjetiva nas orações, que pode ser desempenhada não apenas por adjetivos, mas também por locuções adjetivas, artigos, pronomes e numerais. Assinale, nas orações a seguir, os adjuntos adnominais e indique a classe de palavras a que pertencem: O pequeno restaurante abria cedo. O referido culpado articulou diversos crimes. Algumas pessoas podem adquirir quadros famosos. Meu pai participa das corridas de rua. e) Vários atletas participaram da competição olímpica.

108 106 Termos acessórios da oração 2. É comum confundir o adjunto adnominal, na forma adjetiva, com o predicativo do objeto. Por isso, é importante você se lembrar de que o adjunto adnominal é sempre parte de um outro termo sintático que tem como núcleo um substantivo. Ele exprime característica fixa, constante, já conhecida do nome. Já o predicativo do objeto é o termo que se refere ao objeto de um verbo. Ele exprime característica nova, circunstancial, atribuída ao nome. Nas frases seguintes, classifique os termos destacados de acordo com o código: (1) predicativo do objeto e (2) adjunto adnominal. A péssima atitude deixou os pais chocados. O claro aviso afugentava qualquer intruso. Homens esquisitos vigiavam o porto. O homem comprou um artigo caro. 3. O predicativo do sujeito é o termo que indica uma qualidade ou um estado do sujeito, sendo uma característica ocasional, circunstancial do mesmo. Nas frases seguintes, classifique os termos destacados de acordo com o código: (1) predicativo do sujeito e (2) adjunto adnominal. O jogador recusou, decidido, o convite para jogar bola. O jogador decidido recusou o convite para jogar bola. O constrangido casal real voltou atrás na decisão. O casal real, constrangido, voltou atrás na decisão. As crianças, obedientes, submetiam-se à opinião do professor. As crianças obedientes submetiam-se à opinião do professor. Certa noite, o Senhor Prata, admirável, veio nos visitar. Certa noite, o admirável Senhor Prata veio nos visitar. Adjuntos adverbiais 4. Os adjuntos adverbiais também são termos acessórios da oração. São as palavras ou expressões que modificam o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. Portanto, é o termo da oração que indica circunstância de tempo, de finalidade, de modo, de causa e de lugar em que a ação ocorre. Esse termo também pode indicar negação ou afirmação. Analise as orações a seguir e identifique os adjuntos adverbiais, sublinhando-os: Eles se amavam muito. O Sol se pôs, a Lua surgiu mansamente.

109 Termos acessórios da oração 107 e) Sinto-me bastante satisfeito com a promoção. Só voltei à tarde do trabalho. A garota estava quase desmaiando de fome. 5. Lembrando que a classificação do advérbio é indicada pela circunstância que ele indica, su- blinhe os adjuntos adverbiais nas orações a seguir, classificando-os quanto à circunstância: Atualmente existem muitas possibilidades de escolha. Demorou mais para que ela pudesse coordenar seus pensamentos. Não sei se o que eu vou dizer lhe interessa. Encontrei-o no parque fazendo exercícios físicos. e) De modo decidido, ele subiu no telhado da escola. 6. Analise sintaticamente as orações a seguir, identificando o núcleo do sujeito, do predica- do, os adjuntos adnominais e os adverbiais: Os novos volumes surgiram atualmente. Núcleo do sujeito: Núcleo do predicado: Adjuntos adnominais: Adjuntos adverbiais: Os estrangeiros visitam o país regularmente. Núcleo do sujeito:

110 108 Termos acessórios da oração Núcleo do predicado: Adjuntos adnominais: Adjuntos adverbiais: As primeiras experiências científicas chegaram ontem. Núcleo do sujeito: Núcleo do predicado: Adjuntos adnominais: Adjuntos adverbiais: Aposto 7. O aposto é o termo que se junta a outro (de valor substantivo ou pronominal) para explicá- -lo, especificá-lo, resumi-lo ou identificá-lo melhor. Analise as orações a seguir e identifique o tipo de aposto: (1) explicativo, (2) enumerativo, (3) resumidor ou recapitulativo e (4) comparativo. Tão quente, que se você ficasse parado, podia fritar um ovo na testa. Refletiu um pouco, mesmo ainda assustado, e tomou uma decisão. Na vida, tudo se resume a isso... tempo para acordar, para trabalhar e para sonhar. A menina levou alguns instantes para decifrar as letras que compunham as palavras: paz, sinceridade e honestidade. Tão veloz, quase como um raio, saiu voando em sua nova aquisição.

111 Termos acessórios da oração Como vimos, o aposto pode ser também pontuado por meio de parênteses. Quando a expressão encerrada dentro dele for um pedaço da oração, o ponto vai para fora do parêntese. Quando a informação entre parênteses engloba uma oração completa, o ponto aparece dentro. Com base nisso, assinale a oração que apresenta a pontuação correta: Stela (a coordenadora do projeto) admirou-se da reação do cliente. Stela (a coordenadora do projeto.) admirou-se da reação do cliente. Você está mudado! (Marcelo já imaginava que ela faria essa observação). Você está mudado! (Marcelo já imaginava que ela faria essa observação.) Tudo pode acontecer de um momento para outro. (Ele sempre usava frases clichês.) Tudo pode acontecer de um momento para outro. (Ele sempre usava frases clichês). No acidente com o avião da companhia estadunidense (10 de agosto.) morreram doze pessoas. No acidente com o avião da companhia estadunidense (10 de agosto) morreram doze pessoas. 9. Indique a função sintática dos termos assinalados, colocando: ( 1) para aposto e (2) para vocativo. Mas logo ele já estava olhando para cima, virando o pescoço para trás, seguindo o voo da bola. Amigo, bem-vindo de volta a nossa terra! O fato, por sinal, logo ficou confirmado. O menino João Pedro embarcou para os Estados Unidos com sua nova família. O momento, meu caro, não está favorecendo a esse tipo de atitude. O cofre, os aparelhos eletrônicos, inclusive os eletrodomésticos, tudo foi roubado. Querido, se eu encontrasse um jeito de você ficar aqui, você ficaria?

112 110 Termos acessórios da oração 10. Pontue adequadamente as seguintes orações. Lembre-se de que em alguns casos, não usar sinais de pontuação também pode significar que a pontuação está correta. A maioria dos aeroportos brasileiros por incrível que pareça teve as decolagens proi- bidas na última sexta-feira. E começou a irritá-lo de brincadeira só para ver até aonde chegaria sua paciência. Seria bom você me dizer o que está havendo Lúcio. Daqui a alguns meses os resultados serão visíveis. Uma imensa massa de ar frio projeta-se sobre a capital nesta quarta-feira. O velhinho grisalho servente do parque não acreditava no que estava vendo. e) f) 11. Analise os termos sublinhados a seguir e marque a alternativa correta: I. No campeonato, duas equipes usavam camisetas vermelhas. II. III. e) O homem falava pouco. Garoou ontem e hoje. Adjunto adverbial em II e adjunto adnominal em I e III. Adjunto adverbial em I e adjunto adnominal em II e III. Adjunto adnominal em I e adjunto adverbial em II e III. Adjunto adnominal em I, II e III. Adjunto adverbial em I, II e III. 12. Complete as seguintes frases com adjuntos adverbiais que exprimam as circunstâncias solicitadas entre parênteses. e) f) g) Falta para o término do trabalho. (intensidade) Eles permanecerão durante toda a noite. (lugar) o plano foi revisto. (tempo) fui ao.(tempo/lugar) Acredito que gentileza é sempre importante. (intensidade) Todo o trabalho será realizado. (modo) O novo motorista executou o teste de direção. (modo)

113 Termos acessórios da oração Nas frases seguintes, classifique quando ocorrer aposto ou vocativo: e) f) g) Meu bom amigo, é fácil chegar lá? Você, que está sentado aí embaixo da árvore, pode me dar uma informação? Ó garoto, devolva o meu livro! Os jatos do chuveiro, muito fortes, machucavam seus arranhões. Não há mais nada a fazer, meu amor. Quando terminou o trenó, enorme, viu que poderia acomodar muitas crianças dentro dele. Meu filho, não diga mais mentiras.

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115 Sintaxe Período simples e composto. Período composto por coordenação. Período composto por subordinação. Período composto por coordenação e subordinação. Concordância nominal. Concordância verbal. Período simples e composto 1. Sabemos que período é a frase organizada em orações. Dependendo do número de orações que o compõem, o período pode ser simples ou composto. O período simples é formado por uma única oração, organizada em torno de um verbo ou locução verbal. Quando há mais de uma oração dentro de um mesmo período, denominamos o mesmo de período composto. Pontue adequadamente os períodos seguintes. e) f) g) h) Leopoldo queria protestar contra aquelas palavras mas teria sido inútil. Como você foi tão gentil eu o acompanho até a porta. A mãe portanto assim que o viu o apertou num abraço digno de urso. Depois daquele livro ele leu muitos outros. Dito isto o velho começou a lhe contar a sua vida. O voo foi cancelado mas as pessoas permaneceram aguardando no aeroporto. Apresentamos várias propostas contudo nenhuma delas foi aprovada. De um lado havia uma grande loja de departamentos e do outro a entrada de um parque.

116 114 Sintaxe 2. A seguir, você encontrará orações que devem se transformar em um único período com- posto. Para isso, você deve fazer modificações, como no exemplo a seguir: Estas são algumas teorias sobre as quais andei pensando. Posso estar enganado. Estas são algumas teorias sobre as quais andei pensando, mas posso estar enganado. Levei um susto. O susto me fez pular cinco metros de altura. Grande parte das pessoas se envolve em acidentes de trânsito. Muitas pessoas ingerem bebidas alcoólicas antes de dirigir. Fiquei um tempo olhando para a vitrine. Estava fingindo observar os livros. Enfiei a mão no bolso e saquei minha lanterna. Imaginei que poderia precisar de uma lanterna. Período composto por coordenação 3. Dependendo de como as orações se relacionam, os períodos podem ser de dois tipos: composto por coordenação e composto por subordinação. O período composto por coordenação é formado exclusivamente por orações coordenadas, ou seja, orações independentes e de mesmo valor significativo. Algumas orações coordenadas são introduzidas por uma conjunção. Dê exemplos das principais conjunções coordenativas a seguir: e) aditivas: adversativas: alternativas: conclusivas: explicativas:.....

117 Sintaxe As orações coordenadas que se ligam umas às outras apenas por uma pausa, sem conjun- ção, são chamadas assindéticas. As orações coordenadas introduzidas por uma conjunção coordenativa são chamadas sindéticas. Analise as orações a seguir e classifique-as em (A) assindéticas e (S) sindéticas: Fez muitos planos, entretanto, de nada adiantaram. Sentado no dorso de um golfinho, atingiu outra ilha. Ela trabalha, estuda, tem planos. Ela não trabalha, não estuda e não tem planos. Brincava, mas não se divertia nem um pouco. As coisas para ele não iam bem, já para ela corriam às mil maravilhas. Toda fotografia é exata. Nenhuma é a verdade. Quem te viu, quem te vê. 5. As conjunções coordenativas aditivas servem para ligar simplesmente dois termos ou duas orações de idêntica função. Analise os exemplos a seguir e identifique a conjunção coordenativa em itálico: [...] A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso. Um rosário de piscadas. Cada pisco é um dia. pisca e mama; pisca e anda; pisca e brinca; pisca e estuda; pisca e ama; pisca e cria filhos; pisca e geme os reumatismos; por fim, pisca pela última vez e morre. E depois que morre? perguntou o Visconde. Depois que morre, vira hipótese. É ou não é? (LOBATO, Monteiro. Memórias da Emília. Rio de Janeiro: Globo, 2007.) (Conjunção coordenativa )

118 116 Sintaxe E viver é ser, logo, portanto e consequentemente, ver também é ser [...]. O modo como a gente vê as coisas revela muito do que a gente é [...]. E o modo como a gente é influencia muito o modo como a gente vê as coisas [...]. (BAGNO, Marcos. O Espelho dos Nomes. São Paulo: Ática, 2005.) (Conjunção coordenativa ) Uma arte que dá medo é a de ler um olhar, pois os olhos têm segredos difíceis de decifrar. (AZEVEDO, Ricardo. Aula de leitura. In: Dezenove Poemas Desengonçados. São Paulo: Ática, 1999.) (Conjunção coordenativa ) Meu pai não tinha educação Ainda me lembro, era um grande coração Ganhava a vida com muito suor Mas mesmo assim não podia ser pior. (Titãs. Marvin. In: Volume Dois. WEA, 1998.) (Conjunção coordenativa ) Período composto por subordinação 6. O período composto por subordinação é formado de oração principal e orações subordinadas. Conforme a função sintática que exercem, as orações subordinadas se classificam em: substantivas, adjetivas ou adverbiais. Transforme os períodos simples a seguir em orações subordinadas substantivas, de modo a neles incluir as informações entre parênteses. Lembre-se de que as orações subordinadas substantivas são introduzidas, em geral, pelas conjunções integrantes que e se.

119 Sintaxe 117 e) Avisei ao porteiro (esperava uma carta importante). Ninguém sabia ao certo (ela estava doente). Ninguém deseja (aconteça uma crise mundial). Meu desejo é (as promessas sejam cumpridas). Perguntaram (você vivi. 7. O aposto explicativo identifica ou explica o termo anterior. Já as orações subordinadas adjetivas, apesar de funcionarem como apostos explicativos, são sempre iniciadas por um pronome relativo. Analise as orações a seguir assinalando (1) para aquelas que são subordinadas adjetivas e (2) para as que apresentam aposto explicativo: Os rapazes, que ainda permaneciam no local, não souberam explicar o acidente. A proposta, muito boa por sinal, foi feita de acordo com o protocolo. Este livro, que é o mais novo lançamento da editora, promete ser um grande sucesso. A garota, que sorria, chamava meu nome insistentemente. Alguns recursos naturais, muito explorados, estão se esgotando. 8. As orações subordinadas adverbiais exercem função sintática de adjunto adverbial, característica do advérbio. As orações subordinadas adverbiais são introduzidas pelas conjunções subordinativas (exceto as integrantes que e se) e exprimem circunstâncias de tempo, consequência, causa, comparação, proporção, condição, concessão, conformidade e finalidade. Com base nisso, observe os trechos a seguir e indique a relação existente entre a oração principal e a subordinada: E se você puder me olhar, E se você quiser me achar, E se você trouxer o seu lar, Eu vou cuidar, eu cuidarei dele. (REIS, Nando. Os Cegos do Castelo. In: Infernal. MGA, 2001.) Estou tremendo de medo porque acabo de saber quem é a Sra. Christie.

120 118 Sintaxe Os argumentos do deputado eram tão cortantes quanto um raio em nossa direção. Embora tudo convergisse a nosso favor, optamos por prorrogar o tempo do jogo. e) A fim de que todos ficassem satisfeitos, as histórias passaram a ser veiculadas na televisão. Período composto por coordenação e subordinação 9. Os períodos compostos por coordenação e subordinação são formados por oração princi- pal, oração subordinada e oração coordenada. Analise os períodos a seguir e marque V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas: Percebi que a Senhora Livros se aproximava e saí rapidamente da biblioteca. (Percebi = oração principal/ que a Senhora Livros se aproximava = oração subordinada/ e saí rapidamente da biblioteca = oração coordenad. Ninguém sabe se o detetive vai reabrir o caso. (Ninguém sabe = oração principal/ se o detetive vai = oração coordenada/ reabrir o caso = oração subordinad. Avise aos familiares do aluno que a nota obtida será insuficiente. (Avise aos familiares do aluno = oração principal/ que a nota obtida = oração subordinada / será insuficiente = oração coordenad. O pai entrou em casa e ordenou que todos obedecessem. (O pai entrou em casa = oração principal/ e ordenou = oração coordenada/ que todos obedecessem = oração subordinad. Faça a lista de compras, vá ao supermercado e reponha o estoque. (Faça a lista de compras = oração coordenada / vá ao supermercado = oração principal / e reponha o estoque = oração subordinad.

121 Sintaxe 119 Concordância nominal 10. A concordância nominal é o estudo da flexão imposta pelos substantivos aos artigos, numerais, adjetivos, pronomes e ao particípio quando a eles relacionados. A concordância nominal pode ocorrer entre: o artigo e o substantivo, o adjetivo e o substantivo, o numeral e o substantivo, o pronome e o substantivo e entre o predicativo e o sujeito. Analise os casos de concordância nominal a seguir e assinale X para as orações em que ela se apresenta correta: Os homens e as mulheres são feitos de sentimentos e emoções. O homem e a mulher são feitos de sentimentos e emoções. Terminado o baile e as refeições, as pessoas foram para casa. Terminados o baile e as refeições, as pessoas foram para casa. Admiro as torcidas atleticana e coxa-branca. Admiro a torcida atleticana e a coxa-branca. O palhaço é muito ativo. Os palhaços são muito ativos. A bebida e a direção são perigosas. A bebida e a direção é perigoso. Vossa Senhoria está enganado. (Frase dita a um homem.) Vossa Senhoria está enganada. (Frase dita a uma mulher.) É necessário atenção e cuidado. É necessária atenção e cuidado. É necessária a atenção e o respeito. Colheu pêssegos, bananas e comeu-as em seguida. Colheu pêssegos, bananas e comeu-os em seguida. A direção considerou o pai culpado pelo agravamento do caso. A direção considerou o pai e a mãe culpados pelo agravamento do caso. Em anexo, encaminho os documentos. Anexo, encaminho a remessa. Anexa, encaminho a remessa.

122 120 Sintaxe Concordância verbal 11. A concordância verbal é o estudo que leva em consideração as flexões de número e pessoa entre o verbo e o sujeito. A regra geral é a de que o verbo concorda com o sujeito da oração, esteja ele claro ou subentendido. Complete as frases seguintes com a forma apropriada dos verbos entre parênteses: e) f) g) h) O médico e a médica (revelou/revelaram) o diagnóstico. (Machucaram/machucou) o aluno e a aluna. Eu e tu (voltaremos/voltará) depois do almoço. (Fazem/faz) horas que o avião decolou. A biblioteca (avolumou-se/avolumaram-se) com as doações recebidas. Pai, mãe, família, amigos, ninguém (podia/podiam) ajudá-lo. Já (deram/deu) duas horas. Sou eu quem (como/come) tudo. 12. Nas orações seguintes, indique se os termos destacados são subordinados ou coordenados, justificando-os: A viagem começa agora e foi muito bem planejada. Período composto por Justificativa: Sinto-me em paz assim que chego do trabalho. Período composto por Justificativa: Quanto mais trabalho, tanto mais tenho desejo de trabalhar. Período composto por Justificativa:

123 Sintaxe 121 Estou comprando uma casa no campo e outra na praia. Período composto por Justificativa: e) Comeu a comida toda, porque estava deliciosa. Período composto por Justificativa: 13. Observe os períodos compostos por subordinação a seguir e sublinhe as conjunções subor- dinadas pelas quais as orações se relacionam. A paixão o deixou leve como um passarinho. Embora o teste fosse fácil, acho que não me saí bem. O mundo lhe parecia cada vez mais vazio, à proporção que o tempo passava. Caso você desista da reunião me avise, por favor. 14. Assinale o(s) período(s) em que há oração adjetiva explicativa. A casa, apesar de antiga, era maravilhosa. A vida, que é breve, tem que ser bem vivida. Esta cidade, onde nasci, é muito boa de se viver. O lugar na empresa, mesmo remunerado, é de destaque.

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125 Pontuação Ponto, ponto de interrogação, ponto de exclamação e dois-pontos. Vírgula e ponto e vírgula. Aspas, travessão, reticências e parênteses. Ponto, ponto de interrogação, ponto de exclamação e dois-pontos 1. Quando falamos, fazemos pausas, entonações, interrupções, gestos. Já na escrita, é necessário utilizar os sinais de pontuação para sinalizar o texto e articular nossas ideias de maneira coesa. Entretanto, houve uma época em que os textos escritos não apresentavam pontuação, ou seja, não havia essa preocupação. Numere cronologicamente as informações a seguir a respeito do surgimento do ponto. O sinal que chamamos de ponto apareceu no ano 3000 a.c. Seu nome vem do latim punctum. O ponto era utilizado pelos egípcios em textos poéticos e para ensinar a escrita hierática, ou seja, a letra que simplificava os hieróglifos às crianças. Na Idade Média, o ponto era também empregado como uma forma de abreviatura das extensas palavras em latim e para indicar a presença de um nome próprio no texto. Uma ordem lógica do texto escrito surgiu entre os séculos IV e IX d.c., quando os livros passaram a ser feitos com letras minúsculas. Nessa época, os escribas passaram a escrever notas auxiliares às cópias explicando como o texto deveria ser lido e como as palavras deveriam ser pronunciadas. Esse código era chamado de ponto. Daí a origem da palavra pontuação.

126 124 Pontuação O surgimento do sistema de pontuação acompanhou o desenvolvimento da escrita. No começo, os textos eram todos redigidos em letra maiúscula e de forma contínua, sem espaço entre as palavras. Com o aumento do número de leitores, os escritores precisavam utilizar uma série de indicações que os orientassem: eram os sinais de pontuação, que apareceram na Europa entre os séculos XIV e XVII. 2. Como já vimos, o ponto de interrogação deve ser utilizado apenas em orações interrogativas diretas e não ao término de uma oração interrogativa indireta. Analise as orações interrogativas a seguir e coloque o ponto de interrogação onde julgar necessário. Qual a diferença em relação às orações interrogativas diretas e indiretas ( ) Gostaria de saber onde ficava a cidade para a qual meu pai havia viajado ( ) Amigos, vamos deixar os problemas de lado agora ( ) Por que eu deveria jogar fora estes papéis ( ) e) Estou em dúvida sobre a quem devo encaminhar o pedido ( ) 3. O ponto de exclamação foi inventado pela junção de letras. Vem da palavra io, que significa em latim, exclamação da alegria. Escrevendo-a verticalmente, com o i em cima do o, formou-se o ponto de exclamação que hoje conhecemos. Analise as orações a seguir e utilize o ponto de exclamação onde julgar necessário. e) Pare ( ) Não vê o carro que vem em alta velocidade? A loja vendeu uma quantidade enorme de peças a preço de custo ( ) Não me diga ( ) Por essa eu não esperava ( ) Um brinde ao formando mais bem-sucedido do ano ( ) Não exagere com suas reclamações diante das dificuldades ( ) 4. Há situações em que usamos o ponto de interrogação e de exclamação juntos. Do ponto de vista sintático, o ponto de interrogação exerce a mesma função do ponto simples, ou seja, indicar o fim da frase com o adicional de sinalizar que a frase é interrogativa. Com base nisso, justifique a pontuação encontrada. Esta gente que faz? perguntou a um companheiro já maduro no ofício. Contrabando. Contrabando!? Todos!? (TORGA, Miguel, Novos Contos da Montanha. p. 29.)

127 Pontuação Os dois-pontos surgiram no século XVI para separar sentenças, isto é, a função exercida hoje pelo ponto. Hoje, os dois-pontos indicam a aproximação de um enunciado. Analise as orações a seguir e identifique a função em que foram utilizados, numerando-os. (1) Enumeração (2) Esclarecimento (3) Síntese O homem de que fala esta história morava em um lugar muito especial: a Biblioteca de Alexandria. Estavam com ele: Álvaro, Ricardo, Alberto, Bernardo, Antônio e Alexander. O rei disse: Esta biblioteca é um dos meus maiores orgulhos. Na semana passada comprei: um novo fascículo da enciclopédia digital, o último livro sobre Sigmund Freud e mais alguns presentinhos. A brisa sussurrava: Eu sou a filha do vento que levou da sua casa o livro de aventuras. Vírgula e ponto e vírgula 6. Como vimos, a vírgula pode ser empregada para separar termos de uma oração ou para separar orações de um período, e forma, portanto, um conjunto de possibilidades. Diante disso, utilize a vírgula onde julgar necessário e justifique sua escolha. Esta história já estaria bem próxima do fim não fosse a rápida decisão de um dos ho- mens presentes na mesa. Comumente as melhores decisões são tomadas após muita ponderação. Certo dia uma sexta-feira o moço chegou em casa apressado. Alto lá mantenha-se aí onde está! e) A princesa Isabel filha de Dom Pedro II foi quem aboliu a escravidão no Brasil. f) Várias denúncias de irregularidades fiscais nos últimos dias têm assolado o país.

128 126 Pontuação g) Gostava de estar acompanhado: do cachorro dos filhos dos amigos da esposa. Só não gostava de ficar sozinho. h) E chora e grita e esperneia e ninguém consegue dar conta daquela criança. i) Montou em sua bicicleta e com a corda toda se pôs na estrada. j) Era preciso chegar o mais rápido possível mas o caminho em direção à cidade não era reto. k) O inimigo avança recua ataca de novo. l) O esqueleto humano que é interno difere bastante do dos insetos. 7. O ponto e vírgula indica uma pausa mais longa do que a pausa da vírgula e, no entanto, menor que a do ponto. Analise as frases a seguir e numere-as de acordo com a justificativa que esclarece a razão de seu uso. (1) Evitar a repetição desnecessária do verbo. (2) Separar as orações coordenadas que comunicam antítese. (3) Separar orações coordenadas de certa extensão. (4) Separar itens dentro de uma enumeração. As paixões passam; o amor também. Não concordo com uma palavra do que dizes; mas defenderei até o último instante seu direito de dizê-la. (Voltaire) Para escrever bem, é importante ler muito; observar o mundo ao seu redor; fazer anotações; desenvolver a criatividade. Não chegamos a conhecer as pessoas quando elas vêm à nossa casa; devemos ir à casa delas para ver como são (Johann Goethe). O homem de colete listrado a olhava. O portão permanecia aberto; ele espiava; queria vê-la de perto.

129 Pontuação 127 Aspas, travessão, reticências e parênteses 8. As aspas podem ser empregadas em diversas ocasiões: isolar uma citação textual colhida de outrem e indicar o sentido de uma palavra de modo diverso do habitual, expressando, geralmente, ironia. As aspas servem ainda para dar destaque a uma palavra ou expressão. Com base nisso, utilize as aspas de acordo com o sentido comunicado nas frases. Existe um ditado árabe que diz: quem tem saúde, tem esperança e quem tem espe- rança, tem tudo. À vista dos outros era um coitado, mas tinha mais posses do que todos nós juntos. Os italianos dizem que a felicidade é: pão, amor e vinho. Naquela época, senhoras e senhores, o peixe dourado era desconhecido neste país. Era assim que sempre dava início às histórias que gostava de contar. 9. O travessão simples serve para indicar a fala de uma pessoa ou personagem, sem interferência do narrador, ou seja, trata-se do discurso direto. Portanto, é empregado para marcar a mudança de interlocutor nos diálogos apresentados no texto. Diante disso, reescreva o texto a seguir, organizando as falas, fazendo uso do travessão. Olga levantou o braço e gritou para o português: Agora pode trazer o nosso lanche, seu Manuel! Sem querer ser chata, eu só queria fazer uma pergunta disse Quêta Quanto tempo vive um ser humano sem comer? Vou tentar lhe responder com outra pergunta retrucou Olga Quanto tempo vive um ser humano sem praticar a arte que mais ama? Pode um pintor viver sem pintar? (CAZARRÉ, L. Clube dos Leitores de Histórias Tristes. São Paulo: Saraiva, p. 56.)

130 128 Pontuação 10. As reticências marcam uma interrupção na sequência lógica da frase. Podem ser utilizadas de duas formas: a primeira, com valor estilístico, ou seja, com a intenção de permitir ao leitor completar o pensamento que foi suspenso; a segunda, para marcar uma fala quebrada ou desconexa, própria de quem está nervoso ou inseguro. Analise as frases a seguir e numere-as de acordo com a justificativa que esclarece a razão de seu uso. (1) Valor estilístico (2) Fala quebrada ou desconexa Ah! Se você soubesse... não sei como explicar...é melhor você mesmo ir até lá. Nosso sonho morreu Reza mansinho /Ai, talvez que rezando, docemente,/ O nosso sonho acorde mais baixinho. (Florbela Espanc O que havia ali, pois, nada mais era que... um quadro de tristezas. Eu... bem...não sei se posso repetir isso. 11. A palavra parênteses vem do grego e significa inserção. Os parênteses são utilizados para isolar explicações, indicações ou comentários acessórios. A característica fundamental da informação entre parênteses é não afetar a estrutura sintática do período em que é inserido. Com base nisso, insira os parênteses nas frases a seguir, de modo a isolar os comentários acessórios. e) Na época, o caso que dispensa comentários foi altamente divulgado pela mídia. A baixa produção econômica da qual sabemos bem os resultados vem interferindo nas negociações entre os países. Talvez o momento certo se é que ele existe jamais chegue. Cada qual um pior do que o outro dispensava maiores apresentações. As pessoas que não são quadradas sabem como se virar quando algo não vai bem. 12. Reescreva o diálogo a seguir, pontuando-o adequadamente. Depois de muito tempo ela observou É melhor nos separarmos Silêncio É melhor disse ele É melhor concordou ela

131 Pontuação Utilize a vírgula onde julgar necessário. e) Se o homem soubesse o valor que tem a mulher teria mais critério. Se você comer algo quando não tiver ninguém olhando não irá perder peso. Meu filho se você esquecer a chave não tem problema porque vou deixar uma cópia com o vizinho. Efetivamente o Rio de Janeiro ainda é o lugar do samba por excelência. Depois de ter aprendido a ler as letras lia tudo: livros mas também avisos anúncios as letras miudinhas nas costas dos bilhetes de elétrico cartas deitadas no lixo jornais velhos apanhados debaixo do meu banco no jardim grafites a contracapa de revistas nas mãos dos leitores no ônibus. (Alberto Manguel) 14. Pontue corretamente as frases a seguir. Toda aprendizagem começa com um pedido Se não houver o pedido a aprendizagem não acontece Há aquele velho ditado É fácil levar a égua até ao meio do ribeirão o difícil é convencer a égua a beber. (Rubem Alves) Aposto que a dona Olga mais uma vez vai chegar em cima da hora disse Roberto To- mara que ela venha logo bocejou Mariana que havia chegado ali um pouco antes e já não suportava mais as perguntas dos colegas impacientes Na hora exata Olga parou diante deles olhou para o céu nublado e disse Espero que não chova antes do fim da história (CAZARRÉ, L. Clube dos Leitores de Histórias Tristes. São Paulo: Saraiva, p. 65.)

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133 Semântica I Denotação e conotação. Figuras de linguagem: figuras de palavras. Figuras de linguagem: figuras de construção. Figuras de linguagem: figuras de pensamento. Polissemia. Denotação e conotação 1. A linguagem conotativa é também chamada de linguagem figurativa. Nela, as palavras ou expressões ganham significação ampla, cujo sentido extrapola o sentido próprio de um termo ou expressão. Já as palavras, em seu sentido denotativo, também chamado de sentido literal, são apresentadas em sua significação restrita. Na linguagem denotativa, utilizamos as palavras de modo objetivo, preciso e exato. Com base nisso, marque (1) para as expressões que possuem sentido denotativo e (2) para as que possuem sentido conotativo: O coração é o principal órgão do aparelho circulatório. Falei com o meu coração. Álvaro sempre teve um coração de ouro. Quem está na chuva é para se molhar. Tire seu cavalo da chuva. A forte chuva que atingiu a região causou vários deslizamentos. Neste ano eles completam cinquenta primaveras de vida em comum. A primavera chegou mais cedo este ano. Assim você vai acabar quebrando a cara.

134 132 Semântica I Escolha cara ou coroa. Parece que você acordou com o pé esquerdo. Depois da partida, não suportava mais a dor no pé. Estou com a pulga atrás da orelha. Isso é conversa para boi dormir. A fazenda comporta duas mil cabeças de boi. O alpinista conseguiu escalar a montanha. Nunca ouvi tamanha montanha de impropérios. O oceano abraçava os barcos na escuridão. A ilha estava desabitada há muitos anos. Figuras de linguagem: figuras de palavras As figuras de linguagem são utilizadas para mudar o modo como percebemos experiências comuns, conferindo originalidade, graça e poeticidade ao que dizemos. As principais figuras de palavras ou tropos são a comparação, a metáfora, metonímia, catacrese, antonomásia e a sinestesia. 2. A comparação é uma dessas figuras. Ela estabelece uma relação de semelhança entre dois elementos, mas para isso temos de utilizar vocábulos complementares: como, assim como, tal qual e quanto. Complete os seguintes trechos, relacionando a primeira coluna com a segunda, utilizando o recurso da comparação: O vento assobiava como... a Bela Adormecida. A neve caía como... uma fera. O local era pequeno como... um trem em alta velocidade. O diretor era bravo como... se tivesse o rei na barriga. e) A menina era sonhadora tal como... uma lata de sardinhas. f) Vivia orgulhosamente como... finos paraquedas.

135 Semântica I A metáfora é a capacidade, ou a ferramenta cognitiva, que permite que as pessoas vejam uma coisa em lugar de outra, de forma simbólica. Observe este trecho do texto de Fabiano dos Santos em Nuvem é Dragão (São Paulo: Cortez, 2006): Folha é passarinho repousando no vento Serra é chapéu verde que fica longe do azul. Classifique as orações a seguir conforme expressem comparação ou metáfora: e) f) g) h) i) j) k) As retas paralelas são como duas linhas gêmeas. ( ) A paixão é como um fogo. ( ) O mar não estava para peixe. ( ) A nossa casa é de carne e osso (Arnaldo Antunes). ( ) Estar com você é como andar nas nuvens. ( ) Somos fios da mesma trama. ( ) Tinha cabelos tal qual fios de ouro ( ) O deserto é como uma floresta sem árvores. ( ) Há palavras que cortam o silêncio. ( ) Tinha a pele macia como a carne do caju. ( ) A palavra é de prata, o silêncio é de ouro. ( ) 4. Na metonímia, um termo substitui outro de maneira diferente da metáfora. Nesse caso a substituição que ocorre nesses elementos tem, de fato, uma relação de dependência. A catacrese compreende o emprego impróprio de uma palavra ou expressão, deixando de levar em conta a sua origem. A antonomásia ocorre quando substituímos um nome por outro, ou por uma expressão que facilmente o identifique. Já a sinestesia é a figura de linguagem que consiste em reunir sensações originárias de diferentes órgãos dos sentidos. Com base nessas definições, enumere as figuras de palavras a seguir de acordo com o código: C Catacrese A Antonomásia S Sinestesia M Metonímia Tomei duas conchas de sopa. O título do livro é Uma Ideia toda Azul.

136 134 Semântica I O rei das selvas chegou ao zoológico. Já tomou seu café da manhã? Aquele perfume tem um aroma gritante. Graham Bell facilitou a comunicação. O tique-taque do relógio nos perturbava. Meu sonho é conhecer o fenômeno do futebol pessoalmente. A palavra azulejo originalmente servia para designar ladrilhos de cor azul. Adoro Vinicius de Moraes. Figuras de linguagem: figuras de construção 5. As figuras de construção, também chamadas de figuras sintáticas, são aquelas que interferem na construção das frases, a fim de atribuir maior expressividade ao seu significado. São elas: a elipse, o zeugma, os assíndetos, os polissíndetos, a anáfora, o anacoluto, a inversão ou hipérbato. Numere os exemplos da segunda coluna de acordo com as definições apresentadas na primeira: 1. Elipse é a omissão de uma palavra ou de uma expressão facilmente subentendida. 2. Zeugma é uma figura de construção, ou pensamento, que omite um termo que já apareceu na frase. 3. Os assíndetos ocorrem quando se omite os conectivos de ligação, assim atribui maior rapidez ao texto. 4. Os polissíndetos apresentam o uso repetido da conjunção e. 5. A anáfora indica a repetição de uma mesma palavra ou expressão, geralmente no início dos versos. 6. O anacoluto é a figura de construção que consiste em inserir um termo sem função sintática na frase. Ocorre quando o sujeito fica sem predicado. 7. A inversão ou hipérbato consiste na mudança da ordem direta de construção das sentenças, como: sujeito, verbo, complementos verbais, adjuntos adverbiais. 8. O pleonasmo é uma figura de linguagem que consiste na repetição enfática de um determinado vocábulo.

137 Semântica I 135 Desejo tenhas sorte. Meu filho, não há conselho nem exemplo que lhe impeça de fazer o mal. Amor é fogo que arde sem se ver; é ferida que dói e não se sente; é um contentamento descontente; é dor que desatina sem doer. (Camões)...e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza. Sobre a mesa, apenas um vaso de flores. Você joga para mim e eu para você. Aos filhos, deixou-lhes a herança. Passeiam, à tarde, as belas na Avenida. (Carlos Drummond de Andrade) Figuras de linguagem: figuras de pensamento 6. Quando analisamos as figuras de pensamento, ou figuras semânticas, nos referimos aos recursos que se referem ao significado das palavras. São eles: a antítese, a hipérbole, os eufemismos, a personificação e a ironia. De acordo com as definições estudadas, assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas, justificando-as: Eufemismo é a concordância que se faz com uma ideia implícita e não com os termos da oração em si. Ex.: Eu, me importa a desgraça que há no mundo. A antítese ocorre quando aproximamos palavras de sentido oposto e contrastante. Ex.: Quando a bola saía, entravam os comentários dos torcedores. A ironia consiste na expressão exagerada de uma ideia. Ex.: Estou morrendo de sede.

138 136 Semântica I A gradação é toda sugestão, seja por contexto ou por entonação, contrária às palavras expressas no texto. Ex.: O diretor da empresa foi elegante como um hipopótamo. A hipérbole é uma figura de linguagem que, como o próprio nome já diz, exprime ideias de modo gradativo. Ex.: O fruto... nasceu, cresceu, amadureceu. Personificação 7. Identifique e sublinhe as construções que exemplificam o recurso da personificação no trecho da canção A montanha e a chuva, de Orlando Moraes, a seguir: É por isso que a montanha tem ciúmes Quando o vento leva a chuva pra dançar Muitas vezes tudo acaba em tempestade Raios gritam sobre a tarde, Tardes dormem ao luar, Anoitece a minha espera, Amanheço a te esperar. Polissemia 8. As palavras apresentam mais de um significado, dependendo do contexto em que são empregadas. A isso chamamos polissemia. Algumas palavras têm o mesmo som e até a mesma grafia, porém, possuem significados diferentes. Complete as sentenças utilizando as palavras do quadro: Parônimos Homônimos

139 Semântica I 137 são palavras que têm mesma pronúncia e escrita, mas significados diferentes. são palavras parecidas na pronúncia e na escrita, porém com signi- ficados diferentes. 9. Complete as sentenças a seguir, empregando os parônimos adequados: e) Não se pode outro grau de qualidade? (acender/ascender) É preciso as mercadorias ainda esta manhã. (apreçar/apressar) Não sei se será possível o erro tão facilmente. (ratificar/retificar) O garoto ficou satisfeito com seu presente: um. (pião/peão) O nas estradas ficou comprometido esta tarde. (tráfego/tráfico) 10. Analise o significado dos termos a seguir e depois complete as sentenças, empregando a palavra correta (homônimos): Cela quarto de prisão. Sela arreio. Coser costurar. Cozer cozinhar. Concerto espetáculo musical. Conserto ato ou efeito de consertar. e) f) Apresse o do carro, pois a data da viagem se aproxima. O se iniciará a partir das 10h. Ele foi prontamente enviado de volta a sua. É preciso logo a comida, antes que os convidados cheguem. O tombo ocorreu porque a não estava bem presa. Não se pode em meio a uma luz tão suave. 11. Identifique no quadro o sentido dos ditados populares a seguir: ser muito orgulhoso refletir por conta própria a respeito de um fato sair correndo vacilar/hesitar ser muito calmo estar desconfiado ir embora Estar com a pulga atrás da orelha. Passar sebo nas canelas. Ficar marcando touca.

140 138 Semântica I e) f) g) Ter sangue de barata. Tirar o time de campo. Ter o rei na barriga. Pensar com seus botões. Eufemismos 12. Um eufemismo é uma expressão utilizada com a intenção de suavizar uma expressão ofensiva, preocupante ou de efeito desagradável. Com base nisso, sublinhe os eufemismos nas sentenças a seguir. Nas lacunas, escreva o sentido a que se referem. Marcos disse que sentia muito pelo fato do pai de seu vizinho ter sucumbido à doença. Uma vez que era verticalmente ameaçadora, a professora era respeitada e temida por todos os alunos. Uma vez que Haroldo não estava alcançando o nível esperado, foi convidado a refazer o quinto ano. Minha avó sempre nos diverte quando remove seu aparelho dental. e) Você não foi feliz em sua apresentação.

141 Semântica I 139

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143 Semântica II Vícios de linguagem: Pleonasmos. Barbarismos. Solecismos. Cacófatos. Ambiguidades. Redundâncias. Frases feitas. Vagueza. Vícios de linguagem 1. Os vícios de linguagem, também chamados tautologias, são muitos. É bem provável que você já tenha lido ou ouvido alguns deles, como o pleonasmo vicioso, que é a repetição de uma ideia mediante palavras ou expressões diferentes. Identifique esses pleonasmos nas frases a seguir e reescreva-as de maneira a corrigi-las: Ricardo voltou a trabalhar novamente. Glória Pires será a protagonista principal da nova novela que estreia em março. Não acredito que esteja vendo isto com meus próprios olhos! A China detém o monopólio exclusivo de produtos manufaturados.

144 142 Semântica II e) Todos os países do mundo acabam de selar o acordo de preservação ambiental. f) Continuam ainda as buscas pelos soldados desaparecidos. g) São estes pequenos detalhes que fazem toda a diferença. h) As pessoas precisam encarar de frente os desafios do dia a dia. i) A Prefeitura Municipal acaba de liberar os recursos para o início das obras. j) É preciso dividir o orçamento em duas metades iguais. 2. Assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas: Os desvios na grafia e na flexão das palavras constituem um barbarismo. A cacoépia é pronúncia adequada de um vocábulo. A cacografia ocorre quando se escreve com a grafia equivocada ou se flexiona uma palavra inadequadamente. O deslize é o mau emprego de uma palavra. Pleonasmo vicioso é a definição precisa de uma ideia mediante palavras ou expressões diferentes. A silabada consiste em dizer uma palavra enfatizando a sílaba tônica adequada. 3. Considera-se desvio a inadequação a uma determinada situação de uso formal da língua. De acordo com o que estudamos, indique os desvios cometidos nos exemplos a seguir, utilizando as palavras do quadro: cacoépia deslize silabada cacografia Dizer peixe com espinho, ao invés de peixe com espinha, são exemplos de. Compania ao invés de companhia, carnero ao invés de carneiro, cadalço ao invés de cadarço, iorgute ao invés de iogurte, são exemplos de.

145 Semântica II 143 Troca do z pelo s em azar, ou então flexão inadequada do plural, como em cida dões, cujo correto é cidadãos, flexionar o verbo como interviu, ao invés de interveio, são exemplos de. Pronunciar récorde ao invés de recorde, rúbrica ao invés de rubrica, íbero ao invés de ibero, são exemplos de. 4. Todas as línguas passam por um processo natural de assimilação de vocabulário estrangeiro. Assinale a alternativa em que todas as palavras estrangeiras apresentam-se grafadas corretamente: Abajur, kamikaze, coquetel, shampoo. Abajur, pizza, coquetel, shampoo. Abajur, kamikaze, cocktail, xampu. Abajur, pizza, coquetel, xampu. 5. Um desvio, como já vimos, é uma inadequação diante de uma determinada situação de uso formal da língua. Uma dessas inadequações é o solecismo, tipo de desvio sintático que pode ser de concordância, de regência e de colocação. Analise os exemplos a seguir e marque (1) para os solecismos de concordância, (2) para os solecismos de regência e (3) para os de colocação. Entregarei-lhe as flores assim que estiverem disponíveis. Naquela tarde houveram vários incidentes inexplicáveis. Os bombeiros assistiram aos feridos no incêndio. Eu reavi os meus bens depois do assalto. Falarei-lhe tudo o que quiser saber. 6. O cacófato aparece quando colocamos duas palavras que juntas não soam bem, ou que soam outra coisa. Relacione os cacófatos que causam graça ao brincar com as profissões: (1) Olavo Pires Enfermeira (2) Décio Machado Professor de música (3) H. Lopes Baterista (4) Oscar Romeu Dono de concessionária (5) Hélvio Lino Balconista de lanchonete (6) Édson Fortes Obstetra (7) Iná Lemos Professor de hipismo (8) Ester Elisa Traumatologista (9) Inácio Filho Guarda florestal (10) Ema Thomas Pneumologista

146 144 Semântica II 7. Como estudamos, a ambiguidade é uma frase de duplo sentido, causada pela má cons- trução de uma frase ou por ambiguidade lexical. Explique as ambiguidades presentes nas construções frasais a seguir: A criança foi encontrada perto do banco após o terrível sequestro. Queria muito comprar o CD de Pedro. Ele não encontrava a peça do carro que estava na garagem. Andando pelas ruas de um pequeno vilarejo, vimos Estevão do Vale. Frases feitas 8. Todas as pessoas fazem parte de uma determinada cultura, em que certas expressões lhe são próprias e, por conseguinte, facilmente compreendidas pelos falantes. São as expressões idiomáticas, ou seja, expressões cujo sentido individual de cada palavra vale, nesse caso, para o todo. Analise, nas frases a seguir, as expressões idiomáticas que fazem papel de substantivos, verbos, adjetivos, ou que se constituem em orações inteiras e classifique- -as de acordo com sua função: e) f) g) h) Foi um deus nos acuda. ( ) Era um maria vai com as outras. ( ) Agora é boca de siri. ( ) Em rio de piranha, jacaré nada de costas. ( ) Assim você vai entrar pelo cano. ( ) Isso são outros quinhentos. ( ) Este será um negócio da China. ( ) Não vendo gato por lebre. ( )

147 Semântica II Leia os provérbios a seguir e reúna-os em pares, conforme apresentem significados semelhantes: (1) Devagar se vai ao longe. (2) Mais vale um pássaro na mão do que dois voando. (3) Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. (4) Não há rosas sem espinhos. (5) Nem oito, nem oitenta. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. O seguro morreu de velho. Amigos, amigos, negócios à parte. De grão em grão a galinha enche o papo. Não há regra sem exceção. Frases de para-choque de caminhão 10. Conhecer e anotar frases de caminhão é uma forma muito divertida de analisar o sentido conotativo das expressões que fazem parte da cultura popular. As frases a seguir foram retiradas de para-choques de caminhão e escritas para serem lidas pelos passageiros de outros veículos, na estrada. Analise a quem fazem referência as frases a seguir: Dirigido por mim, guiado por Deus. Ando correndo porque não quero morrer devendo. Não desista de seus sonhos, um dia irá alcançá-los. 70 me passar, passe 100 atrapalhar. e) Sem ferir o meio ambiente, levo de tudo pra muita gente. f) A velocidade que emociona é a mesma que mata.

148 146 Semântica II Vagueza 11. Uma palavra tem sentido vago quando não existe um parâmetro que delimite seu significado diante do contexto em que se apresenta. Como vimos, existem várias formas de expressão em sentido vago. Algumas precisam ser esclarecidas por meio de critérios pertencentes a uma mesma escala de grandezas e outras devem ser consideradas em meio a escalas de grandezas diferentes. Complete as frases a seguir, de modo a solucionar os problemas de vagueza apresentados: A água estava fria, para um dia de (inverno/verão). Para um jornaleiro, Antônio levanta muito (cedo/tarde). Para uma pessoa idosa, Ana é muito (ativa/sedentári. O relógio funciona pontualmente, se comparado aos (britânicos, brasileiros). Comparado ao homem mais (jovem/velho) do mun- do, Marcos é ainda uma criança. O cachorro já tinha 17 anos, bastante (velho/jovem) para um animal. e) f) 12. Explique o sentido dos pares de orações a seguir, de acordo com as escalas apresentadas: O veículo era muito veloz, se comparado a um carro de corridas. O veículo era muito veloz, se comparado a um triciclo. O homem era muito forte, se comparado a Hércules. O homem era muito forte, se comparado a uma pessoa idosa. 13. O tempo todo falamos com outras pessoas, escrevemos para elas, lemos o que os outros escreveram, fazemos representações visuais e interpretamos essas representações coletiva e individualmente. Não é difícil escorregar de vez em quando em uma palavra mal colocada, em uma frase ambígua ou cometer um pleonasmo vicioso. Explique a razão das expressões a seguir serem consideradas como exemplos de pleonasmos: Adiar para depois:

149 Semântica II 147 e) f) g) h) i) j) Panorama geral: Acrescentar mais um dado: Acabamento final: Juntamente com: Outra alternativa: De sua livre escolha: Comparecer em pessoa: Conviver junto: Surpresa inesperada: 14. Em relação à norma culta, todo desvio na grafia e na flexão de uma palavra constitui um barbarismo. Assinale a alternativa que engloba os desvios mais comuns: Ortoépia, silabada, ortografia e deslize. Cacoépia, silabada, cacografia e deslize. Prosódia, silabada, ortografia e deslize. Pleonasmo, silabada, cacografia e deslize. 15. Esclareça o significado dos vocábulos dentre e entre : O vocábulo entre é utilizado para indicar (do meio de/no meio de). O vocábulo dentre é utilizado para indicar (do meio de/no meio de).

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151 Elementos do texto Coesão textual. Coerência textual. Seleção de vocabulário. Coesão textual 1. O trecho a seguir tem problemas de coesão. Uma palavra e/ou expressão é repetida mui- tas vezes sem acrescentar informação ao texto. Reescreva esse trecho eliminando essas repetições. Feudalismo O feudalismo foi um modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais (servis). O feudalismo tem suas origens na decadência do Império Romano. O feudalismo predominou na Europa durante a Idade Média. Segundo o teórico escocês do Iluminismo, Lord Kames, o feudalismo é geralmente precedido pelo nomadismo e sucedido pelo capitalismo em certas regiões da Europa. [Os senhores do feudalismo] conseguiam as terras porque o rei dava as terras para [os senhores do feudalismo]. Os camponeses cuidavam da agropecuária dos feudos e, em troca, recebiam o direito a um pedaço de terra para morar, além da proteção contra ataques bárbaros. Quando os servos iam para o manso senhorial, atravessando a ponte, tinham que pagar um pedágio, exceto quando para lá se dirigiam a fim de cuidar das terras do Senhor Feudal. (Disponível em: < Adaptado.)

152 150 Elementos do texto 2. No trecho a seguir estão faltando os conectivos responsáveis pela orientação argumenta- tiva do texto. Complete esse segmento com os conectivos a seguir. mas ou mas porque mas se conforme mas e ou mas Código Florestal: sustentável é sobreviver Era para ser uma discussão da sociedade, democrática, organizada e racional, a reformulação do Código Florestal Bra sileiro que fixa regras sobre a exploração e a proteção das florestas e demais formas de vegetação acabou opondo e expondo segmentos, posições e interesses econômicos e ambientais. Foi quando a decisão, que deveria ser técnica e científica, baseada em estudos e constatações, ganhou contornos políticos, defesas passionais e apelos extremados. Em vez de serem encarados como um desafio, produzir e preservar tornaram-se, então, uma disputa, que envolve muito pou co, quase nada, a população. Apesar da polêmica e da dimensão, o tema foi polarizado entre produtores e ambientalistas, ganhando os corredores do Congresso Nacional e provocando de sentendimentos entre ministros, a intervenção do Palácio do Planalto, agora, ensaia um novo round, com o relatório em trâmite do deputado federal Aldo Rebelo. Pela proposta do relator, os estados continuarão sujeitos às normas ambientais nacionais, poderão produzir regras próprias pautadas em critérios técnicos. O instrumento de gestão do território a ser usado pelos estados é o zoneamento ecológico-econômico (ZEE), que estabelece diretrizes para a proteção ambiental e a distribuição das atividades econômicas para assegurar o desenvolvimento sustentável. Além disso, as áreas de proteção ambiental (APAs) permanecem no mesmo regime, poderão ser alteradas pelos estados que implantarem o zoneamento ambiental. A área de mata ciliar (às margens dos rios) a ser respeitada será mantida em um máximo de 70 metros a partir de cada margem, o mínimo, que hoje é de 30 me tros, cai para 15 ou até mesmo 7,5 metros, a definição de cada estado. A mudança é uma das mais criticadas pelos ambientalistas.

153 Elementos do texto 151 A julgar os extremos em que se sustentam os debates, a premissa da isenção, até mesmo entre os legisladores, deixa de ser um critério para dar lugar ao lobby, à pressão, às paixões e à influência da representação das entidades de classe, dos militantes e muito pouco do cidadão comum. Um plenário onde o público urbano e as cidades foram de certa forma esquecidos, apesar de impactarem e serem fortemente impactados pelas decisões que ora venham a ser tomadas em função dos ruralistas ou ambientalistas. As mesmas paixões e razões que pautam esse confronto também permeiam o dia a dia dos pequenos e grandes centros urbanos. produzir é uma necessidade, preservar é uma condição, interesses que se complementam e não podem caminhar dissociados, sob pena de comprometer o futuro desta e das próximas gerações. O setor produtivo reclama, com razão, que não dá mais para viver de incertezas e inseguranças jurídicas. De fato, as propostas de mudanças, que tiram o sono no campo e despertam a ira dos am bientalistas, afetam a competitividade, dentro e fora da porteira, no campo e nas cidades. São decisões, desmandos e desencontros que, ao contrário de preservar, deixam ainda mais longe uma posição de consenso. Rever os critérios é uma demanda de décadas, a considerar a base de toda regulamentação, que data de 1965, que precisa ser redimensionada. Até, à época da primeira legislação, cerca de 40% das pessoas viviam no campo. Ho je são 18%, segundo o Instituto Brasi leiro de Geo grafia e Estatística (IBGE). Produzir também pode e deve ser encarado como preservar, num ambiente em que sustentabilidade é sinônimo de sobrevivência, econômica e ambiental. Um conceito, aliás, que exige interpre tação mais ampla da expressão. Ninguém abre mão de preservar de fazer a sua parte para que isso aconteça. Nem o urbano nem o rural. é preciso disciplina e regulamentação de longo prazo. Polí tica pública, e não apenas de governo. O que está em jogo não é a posição isolada de alguns segmentos, de toda a sociedade, o futuro de um país. Preservar é tão importante quanto produzir, com o cuidado de não inverter valores. A população se multiplicou, a evolução tecnológica trouxe progresso e o mundo precisa comer. Isso não significa abrir mão do equilíbrio ambiental. Apenas garantir que as restrições sejam proporcionais relativas à necessidade de se produzir alimentos e energia. Que o país possa ser am bientalmente correto, o mínimo, que hoje é de 30 me tros, cai para 15 ou até mesmo sem deixar de ser competitivo. (Gazeta do Povo, 15 jun )

154 152 Elementos do texto 3. A nota explicativa a seguir está incompleta: faltam os conectivos. Complete o texto a fim de torná-lo coeso. Os ovos de todas as aves são comestíveis? Sim, mas a galinha é a ninja na arte de botar ovos os seres humanos se concentrarem no ovo de galinha e, na falta de vigor, no de codorna, os ovos de todas as aves podem ser comidos. José Roberto Bottura, diretor do Instituto Ovos Brasil, só não comemos as outras variedades por causa da dificuldade de produção. Consumimos ovos das espécies mais produtivas, diz. Nesse quesito, a galinha, que bota até 300 unidades ao ano, é imbatível. não faria mal à saúde explorar ninhos mais exóticos. Não existe diferença na composição nutricional de cada tipo de ovo, explica a pesquisadora Nilce Maria Soares, do Laboratório de Patologia Avícola do Instituto Biológico. O que muda é o tamanho e a cor. Um ovo de codorna, por exemplo, possui as mesmas substâncias e nutrientes que um ovo de galinha: aqueles necessários para uma nova ave se desenvolver., os ovos de todas as aves têm praticamente o mesmo sabor só variam com a alimentação. a espécie se alimenta de peixe, por exemplo, o ovo pode ficar com esse gosto. Ainda assim, fazer omeletes com ovos de beija-flor ou suspiro de ovo de pombo não é boa ideia, a produção de outros ovos não é monitorada por órgãos sanitários. (FOLGUEIRA, Laura. Superinteressante. maio 2010.) 4. O texto a seguir apresenta repetições desnecessárias. Reescreva-o, evitando essas repetições a fim de torná-lo coeso. A vila de contêineres Estudantes de Amsterdã se mudam para apartamentos de lata Em 1937, o americano Malcom McLean inventou grandes caixas de aço para armazenar e transportar fardos de algodão: os contêineres, hoje essenciais para o comércio na economia globalizada. Mas você aceitaria viver dentro de um contêiner? Na cidade de Amsterdã, capital da Holanda, fica a maior vila de contêineres do mundo: com aproximadamente apartamentos de contêiner. A vila fica a quatro quilômetros do centro e a vila foi construída para atender à demanda por alojamentos estudantis em Amsterdã. Os contêineres foram comprados na China, onde os contêineres passaram por uma

155 Elementos do texto 153 reforma e os contêineres ganharam os equipamentos básicos de um apartamento, como pia, banheiro, aquecedor e isolamento acústico. Os contêineres foram levados de navio para a Holanda e empilhados com guindastes para formar um prédio de cinco andares, que foi inaugurado em 2006 e hoje abriga cerca de estudantes. Os contêineres são pequenos, e o prédio não tem elevador (é preciso subir de escad. Mas, como o aluguel custa 320 euros por mês, barato para os padrões de Amsterdã, ninguém reclama. No começo fiquei apreensivo, mas hoje acho bem eficiente, diz o estudante alemão Torsten Müller, que vive lá há seis meses. O sucesso foi tão grande que a empresa responsável pelo projeto já construiu outra vila num subúrbio de Amsterdã e também está erguendo um hotel na cidade de Yenagoa, na Nigéria, para turistas que quiserem ter a experiência de dormir num contêiner. Mas com acomodações de luxo lata por fora, quatro estrelas por dentro. (D ESSEN. Caroline. Superinteressante. maio de 2010.)

156 154 Elementos do texto Coerência textual 5. O texto a seguir apresenta problemas de coerência. Localize esses problemas e corrija-os utilizando as palavras a seguir: defenda cozinhe preparar mantenha imergir O que é esse tal de arroz parboilizado? Conheça o ex-pré-cozido, um mistério das gôndolas O estranhamento começa no nome: parboilizado. O adjetivo vem do inglês parboiled, que junta partial e boiled para expressar a ideia de parcialmente fervido. Na verdade, até tentaram emplacar no Brasil o nome mais saboroso de pré-cozido, vetado pelo Ministério da Agricultura. Acontece que cozinhar é uma coisa, parboilizar é outra. Mais especificamente, é fritar ( ) o arroz em água aquecida a uns 50. C. Esse processo faz com ele perca ( ) os nutrientes do arroz integral (vitamina B, magnésio, fósforo e potássio) e, de brinde, ainda venda ( ) um pouco mais rápido que o tradicional arroz branco. Um arroz que é mais fácil de comprar ( ), mais nutritivo e tem quase o mesmo gosto do branco. E mais caro, claro, uns 20% no saco de 5 quilos. Mas há quem duvide de ( ) uma economia final, como a pesquisadora de marketing nutricional da USP, Bianca Bitencourt. O pré-cozimento diminui o índice de grãos quebrados, compensando, de certa forma, o maior custo industrial. (CUNHA, Juliana. Superinteressante. abr ) 6. A seguir encontram-se os parágrafos de um texto de opinião. Organize-os a fim de que o texto torne-se coerente. Projeto Vale-Cultura chega ao Congresso até o final da semana Benefício será voltado para trabalhadores, que receberão R$50 mensais para comprar ingressos de espetáculos e de cinema, além de livros e DVDs [ ] Com o Vale-Cultura, a previsão é de que R$ 17 bilhões sejam injetados na economia cultural. O circuito vai ficar bastante aquecido, disse Ferreira. As empresas não serão

157 Elementos do texto 155 obrigadas a aderir mas, segundo o ministro, na cultura, nada deve ser obrigatório. Ferreira também disse que o projeto de lei é atraente e que, uma vez aprovado, poderá haver pressão dos próprios funcionários para ter direito ao benefício. [ ] O projeto que prevê a criação do Vale-Cultura chega ao Congresso Nacional ainda nesta semana, afirmou o ministro da Cultura, Juca Ferreira. O projeto foi assinado pelo presidente Lula no fim de julho e, segundo Ferreira, demorou para ser enviado para votação devido à ausência da assinatura do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que estava viajando. A ideia do Vale-Cultura está sendo discutida desde o fim de [ ] De acordo com o ministério, apenas 13% da população brasileira tem acesso a manifestações culturais. Em entrevista ao programa Bom Dia, o ministro Juca afirmou que o Vale-Cultura apresenta efeitos colaterais positivos e vai gerar um banco de dados sobre a demanda cultural da população. Para o ministro o projeto também estimula a legalidade ao possibilitar a compra de DVDs e CDs originais. [ ] O benefício será voltado para trabalhadores com rendimento mensal de até cinco salários mínimos. Por meio de um cartão magnético, similar ao Vale-Refeição, as empresas poderão destinar ao funcionário o valor de R$50 mensais para comprar ingressos de cinema, teatro e shows, além de livros, CDs e DVDs. Ferreira afirmou que a ideia é de que o valor mensal seja aprimorado e possa chegar a R$150. (ÉPOCA; AGÊNCIA BRASIL, 13 ago Disponível em: < globo.com/revista/epoca/0emi ,00.html>.) Seleção de vocabulário 7. Vamos exercitar o emprego de palavras mais específicas, ou seja, que sejam mais adequadas para atribuir sentido a um texto. Substitua o verbo ter por outro de sentido mais específico. Faça as adaptações necessárias: Sugestões: conter passar sofrer de possuir dispor O caixote tem em média uma dúzia de frutas Com a inauguração da nova rodovia, os moradores tiveram momentos de alegria

158 156 Elementos do texto As crianças têm uma doença crônica agravada pelas condições precárias de moradia. O museu municipal tem um belo acervo. e) Você tem dez minutos para a sua apresentação. 8. Substitua o verbo pôr por outros mais adequados aos contextos apresentados: Sugestões: considerar levar a pendurar guardar empregar A família deve pôr a educação dos filhos em primeiro lugar. Suas notas o puseram na universidade. O decorador pôs as fotos na parede. Como estava atrasado, pôs as roupas na mala desajeitadamente. e) A professora orientou os alunos a não porem gravuras nos trabalhos.

159 Elementos do texto 157 Para alcançar a eficácia ao elaborar um texto, devemos procurar palavras que exprimam o que queremos dizer. Observe como palavras consideradas sinônimas podem ter sentidos diferentes dependendo do contexto. abreviar diminuir encurtar Abreviou o nome da instituição, criando uma sigla. Diminuiu a dosagem de vitaminas. Encurtou a barra do vestido. 9. Faça uma frase com os verbos de cada conjunto a seguir, de modo que seja o mais ade- quado ao contexto. fazer; realizar; executar dizer; declarar; comunicar elaborar; criar; bolar

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161 A produção textual Narração. Argumentação. Descrição. Narração 1. Indique nos gêneros a seguir em quais predomina a narração ( N), a argumentação (A) ou a descrição (D): fábula editorial verbetes guias de viagem artigo de opinião conto de fadas carta do leitor romance 2. O texto a seguir é uma narrativa. Indique os personagens, o espaço, o tempo e o foco narrativo.

162 160 A produção textual 3. Sintetize o enredo em cinco frases. Comunicação É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer. Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome? Posso ajudá-lo, cavalheiro? Pode. Eu quero um daqueles, daqueles... Pois não? Um... como é mesmo o nome? Sim? Pomba! Um... um... Que cabeça a minha. A palavra me escapou por completo. É uma coisa simples, conhecidíssima. Sim, senhor. O senhor vai dar risada quando souber. Sim, senhor. Olha, é pontuda, certo? O quê, cavalheiro? Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta, a pontuda, de sorte que o, a, o negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende? Infelizmente, cavalheiro... Ora, você sabe do que eu estou falando. Estou me esforçando, mas... Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo? Se o senhor diz, cavalheiro. Como, se eu digo? Isso já é má vontade. Eu sei que é pontudo numa ponta. Posso não saber o nome da coisa, isso é um detalhe. Mas sei exatamente o que eu quero. Sim, senhor. Pontudo numa ponta. Isso. Eu sabia que você compreenderia. Tem? Bom, eu preciso saber mais sobre o, a, essa coisa. Tente descrevê-la outra vez. Quem sabe o senhor desenha para nós? Não. Eu não sei desenhar nem casinha com fumaça saindo da chaminé. Sou uma negação em desenho.

163 A produção textual 161 Sinto muito. Não precisa sentir. Sou técnico em contabilidade, estou muito bem de vida. Não sou um débil mental. Não sei desenhar, só isso. E hoje, por acaso, me esqueci do nome desse raio. Mas fora isso, tudo bem. O desenho não me faz falta. Lido com números. Tenho algum problema com os números mais complicados, claro. O oito, por exemplo. Tenho que fazer um rascunho antes. Mas não sou um débil mental, como você está pensando. Eu não estou pensando nada, cavalheiro. Chame o gerente. Não será preciso, cavalheiro. Tenho certeza de que chegaremos a um acordo. Essa coisa que o senhor quer, é feito do quê? É de, sei lá. De metal. Muito bem. De metal. Ela se move? Bem... É mais ou menos assim. Presta atenção nas minhas mãos. É assim, assim, dobra aqui e encaixa na ponta, assim. Tem mais de uma peça? Já vem montado? É inteiriço. Tenho quase certeza de que é inteiriço. Francamente... Mas é simples! Uma coisa simples. Olha: assim, assim, uma volta aqui, vem vindo, vem vindo, outra volta e clique, encaixa. Ah, tem clique. É elétrico. Não! Clique, que eu digo, é o barulho de encaixar. Já sei! Ótimo! O senhor quer uma antena externa de televisão. Não! Escuta aqui. Vamos tentar de novo... Tentemos por outro lado. Para o que serve? Serve assim para prender. Entende? Uma coisa pontuda que prende. Você enfia a ponta pontuda por aqui, encaixa a ponta no sulco e prende as duas partes de uma coisa. Certo. Esse instrumento que o senhor procura funciona mais ou menos como um gigantesco alfinete de segurança e... Mas é isso! É isso! Um alfinete de segurança! Mas do jeito que o senhor descrevia parecia uma coisa enorme, cavalheiro! É que eu sou meio expansivo. Me vê aí um... um... Como é mesmo o nome?... (VERISSIMO, Luis Fernando. Comunicação. In: Para Gostar de Ler. 3.ed. São Paulo: Ática, p v.7.)

164 162 A produção textual 4. A seguir, leia uma narrativa em versos. Reescreva esse texto em prosa; seu texto deve apresentar personagens, tempo, espaço, enredo e foco narrativo. Utilize a lista na sequência do texto para orientar-se. Papai Noel às avessas Papai Noel entrou pela porta dos fundos (no Brasil as chaminés não são praticáveis), entrou cauteloso que nem marido depois da farra. Tateando na escuridão torceu o comutador e a eletricidade bateu nas coisas resignadas, coisas que continuavam coisas no mistério do Natal. Papai Noel explorou a cozinha com olhos espertos, achou um queijo e comeu. Depois tirou do bolso um cigarro que não quis acender. Teve medo talvez de pegar fogo nas barbas postiças (no Brasil os Papai Noéis são todos de cara raspad e avançou pelo corredor branco de luar. Aquele quarto é o das crianças Papai entrou compenetrado. Os meninos dormiam sonhando outros natais muito mais lindos mas os sapatos deles estavam cheinhos de brinquedos soldados mulheres elefantes navios e um presidente de república de celuloide. Papai Noel agachou-se e recolheu aquilo tudo no interminável lenço vermelho de alcobaça. Fez a trouxa e deu o nó, mas apertou tanto que lá dentro mulheres elefantes soldados presidente brigavam por causa do aperto. Os pequenos continuavam dormindo. Longe um galo comunicou o nascimento de Cristo. Papai Noel voltou de manso para a cozinha, apagou a luz, saiu pela porta dos fundos. Na horta, o luar de Natal abençoava os legumes. (DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, p )

165 A produção textual 163 Sua questão polêmica está clara? Posicionou-se? Trabalhou com contra-argumentação? Seus argumentos são consistentes? Empregou os conectivos que introduzem argumentos? Usou expressões para sinalizar a conclusão? Reafirmou seu ponto de vista? A escolha do título está adequada? Cuidou das questões formais?

166 164 A produção textual Descrição Leia o verbete a seguir. Gulo gulo é popularmente conhecido como carcaju, glutão ou wolverine. É um animal encontrado no hemisfério norte, tanto na América quanto no continente europeu. Ele tem uma camada grossa de pelo marrom, que o protege do frio e da neve. Visivelmente forte, mede cerca de 40 centímetros de altura e pesa até 30 quilos. O wolverine real, como o herói mutante, também é de poucos amigos, adora uma briga e é muito corajoso. Ele pode espantar raposas e lobos de carcaças de animais, prato que está no seu cardápio. Além disso, gosta de comer ovos de aves e frutos. Suas garras são extremamente potentes, usadas com muita habilidade para cavar buracos no solo em busca de roedores e para a construção de abrigos. Gulo gulo é andarilho. Às vezes, caminha até 15 quilômetros sem descansar, podendo se afastar, depois de muitos meses, quase 400 quilômetros do local onde nasceu. Wolverines de verdade, assim como o famoso, não são lá muito sociáveis, mas gostam de namorar. Porém, na vida real, os machos só ficam junto das fêmeas na época reprodutiva, para ter os filhotes em segurança. Entre os machos não há tolerância. Eles não dividem o mesmo espaço. Domínio público. (Ciência Hoje das Crianças, n. 211, abr Adaptado.)

167 A produção textual Agora elabore um verbete para uma enciclopédia descrevendo o animal abaixo. Jupiter Images.

168 166 A produção textual 6. No Brasil, país da diversidade, há lugares inesquecíveis e lindas paisagens, ricas em cores e encanto. Nesta terra, existem muitos lugares estupendos, procurados por turistas do mundo todo. Descreva um dos pontos turísticos de sua cidade. 7. Ao produzir textos de base descritiva, devemos empregar verbos no pretérito imperfeito ou no presente, adjetivos e, algumas vezes, figuras de linguagem. Escolha um dos objetos a seguir e descreva-o. Não informe, inicialmente, o nome do objeto. Shutterstock. Istock Photo. Digital Juice.

169 A produção textual 167 Argumentação 8. Construa dois argumentos favoráveis e dois argumentos contrários para o tema a seguir: Argumento favorável 1: Argumento contrário 1: O transporte coletivo alternativo como uma boa solução para as grandes cidades. Argumento favorável 2: Argumento contrário 2:

170 168 A produção textual 9. Elabore a introdução para um editorial sobre o tema O transporte coletivo alternativo como uma boa solução para as grandes cidades. Sua introdução pode ser redigida por meio de um panorama histórico, uma breve narração ou uma citação. 10. Elabore a conclusão para um editorial sobre o tema O pagamento de meia-entrada prejudica a indústria do entretenimento. Sua conclusão pode ser uma conclusão- -resumo ou conclusão-proposta.

171 A produção textual 169

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173 Narrar e argumentar Narração. Argumentação. Elementos da narrativa. Narração 1. Leia os textos a seguir, identifique com um X a narração e justifique sua escolha. ( ) Curitiba Os estados do Paraná, de Santa Catarina e de Goiás são citados no estudo divulgado hoje (13), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipe sobre pobreza e a miséria, como os estados onde a situação de pobreza absoluta (rendimento médio domiciliar per capita de até meio salário mínimo por mês) diminuiu consideravelmente nos últimos treze anos. No Paraná, o aumento do emprego formal foi apontado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), como determinante para o estado ser um dos três a apresentar maior redução na taxa de pobreza absoluta entre 1995 e Isso representa aproximadamente 1,6 milhão de pessoas saindo dessa condição. A taxa de pobreza absoluta em 1995 era de 39,1% e foi reduzida para 18,7%, disse à Agência Brasil o analista de conjuntura do Ipardes Júlio Suzuki. De acordo com dados da instituição, foram gerados no Paraná cerca de 615 mil empregos com carteira assinada. O Paraná é beneficiado pelo agronegócio, responsável pelo crescimento do emprego não só na capital, mas principalmente no interior do estado. E o setor tem efeito multiplicador, se cresce a agropecuária, o comércio vende mais e gera mais empregos, melhorando as condições de vida das pessoas. O Paraná também reduziu a taxa de pobreza extrema em relação a

174 172 Narrar e argumentar sua população em 5,7%, entre 1995 e 2008, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pna. (AGÊNCIA BRASIL. Disponível em: < p_p_d=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view& p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupid=19523&_ 56_articleId=999249)>. Adaptado.) ( ) Na época em que falamos reinava nas cidades um fedor dificilmente concebível por nós, hoje. As ruas fediam a merda, os pátios fediam a mijo, as escadarias fediam a madeira podre e bosta de ratos: as cozinhas a couve estragada e gordura de ovelha: sem ventilação, salas fediam a poeira, mofo: os quartos a lençóis sebosos, a úmidos colchões de pena, impregnados do odor azedo dos penicos. Das chaminés fedia o enxofre: dos curtumes, as lixívias corrosivas: dos matadouros fedia o sangue coagulado. Os homens fediam a suor e a roupas mal lavadas; da boca eles fediam a dentes estragados, dos estômagos fediam a cebola e, nos corpos, quando já não eram bem novos, a queijo velho, a leite azedo e a doenças infecciosas. Fediam os rios, fediam as praças, fediam as igrejas, fedia sob as pontes e dentro dos palácios. Fediam o camponês e o padre, o aprendiz e a mulher do mestre, fedia a nobreza toda, até o rei fedia como um animal de rapina e a rainha como uma cabra velha, tanto no verão como no inverno. Pois à ação degradadora das bactérias, no século XVIII, não havia sido ainda colocado nenhum limite e, assim, não havia atividade humana, construtiva ou destrutiva, manifestação alguma de vida, a vicejar ou a fenecer que não fosse acompanhada de fedor. (SÜSKIND, Patrick. O Perfume.) ( ) Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear. Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte. [...] Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranquila. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer. Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado. Não esperou o dia seguinte. [...] (COLASANTI, Marina. A Moça Tecelã.)

175 Narrar e argumentar 173 Resposta: 2. Na narrativa a seguir (conto), indique os personagens, o espaço, o narrador e as ações desenvolvidas (enredo). Felicidade clandestina Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como data natalícia e saudade. Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia. Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte

176 174 Narrar e argumentar para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do dia seguinte com ela ia se repetir com meu coração batendo. E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra. Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados. Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler! E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: E você fica com o livro por quanto tempo quiser. Entendem? Valia mais do que me dar o livro: Pelo tempo que eu quisesse é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer. Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.

177 Narrar e argumentar 175 Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante. (LISPECTOR, Clarice. Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.) Personagens: Espaço: Narrador:

178 176 Narrar e argumentar Enredo: 3. No conto O primeiro beijo, um elemento da narrativa que colabora para a construção do conto é o tempo. Leia o conto e explique por que o tempo é um elemento importante. O primeiro beijo Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco iniciara-se o namoro e ambos andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme. Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico feliz com isso. Mas me diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me beijar? Ele foi simples: Sim, já beijei antes uma mulher. Quem era ela? Perguntou com dor. Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer. O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros. E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! Como deixava a garganta seca. E nem sombra de água. O jeito era juntar saliva, e foi o que fez. Depois de reunida na boca ardente engulia-a lentamente, outra vez e mais outra. Era morna, porém, a saliva, e não tirava a sede. Uma sede enorme maior do que ele próprio, que lhe tomava agora o corpo todo. A brisa fina, antes tão boa, agora ao Sol do meio dia tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava. E se fechasse as narinas e respirasse um pouco menos daquele vento de deserto? Tentou por instantes mas logo sufocava. O jeito era mesmo esperar, esperar. Talvez minutos apenas, enquanto sua sede era de anos. Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.

179 Narrar e argumentar 177 O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava o chafariz de onde brotava num filete a água sonhada. O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de pedra, antes de todos. De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente ao orifício de onde jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga. Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos. Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água. Lembrou-se de que realmente ao primeiro gole sentira nos lábios um contato gélido, mais frio do que a água. E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra. Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia intrigado: mas não é de uma mulher que sai o líquido vivificador, o líquido germinador da vida Olhou a estátua nua. Ele a havia beijado. Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva. Deu um passo para trás ou para frente, nem sabia mais o que fazia. Perturbado, atônito, percebeu que uma parte de seu corpo, sempre antes relaxada, estava agora com uma tensão agressiva, e isso nunca lhe tinha acontecido. Estava de pé, docemente agressivo, sozinho no meio dos outros, de coração batendo fundo, espaçado, sentindo o mundo se transformar. A vida era inteiramente nova, era outra, descoberta com sobressalto. Perplexo, num equilíbrio frágil. Até que, vinda da profundeza de seu ser, jorrou de uma fonte oculta nele a verdade. Que logo o encheu de susto e logo também de um orgulho antes jamais sentido: ele Ele se tornara homem. (LISPECTOR, Clarice. Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.) Resposta:

180 178 Narrar e argumentar Argumentação O artigo de opinião a seguir é um exemplo de texto de base argumentativa. Nome aos bois Cássio Schubsky* Para que servem os nomes das ruas, das praças, das rodovias, enfim, dos logradouros públicos ou dos prédios governamentais, e também das obras de arte (como são chamadas certas edificações, caso dos viadutos)? Em primeiro lugar, evidentemente, como referência de localização. Em segundo, muitas vezes, como homenagem a pessoas físicas e jurídicas, personalidades e instituições. E, em terceiro lugar, para preservar a memória sobre os homenageados, para que não caiam no esquecimento. Em relação à primeira função, é de extrema valia o nome ajuda na localização, mesmo que se refira a uma flor ou a um bicho, e não se fala mais nisso. No que tange à segunda, ou seja, homenagear, aí é que a porca, muitas vezes, entorta o rabo embora isso aconteça mais no meio rural, onde a bichinha, aclimatada ao seu habitat, está pouco se lixando para placa de rua nos centros urbanos. Agora, deixando a porca de lado, o fato é que a confusão começa, mesmo, quando se quer homenagear as pessoas, enfim, puxar um saquinho daqui e outro dali. Vejamos um caso emblemático. O do famigerado Minhocão. Já não bastasse a obra ser de um mau gosto concreto (e bota concreto nisso), ainda por cima (e bota por cima nisso) acabou com o sossego dos que moram ou andam na avenida São João, um caso internacional de como produzir poluição visual e sonora para aliviar o trânsito (dos mais ricos, pois ali ônibus não passa, nem pedestre ou bicicleta só quando fecha, aos domingos, e vira praça sem verde). Como é o nome da engenhoca? Elevado Costa e Silva. Elevado? Pô, mas não bastava dar o nome de um tirano, do general do Ato Institucional número 5, ainda tinha de chamar o monstrengo de elevado? Embora ele não mereça ser nome nem de viela (ele e o Videla, aquele outro ditador, lá da Argentin, seria mais adequado, em termos semânticos e históricos, escolher outro local. Que tal marginal Costa e Silva? E a mania, então, de dar nome de bandeirante para rodovia paulista? A começar da rodovia dos Bandeirantes. E tem também a Anhanguera, a Raposo Tavares, a Fernão Dias. Sim, sei, eles rasgaram nossas fronteiras, garantiram a posse das terras, descobriram riquezas. Mas e a matança indiscriminada de índios que promoveram, onde é que fica? Quase todo mundo esquece (quando sabe...) e só se refere a eles como a um panteão de heróis.

181 Narrar e argumentar 179 E a estradinha mais mixuruca, que nome tem? Tamoios! Não é nada, não é nada... não é nada mesmo. Imagine só como seria bom morar numa São Paulo em que você pudesse pegar a Avenida Adoniran Barbosa, depois desembocar no viaduto Luiz Gama (o advogado dos escravos), para prosseguir pela rodovia Vladimir Herzog. Ou então caminhar livremente por aí, saindo da alameda Candido Portinari, entrando no túnel Revolta da Chibata e atravessando a passarela Luís Carlos Prestes (ou passarela Cavaleiro da Esperanç para chegar à praça Clarice Lispector e entrar no edifício Evandro Lins e Silva. Mudando de assunto, mas só de leve: trocar o nome, pode? Por exemplo, risca o Costa e Silva e escreve assim: elevado deputado Rubens Paiva. Que beleza. Pode, sim. Aqui, no papel, nada é proibido. E o terceiro lugar? Que terceiro lugar, pergunta o leitor esquecido. O terceiro lugar na função das placas, do segundo parágrafo, lá no começo, lembra? Ou seja, preservar a lembrança dos homenageados, para que não caiam no esquecimento. Teoricamente, o nome serve para preservar. Mas é interessante como há homenagens a ilustres desconhecidos. Por exemplo: na Pompeia tem a rua padre Chico. Menção a um sacerdote conhecido da população do bairro, um líder religioso da paróquia? Talvez não. Suspeito que seja referência a um personagem do século XIX, muito popular na Pauliceia da época, o mesmo padre Chico que cuidou de Castro Alves, depois que o poeta dos escravos deu um tiro acidental no próprio pé, durante uma caçada na região do Brás. Mudando de pato para ganso, René Thiollier, ativista cultural, ainda merece homenagem à altura, em uma grande praça. Por fim, recorro de novo à porca, que volta a entortar o rabicho. Porque o que falta é informação. Algo fácil de resolver. Outro dia, perambulando pela cidade maravilhosa, observei certas ruas com identificação básica sobre o homenageado, em letras pequenas, ao pé da placa. Algo assim: rua Vinicius de Moraes poeta, compositor, diplomata. São Paulo e todo mundo podem copiar o Rio. Que tal começar pelo elevado Costa e Silva? Minicurrículo: ditador, promoveu a tortura e o extermínio de presos políticos. * Cássio Schubsky, 44, editor e historiador, é organizador do livro Castro Alves e seu Tempo, de Euclides da Cunha (Lettera.doc e Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Direito da USP). 4. Sobre o texto Nome aos bois indique: O tema do artigo:

182 180 Narrar e argumentar O ponto de vista do articulista (autor do artigo de opinião): Segmentos em que podemos localizar o emprego da ironia: 5. As credenciais de Cássio Schubsky (localizadas ao final do artigo) são importantes para dar confiabilidade ao texto? Por quê?

183 Narrar e argumentar No editorial a seguir, destaque o fato e a opinião. Mudança necessária Após várias tragédias e centenas de mortes, nos dois últimos anos, devido a for tes chuvas que poderiam ter sido evitadas se houvesse investimento principalmente em infraestrutura, o governo federal anunciou que pretende mudar o marco regulatório para a liberação de recursos em casos de catástrofes naturais. O ministro do Pla neja men to, Paulo Bernardo, disse que vai enviar ao Con gresso Nacional, em cerca de 45 dias, um novo marco regulatório. Com a mais recente tragédia ocorrida em Alagoas e Pernambuco devido às chuvas, o governo liberou cerca de R$ 100 mi lhões para os dois estados, mas o dinheiro pode levar até um mês para chegar aos desabrigados. Tudo depende do envio dos relatórios de Defesa Civil. Essa burocracia, apesar de ser um importante meio de controle dos gastos de dinheiro público, em situações de emergência ou em estado de calamidade, deve ser reduzida ao mínimo necessário para que as populações afetadas não tenham de ficar dependendo apenas da ajuda de voluntários. (Gazeta do Povo, 24 jun ) Respostas: Fato: Opinião:

184 182 Narrar e argumentar 7. Num texto de base argumentativa, os conectivos são muito importantes. Substitua os co- nectivos assinalados no editorial abaixo por outros que expressem as mesmas relações. Junho fantástico Vamos viver o melhor junho da história. Essa frase foi dita pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, ao fazer a prospecção de criação de novos postos de trabalho para este mês. Segundo ele, 320 mil vagas formais de emprego deverão ser criadas em junho, um recorde histórico. Pelos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Cage, houve crescimento do emprego com registro em carteira nos primeiros cinco meses do ano. Essa é uma marca inédita para o país, de acordo com o Ministério do Trabalho. A previsão do ministro é a de criar, em 2010, 2,5 milhões de empregos, e ele ainda brinca: Se o Brasil for campeão (da Copa do Mundo), refaço a previsão. Os números são realmente expressivos e dão motivos para comemoração, mas ( ) deve haver cautela. De nada adianta a criação de tantas vagas se não houver profissionais qualificados para ocupá-las. A Gazeta do Povo já revelou em reportagens que em muitos setores há falta de mão de obra preparada. É necessário que o governo crie mecanismos de qualificação profissional para que ( ) nenhuma vaga fique ociosa e que nenhum trabalhador fique sem emprego por falta de conhecimento. (Gazeta do Povo, 23 jun ) Elementos da narrativa O segmento a seguir é o início de um conto de Lygia Fagundes Telles. Venha ver o pôr do sol Ela subiu sem pressa a tortuosa ladeira. À medida que avançava, as casas iam rareando, modestas casas espalhadas sem simetria e ilhadas em terrenos baldios. No meio da rua sem calçamento, coberta aqui e ali por um mato rasteiro, algumas crianças brincavam de roda. A débil cantiga infantil era a única nota viva na quietude da tarde. Ele a esperava encostado a uma árvore. Esguio e magro, metido num largo blusão azul-marinho, cabelos crescidos e desalinhados, tinham um jeito jovial de estudante.

185 Narrar e argumentar 183 Minha querida Raquel. Ela encarou-o, séria. E olhou para os próprios sapatos. Veja que lama. Só mesmo você inventaria um encontro num lugar destes. Que ideia, Ricardo, que ideia! Tive que descer do táxi lá longe, jamais ele chegaria aqui em cima Ele sorriu entre malicioso e ingênuo. Jamais, não é? Pensei que viesse vestida esportivamente e agora me aparece nessa elegância... Quando você andava comigo, usava uns sapatões de sete léguas, lembra? Foi para falar sobre isso que você me fez subir até aqui? perguntou ela, guardando as luvas na bolsa. Tirou um cigarro. Hein?! [...] (TELLES, Lygia Fagundes. Venha Ver o Pôr do Sol e Outros Contos. São Paulo: Ática, p. 26.) O final do conto é surpreendente, não deixe de ler! 8. Qual elemento da narrativa destaca-se nesse fragmento? 9. Qual tempo verbal predomina no segmento destacado em negrito? 10. Indique no miniconto a seguir os segmentos de apresentação, conflito (ou complicação) e desfecho. Conto em letras garrafais Todos os dias esvaziava uma garrafa, colocava dentro sua mensagem, e a entregava ao mar. Nunca recebeu resposta. Mas tornou-se alcoólatra. (Marina Colasanti)

186 184 Narrar e argumentar Respostas: Apresentação: Conflito/complicação: Desfecho:

187 Narrar e argumentar 185

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189 Tipologia e gêneros textuais Biografia. Crônica. Reportagem. Textos instrucionais (bulas/regras de jogos/manuais de instrução). Biografia Observe a seguir algumas capas de livros. Todos eles são biografias, isto é, livros que contam a história da vida de pessoas interessantes. Escolha um deles e faça uma ótima leitura. Divulgação. Divulgação. Divulgação. Divulgação. Lula do Brasil, de Richard Bourne. A Origem dos meus Sonhos, autobiografia de Barack Obama. Cash uma biografia, de Reinhard Kleist. Um homem... Seu Destino... Suas Lembranças, autobiografia de João Ferreira de Melo. 1. Você lerá o início da biografia de Santos Dumont. Opção 1 faça uma lista com os principais eventos da vida desse importante brasileiro. Opção 2 faça uma pesquisa sobre esse importante brasileiro e complete essa biografia.

190 188 Tipologia e gêneros textuais Pioneiro da aviação Alberto Santos Dumont Santos Dumont distribuiu entre os pobres o prêmio que ganhou pelo voo do 14-bis Alberto Santos Dumont nasceu no dia 20 de julho de 1873, no sítio Cabangu, local que viria a ser o município de Palmira (hoje rebatizado em honra a ele), então um distrito de Barbacena, em Minas Gerais. Filho de Henrique Dumont, de ascendência francesa e engenheiro de obras públicas, e de Francisca Santos Dumont, filha de uma tradicional família portuguesa. Com Alberto ainda pequeno, a família se mudou para Valença (atual município de Rio das Flores) e passou a se dedicar ao café. Em seguida seu pai comprou a Fazenda Andreúva a cerca de 20km de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Ali, o pai de Alberto logo percebeu o fascínio do filho pelas máquinas da fazenda e direcionou *20/7/1873, Palmira, atual Santos Dumont (MG). +23/7/1932, Guarujá os estudos do rapaz para a mecânica, a física, a (SP). química e a eletricidade. Em 1891, Alberto, então com 18 anos e emancipado, foi para a França completar os estudos e perseguir o seu sonho de voar. Ao chegar a Paris, admirou-se com os motores de combustão que começavam a aparecer impulsionando os primeiros automóveis, e comprou um para si. Logo Santos Dumont estava promovendo e disputando as primeiras corridas de automóveis em Paris. Com a morte do pai, um ano depois, o jovem Santos Dumont sofreu um grande abalo emocional, mas continuou os estudos na Cidade Luz. Em 1897 fez seu primeiro voo num balão alugado. Um ano depois, subia ao céu no balão Brasil, construído por ele. Mas procurava a solução para o problema da dirigibilidade e propulsão dos balões. Projetou então o seu número 1, com forma de charuto, com hidrogênio e motor a gasolina. Domínio público.

191 Tipologia e gêneros textuais 189 Primeiro voo No dia 20 de setembro de 1898 realizou o primeiro voo de um balão com propulsão própria. No ano seguinte voou com os dirigíveis número 2 e número 3. O sucesso de Santos Dumont chamou a atenção do milionário Henry Deutsch de la Muerte, que no dia 24 de março de 1900 ofereceu um prêmio de cem mil francos a quem partisse de Saint Cloud, contornasse a torre Eiffel e retornasse ao ponto de partida em 30 minutos [...] (Disponível em: <

192 190 Tipologia e gêneros textuais 2. Redija uma breve biografia de uma pessoa importante da sua família ou da sua comunida- de. Primeiramente é necessário que você faça uma pesquisa sobre ela, depois é só colocar tudo no papel. Crônica As crônicas nascem de observações do cotidiano, que então recebem um tratamento literário. Leia a crônica a seguir. O simpático Mr. Cliff Que há muito ladrão no país (usando essa velha e boa palavra para definir os amigos do alheio), sabemos todos. Basta ler jornal e vamos nos inteirando desta fauna, desde o assaltante que rouba a bolsa da velhinha, até o ilustre deputado que povoa a Assem bleia de fantasmas e enche a burra de salários mil. E ao lado dessas modalidades clássicas de meter a mão no jarro, vem crescendo o roubo digital, uma mo dalidade tecnológica mais moderna.

193 Tipologia e gêneros textuais 191 Dia desses, depois de deletar mais um assaltante na caixa de , pensei: o que acontece aqui no computador equivale a eu sair na rua e a cada dez passos alguém tentar enfiar a mão no meu bolso para levar dinheiro. E cada tentativa de violência digital tem um perfil diferente. Um psicólogo poderia fazer o quadro dos assaltantes. Há o larápio tecnológico: Es tamos fazendo o recadastramento de sua conta para sua segurança e o senhor deve clicar aqui, ou terá a conta bloqueada. É uma modalidade profícua: todos os bancos me mandam pedidos ameaçadores desse tipo todos os dias. Se você abrir a página e preencher os dados, entram na sua conta e está feito o estrago. Um assalto bem mais tranquilo do que perseguir aposentado na saída do caixa. O ladrão fofoqueiro provoca: Afff... o que você estava fazendo nessa festa!? Dê uma olhada nessas fotos! Se você clicar, já em pânico, pensando na desculpa que vai dar em casa, um monstro entra no seu computador e passa a vigiá-lo 24 horas por dia. Você vira um zumbi mandando informações ao Irmão Metralha. Uma variação comum são vídeos de celebridades: Veja só esse flagra da Fulana!!! O ladrão fofoqueiro conta com a nossa irresistível curiosidade. O pilantra cobrador se faz um zeloso funcionário do financeiro de empresas: Segue anexo a conta relativa sua compra efetuada. Valor ,00. O português costuma ser esse mesmo. Se você vai ver que diabo de compra é essa, vira um zumbi digital. O mais original de todos, en tretanto, é o simpático Mr. Cliff Maxwell, de quem recebo um gentil convite todas as semanas, escrito em bom inglês. O pobre Mr. Maxwell dispõe de 20 mi lhões de dólares, mas, infeliz men te, não conhece ninguém em meu país que poderia ajudá-lo a investir aqui. Mr. Maxwell pede minha assistência. É uma proposta de pai para filho: ele está pronto a me dar 25% do dinheiro se eu ajudá-lo. E mais: não há links ou arquivos anexados com vírus oculto, nada apenas um discreto para eu entrar em contato. Ou seja, nenhum risco digital de primeira instância. Não fosse eu um sujeito tão mesquinho e desconfiado, teria já respondido ao Mr. Cliff oferecendo meus préstimos. É realmente uma tristeza alguém ter 20 milhões de dólares, pensar generosamente em mim para aconselhá-lo, e nunca receber uma só palavrinha de volta. Essa vida dura vai deixando a gente insensível, mes mo quando a Fortuna passa encilhada na porta de casa. (TEZZA, Cristovão, Gazeta do Povo. 15 jun )

194 192 Tipologia e gêneros textuais 3. Agora, identifique o acontecimento que deu origem à crônica que você leu. 4. As crônicas podem tratar de esportes, de literatura, de política, de amor e de temas do cotidiano. Sua tarefa é elaborar uma crônica. Na elaboração do seu texto, pense que ele pode ser publicado em um blog ou no jornal da escola. Seu texto deve ser curto, breve e simples, semelhante a uma conversa com o leitor.

195 Tipologia e gêneros textuais 193 Reportagem Leia atentamente a reportagem a seguir. Rotina alterada pelo trânsito Congestionamentos influenciam escolha da moradia, horários de trabalho, aulas e atividade física dos curitibanos. Objetivo é perder menos tempo na rua e ganhar em qualidade de vida. Trabalho que começa ao meio-dia e termina no horário da novela das oito, atividades extraclasse no fim das aulas para esticar o tempo que o pai e a mãe têm para buscar os filhos e a transferência da atividade física para muito cedo ou tarde da noite. Essas são algumas das mudanças que os curitibanos estão implementando em sua rotina por um motivo em especial: o caos no trânsito. A dificuldade de chegar de um ponto a outro da cidade e o tempo perdido nesse trajeto virou preocupação frequente na cabeça dos moradores da cidade com a frota de veículos que mais cresce são 1,2 milhão e, ao menos, seis grandes obras previstas para começar só neste primeiro semestre, entre elas a construção de duas trincheiras, uma na Avenida Comendador Franco e outra na Gustavo Rattman. O diretor do mestrado e doutorado em Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Fábio Duarte, avalia o estabelecimento de horários alternativos como um dos pontos válidos, úteis para transformar o trânsito de uma cidade, mas lembra que tal mudança deveria começar nas universidades e órgãos públicos. É o princípio de dar o exemplo. As universidades são instituições que geram passivos no trânsito de maior impacto do que os shopping centers. A concentração do fluxo em torno delas é bem maior, diz ele. E os universitários têm autonomia de mobilidade ao contrário dos estudantes mais novos para mudar sua rotina dessa maneira, além de serem formadores de opinião. Da mesma maneira os órgãos públicos, como Urbs e Ippuc, deveriam ser os primeiros a adotar medidas como essas para sanar o trânsito. Nessa linha, o Centro Univer si tário FAE implementou, há algum tempo, horários descasados de aula. Alguns cursos começam às 19 horas, outros às 19h10 ou 19h20, como uma forma de ao menos aliviar a concentração de carros no entorno da faculdade. Escolas Algumas instituições particulares de Ensino Fundamental e Médio, como os colégios Positivo e Me dianeira, têm oferecido atividades complementares antes do início das aulas e logo após o término, possibilitando que alguns alunos cheguem mais cedo e saiam mais tarde da escola. Isso facilita o dia a dia dos pais. Que o diga a vendedora

196 194 Tipologia e gêneros textuais Greice Frota de Oliveira, de 35 anos. Neste ano, ela matriculou a filha Manuela, que fará 7 anos nesta semana, no Colégio Positivo e a inscreveu em duas atividades complementares diferentes, artes e natação, que preenchem os horários de quatro dias da semana logo após o término das aulas. Com ex ceção de quarta-feira, ela sai 18h20 da aula e segue para uma das atividades e fica lá até 19h15, quando passo para pegá-la. Com isso tenho tranquilidade para sair do trabalho e sei que ela está segura, dentro da escola, fazendo uma coisa que gosta enquanto me espera. [...] (MENEZES, Fabiane Ziolla. Gazeta do Povo. 21 jun Adaptado.) 5. Agora destaque: Título da reportagem: Autor: Veículo que publicou a reportagem: Assunto principal da reportagem: 6. Agora você vai ler outra reportagem. Sua tarefa é elaborar um pequeno resumo das informações mais relevantes dessa matéria. Geração Y Pesquisa traça perfil dos filhos da revolução digital São Paulo Os jovens nascidos nos anos 80 e 90, contemporâneos da revolução digital e conhecidos como geração Y, são inquietos e querem crescer rápido na carreira. São especialistas em lidar com tecnologia, usam mídias sociais com facilidade, sabem trabalhar em rede e estão sempre conectados. Mas se preocupam com o mercado de trabalho altamente competitivo e buscam cada vez mais a formação superior e o ingresso na carreira pública como passaporte para a estabilidade profissional. Os dados fazem parte de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Mercados

197 Tipologia e gêneros textuais 195 de Capitais (Ibme, iniciada em 2007 e que mapeou um grupo de estudantes de Administração de várias instituições de Ensino Superior e mostrou que, apesar das semelhanças, esses jovens não têm um perfil homogêneo. As informações são da Agência Brasil. A geração Y sucede a chamada geração X, das pessoas que hoje estão na casa dos 40 anos e que sucederam a geração dos baby boomers os nascidos de 1946 a 1964, depois da 2.ª Guerra Mundial, hoje com 60 anos ou mais. Esses jovens, por serem altamente tecnológicos, têm uma relação com a comunicação diferente da geração anterior. Um jovem hoje consegue ver televisão, trabalhar no computador, conversar no MSN e ainda ouvir uma musiquinha. Essa característica as gerações anteriores não têm, comparou a economista Lúcia Oliveira, professora da graduação em Administração do Ibmec. A pesquisa coordenada por ela constatou que os jovens da geração Y podem ser divididos em quatro perfis distintos, conforme a visão sobre a vida e o trabalho: engajados, preocupados, céticos e desapegados. Todos esses jovens veem o mercado de trabalho brasileiro como altamente competitivo. Para eles, encontrar emprego não é fácil, nem simples, ressaltou a economista, que ouviu 31 estudantes em pesquisa qualitativa, com entrevistas individuais de até uma hora e meia. Os engajados aceitam as condições do mercado de trabalho sem questionamentos e centralizam a vida na carreira profissional. Os preocupados também dão excessiva importância à carreira, mas têm ambições mais modestas. Os céticos são críticos do mercado privado, por considerarem que há uma competição exagerada e nociva, e preferem as carreiras públicas ou acadêmicas. Os desapegados dão menos importância ao trabalho do que às atividades ligadas à família e ao lazer, e visam às empresas públicas. O contato com o grupo também levou a professora a constatar outras características típicas dos jovens nascidos nos anos 80 e 90, como a informalidade nas relações pessoais menos hierarquizadas e a facilidade de trabalhar em grupo, formando redes, em tarefas colaborativas que não precisam nem ser feitas no mesmo espaço, mas pela internet. Eles estão acostumados a trabalhar em conjunto. Quando se tornarem líderes, vão priorizar a flexibilidade de horários e as novas formas de trabalhar. Um exemplo de empresa jovem é a Google, onde as pessoas não têm de bater ponto e está sendo muito bem-sucedida, com um modelo de gestão diferente, diz. (Gazeta do Povo, 18 jun )

198 196 Tipologia e gêneros textuais Resumo: 7. As reportagens podem nascer de notícias que circulam em jornais e revistas. Para transformar uma notícia em reportagem, é necessário realizar uma pesquisa, selecionar os dados encontrados e fazer uma interpretação deles. Aí já é possível começar a redigir a reportagem. Nessa tarefa, não se deve esquecer do público para o qual o texto será escrito. Agora é sua vez: a partir da notícia a seguir, elabore uma reportagem. Meio ambiente Queima de cana agrava condições do ar As queimadas, sobretudo para a colheita da cana-de-açúcar, estão entre as causas da alta concentração de ozônio no interior do estado de São Paulo, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). De 32 regiões avaliadas, 25 estão saturadas por ozônio. Desde o início do mês, São Paulo lidera o número de focos de calor no país, segundo dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). As regiões com concentração de ozônio em vias de saturação Araraquara, Bauru, Jaú, São José do Rio Preto e Araçatuba são as que mais colhem cana com o uso do fogo. A Secretaria do Meio Ambiente do Estado restringiu a queima de cana durante o dia. Portaria em vigor desde o último dia 1.º limita a queima programada ao período das 20 horas às 6 horas da manhã. (Gazeta do Povo, 20 jun )

199 Tipologia e gêneros textuais 197 Textos instrucionais Observe atentamente a regra de jogo a seguir. Indique as principais partes dessa regra: objetivo, componentes, preparação. No item como jogar, embaralhamos as etapas. Organize-as, numerando coerentemente. Damas Regras... 1 tabuleiro de xadrez (8x8) 12 peças claras 12 peças escuras... Capturar ou imobilizar todas as peças do adversário.... O tabuleiro é posicionado de modo que cada jogador tenha uma casa clara na quina direita. Cada jogador coloca suas peças nas casas pretas das primeiras três linhas do tabuleiro. O jogador com peças escuras começa.

200 198 Tipologia e gêneros textuais Como jogar: ( ) Promoção Se uma peça alcança a última linha, ela se torna uma dama. Para marcar a promoção, costuma-se colocar uma segunda peça sobre a peça promovida. Várias peças podem ser promovidas na mesma partida. Uma dama pode se mover tanto para frente como para trás. ( ) Captura A captura é feita quando uma peça pula sobre uma peça adversária que esteja em uma casa adjacente a ela, e para na casa seguinte a ela. Ela pode, na sequência, continuar pulando outras peças a fim de capturá-las. A jogada termina quando ela não tiver mais peças adversárias para pular. Note que o primeiro movimento de captura deve ser sempre para frente, mas a partir daí é permitido na mesma sequência capturar também para trás. As peças capturadas são retiradas do tabuleiro. A captura é obrigatória, isto é, sempre que uma peça tem condições de fazer uma captura, deve fazê-la. ( ) Final de partida A partida termina quando um dos jogadores não tiver mais peças ou não puder mover nenhuma de suas peças. O outro jogador é declarado vencedor. O jogo também termina se um dos jogadores, acreditando não ter mais condições de vitória, abandona a partida. É ainda possível que os dois jogadores, de comum acordo, decidam parar a partida e considerar o resultado como empate. ( ) Movimentação As jogadas são alternadas. Deve-se mover uma peça por jogada, em diagonal e para frente, para uma casa adjacente. Só as casas pretas são usadas e não é permitido recuar peças. Uma casa só pode ser ocupada por uma peça de cada vez. (Disponível em: <

201 Tipologia e gêneros textuais Sua escola já tem Grêmio Estudantil? Que tal montar um? Para tanto, vocês vão precisar redigir um Regulamento. Para ajudá-los, vamos fornecer o início desse tipo de texto: ESTATUTO DO GRÊMIO ESTUDANTIL (NOME DO GRÊMIO) CAPÍTULO I Da denominação, sede e objetivos Art. 1.º O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes do Colégio localizado na cidade e fundado em com sede neste Estabelecimento de Ensino. Parágrafo Único. As atividades do Grêmio reger-se-ão pelo presente Estatuto aprovado em Assembleia Geral convocada para este fim. Art. 2.º O Grêmio tem por objetivos: I - representar condignamente o corpo discente; II - defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do Colégio; III - incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros; IV - promover a cooperação entre administradores, funcionários, professores e alunos no trabalho escolar buscando seus aprimoramentos; V - realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras instituições de caráter educacional, assim como a filiação às entidades gerais UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas), (inserir aqui a sigla e nome da União dos Estudantes de seu estado) Exemplo: UPES (União Paranaense dos Estudantes Secundaristas) e UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas); VI - lutar pela democracia permanente na Escola, através do direito de participação nos fóruns internos de deliberação da Escola. (Disponível em: <

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203 Gêneros textuais I Histórias em quadrinhos. Fábulas. Contos de fadas. Poema. Carta. Histórias em quadrinhos A seguir você lerá o início de uma história em quadrinhos muito divertida. Boa leitura. João! Por favor, espere! O que foi José? Aconteceu algo? Minha pipa! caiu em cima de sua casa. Fique calmo, vamos resolver isso. IESDE Brasil S.A. Acabei de comprar... Não se preocupe José. É só buscar uma escada que a gente alcança ela. Obrigado João! Você é um grande amigo... Tudo bem José. Não custa nada ajudar um amigo em necessidade.

204 202 Gêneros textuais I 1. Observe os balões: as duas primeiras falas do José estão em um tipo de balão; já as falas do João estão todas em balões diferentes. Explique o uso de cada um desses balões. 2. Agora é sua vez: numa folha separada, crie um personagem e monte uma pequena histó- ria, podem ser apenas poucos quadros. Você deve empregar vários tipos de balões, como nos exemplos a seguir: IESDE Brasil S.A.

205 Gêneros textuais I 203 IESDE Brasil S.A. 3. Fizemos uma brincadeira: falta um quadro para a história ficar coerente. Complete-o com um desenho e/ou colagens. Estou falando sério! Você nunca ouviu falar da lenda? Que lenda? A lenda da mula sem cabeça! Mula sem cabeça? IESDE Brasil S.A. Fábulas As principais características de uma fábula são: animais como personagens, presença de diálogos, história curta e ensinamento moral.

206 204 Gêneros textuais I Os principais autores de fábulas são Fedro e Esopo, na Antiguidade Clássica, La Fontaine, na França do século XVII, e, no Brasil, Monteiro Lobato. Você vai ler uma dessas fábulas. A reunião geral dos ratos Uma vez os ratos, que viviam com medo de um gato, resolveram fazer uma reunião para encontrar um jeito de acabar com aquele eterno transtorno. Muitos planos foram discutidos e abandonados. No fim, um rato jovem levantou-se e deu a ideia de pendurar uma sineta no pescoço do gato; assim, sempre que o gato chegasse perto eles ouviriam a sineta e poderiam fugir correndo. Todo mundo bateu palmas: o problema estava resolvido. Vendo aquilo, um rato velho que tinha ficado o tempo todo calado levantou- -se de seu canto. O rato falou que o plano era muito inteligente, que com toda certeza as preocupações deles tinham chegado ao fim. Só faltava uma coisa: quem ia pendurar a sineta no pescoço do gato? Moral: inventar é uma coisa, fazer é outra. Divulgação Companhia das Letrinhas. (ESOPO. Fábulas de Esopo. Companhia das Letrinhas, 1994.) 4. Pesquisa em grupos e apresentação em sala. Pesquise e leia na internet ou em bibliotecas as seguintes fábulas: A reunião geral dos ratos, A queixa do pavão, O sapo e o boi, O leão apaixonado, O lobo e a cegonha, A lebre e a tartaruga. 5. Uma parte importante da fábula é a sua moral. Você conhece as fábulas encerradas pelas morais a seguir? Tente descobrir! Moral Fábula (A) Devagar e sempre se chega na frente. A reunião geral dos ratos (B) Seja sempre você mesmo. A queixa do pavão

207 Gêneros textuais I 205 (C) Não espere gratidão ao mostrar caridade para um inimigo. O sapo e o boi (D) Inventar é uma coisa, fazer é outra. (E) Quem perde a cabeça por amor sempre acaba mal. O leão apaixonado O lobo e a cegonha (F) Em vez de invejar os talentos dos outros, aproveite o seu ao máximo. A lebre e a tartaruga Contos de fadas 6. Contos de fadas são histórias muito antigas que apresentam uma estrutura fixa. Localize no início do conto a seguir: ( 1 ) Uma expressão muito comum nos contos de fadas. ( 2 ) Expressões que marcam o tempo e o espaço. ( 3 ) Os personagens típicos. O pássaro dourado (Irmãos Grimm) Era uma vez ( ), há muito tempo ( ), num reino distante ( ), havia um rei ( ) que tinha um pomar muito belo nos fundos de seu castelo. Nesse pomar havia uma árvore que produzia maçãs de ouro muito deliciosas. Quando as maçãs amadureciam eram contadas uma a uma. Certo dia o rei notou que faltava uma maçã e então deu ordem para que todas as noites alguém ficasse vigiando a macieira. Esse rei tinha três filhos, príncipes herdeiros ( ), e então enviou o maior deles, ao cair da noite, para vigiar o pomar e a árvore; porém, antes da meia-noite o jovem não se conteve de sono e adormeceu profundamente. Na manhã seguinte, ao despertar, notou que faltava uma maçã. Na noite seguinte o rei enviou o filho do meio para vigiar o pomar. E da mesma forma este não teve melhor sorte que seu irmão mais velho. Adormeceu antes mesmo da meia- -noite e, quando despertou na manhã seguinte, notou que faltava uma maçã na árvore. Terceira noite ( ). Chegou a vez do menor, o caçulinha, cuidar do pomar. O rei, porém, não botava muita fé no menorzinho e achava que aconteceria o mesmo com ele, e que não teria melhor sorte que seus irmãos mais velhos, motivo pelo qual não queria deixá-lo ir. O

208 206 Gêneros textuais I jovem, porém, pediu, implorou e insistiu tanto que o seu pai acabou consentindo. Então o caçula postou-se debaixo da árvore, ficou alerta, em vigília, e não deixou que o sono o vencesse. Ficou de olhos bem abertos e vigiando a macieira. [...] (Disponível em: < Adaptado.) 7. Agora é sua vez: numa folha separada você vai produzir um conto de fadas. Para isso não se esqueça: Os personagens têm que ser típicos: reis, rainhas, príncipes, fadas, bruxas, cavaleiros, amas. IESDE Brasil S.A. Seu conto deve transcorrer em um espaço definido: uma cabana, um castelo, uma aldeia ou floresta. O tempo é indeterminado. Empregam-se sempre as expressões: era uma vez, há muito tempo, nos velhos tempos. Título do seu conto de fadas. Há sempre um elemento mágico: fada madrinha, pássaro dourado, varinha de condão. O herói sempre enfrenta provações ou desafios, como combater vilões, enfrentar animais ou realizar trabalhos difíceis. No final, o protagonista recebe sua recompensa: recebe uma fortuna, torna-se rei ou rainha ou casa-se. E sempre vivem felizes para sempre.

209 Gêneros textuais I 207 Poema 8. Leia atentamente os textos a seguir. Qual deles pode ser considerado um poema? Por quê? Texto 1 Quadrilha da sujeira 1 João joga um palitinho de sorvete na rua de Teresa que joga uma latinha de refrigerante na rua de Raimundo que joga um saquinho plástico na rua de Joaquim que joga uma garrafinha velha na rua de Lili. Lili joga um pedacinho de isopor na rua de João que joga uma embalagenzinha de não sei o quê na rua de Teresa que joga um lencinho de papel na rua de Raimundo que joga uma tampinha de refrigerante na rua de Joaquim que joga um papelzinho de bala na rua de J. Pinto Fernandes que ainda nem tinha entrado na história. (AZEVEDO, Ricardo. Você Diz que Sabe Muito, Borboleta Sabe Mais, Fundação Cargill) 1 Texto construído a partir do poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade. Texto 2 Descuidar do lixo é sujeira Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência [de uma das filiais do McDonald s] deposita na calçada dezenas de sacos plásticos recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches. Isso acaba propiciando um lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão. (Veja, São Paulo, dez.)

210 208 Gêneros textuais I Resposta: 9. No poema a seguir, identifique o número de versos e de estrofes: Epidemia Quero o alastramento da felicidade A propagação do sonho O surto da esperança Quero o declínio do insucesso O decréscimo da derrota A demolição do desalento Quero a disseminação da boa-nova O vírus alvissareiro O contágio da alegria Quero a extinção do desastre A anemia da descrença A agonia do pessimismo Quero o tráfico da poesia A precisão exata da anomia A epidemia noite e dia Da utopia (AZEVEDO, Ricardo. Ninguém Sabe o que É um poema. Ática, 2005.)

211 Gêneros textuais I 209 Resposta: Carta 10. Há vários tipos de cartas: pessoal, de solicitação, do leitor, de reclamação e amor. Classifique as cartas a seguir. Somos pessoas de sorte! Meu querido, um dia você vai entender o significado disso tudo... Um dia você vai entender direitinho o significado desta paixão que tomou conta de nós e dos nossos corações... Sei que o pouco tempo que nos une ainda é responsável por uma certa empolgação, por uma sensação de aventura e descoberta mútuas que se renova a cada dia, mas a minha intuição feminina aponta para algo [...] Tipo de carta:

212 210 Gêneros textuais I Senhores Diretores e Editores, Constituiu-se motivo de muita alegria para mim a circulação no final da tarde de segunda-feira, dia 10 de abril de 2006, do jornal Correio da Tarde, que na certa vem assinar uma importante página no jornalismo escrito do Estado do Rio Grande do Norte. Excelentes reportagens, colunas as mais variadas e um conteúdo dos mais completos, fazem do jornal Correio da Tarde uma leitura obrigatória da maioria dos potiguares, a cada final de tarde. Parabéns e muitos anos de circulação é o que desejo aos que fazem o Correio da Tarde. José Maria Alves Advogado e jornalista Liberdade I Mossoró (RN) Tipo de carta: Luciana Pereira da Silva/Luciane Hagemeyer. Tipo de carta:

213 Gêneros textuais I 211 Noivas em fúria 2 Também sou uma noiva que foi lesada pela empresa de foto e vídeo Albari Ferreira. Meu casamento será no dia 30/10 e já estava com 90% do meu contrato pago. Faltavam apenas dois cheques para terminarmos de pagar. Agora, estou eu aqui com um prazo de um pouco mais de quatro meses para encontrar outra empresa, se é que teremos condições financeiras para tal. Eu e meu noivo sempre nos empenhamos muito para pagar todos os nossos contratos direitinho, nos virando em mil para dar conta de tudo. Quem está para casar sabe como os gastos são infinitos. Perdemos mais de R$ 4 mil com esta empresa. Gostaria de deixar um pedido: que os lesados façam a sua denúncia na Delegacia do Consumidor. Renata Souza, jornalista Tipo de carta: e) Tecelagem Sul Brasil S/A Departamento de vendas N.º 02/09 Ao Diretor do Departamento de Faturamento João Gonçalves de Arruda Recife, 27 de fevereiro de Prezado Senhor, Solicito a este departamento, do qual V.S.ª é diretor, que tenha a gentileza de enviar-me a tabela de faturamento do último mês, a fim de que possamos conferir algumas vendas realizadas. Antecipo-lhe meus agradecimentos, certo de que serei prontamente atendido, dada a eficiência desta seção. Subscrevo-me. Cordialmente, Carlos Alberto Farreira Chefe do departamento de vendas

214 212 Gêneros textuais I Tipo de carta: 11. Agora você irá escrever uma carta, que pode ser de reclamação ou de solicitação. Para cada uma delas, propomos duas situações. Escolha a que achar mais interessante. Capriche nos argumentos. Sugestões para a carta de reclamação 1 Os alunos não estão satisfeitos com a qualidade do lanche ofertado pela cantina escolar, que é particular. Também têm queixas em relação à higiene do local. 2 Próximo à sua escola há um tráfego muito intenso. Vocês resolveram reclamar para a Prefeitura e solicitar providências. Sugestões para a carta de solicitação 1 Sua turma vai escrever uma carta para a Direção da escola solicitando a compra de mais livros para a Biblioteca de Classe. 2 O Grêmio de sua escola vai solicitar à Direção a permissão para a montagem de uma rádio escolar. Sua escola já tem os equipamentos básicos.

215 Gêneros textuais I 213

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217 Gêneros textuais II Artigo jornalístico. Editorial. Texto de divulgação científica. Literatura de cordel. Artigo jornalístico Leia atentamente o artigo de opinião a seguir. Por que separar o lixo Patrícia Sottoriva* Os resíduos sólidos são popularmente conhecidos como lixo, embora ambos possuam conceitos diferentes. O termo lixo é derivado do latim lix, que significa cinza e é conceituado como sendo sobras, ou restos. Lixo pode ser definido como algo que não poderá ser reaproveitado, sem serventia, algo sem valor e sem uso futuro em função das tecnologias disponíveis. Já o termo resíduo sólido significa que material tem valor agregado se feita a segregação na fonte. A Política Nacional de Resíduos Sólidos, Projeto de Lei 203 de 1991, criado há 19 anos, está finalmente em fase de aprovação no Senado. A falta de uma legislação específica para o gerenciamento de resíduos sólidos urbanos tem gerado muitos passivos ambientais e problemas à sociedade. Segundo a Fundação Nacional de Saúde (Funas, um dos grandes problemas associados aos resíduos sólidos é a destinação inadequada nos lixões, o que causa contaminação do solo, ar e água, podendo causar doenças nas pessoas por meio da proliferação de vetores como baratas, ratos entre outros. Desde 2008, todos os municípios brasileiros devem possuir um plano de gerenciamento de resíduos sólidos (PGRS), segundo a Resolução Conama 404 de 2008, que estabelece que os municípios de pequeno porte, isto é, municípios com população de até 20 mil habitantes (ou seja, mais de 90% dos municípios brasileiros) devam possuir um PGRS e destinar seus resíduos em um aterro licenciado, entre outras

218 216 Gêneros textuais II providências. De acordo com a legislação brasileira vigente, cabe às prefeituras gerenciar a coleta e destinação dos resíduos sólidos urbanos. Apesar da resolução 404 estar vigente desde 2008, segundo os estudos apresentados no Panorama de Resíduos Sólidos do Brasil 2009 da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), divulgado em maio de 2010, do total de resíduos sólidos coletados no Brasil em 2009 ( toneladas), 57% possuem uma destinação final em aterros sanitários e 43% possuem uma destinação final inadequada para aterros controlados ou lixões. Alguns resíduos perigosos como pilhas e baterias contêm compostos tóxicos e metais pesados que se bioacumulam nos seres vivos através da cadeia alimentar e alteram a qualidade ambiental. A Lei 203/91, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelece os princípios, objetivos e instrumentos, bem como as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do Poder Público, e aos instrumentos econômicos aplicáveis. A expressão gestão integrada corresponde ao envolvimento de todos os setores, desde a escolha do tipo de matéria-prima que será utilizada, o processo de produção, a segurança do trabalhador, a comercialização até o consumidor final. Todos são responsáveis pela segregação adequada e retorno para o processo de reuso ou reciclagem dos resíduos, sejam eles provenientes do processo produtivo ou do pós-consumo. Cabe ressaltar que o sucesso da logística reversa, isto é, o retorno dos resíduos para a cadeia produtiva dependerá da segregação na fonte. Se os resíduos estiverem misturados e contaminados, comprometerá a eficiência dos processos de reciclagem e reuso e os resíduos perderão seu potencial de gerar renda e trabalho, além de reduzir a extração de recursos naturais finitos e escassos. (Gazeta do Povo, 17 jun ) * Professora de Engenharia Ambiental da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). 1. Agora localize e comente o título escolhido.

219 Gêneros textuais II Quem é o autor do artigo? 3. Qual fato motivou a produção desse artigo jornalístico? 4. Qual a tese (ou ponto de vist defendida pelo autor? Indique ao menos um argumento empregado para sustentar esse ponto de vista. 5. Você irá produzir um artigo de opinião. Escolha uma das notícias a seguir e dê sua opinião a respeito do assunto. Não se esqueça de elaborar um título interessante. Pense em quem será seu leitor em potencial e em qual veículo de comunicação seu artigo será publicado. É muito importante, também, escolher argumentos consistentes para convencer o leitor de seu ponto de vista. Bom trabalho! Texto 1 Anvisa quer restringir antibióticos A Agência Nacional de Vigi lân cia Sanitária recebe, durante 30 dias, sugestões à proposta de restringir a prescrição e co mér cio de antibióticos. O objetivo é ampliar o controle e contribuir para a redução da resistência bacteriana. Entre as mu danças propostas está a exigência da prescrição médica em duas vias. Sugestões podem ser enviadas, em formulário pró prio, para Agência Nacio nal de Vigilância Sanitária/CPCON/ GFIMP/GGIMP, SIA Trecho 5, Área Especial 57, Bra sília (DF), CEP , por fax: (61) ou por [email protected]. (Gazeta do Povo, 21 jun )

220 218 Gêneros textuais II Texto 2 Satisfação com distribuidoras será apurada A Agência Nacional de Ener gia Elétrica (Aneel) definiu os 475 municípios que vão participar de uma pesquisa para apurar o nível de satisfação do consumidor com os serviços prestados pelas distribuidoras. No Paraná, 21 cidades devem participar do levantamento; 17 atendidas pe la Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), e 4 aten - didas por distribuidoras locais e regionais. O Índice Aneel de Satisfação do Consu mi dor (Ias, existe desde 2002 e serve para incentivar a melhoria na prestação dos serviços. Ao todo, quase 20 mil consumidores residenciais serão en trevistados de julho a setembro. As concessionárias mais bem avaliadas receberão o Prêmio Iasc e poderão imprimir um selo de qualidade nas contas de luz e no material institucional da empresa. A Copel venceu o Prêmio Iasc Região Sul nos anos de 2003, 2005 e Não há previsão de punições para as empresas que obtiverem os piores índices de avaliação. No entanto, de acordo com a Aneel, elas serão foco de um processo de fiscalização mais intenso, com o objetivo de identificar as causas da insatisfação. (Gazeta do Povo, 21 jun ) Texto 3 MEC exige CPF para inscrição Os estudantes que forem se inscrever no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano deverão informar o número do CPF. O Ministério da Educação (MEC) informou que o sistema de inscrição vai impedir que participantes usem o número do CPF de terceiros, pois buscará as informações do titular na base de dados da Receita Federal. Quem não tiver o documento deve solicitá-lo em qualquer agência dos Correios, Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal. Para menores de 16 anos, é preciso que esse pedido seja feito pelos pais ou pelo responsável legal. As inscrições estarão abertas exclusivamente via internet, até 9 de julho. As provas serão realizadas nos dias 6 e 7 de novembro. O exame terá 180 questões de múltipla escolha e uma redação. (Gazeta do Povo, 21 jun Adaptado.)

221 Gêneros textuais II 219 Editorial O editorial também pode ser chamado de carta ao leitor. Esse gênero nos informa a opinião do jornal ou da revista sobre um determinado tema. A maioria dos editoriais não vêm assinados, diferentemente dos artigos. Leia a seguir um editorial. Respeito ao idoso Estudo divulgado no Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa revela que justamente quando chegam à idade em que mais precisam do apoio de seus familiares, as pessoas se tornam vítimas da violência doméstica. Segundo a pesquisa, cerca de um terço da população idosa do Sul do país já foi vítima de algum tipo de delito. Há casos que envolvem negligência e abandono, agressões físicas e psicológicas e apropriação indébita de aposentadorias e outros bens. O coronel da PM Roberson Luiz Bondaruk, coordenador da pesquisa, contou em reportagem da Ga zeta do Povo que os idosos sofrem com a violência em silêncio e que acabam não de nunciando o crime por compaixão. O Bra sil, que até pouco tempo era um país de jovens, ainda não aprendeu a lidar com os idosos. E parece que está longe de encontrar o caminho certo. Como ativistas do Fórum Popular estão cobrando, é preciso resgatarmos valores familiares e fortalecermos a rede de proteção e atenção para conter a violência contra o idoso. Assim como existem canais de proteção à criança, está na hora de começarmos a dar o devido valor e atenção a nossos idosos. (Gazeta do Povo, 17 jun ) 6. Qual a opinião do jornal sobre a forma como devemos tratar os idosos?

222 220 Gêneros textuais II 7. Na elaboração dos editoriais, o emprego dos operadores argumentativos (ou conectivos) é muito importante. Complete o editorial a seguir com os seguintes conectivos: porque mas pois e Editorial Cautela O ministro da Saúde, José Gomes Tem porão, deu uma boa notícia aos brasileiros nessa quinta-feira. Segundo ele, o país está livre da epidemia da gripe A. Ele comemorou o fato de 42% da po pulação ter sido imunizada. De acordo com Temporão, esta é a maior parcela de imunização do mundo. O Ministério da Saúde anunciou também que vai distribuir 1,9 milhões medicamentos destinados ao tratamento da gripe. As doses seriam suficientes para tratar 38 vezes mais casos do que o número de ocorrências graves registradas no ano passado. As duas notícias são boas, devem ser recebidas com cautela. Mesmo ten do medicamentos disponíveis e grande parte da população estar imunizada, o me lhor remédio ainda é a prevenção. Lavar as mãos com frequência, utilizar álcool gel para completar a higienização manter os am bientes ventilados são hábitos adquiridos pe los brasileiros no ano passado que não de vem ser esquecidos apenas, aparentemente, o perigo maior passou. Tais práticas devem ser mantidas,, além de ajudarem a evitar o vírus H1N1, combatem a transmissão de outras doenças. (Gazeta do Povo, 19 jun ) Texto de divulgação científica 8. A seguir você lerá um texto de divulgação científica. Esses textos têm por objetivo informar aos leitores leigos não especializados sobre avanços e/ou descobertas de várias áreas da Ciência. Indique algumas características dos textos de divulgação científica presentes no texto a seguir: Equipe científica responsável pela descoberta. Descoberta científica que está sendo divulgada.

223 Gêneros textuais II Breve relato da metodologia da pesquisa. Explicação de termo técnico. Argumento de autoridade. Conclusão. Senso de direção é inato e é o mesmo em machos e fêmeas [ ] Uma equipe de pesquisadores do Reino Unido e da Noruega mostrou que [ ] ratos recém-nascidos possuem um senso inato de direção antes mesmo de começarem a se mover e que não há diferença no senso de direção entre machos e fêmeas, sugerindo que ambos os sexos nascem com as mesmas ferramentas para desenvolver suas habilidades de navegação. Talvez a antiga questão sobre quem, se homens ou mulheres, têm melhor senso de direção poderia ser apenas um caso de como escolhemos construir nosso mapa, dizem os cientistas em um estudo publicado nesta quinta (17) na revista Science. [ ] A equipe implantou sensores minúsculos em ratos recém-nascidos antes que seus olhos se abrissem e antes que eles conseguissem se mover. Essa técnica permitiu aos pesquisadores registrar a atividade nervosa quando os ratos deixaram o ninho pela primeira vez para explorar o novo ambiente. Eles descobriram que o sinal neural de direção, [ ] que informa a um animal em qual direção ele se encontra, já está presente em ratos recém-nascidos nos mesmos níveis encontrados em um rato adulto. Essas células se comportavam quase como células adultas desde o começo, [ ] disse a coautora Rosamund Langston, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia. O senso de localização também surge cedo no desenvolvimento do animal e melhora com a idade. O senso de distância se desenvolve em poucos dias. A questão de como adquirimos conhecimento do mundo exterior e criamos nosso senso de lugar nele é uma questão que tem desafiado cientistas e filósofos por séculos, [ ] disse Francesca Cacucci, do Instituto de Neurociência Comportamental do University College London, em Londres, também colaboradora no estudo. [ ] Esse trabalho mostra que o conceito de espaço é algo que se desenvolve muito cedo provavelmente dentro das primeiras duas semanas de vida. (Folha de S.Paulo, 17 jun )

224 222 Gêneros textuais II Literatura de cordel Leia a seguir um exemplar da literatura de cordel. Trata-se de um poema de Patativa do Assaré, importante representante desse tipo de texto. O poeta da roça Sou fio das mata, cantô da mão grosa Trabaio na roça, de inverno e de estio A minha chupana é tapada de barro Só fumo cigarro de paia de mio. Sou poeta das brenha, não faço o papé De argum menestrê, ou errante cantô Que veve vagando, com sua viola, Cantando, pachola, à percura de amô. Não tenho sabença, pois nunca estudei, Apenas eu seio o meu nome assiná. Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre, E o fio do pobre não pode estudá. Meu verso rastero, singelo e sem graça, Não entra na praça, no rico salão, Meu verso só entra no campo da roça e dos eito E às vezes, recordando feliz mocidade, Canto uma sodade que mora em meu peito. (Patativa do Assaré)

225 Gêneros textuais II Agora identifique o tema desse poema. 10. O poema está redigido numa variedade não padrão da Língua Portuguesa. Tendo em mente as características desse tipo de texto, por que isso acontece?

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227 Gêneros textuais III Conto. Texto teatral. Poesia. Entrevista. Conto Leia o conto a seguir. Natal na barca Não quero nem devo lembrar aqui por que me encontrava naquela barca. Só sei que em redor tudo era silêncio e treva. E que me sentia bem naquela solidão. Na embarcação desconfortável, tosca, apenas quatro passageiros. Uma lanterna nos iluminava com sua luz vacilante: um velho, uma mulher com uma criança e eu. O velho, um bêbado esfarrapado, deitara-se de comprido no banco, dirigira palavras amenas a um vizinho invisível e agora dormia. A mulher estava sentada entre nós, apertando nos braços a criança enrolada em panos. Era uma mulher jovem e pálida. O longo manto escuro que lhe cobria a cabeça dava-lhe o aspecto de uma figura antiga. Pensei em falar-lhe assim que entrei na barca. Mas já devíamos estar quase no fim da viagem e até aquele instante não me ocorrera dizer-lhe qualquer palavra. Nem combinava mesmo com uma barca tão despojada, tão sem artifícios, a ociosidade de um diálogo. Estávamos sós. E o melhor ainda era não fazer nada, não dizer nada, apenas olhar o sulco negro que a embarcação ia fazendo no rio. Debrucei-me na grade de madeira carcomida. Acendi um cigarro. Ali estávamos os quatro, silenciosos como mortos num antigo barco de mortos deslizando na escuridão. Contudo, estávamos vivos. E era Natal.

228 226 Gêneros textuais III A caixa de fósforos escapou-me das mãos e quase resvalou para o rio. Agachei-me para apanhá-la. Sentindo então alguns respingos no rosto, inclinei-me mais até mergulhar as pontas dos dedos na água. Tão gelada estranhei, enxugando a mão. Mas de manhã é quente. Voltei-me para a mulher que embalava a criança e me observava com um meio sorriso. Sentei-me no banco ao seu lado. Tinha belos olhos claros, extraordinariamente brilhantes. Reparei que suas roupas (pobres roupas puídas) tinham muito caráter, revestidas de uma certa dignidade. De manhã esse rio é quente insistiu ela, me encarando. Quente? Quente e verde, tão verde que a primeira vez que lavei nele uma peça de roupa pensei que a roupa fosse sair esverdeada. É a primeira vez que vem por estas bandas? Desviei o olhar para o chão de largas tábuas gastas. E respondi com uma outra pergunta: Mas a senhora mora aqui perto? Em Lucena. Já tomei esta barca não sei quantas vezes, mas não esperava que justamente hoje... A criança agitou-se, choramingando. A mulher apertou-a mais contra o peito. Cobriu-lhe a cabeça com o xale e pôs-se a niná-la com um brando movimento de cadeira de balanço. Suas mãos destacavam-se exaltadas sobre o xale preto, mas o rosto era sereno. Seu filho? É. Está doente, vou ao especialista, o farmacêutico de Lucena achou que eu devia ver um médico hoje mesmo. Ainda ontem ele estava bem mas piorou de repente. Uma febre, só febre... Mas Deus não vai me abandonar. É o caçula? Levantou a cabeça com energia. O queixo agudo era altivo mas o olhar tinha a expressão doce. É o único. O meu primeiro morreu o ano passado. Subiu no muro, estava brincando de mágico quando de repente avisou, vou voar! E atirou-se. A queda não foi grande, o muro não era alto, mas caiu de tal jeito... Tinha pouco mais de quatro anos. Joguei o cigarro na direção do rio e o toco bateu na grade, voltou e veio rolando aceso pelo chão. Alcancei-o com a ponta do sapato e fiquei a esfregá-lo devagar. Era preciso desviar o assunto para aquele filho que estava ali, doente, embora. Mas vivo. E esse? Que idade tem?

229 Gêneros textuais III 227 Vai completar um ano. E, noutro tom, inclinando a cabeça para o ombro: Era um menino tão alegre. Tinha verdadeira mania com mágicas. Claro que não saía nada, mas era muito engraçado... A última mágica que fez foi perfeita, vou voar! Disse abrindo os braços. E voou. Levantei-me. Eu queria ficar só naquela noite, sem lembranças, sem piedade. Mas os laços (os tais laços humanos) já ameaçavam me envolver. Conseguira evitá-los até aquele instante. E agora não tinha forças para rompê-los. Seu marido está à sua espera? Meu marido me abandonou. Sentei-me e tive vontade de rir. Incrível. Fora uma loucura fazer a primeira pergunta porque agora não podia mais parar, ah! Aquele sistema dos vasos comunicantes. Há muito tempo? Que seu marido... Faz uns seis meses. Vivíamos tão bem, mas tão bem. Foi quando ele encontrou por acaso essa antiga namorada, me falou nela fazendo uma brincadeira, a Bila enfeiou, sabe que de nós dois fui eu que acabei ficando mais bonito? Não tocou mais no assunto. Uma manhã ele se levantou como todas as manhãs, tomou café, leu o jornal, brincou com o menino e foi trabalhar. Antes de sair ainda fez assim com a mão, eu estava na cozinha lavando a louça e ele me deu um adeus através da tela de arame da porta, me lembro até que eu quis abrir a porta, não gosto de ver ninguém falar comigo com aquela tela no meio... Mas eu estava com a mão molhada. Recebi a carta de tardinha, ele mandou uma carta. Fui morar com minha mãe numa casa que alugamos perto da minha escolinha. Sou professora. Olhei as nuvens tumultuadas que corriam na mesma direção do rio. Incrível. Ia contando as sucessivas desgraças com tamanha calma, num tom de quem relata fatos sem ter realmente participado deles. Como se não bastasse a pobreza que espiava pelos remendos da sua roupa, perdera o filhinho, o marido, via pairar uma sombra sobre o segundo filho que ninava nos braços. E ali estava sem a menor revolta, confiante. Apatia? Não, não podiam ser de uma apática aqueles olhos vivíssimos, aquelas mãos enérgicas. Inconsciência? Uma certa irritação me fez andar. A senhora é conformada. Tenho fé, dona. Deus nunca me abandonou. Deus repeti vagamente. A senhora não acredita em Deus? Acredito murmurei. E ao ouvir o som débil da minha afirmativa, sem saber por quê, perturbei-me. Agora entendia. Aí estava o segredo daquela segurança, daquela calma. Era a tal fé que removia montanhas...

230 228 Gêneros textuais III Ela mudou a posição da criança, passando-a do ombro direito para o esquerdo. E começou com voz quente de paixão: Foi logo depois da morte do meu menino. Acordei uma noite tão desesperada que saí pela rua afora, enfiei um casaco e saí descalça e chorando feito louca, chamando por ele! Sentei num banco do jardim onde toda tarde ele ia brincar. E fiquei pedindo, pedindo com tamanha força, que ele, que gostava tanto de mágica, fizesse essa mágica de me aparecer só mais uma vez, não precisava ficar, se mostrasse só um instante, ao menos mais uma vez, só mais uma! Quando fiquei sem lágrimas, encostei a cabeça no banco e não sei como dormi. Então sonhei e no sonho Deus me apareceu, quer dizer, senti que ele pegava na minha mão com sua mão de luz. E vi o meu menino brincando com o Menino Jesus no jardim do Paraíso. Assim que ele me viu, parou de brincar e veio rindo ao meu encontro e me beijou tanto, tanto... Era tamanha sua alegria que acordei rindo também, com o Sol batendo em mim. Fiquei sem saber o que dizer. Esbocei um gesto e em seguida, apenas para fazer alguma coisa, levantei a ponta do xale que cobria a cabeça da criança. Deixei cair o xale novamente e voltei-me para o rio. O menino estava morto. Entrelacei as mãos para dominar o tremor que me sacudiu. Estava morto. A mãe continuava a niná-lo, apertando-o contra o peito. Mas ele estava morto. Debrucei-me na grade da barca e respirei penosamente: era como se estivesse mergulhada até o pescoço naquela água. Senti que a mulher se agitou atrás de mim. Estamos chegando anunciou. Apanhei depressa minha pasta. O importante agora era sair, fugir antes que ela descobrisse, correr para longe daquele horror. Diminuindo a marcha, a barca fazia uma larga curva antes de atracar. O bilheteiro apareceu e pôs-se a sacudir o velho que dormia: Chegamos!... Ei! Chegamos! Aproximei-me evitando encará-la. Acho melhor nos despedirmos aqui disse atropeladamente, estendendo a mão. Ela pareceu não notar meu gesto. Levantou-se e fez um movimento como se fosse apanhar a sacola. Ajudei-a, mas ao invés de apanhar a sacola que lhe estendi, antes mesmo que eu pudesse impedi-lo, afastou o xale que cobria a cabeça do filho. Acordou o dorminhoco! E olha aí, deve estar agora sem nenhuma febre. Acordou?! Ela sorriu: Veja... Inclinei-me. A criança abrira os olhos aqueles olhos que eu vira cerrados tão definitivamente. E bocejava, esfregando a mãozinha na face corada. Fiquei olhando sem conseguir falar.

231 Gêneros textuais III 229 Então, bom Natal! disse ela, enfiando a sacola no braço. Sob o manto preto, de pontas cruzadas e atiradas para trás, seu rosto resplandecia. Apertei-lhe a mão vigorosa e acompanhei-a com o olhar até que ela desapareceu na noite. Conduzido pelo bilheteiro, o velho passou por mim retomando seu afetuoso diálogo com o vizinho invisível. Saí por último da barca. Duas vezes voltei-me ainda para ver o rio. E pude imaginá-lo como seria de manhã cedo: verde e quente. Verde e quente. (TELLES, Lygia Fagundes. Para Gostar de Ler contos. São Paulo: Ática p. 67. v.9.) 1. Identifique os personagens: 2. Identifique indicações de tempo e espaço: 3. Sintetize o enredo em cinco momentos:

232 230 Gêneros textuais III e)

233 Gêneros textuais III Damos a você o início de um conto; sua tarefa é dar-lhe continuidade. Garanta que ele tenha coerência. Use sua criatividade. Utilize de 10 a 20 linhas. Em uma confeitaria, certa vez, ao meu amigo Castro, contava eu as partidas que havia pregado às convicções e às respeitabilidades, para poder viver. Houve mesmo, uma dada ocasião, quando estive em Manaus, em que fui obrigado a esconder a minha qualidade de bacharel, para mais confiança obter dos clientes, que afluíam ao meu escritório de feiticeiro e adivinho. Contava eu isso. O meu amigo ouvia-me calado, embevecido, gostando daquele meu Gil Blas vivido, até que, em uma pausa da conversa, ao esgotarmos os copos, observou a esmo: Tens levado uma vida bem engraçada, Castelo! Só assim se pode viver... Isto de uma ocupação única: sair de casa a certas horas, voltar a outras, aborrece, não achas? Não sei como me tenho aguentado lá, no consulado! Cansa-se; mas, não é disso que me admiro. O que me admira, é que tenhas corrido tantas aventuras aqui, neste Brasil imbecil e burocrático. Qual! Aqui mesmo, meu caro Castro, se podem arranjar belas páginas de vida. Imagina tu que eu já fui professor de javanês! Quando? Aqui, depois que voltaste do consulado? Não; antes. E, por sinal, fui nomeado cônsul por isso. Conta lá como foi. Bebes mais cerveja? Bebo. Mandamos buscar mais outra garrafa, enchemos os copos, e continuei: [...] (BARRETO, Lima. O Homem que Sabia Javanês. Adaptado.) Resposta:

234 232 Gêneros textuais III Texto teatral Um texto teatral não tem narrador. Para sabermos onde se passa a história (cenário), como os personagens devem ser fisicamente e como devem se movimentar pelo palco, existem as rubricas ou didascálias. As falas dos personagens são dispostas em réplicas. 5. Complete os espaços nos trechos a seguir com as rubricas e as réplicas: Amor por Anexins Personagens: ISAÍAS, solteirão INÊS, viúva UM CARTEIRO

235 Gêneros textuais III 233 A cena passa-se no Rio de Janeiro. Época, atualidade. Ato único Sala simples, janela à esquerda, portas ao fundo e à direita. Mesa à esquerda com preparos de costura. Num dos cantos da sala uma talha d água. Cadeiras. [...] Cena III ISAÍAS e INÊS INÊS (Vem pronta para sair, ao ver Isaías assusta-se e quer fugir.) Ai! ISAÍAS (Embargando-lhe a passagem.) Ninguém deve correr sem ver de quê. INÊS Que quer o senhor aqui? ISAÍAS Vim em pessoa saber da resposta de minha carta: quem quer vai e quem não quer manda; quem nunca arriscou nunca perdeu nem ganhou; cautela e caldo de galinha... INÊS (Interrompendo-o.) Não tenho resposta alguma que dar! Saia, senhor! ISAÍAS Não há carta sem resposta... INÊS (Correndo à talha e trazendo um púcaro cheio d água.) Saia, quando não... ISAÍAS (Impassível.) Se me molhar, mais tempo passarei a seu lado; não hei de sair molhado à rua. Eh! eh! Foi buscar lã e saiu tosquiada!... INÊS Eu grito! ISAÍAS Não faça tal! Não seja tola, que quem o é para si, pede a Deus que o mate e ao diabo que o carregue! Não exponha a sua boa reputação! Veja que sou um rapaz; a um rapaz nada fica mal... INÊS O senhor, um rapaz?! O senhor é um velho muito idiota e muito impertinente! ISAÍAS O diabo não é tão feio como se pinta... (Artur Azevedo)

236 234 Gêneros textuais III 6. Transforme o texto a seguir em uma peça de teatro. Fique atento às características desse gênero textual: Conto de fadas do século XXI Era uma vez... numa terra muito distante... uma princesa linda, independente e cheia de autoestima. Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico... Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre... Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma: - Eu, hein?... nem morta! (Luis Fernando Verissimo) Poesia 7. Todos os temas cabem na poesia. Quer ver? Indique qual o tema dos poemas a seguir: Orientação para o professor: os gabaritos para este exercício são sugestões de interpretação. Você pode, juntamente com seus alunos, e a partir de suas experiências, analisá-los de outras formas. O que pintar eu assino a noite me pinga uma estrela no olho e passa o

237 Gêneros textuais III 235 duas folhas na sandália o outono também quer andar o hoje à noite até as estrelas cheiram a flor de laranjeira o [...] (Paulo Leminski) Tema: A rosa de Hiroshima Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A antirrosa atômica

238 236 Gêneros textuais III Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada (Vinicius de Moraes) Tema: Senhor imperador, Senhor Imperador: escrevo-lhe estas linhas em nome das mulheres as pobres e as rainhas. Em nome das manhãs que nascerão sem paz; em nome das crianças que nascerão sem pais. Senhor Imperador: se é bom fazer a guerra por que não vai você o homem que não erra? Se a pátria pede sangue por que não dá o seu? Por que matar o moço que ainda não viveu? Um Deus que não o seu louvando a vida humana

239 Gêneros textuais III 237 virá pra nos salvar da garra dos tiranos dos amantes da morte, dos senhores da Dor. Terá fim o seu crime, Senhor Imperador! (Renata Pallotini inspirado em Boris Vian) Tema: Sofrimento No oceano integra-se (bem pouco) uma pedra de sal. Ficou o espírito, mais livre que o corpo. A música, muito além do instrumento. Da alavanca, sua razão de ser: o impulso, Ficou o selo, o remate da obra. A luz que sobrevive à estrela e é sua coroa.

240 238 Gêneros textuais III O maravilhoso. O imortal. O que se perdeu foi pouco. Mas era o que eu mais amava. (Henriqueta Lisbo Tema: e) PASSAGEM DO ANO O último dia do ano não é o último dia do tempo. Outros dias virão e novas coxas e ventres te comunicarão o [ calor da vida. Beijarás bocas, rasgarás papéis, farás viagens e tantas celebrações de aniversário, formatura, promoção, glória, [ doce morte com sinfonia e coral, que o tempo ficará repleto e não ouvirás o [ clamor, os irreparáveis uivos do lobo, na solidão. O último dia do tempo não é o último dia de tudo. Fica sempre uma franja de vida onde se sentam dois homens.

241 Gêneros textuais III 239 Um homem e seu contrário, uma mulher e seu pé, um corpo e sua memória, um olho e seu brilho, uma voz e seu eco, e quem sabe até se Deus... [...] (Carlos Drummond de Andrade) Tema: Um exercício muito comum com a poesia é a elaboração de paródias. Veja um exemplo: Quadrilha João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história. (Carlos Drummond de Andrade) Quadrilha da sujeira João joga um palitinho de sorvete na rua de Teresa que joga uma latinha de refrigerante na rua de Raimundo que joga um saquinho plástico na rua de Joaquim que joga uma garrafinha velha na rua de Lili. Lili joga um pedacinho de isopor na rua de João que joga uma embalagenzinha de não sei o quê na rua de Teresa que joga um lencinho de papel na rua de Raimundo que joga uma tampinha de refrigerante na rua de Joaquim que joga um papelzinho de bala na rua de J. Pinto Fernandes que ainda nem tinha entrado na história. (AZEVEDO, Ricardo. Você Diz que Sabe Muito, Borboleta Sabe mais. Fundação Cargill.)

242 240 Gêneros textuais III 8. Agora produza uma paródia para o poema a seguir: Duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz Passarinho na janela, pijama de flanela, brigadeiro na panela. Gato andando no telhado, cheirinho de mato molhado, disco antigo sem chiado. Pão quentinho de manhã, dropes de hortelã, grito do Tarzan. Tirar a sorte no osso, jogar pedrinha no poço, um cachecol no pescoço. Papagaio que conversa, pisar em tapete persa, eu te amo e vice-versa. Vaga-lume aceso na mão, dias quentes de verão, descer pelo corrimão. Almoço de domingo, revoada de flamingo, herói que fuma cachimbo. Anãozinho de jardim, lacinho de cetim, terminar o livro assim. (ROTH, Otávio. Duas Dúzias de Coisinhas à toa que Deixam a Gente Feliz. São Paulo: Ática, 1994.) Resposta:

243 Gêneros textuais III 241 Entrevista em destaque: A seguir, você lerá uma entrevista com o inventor do video game. Analise alguns trechos Ele criou o primeiro video game doméstico da história, o Odyssey 100 (que seu irmão mais velho deve ter jogado na infânci, e deu origem a um mercado multibilionário, maior que Hollywood André Bernardo O engenheiro alemão Ralph Baer é um sujeito modesto. Criador do primeiro video game da história, o Odyssey 100, ele insiste em dizer que não passa de um engenheiro que deu sorte com sua invenção. Mas, para quem é aficionado em jogos eletrônicos uma brincadeira que movimenta, só nos EUA, mais de US$ 10 bilhões por ano, Baer é mais do que um inventor sortudo. Aos 87 anos, é uma lenda viva. Sem ele, alguns dos maiores games de todos os tempos talvez nunca tivessem existido. Sempre imaginei que um aparelho de TV poderia fazer algo mais do que exibir programas e comerciais. Mas, na época, nem desconfiava o que estava prestes a inventar, afirma Baer. Apesar de todo o ineditismo da façanha, Ralph Baer lembra que não foi nada fácil vender a ideia. O protótipo batizado inicialmente de Brown Box, devido à semelhança com uma caixa de sapatos chegou a ser mostrado para grandes empresas, como RCA, Zenith e General Electric, mas nenhuma se interessou. Até os mais próximos torceram o nariz para a engenhoca. Meus amigos perguntavam como eu conseguiria ganhar dinheiro com aquilo. Mas Baer não desistiu. Até que a Magnavox braço da Philips holandesa se propôs a lançar o produto. Já rebatizado de Magnavox Odyssey ou, simplesmente, Odyssey 100, ele chegou ao mercado em março de Para os padrões atuais, o Odyssey 100 é capaz de provocar risos. O video game não marcava pontos, não reproduzia sons e só exibia imagens em preto e branco. Ganhou inúmeras outras versões até 1977, quando foi lançado o último Odyssey, o 2100, que fez bastante sucesso no Brasil.

244 242 Gêneros textuais III 9. Qual a função desse primeiro trecho da entrevista? *O senhor ainda joga video game? Qual é o seu jogo favorito? Baer: Sempre foi e continua sendo pingue-pongue, dá para acreditar? [risos] Apesar do fato de ser feito com gráficos muito primitivos, é um jogo bastante interessante. Mas já joguei muito Pac-Man e Space Invaders também. Dos atuais, prefiro o Wii. Na minha opinião, os jogos de Wii retomaram a ideia original da diversão em família. São jogos que exigem, por parte do jogador, interação física. Mas, confesso, só jogo mesmo quando meus netos vêm me visitar. 10. Como são indicados o entrevistador (Revista Galileu) e o entrevistado? 11. Numa entrevista temos o discurso direto. Transcreva o trecho sublinhado a seguir para o discurso indireto.

245 Gêneros textuais III 243 *Como avalia sua importância na indústria dos video games? Baer: Sempre pensei que um aparelho de TV poderia fazer algo mais do que simplesmente exibir programas e comerciais. Tive a ideia de fazer algo interativo em 1951, mas o projeto só avançou mesmo em O conceito de jogos eletrônicos usando um aparelho de TV era um mundo em constante mudança. Um verdadeiro paradigma. Na época, eu não desconfiava, nem remotamente, o que estava prestes a inventar. *Qual era a reação das pessoas quando o senhor apresentava o protótipo do que viria a ser o primeiro video game da história? Baer: Reconheço que o projeto era novíssimo. E de difícil entendimento também. Para falar a verdade, eu não conseguia, sequer, convencer os meus amigos. Muitos perguntavam para que serviria aquele pingue-pongue virtual. [risos] Outros não imaginavam como eu conseguiria ganhar dinheiro com aquilo. Em outras palavras, era praticamente impossível imaginar o que estava por vir. *Há quem diga que, na época, o Odyssey não alcançou o sucesso esperado? O que o senhor pensa disso? Baer: Mais de 350 mil aparelhos do Odyssey foram produzidos e vendidos até Para uma máquina que apresentava uma maneira totalmente nova de jogar, se isso não é sucesso, então, sinceramente, não sei o que é sucesso. *Que conselhos daria para quem quer ingressar no mercado dos video games? Baer: Conselhos? O mesmo conselho que eu daria para qualquer pessoa em qualquer outro negócio: não espere fazer um milhão rápido. Faça o que você faz de melhor. Você vai ser feliz e, quem sabe, até rico. (Galileu, Adaptado.)

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247 Análise e interpretação de textos Textos argumentativos. Resenha. Estudo do verso. Textos argumentativos 1. O texto argumentativo a seguir está incompleto: retiramos sua conclusão. Complete-o elaborando uma conclusão-resumo. Filhos de políticos nas escolas públicas Quanta custa estudar no Brasil? Depende. Se você estiver entre os 20% mais ricos da população, vai chegar ao fim de 20 anos de colégio e faculdade com uma formação de aproximadamente R$ 250 mil. Isso significa cerca de R$ 1 mil por mês. Nessa conta entram o dinheiro que você tira do próprio bolso para pagar as mensalidades e a contribuição que o governo faz (com investimento em universidades estatais e deduções de imposto). Agora, se você fizer parte dos outros 80%, sua educação receberá um investimento bem menor: o equivalente a R$116 por mês. Esse é o total gasto pelo país por aluno para manter as escolas públicas, onde não se passa muito tempo. Em média, essa parte da população completa só cinco anos de estudo formal, geralmente entre os 7 e os 11 anos de idade. Ou seja: enquanto ricos estudam em escolas de qualidade por um longo tempo, o resto estuda por pouco tempo em escolas ruins. Como senador, tenho um projeto que pretende amenizar essa desigualdade. Minha proposta é a de que políticos eleitos vereadores, prefeitos, deputados, senadores e o presidente fiquem obrigados a matricular seus filhos em escolas públicas. Caso contrário, perderão seu mandato. O projeto já foi apresentado e agora espera avaliação do Senado e da Câmara.

248 246 Análise e interpretação de textos No Brasil do passado, só classes com influência tinham vaga nas boas escolas públicas. Filhos de pobres não estudavam, ou frequentavam colégios particulares mantidos pela Igreja Católica, como seminários. Hoje filhos de eleitos estão entre os 20% mais ricos, em geral. E vão a colégios particulares. Em lugares como Reino Unido e Cingapura, políticos nem pensam em colocar os filhos em escolas particulares. Os eleitores não aceitariam essa escolha, porque ela significaria ignorar a boa qualidade das escolas públicas de lá. Se um político é descoberto matriculando o filho no ensino privado, acaba nos jornais. Tem de se desculpar publicamente e transferir a criança para uma instituição pública. [...] (BUARQUE, Cristovam. Superinteressante, abr Adaptado.) 2. A seguir, leia o início de um editorial. Agora dê sequência a esse texto com mais dois parágrafos de desenvolvimento, observando os conectivos dados. Cautela O ministro da Saúde, José Gomes Tem porão, deu uma boa notícia aos brasileiros nessa quinta-feira. Segundo ele, o país está livre da epidemia da gripe A. Ele comemorou o fato de 42% da po pulação ter sido imunizada. De acordo com Temporão, esta é a maior parcela de imunização do mundo. O Ministério da Saúde anunciou também que vai distribuir 1,9 milhão de medicamentos destinados ao tratamento da gripe. As doses seriam suficientes para tratar 38 vezes mais casos do que o número de ocorrências graves registradas no ano passado. As duas notícias são boas, mas devem ser recebidas com cautela. Mesmo ten do medicamentos disponíveis e grande parte da população estar imunizada, o me lhor remédio ainda é a prevenção.

249 Análise e interpretação de textos 247 No entanto Contudo (Gazeta do Povo, 19 jun Adaptado.) 3. O trecho a seguir faz parte do artigo O judeu de Bethesda, de Claudio de Moura Castro (Veja, 23 jun. 2010). Desenvolva esse parágrafo por detalhe e por comparação. Último dia de aula na escola Walt Whitman. Situada em Bethesda, um bairro intelectualmente sofisticado da região de Washington (DC), é uma das melhores dos Estados Unidos. [...] Parágrafo por detalhe:

250 248 Análise e interpretação de textos Parágrafo por comparação: Resenhas 4. Identifique na resenha a seguir: [ 1 ] A descrição do objeto resenhado. [ 2 ] A avaliação do resenhista. [ 3 ] A identificação. [ 4 ] A apresentação. [ 5 ] A recomendação ou não do objeto em análise. Para ler sacudindo a cabeça Heavy metal a história completa: livro apresenta as maiores bandas e o contexto histórico em que surgiu o gênero [ ] O heavy metal sempre foi considerado um estilo musical muito radical para programas de rádio e televisão. Seus temas dificilmente obtêm a aprovação dos pais: magia negra, sexo e drogas. As guitarras pesadas, as camisetas pretas e os cabelos compridos também não ajudam a melhorar a aceitação dos músicos e de seus fãs. Mas desde que Tony Iommi, Ozzy Osbourne e seus colegas do Black Sabbath deram início ao gênero, 40 anos atrás, ele se mantém firme graças à horda de admiradores como o jornalista Ian Christe. Desde a infância um headbanger (gíria em inglês para designar os batedores de cabeça ), Christe levou quatro anos para escrever a história de amor entre as bandas e seus fãs, que tem como contraponto a antipatia dos pais. [ ] O resultado é o livro Heavy metal a história completa (Arx, 482 páginas, R$49,90, tradução de Milena Durante e Augusto Zantoz).

251 Análise e interpretação de textos 249 Christe sustenta que o heavy metal sempre serviu como válvula de escape para as frustrações dos adolescentes. Seus fãs eram os excluídos da turma. Ele é como uma comunidade para os jovens que precisam de algo para acreditar, afirma Christe. Quando o estilo surgiu, na sexta-feira 13 de fevereiro de 1970, com o lançamento do disco Black Sabbath, o movimento hippie já havia acabado e ídolos como Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison estavam mortos. As insatisfações foram canalizadas para uma música pesada, repleta de guitarras distorcidas, que só faz sentido quando escutada no limite da audição. É música que se apreende pelo estômago, quando vibra. O nome heavy metal veio de uma citação do escritor beat Willian Burroughs, e se referia, originalmente, a um estado atingido pelo uso de drogas. O visual composto de pregos, rebites e falsas balas de rifle surgiu espontaneamente, da vontade de chocar. A gente proporcionava uma fantasia que durava duas horas. Era como oferecer algo a mais para a molecada, diz no livro o músico Ronnie James Dio, ex-vocalista do Black Sabbath, que morreu no mês passado aos 67 anos de câncer de estômago. Algumas bandas apelavam em suas músicas, como o expoente do death metal, o Cannibal Corpse, autores de letras necrófilas como Dismembered and molested ( Desmembrado e molestado ). Alguns fãs também não deixavam por menos. Os seguidores de bandas satanistas como o Immortal (leia o quadro abaixo) queimaram várias igrejas da Noruega em Mas o próprio livro mostra que essas eram exceções. [ ] Christe lista as bandas que fizeram história e contextualiza as diversas subdivisões. Assim se entende como o hard rock do grupo australiano AC/DC criou as bases para o surgimento do heavy metal do qual derivou, entre outros, aquilo que é chamado de thrash metal, cujo representante mais conhecido é a banda Metallica. O livro tem um capítulo curioso sobre a militância política contra o heavy metal surgida na década de 1980 nos Estados Unidos. Denominado Parent s Music Resource Center (Centro de Recurso Musical dos Pais), o grupo afirmava que as letras lascivas eram as principais causas das crescentes estatísticas de suicídio e estupro entre adolescentes. Em 2004, quando Christe publicou seu livro nos Estados Unidos, estavam no auge as bandas de nü metal um subgênero cantado de forma menos gutural que ganhou espaço na grade da MTV. A internet também facilitou a divulgação de bandas desconhecidas e consagrou as já famosas. Na década de 1980, a divulgação das bandas acontecia pela troca de fitas cassete pelo correio entre fãs de todo o mundo. Hoje, os expoentes do metal são as bandas progressivas como o Mastodon, que adaptou o clássico da literatura Moby Dick, de Herman Melville, em seu álbum Leviathan, de Nos anos 1980, bandas como Slayer e Metallica inventaram um estilo,

252 250 Análise e interpretação de textos diz Christe. Criar composições complicadas quando o trabalho sujo já foi feito é mais fácil. [ ] O fato é que os metaleiros têm se superado e mostrado que são capazes de reinventar o gênero. [ ] Como Christe sugere, a cara de mau e a atitude rebelde são apenas fachada para criatividade, ousadia e algum exagero. (SOLLITO, André. Época, n. 630, 11 jun ) 5. Assista ao filme Onde Vivem os Monstros, tema da resenha a seguir. Você concorda com a opinião do resenhista? Justifique seu ponto de vista. A idade da solidão Baseado em um clássico da literatura infantil, Onde Vivem os Monstros explora o lado maluco e também o melancólico da imaginação de um menino Que comece a bagunça, grita o menino fantasiado de lobo e com uma coroa na cabeça. Ao seu redor, os monstros gigantes balofos e peludos, feiosos mas simpáticos aprovam a ordem do novo rei e disparam a correr pela floresta, derrubando uma ou outra árvore no caminho. É nesse momento anárquico que Onde Vivem os Monstros (Where the Wild Things Are, Estados Unidos, 2009) filme do diretor esquisitão Spike Jonze, que estreia nesta sexta-feira no país segue mais fielmente a obra que o inspirou, o clássico infantil homônimo do americano Maurice Sendak. É uma contagiante exaltação das pulsões mais primitivas perigosas, até da infância. Parte do fascínio do livro de Sendak vem do modo como ele mimetizou a imaginação de uma criança em toda a sua autossuficiência: a ilha onde vivem os monstros é um universo à parte, no qual os caprichos e vontades do menino Max (no filme, interpretado com cativante sinceridade por Max Records, de 12 anos) reinam soberanos, libertos das exigências adultas de responsabilidade e bons modos. Em seus filmes anteriores, Quero Ser John Malkovich e Adaptação, protagonizados por adultos cheios de angústias e veleidades artísticas, Jonze já transitava por esses recessos isolados da consciência humana. Onde Vivem os Monstros põe a mesma carga existencial sobre os ombros de um garoto. A bagunça que Max e os monstros promovem na sua floresta significativamente situada em uma ilha serve para afugentar a solidão. Em teoria um filme para crianças, Onde Vivem os Monstros é, na verdade, um filme sobre a infância, que será mais bem compreendido e apreciado por adultos. Lançado nos Estados Unidos em 1963 e só no ano passado publicado no Brasil, pela Cosac Naify, Onde Vivem os Monstros vem encantando sucessivas gerações de crianças. Vendeu 18 milhões de exemplares no mercado americano. É o livro de um

253 Análise e interpretação de textos 251 ilustrador, com imagens de um surrealismo exuberante amparadas por uma narrativa simples que se desenvolve em poucas frases. Vestido com uma inexplicável fantasia de lobo, Max promove a arruaça em sua casa e, repreendido pela mãe, ameaça devorá-la, como faria um lobo de verdade. De castigo, é mandado para o quarto, sem jantar mas o quarto se transfigura em outro mundo, no qual Max veleja em um barco até a ilha onde é coroado rei dos monstros. Ele acaba se cansando da ilha e dos monstros e resolve voltar para algum lugar onde alguém gostasse dele de verdade. Indiferente às súplicas dos monstros para que fique, navega de volta para casa e eis aí toda a história. A solidão da fantasia infantil já se encontrava bem representada no livro, no qual só figuram Max e seus monstros (a mãe não aparece nas ilustrações). Escrito a quatro mãos por Jonze e pelo escritor Dave Eggers, o roteiro expande esse enredo enxuto. Os monstros, que no livro não têm personalidades distintas, ganham cada qual seu perfil psicológico para ficar em três exemplos, Carol (com a voz de James Gandolfini, ator de Os Sopranos) é caloroso mas instável, KW (Lauren Ambrose) se mostra compassiva e maternal com Max, e Judith (Catherine O Har é autocentrada e mesquinha. Essas criaturas são visualmente notáveis uma conjugação de técnicas analógicas (atores vestidos com fantasias peludas) com a mais eficiente tecnologia digital (utilizada para conferir expressividade ao rosto). Esses seres às vezes se comportam realmente como monstros: ameaçam devorar Max ou se desmembram uns aos outros (não, não é um filme para crianças miudinhas). Como rei da ilha, Max tenta pacificá-los com a promessa de construção de uma cidade-modelo, feita de acordo com maquetes construídas, com insuspeita delicadeza, por Carol. Mas essa utopia pueril segue o caminho de suas congêneres adultas: redunda em fracasso e violência. A imaginação, afinal, também conhece seus limites melancólicos. As picuinhas entre Carol e KW soam como as discussões de um casal humano separado por um fosso de ressentimento. Reproduzem, pode-se supor, os desentendimentos dos pais divorciados de Max. O filme às vezes se desvia da fantasia que o inspira para demorar-se nesses conflitos domésticos vulgares (tendência que Eggers levou ainda mais longe, até o limite da trivialidade, em Os Monstros, romance baseado no filme, que a Companhia das Letras lançou no Brasil). Também há um momento de constrangedor psicologismo: KW engole Max para escondê-lo do enfurecido Carol e, depois, regurgita o menino através de um canal estreito, do qual ele sai todo melecado. Trata-se de uma alegoria óbvia e desajeitada do parto. A despeito desses defeitos, Onde Vivem os Monstros, com suas criaturas mal-educadas e barulhentas, oferece ao espectador a chance de revisitar o lado mais indômito da infância. Toda a sua alegria selvagem, porém, esbarra em uma conclusão meio tristonha: não se pode viver para sempre nas ilhas da imaginação. (TEIXEIRA, Jerônimo. Veja, n. 2147, 13 out )

254 252 Análise e interpretação de textos 6. Observe as páginas a seguir. Escolha uma das sinopses. Imagine que você assistiu ou leu os objetos culturais anunciados. Livros: Divulgação. Jane Austen: a vampira Jane Austen não morreu! Segundo este livro, a autora de Orgulho e Preconceito, e outros clássicos do século XVIII, não morreu, mas vive hoje numa cidadezinha no interior do estado de Nova York. Dona de uma livraria, vive frustrada por não receber os direitos autorais e ter o reconhecimento de suas obras de sucesso. Em Jane Austen: a vampira, ela mudou o nome para Fairfax e sobrevive há 233 anos, porque foi mordida por um vampiro, e se tornou imortal. Entre romances com Lord Byron, que também é um vampiro, e tentativas frustradas de publicar um novo livro, Jane Austen, ou melhor, dizendo, Jane Fairfax, envolve o leitor em uma divertida viagem ao universo literário, com personagens de outras histórias, de maneira inteligente e divertida! Tradução: Carlos Szlak

255 Análise e interpretação de textos 253 Divulgação. The Doors por The Doors A banda de rock The Doors é com certeza um dos marcos musicais do século XX. Sua influência pode ser notada até hoje em diversos grupos musicais que dominam as listas dos mais vendidos. E agora, pela primeira vez, os membros ainda vivos do The Doors abrem seus arquivos e contam a história desse fenômeno musical. Com depoimentos reveladores, entrevistas antológicas e textos do guitarrista Ray Manzareck, esta biografia é, com certeza, algo que todos os fãs do bom rock and roll esperavam para saber tudo sobre uma das maiores bandas de todos os tempos. Divulgação. Eclipse: edição especial Em 30 de junho chegará aos cinemas Eclipse, o filme a terceira adaptação cinematográfica da série que é o grande fenômeno editorial brasileiro. Para marcar a ocasião, a editora Intrínseca reapresenta o livro Eclipse: edição especial, com nova capa e, encartado, um pôster em cores exclusivo, impresso frente e verso, de 42 x 59,4cm. Ressaltamos que a edição com a capa convencional continuará à venda. Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer, os quatro volumes da Saga Crepúsculo, venderam mais de 100 milhões de exemplares em todo o mundo. No Brasil a série contabiliza 4,3 milhões de exemplares vendidos no período de apenas 2 anos. A história estreou nos cinemas em 2008 Crepúsculo, o filme, foi uma das maiores bilheterias do período no Brasil, com 2 milhões de espectadores, e bateu o recorde norteamericano de faturamento em uma primeira semana de exibição: 70 milhões de dólares. O segundo filme da série, Lua Nova, lançado em 2009, levou aos cinemas 6 milhões de pessoas. Meyer, assim como seus vampiros, tornou-se algo raro, mais que meramente humano... As pessoas não querem apenas ler seus livros: querem invadir as páginas e viver ali mesmo. (Time) Transborda suspense e romance. (USA Today) Um fenômeno dos livros. (The New York Times) Tradução: Ryta Vinagre

256 254 Análise e interpretação de textos Filmes: Paris adormecida, de René Clair (1923) Divulgação. Um raio invisível de um cientista louco (o Professor X) adormece Paris, deixando todos os habitantes da capital da França mergulhados num sono letárgico. Apenas Albert, que estava no alto da Torre Eiffel e os passageiros de um voo, que aterrisa em Paris, escaparam do sinistro plano. Primeiro filme do cineasta René Clair que, com ironia e poesia, registrou a Paris dos anos Pequeno clássico de Clair, cineasta da vanguarda surrealista, que expressa com genialidade, através desta ficção científica, a crise de civilização (e de sentido de realidade) que atingia a sociedade burguesa europeia do pós-primeira Guerra Mundial. Através de suas alegorias criativas, os surrealistas expressavam a aguda desefetivação propiciada pelo sociometabolismo do capital em sua etapa de crise orgânica. Diante de uma Paris adormecida, Albert se interroga: Mas de que serve a riqueza, quando nos entediamos?. Na foto acima, Albert transforma cédulas de dinheiro em aviãozinhos de papel. Na Paris adormecida, abole-se o próprio valor de troca, pois não há escassez. Paris é deles, nos diz René Clair, autor do roteiro desta narrativa fantástica. Apesar disso, Clair nos mostra homens ávidos de dinheiro e de signos sem valor.

257 Análise e interpretação de textos 255 O processo, de Orson Welles (1962) Divulgação. Numa certa manhã, um homem, Joseph K. (interpretado por Anthony Perkins), é preso e acusado de um estranho crime que não cometeu. Versão bastante fiel do romance de Franz Kafka. É brilhante a atuação de Anthony Perkins e a cenografia noir criada por Orson Welles. Ele expõe um Joseph K. imerso num mundo da burocracia sinistra que o envolve cada vez mais. Não há redenção possível para o pequeno homem. Cada apelo é uma condenação e a sensação de um terrível pesadelo persegue o espectador do começo ao fim. A trilha musical clássica contrasta-se com o cenário surrealista de Welles. Na verdade, o mundo social de Joseph K. que Welles nos apresenta, inspirado em Kafka, é um mundo da barbárie social, onde grandes estruturas tecnoburocráticas cinzentas, corruptas e mal administradas esmagam homens e mulheres, espoliados e desefetivados em seus valores morais. 7. Agora elabore uma resenha. Use sua imaginação para criar os dados necessários que não estejam disponíveis.

258 256 Análise e interpretação de textos Estudo do verso 8. Os poemas são construídos, entre outros recursos, por intermédio da repetição de conso- antes ou vogais ou a repetição de palavras. Observe os poemas a seguir e identifique os recursos empregados na sua construção. (1) aliteração (2) assonância (3) anáfora Tanta tinta ( ) Ah! Menina tonta, toda suja de tinta mal o céu desponta! (Sentou-se na ponte, muito desatenta E agora se espanta: Quem é que a ponte pinta com tanta tinta? ) A ponte aponta e se desaponta.

259 Análise e interpretação de textos 257 A tontinha tenta limpar tinta, ponto por ponto e pinta por pinta Ah! a menina tonta! Não viu a tinta da ponte! (Cecília Meireles) Luzindo no fim do dia ( ) Vi uma estrela tão alta, Vi uma estrela tão fria! Vi uma estrela luzindo Na minha vida vazia. Era uma estrela tão alta! Era uma estrela tão fria! Era uma estrela sozinha (Manuel Bandeir ( ) Em horas inda louras, lindas Clorindas e Belindas, brandas Brincam nos tempos das Berlindas As vindas vendo das varandas. (Fernando Pesso ( ) Anule aliterações aliteralmente abusivas (manual de redação humorístico) ( ) João foi pra os Estados Unidos, Teresa para o convento (Carlos Drummond de Andrade) ( ) A mágica presença das estrelas! (Mario Quintan

260 258 Análise e interpretação de textos 9. Observe os poemas a seguir, ambos são de Mário Quintana. Qual deles é composto por versos brancos? Justifique sua resposta. Esperança Bilhete Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano Vive uma louca chamada Esperança E ela pensa que quando todas as sirenas Todas as buzinas Todos os reco-recos tocarem Atira-se E ó delicioso voo! Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada, Outra vez criança... E em torno dela indagará o povo: Se tu me amas, ama-me baixinho Não o grites de cima dos telhados Deixa em paz os passarinhos Deixa em paz a mim! Se me queres, enfim, tem de ser bem devagarinho, Amada, que a vida é breve, e o amor mais breve ainda... (Mario Quintana. In: Carvalhal, Tânia Franco. 80 Anos de Poesia. 13 ed. (Org.) São Paulo: Globo, 2005.) Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes? E ela lhes dirá (É preciso dizer-lhes tudo de novo!) Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam: O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA... (QUINTANA, Mario. Nova Antologia Poética. São Paulo: Globo, 1998.)

261 Análise e interpretação de textos 259 Divisão silábica Observe os versos a seguir. Compare as sílabas gramaticais às sílabas poéticas: Da discrição Não te abras com teu amigo Que ele um outro amigo tem. E o amigo de teu amigo Possui amigos também... (Mario Quintana. In: CARVALHAL, Tânia Franco. (Org.) 80 anos de poesia. 13 ed. São Paulo: Globo, 2005.) Não te abras com teu amigo Sílabas gramaticais: 9 Sílabas poéticas: 6 Indique o número de sílabas gramaticais e de sílabas poéticas de cada verso. Que ele um outro amigo tem. Sílabas gramaticais: 10 Sílabas poéticas: 6 E o amigo de teu amigo Sílabas gramaticais: 10 Sílabas poéticas: 6 Possui amigos também... Sílabas gramaticais: 7 Sílabas poéticas: Nos poemas a seguir vamos identificar os tipos de rimas: rimas emparelhadas ou paralelas, rimas cruzadas ou alternadas, rimas opostas ou interpoladas. Ele deixava atrás tanta recordação! ( A) E o pensar, a saudade até no próprio cão, Debaixo de seus pés, parece que gemia, (A) (B)

262 260 Análise e interpretação de textos Levanta-se o Sol, vinha rompendo o dia, E o bosque, a selva, o campo, a pradaria em flor Vestiam-se de luz com um peito de amor. (B) (C) (C) (A. de Oliveir ( ) De repente do riso fez-se o pranto ( A) Silencioso e branco como a bruma (B) E das bocas unidas fez-se a espuma (B) E das mãos espalmadas fez-se o espanto. (A) (Vinicius de Moraes) ( ) Saudade! Olhar de minha mãe rezando ( A) E o prato lento deslizando em fio (B) Saudade! Amor de minha terra... o rio (B) Cantigas de águas claras soluçando. (A) (Da Costa e Silv ( )

263 Análise e interpretação de textos 261

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265 Gabarito Linguagem 1. A palavra acepipe é o mesmo que petisco. Somente os seres humanos têm a capacidade de construir pensamentos por meio da palavra escrita e falada e, com isso, partilhar e expandir o conhecimento. O conhecimento sobre a significação das palavras e seu uso nos ajuda a aumentar a capacidade de estabelecer relações, ou seja, pensar em maior grau de profundidade. Comportar-se como leitor é frequentar bibliotecas, interessar-se por livros, jornais e revistas, seja por meio da compra ou empréstimo. É também conversar sobre os temas lidos, reler e recomendar livros aos outros. É isso que nos faz compreender melhor o que lemos. Ao entrar em contato com diversos livros, somos apresentados a novas ideias e informações, e assim acabamos por conhecer o significado de um maior número de palavras, ampliando a nossa visão de mundo e aprimorando nosso modo de pensar. e) Um vocabulário mais amplo facilita a compreensão da leitura. 3. A palavra estupefato é usada para descrever uma pessoa pasma, assombrada ou assustada por causa de algum acontecimento. e) A palavra recalcitrante é utilizada para descrever alguém teimoso, rebelde e desobediente. f) A palavra obsoleto é usada para descrever algo fora de moda, que ninguém mais usa. g) A palavra amesendar é usada para descrever o ato de sentar-se à mesa. h) A palavra pândego é utilizada para se referir a uma pessoa engraçada, que gosta de brincadeiras. (DN) (DA) (IM) (E) (IM) (IN) (IM) f) Quanto mais realizar leituras, mais ampliará seus conhecimentos e, consequentemente, seu vocabulário. (DN) (IN) (DA) 2. A palavra efígie é a representação da imagem de uma pessoa como um retrato estampado principalmente em uma moeda, pintura ou miniatura. A palavra insosso é algo sem tempero, enjoativo. 4. ( ( (e) ( (

266 264 Gabarito ( ( (e) ( ( Concordar com aquilo que é dito. Demonstrar satisfação, concordância, feli- cidade. Simpatia, bom-humor; deboche. Cansaço, tédio; indecisão. e) Demonstrar falta de interesse ou conheci- mento sobre o assunto; não se importar. Resposta pessoal. Televisão, cinema e internet. Quanto mais lemos, mais ampliamos nosso vocabulário e quanto mais ampliamos nosso vocabulário, melhor compreendemos aquilo que lemos. Podemos afirmar que as redes sociais apre- sentam as seguintes características, por exemplo: são infinitas (não dependem de hora e local), permitem comentários adicionais e até mesmo reformulações de textos, podem englobar texto, som, imagem e gráficos em um mesmo suporte. Entre as indústrias atingidas pela digitali- zação, podemos citar a fonográfica (CD), a cinematográfica (DVD), e até mesmo a indústria gráfica, como a que produz revistas e jornais. 11. É fazendo que se aprende. Em outras pala- vras, é preciso interagir com as informações por meio da leitura e da escrita, porque dessa forma nos tornamos realmente sujeitos de nossa aprendizagem. Comunicação (V) (V) (V) (F) (V) (F) É quase impossível escrever textos de qualidade sem exercer a atividade da leitura. Ler bem é muito importante para escrever bem. Ler bem significa saber ler também o mundo, prestar atenção a tudo, pensar bem, desenvolver e aprofundar ideias. A gramática de uma língua é sua estrutura, ou seja, aquilo que permite estabelecer a comunicação com outra pessoa, desde que ela reconheça traços dessa mesma estrutura. O vocabulário dos gestos é infinito e contribui para enriquecer a linguagem falada, complementa as informações ou acrescenta a elas um tom emocional que pode até mudar o sentido do que está sendo dito. Quando estudamos a linguagem, em seu sentido mais amplo, compreendemos que a língua é um sistema coletivo, que engloba a fala e a escrita.

267 Gabarito 265 e) f) As línguas falada e escrita sofrem mudanças constantes com o passar do tempo e isso acontece com a língua escrita porque esta reflete as transformações que ocorrem na oralidade. No entanto, na língua falada as mudanças ocorrem muito mais depressa do que na segunda. Também não existe nenhum sistema escrito capaz de reproduzir fielmente a riqueza da língua falada. Acontece que, em algumas línguas, os graus de diferença entre língua falada e o registro escrito são pequenos e, em outras, muito grandes Regionalismos são variações linguísticas de ordem geográfica. É a linguagem local de uma determinada região. Dialetos são quaisquer variedades linguísti- cas coexistentes com outras e que não podem ser consideradas uma língua (por exemplo: no português do Brasil, o dialeto caipira, o nordestino, o gaúcho entre outros). Os dialetos são modalidades da língua que se caracterizam por peculiaridades fonéticas, gramaticais ou regionais. 4. As linhas que separam a língua culta e popular são muito frágeis, afinal, não se trata de duas línguas diferentes! O que distingue uma da outra está na frequência com que cada uma é utilizada. É por isso que no texto escrito, como não temos os recursos da fala à nossa disposição, é necessário que optemos pela norma culta. A norma culta assegura a unidade da língua nacional. E, justamente por isso, é ensinada nas escolas e difundida nas gramáticas. Por isso existe a necessidade de conhecer essas regras, para que a estrutura de um texto escrito seja compreendida por qualquer pessoa que fale o idioma. Mas atenção: tem gente que acha que as pessoas que mais praticam o português popular falam errado. Isso não é verdade. Elas apenas utilizam a variedade correspondente ao seu nível sociocultural. Falar errado é outra coisa. É não se fazer entender, ou usar uma variedade inadequada para uma determinada ocasião. B G L A U B E S D F H X S V D F M Q O H B A O E L K H C X D K H O M O G Ê N E A J X V L F W L V A P L R Q D H D I P N V Ç Y L O O N J E A S W S T E S L N R R A P I R Ç H K Y N J D I A L E T O N P Q N I T U M C C E Y A U E Z D B Ç E Y P A D R Ã O N D G E Ç Z L W A Ç A S W Q U A O I M I T A Ç Ã O M A I M I D Z D Q O S S O C I A L L U K A língua falada não é homogênea e, por isso, Os sotaques são desenvolvidos naturalmen- te, por imitação. os dialetos tornam-se o falar vivo de um povo que ocupa um território cuja população é numerosa. A língua varia tanto nas tradições quanto no dialeto de cada região. Pessoas escolarizadas reconhecem o uso do português culto, ou variedade padrão, aprendida na escola ou nos ambientes familiares de pessoas que cultivam o hábito da leitura.

268 266 Gabarito 7. e) No entanto, o certo ou errado deriva apenas de uma contingência social. Não podemos esquecer que todas as línguas sofrem alterações que englobam diferenças tanto no tempo como no espaço. Causa Grande concentração de pessoas nos centros urbanos, devido à expansão industrial. Causa Consequência Surgimento da cultura de massa. Consequência Que tipo de língua você imagina que os portugueses trouxeram para o Brasil? Será que foi o português culto ou popular? Se você pensou no português popular, pensou bem. Quem colonizou nosso país não foram os nobres, mas uma população que desejava tornar-se dona das terras conquistadas. Que portugueses enfrentavam as incertezas da longa travessia marítima no século XVI? Definitivamente não eram os nobres, mas eram eles que financiavam as esquadras e ficavam com grande parte dos lucros. Quem enfrentava os problemas das novas terras, se relacionava com os índios, plantava, construía, e procurava ficar rico, eram aqueles que precisavam trabalhar. Resposta pessoal. Melhoria das condições econômicas e difusão do ensino. Desenvolvimento da imprensa e popularização dos livros. Fonologia 1. (4) (1) Causa Consequência (3) Grande quantidade de informações que temos à nossa disposição. As profundas transformações pelas quais estamos passando no modo como interagimos com o mundo ao nosso redor, serão cada vez mais aceleradas. 2. (5) (2) (7) (6) 8. Todos bebiam praticamente da mesma fonte, ou seja, assistiam aos mesmos telejornais e programas de TV. (2) (3) (1)

269 Gabarito Fonema. Letras. Vogais, semivogais e consoantes. B (X) (X) (X) ( ) C (X) ( ) (X) (X) (X) (X) B e) f) g) h) i) j) Sílaba. (D) (D) (D) (H) (D) (H) (H) (T) (D) (H) Ditongo crescente. Ditongo decrescente. Ditongo crescente. Ditongo decrescente. e) Ditongo crescente. f) Ditongo decrescente. g) Ditongo crescente. h) Ditongo crescente. i) Ditongo decrescente. j) Ditongo crescente. B D avaro ibero pudico recorde Resposta pessoal. B C B Ortografia 1. O português é uma língua latina, de origem românica. No entanto, o latim também sofria influências de outras línguas e foi se modificando em cada região. Com o passar do tempo,

270 268 Gabarito deu origem a outras línguas, como o português, o espanhol, o francês, o italiano, o catalão e o romeno. O português desenvolveu-se na província da Lusitânia, que corresponde hoje a uma parte dos territórios de Portugal e da Espanha. Com o passar do tempo, a Língua Portuguesa agregou termos de origem germânica, árabe, francesa e inglesa. Não sei por que fiz isso, não sei o motivo. Separado e sem acento, é usado quando transmite a ideia de motivo ou razão. A noite acendeu as estrelas porque tinha medo da própria escuridão (Mário Quintan. Junto e sem acento, é usado no início de respostas, quando aparece como conjunção explicativa ou causal. 2. (V) (V) (F) (V) Cometeu tantos erros por quê? Separado e com acento, é utilizado no final de frases, interrogativas ou não. e) Não sei o porquê de você me acusar. Junto e com acento, é usado quando tem função de substantivo, antecedido por artigo. 3. (F) D D 4. B ( ( ( 5. (X) ( ) (X) (X) 10. mau mau mal/mal mau 6. peixe: o X é empregado após um ditongo. e) f) mal mau mexer: o X é empregado depois da sílaba me-. enxoval: o X é empregado depois da sílaba en mais Orixá: palavra de origem africana. mas 7. Por que você foi embora antes da minha chegada? e) mais mais mais/más Separado e sem acento, é usado em frases interrogativas. 12. (e)

271 Gabarito 269 ( e) Pense por si mesmo e dê às outras pessoas ( o direito de fazer o mesmo. (Voltaire) 13. ( ( C 3. Desbéliver. Pensêutron. Arilô. 14. E e) Abacádi. Amípipe. 15. B f) g) h) Ebeló. Tamídens. Quêbilum. Acentuação Cateter. Condor. Austero. Extraterrestre. e) pó _ fé dó _ e) Avaro. 5. f) Ureter. Bebê. g) Ruim. h) Nobel. i) Filantropo. j) Ibero. e) Alguém. Robô Jiló/armazém. Maracujá Perder a alegria é a última forma de ser D derrotado. (Antonio Skármet Eu amo aquele que deseja o impossível 7. (Goethe) É preciso pôr cada coisa em seu lugar. Não pode haver economia onde não há efi- A vida é maravilhosa se não se tem medo ciência. (Benjamin Disraeli) dela. (Charles Chaplin) Equívocos são um fato da vida; o que conta Um irmão pode não ser um amigo, mas um é a resposta ao erro. (Nikki Giovanni) amigo será sempre um irmão.

272 270 Gabarito Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama. (Bob Marley) e) A vítima não pôde resistir aos ferimentos. f) As coisas têm momento certo e lugar. E D B e E Era preciso aguardar da segunda à sexta- -feira para receber atendimento. É preciso completar os exercícios do começo da página 45 até a página 48. De trem, fizemos o percurso da Alemanha à Áustria. A locadora de vídeos funciona das 13h às 23h30. e) Há pessoas que trabalham de segunda a domingo (X) (X) (F) (V) (F) (V) (V) Utilizamos acento grave para evitar ambi- guidade. Sem o acento, poderíamos entender que uma pessoa espanta as pedradas e não um animal às pedradas. Utilizamos acento grave para evitar ambi- guidade. Sem o acento, poderíamos entender que alguém, em vez de escrever à tinta, escreve a palavra tinta. Trata-se de uma locução adverbial formada de palavra feminina. Faz parte do mesmo grupo de: às claras, às escuras, às 2 horas, à meia-noite etc. B 12. (X) 17. (V) ( ) (V) (X) (F) ( ) (V) (X) (V) 13. (X) ( ) ( ) Classes de palavras I 1. A

273 Gabarito ( ) 8. (C) (X) (C) (X) (P) ( ) (P) 3. (X) ( ) (X) ( ) 9. e) (C) Carta filho autor jornal terra internet pão - sabão fogo pedra vinho papel livro paz velho luz avião - brasa (V) (F) (V) (V) (F) (2) (3) (1) (X) (X) Pacífico padeiro velhice livraria filhote vinhedo aviador território carteiro internauta pedrada luminosidade papelaria autoria brasão sabonete fogão jornalista. Carta carteiro/ filho filhote/ autor autoria/ jornal jornalista/ terra território/ internet internauta/ pão padeiro/ sabão sabonete/ fogo fogão / pedra pedrada/ vinho vinhedo/ papel papelaria/ livro livraria/ paz pacífico/ velho velhice/ luz luminosidade/ avião aviador/ brasa - brasão. ( ) couve-flor. e) f) g) ( ) ( ) (X) ( ) guarda-chuva, guarda-mirim, guarda-sol, guarda-vidas, guarda-civil, guarda-roupa. pé de moleque, pé de vento, pé de cabra. pão de ló, pão-duro. h) ( ) ( ) Os substantivos, em sua maioria, são palavras variáveis, cuja forma sofre alterações. Conforme a situação em que se apresentam, é necessário adequá-los ao gênero, número e grau. (X) ( )

274 272 Gabarito (X) indefinido um indica o substantivo de ma- ( ) neira vaga, imprecisa, criando um universo discursivo amplo. 14. No primeiro caso, o artigo indefinido um O elenco já está na cidade para o início das gravações. indica homem de maneira imprecisa, e o artigo definido o indica detetive de A junta decidiu realizar a cirurgia em cará maneira precisa. No segundo caso, o arti- ter de urgência. go definido o indica homem de maneira Estávamos apavorados, pois uma matilha ca precisa e o artigo indefinido um indica minhava em nossa direção. detetive de maneira imprecisa. e) Você conhece a expressão desafinar no coro dos contentes? Fomos a um pesque-pague e retornamos 17. ( ) com um belo cardume. ( ) f) A nova banda já fez sucesso no primeiro baile. (X) ( ) 15. (X) Havia uma vez um veterinário. O veterinário tinha também um cachorro. Um jornalista apresentou-se em resposta ao anúncio. O rapaz parecia competente. É uma conversa que não tem fim. Queria muito possuir alguns bens, como: um carro, uma casa, um sítio. e) Havia um rei. O rei tinha uma filha. A filha queria a Lua. f) O sumiço dos animais da fazenda ainda é um mistério. g) Depois de uma série de dias conturbados, parecia que a rotina finalmente tinha voltado. 18. resultado pescador palavras flautista florista dicionário dentada revista telefonista dúvida família maquinista aniversário vocabulário dentista mistério boiada acionista vulcão maratonista mulherio bazar bronquite disciplina goiabada nobreza desafio barriga peixada origem preguiça. 19. Portugal foi um dos países premiados, mas a Suécia não. 16. Renata pediu a uma senhora que escutasse No primeiro caso, o artigo definido o que o que ela tinha a dizer. precede o substantivo guarda, indica uma entidade precisa, que pertence à memória discursiva dos sujeitos envolvidos no ato Todos os envolvidos foram indiciados. A senhora está equivocada. comunicativo. No segundo caso, o artigo e) Mário deve estar pesando uns 80 quilos.

275 Gabarito 273 Classes de palavras II 6. Ateia. 1. D Hebreia. Plebeia. 2. C e) Judia. Pigmeia. 3. A 7. A 4. (8) 8. (2) ( ) (6) ( ) (4) (X) (3) ( ) (7) (X) (1) (5) 9. ( ) 5. (X) ( ) Uniforme: fácil ( ) Biforme: rica (X) Uniforme: Biforme: sincero Uniforme: Biforme: legítima 10. (S) (A) (A) (S) (A) Uniforme: grandes 11. Biforme: pequenas (6) e) (9) Uniforme: (8) Biforme: ocioso (1)

276 274 Gabarito (4) (7) Verbos (10) 1. (2) (5) (3) (3) (2) (1) 12. (2) (7) (2) (1) (1) 2. (3) (V) (4) (6) (5) (F) (V) 13. Grau comparativo de inferioridade. Grau comparativo de igualdade. Grau comparativo de superioridade. 3. ( ) Joga tuas coisas fora, pois aqui não vais precisar delas. ( ) Seja você a luz que deseja ver brilhar no mundo! Grau superlativo absoluto analítico. (X) Permitas que me deixem aqui sozinho. 14. Macérrima. Antiquíssima. ( ) Vai e diz a ela que estou sofrendo. ( ) Estudemos nós, enquanto podemos dispor de tempo. Eficacíssimo e) f) B Audacíssimo. Boníssimo. Finíssimos. Tinha que esperar até que ela pegasse no sono de novo e não sabia quanto tempo ia levar. Queremos que saia, que faça novas amizades. Não sabia que horas eram quando acordou. Suas mãos tremeram tanto, que acabou der- 16. ramando o chá. C e) Não havia o mais leve sopro de vento naquela tarde.

277 Gabarito vogal tônica recai depois do u. Ela não podia ter saído a uma hora daquelas. Havia estado doente por alguns dias. (X) Tinha entregue os remédios em suas mãos. Ele foi preso antes de completar 18 anos. (X) O rapaz tinha salvo um companheiro. O rapaz havia sido expulso da instituição. Havia findado o tempo de espera. (X) Estava isentado de qualquer culpa. Foram expressadas as condolências. (X) O submarino jazia imerso nas águas profundas do Atlântico. Há muito tempo aqueles animais estavam extintos. Os homens estavam omissos diante dos fatos As formas rizotônicas são aquelas cujo acento tônico incide no radical do verbo. A palavra rizotônica vem do grego e significa riza, raiz mais tônica, que tonifica. Tenho vindo aqui sempre que posso. Tinha/Havia estado ocupado nos últimos meses. Estava/Andava revoltado com os inúmeros problemas. Tinha/Havia tido um mal-estar passageiro. e) Tinha ido encontrar os familiares naquela tarde. (P) (R) (A) (R) 6. Quando eu for adulto, realizarei muitos sonhos. É bem provável que estes sonhos sejam fáceis de realizar. (R) (A) (P) (P) (P) Quando era criança, meus sonhos eram simples. 11. Agora são muito maiores e mais complexos. Floresce: verbo florescer 3.ª pessoa do sin gular, indicativo. 7. C Permanecia: verbo permanecer, 3.ª pessoa do singular, indicativo. 8. Provasse: verbo provar, 2.ª pessoa do singu- lar, subjuntivo. As formas arrizotônicas são os vocábulos cujo acento tônico não permanece no radical. É o caso do verbo adequar, em que a Darei: verbo dar, 1.ª pessoa do singular, in- dicativo.

278 276 Gabarito Vai: verbo ir, 3.ª pessoa do singular, indicae) tros países a fim de melhorar o comércio e tivo. assinar acordos. Pensastes: verbo pensar, 2.ª pessoa do sinf) Os meninos deviam saber que um remédio gular, indicativo. tomado a tempo pode salvá-los de uma do- g) Morde: verbo morder, 3.ª pessoa do singular, ença grave. indicativo C É: 3.ª pessoa do singular, presente do indi- cativo. For: 2.ª pessoa do singular, futuro do sub- juntivo. Deixaria: 2.ª pessoa do singular, futuro do pretérito do indicativo. Lembrava: 3.ª pessoa do singular, pretérito imperfeito do indicativo. Rasgará: 2.ª pessoa do singular, futuro do presente do indicativo. e) Morfologia I 1. (e) ( ( ( ( 2. Sugestões de respostas: 13. Desenvolva as habilidades empíricas de seu filho. Os gregos amavam contar e ouvir histórias. A falta de atividade física na infância poderá ocasionar problemas de obesidade no futuro. Seria melhor passar mais tempo ensinando aos alunos sobre saúde alimentar. e) Se descobríssemos novas espécies de tubarões, a comunidade científica ganharia ainda mais incentivos Puxa! Por que tudo que parece fácil às vezes é tão mais complicado? Viva! Esta é a promoção que eu estava esperando há meses. Upa, cavalinho! Só falta mais um pouquinho. Ora! Por essa eu não esperava. e) Ah! Tem uma barata enorme no canto da sala! Puxa vida!, ora bolas!, ai de mim!, cruz credo! etc. 14. (X) Os periódicos circulam há muito tempo. Dividam suas redações em parágrafos de três ou quatro frases. Elas conversam com os diplomatas de ou ( ) (X) ( ) ( )

279 Gabarito Embora/conquanto/mesmo que (concessiv. (2) Uma vez que/visto que/já que (causal). (1) Como (comparativ. (4) e) De forma que/de sorte que (consecutiv. (5) (4) (3) (2) (5) (1) (3) 10. e) A fim de (final). Conforme/consoante/segundo (conformativ. Se (condicional). À medida que/ à proporção que/quanto mais (proporcional). Depois que/logo que (temporal). 6. Não conheço as decisões tomadas, mas/todavia sei que todos os assuntos foram discutidos de modo ponderado. Tem feito dias muito frios na Europa, portanto leve roupas adequadas na bagagem. 11. a: relação de lugar. desde: relação de tempo. sem: relação de ausência. entre: relação de lugar. Tome uma decisão agora, ou você pode se arrepender depois. Não se preocupe, pois/porque eu sei do que você precisa. 12. Como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão e visto. e) Faltou muita gente na festa e sobrou muita 13. comida. (V) 7. As integrantes introduzem uma oração que pode funcionar como sujeito, objeto direto, predicativo, objeto indireto, complemento nominal ou aposto de outra oração. As adverbiais ligam circunstâncias ao fato apresentado na oração principal. 14. (V) (F) (F) Ó Oh 8. D e) Ó Oh! Oh! 9. A fim de que (consecutiv.

280 278 Gabarito 15. C Não custa nada para eu levar o livro até você. Esta conversa é entre mim e você. 16. ( ) (X) ( ) (X) (X) 17. Morfologia II 1. (S) (A) (S) (A) (S) e) Fizeram-no sair de casa tarde da noite. Mãe, o que a senhora está pensando disso tudo? Encaminhamos a vossa senhoria a prestação de contas que nos foi solicitada. Vossa Excelência, o presidente, sabe como agir em causas difíceis. Vossa Eminência tem o apoio de todos os fiéis da Igreja. e) Vossa Majestade deverá esperar o momento da coroação. Há muitas razões para duvidar e uma só para crer (Carlos Drummond de Andrade). Pronome indefinido variável. Não restam quaisquer dúvidas a respeito de quem é o culpado pelo homicídio. Pronome indefinido variável. Nós 1.ª Pessoa do plural. Eles 3.ª Pessoa do plural. Algo precisa ser feito para deter o nível da poluição ambiental. Ele 3.ª Pessoa do singular. Pronome indefinido invariável. e) Eu 1.ª Pessoa do singular. Eu 1.ª Pessoa do singular. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos Eu não me/a/o/lhe/te/as/os culpo, mas a ele sim. Eu sempre me deito tarde da noite. Eles me/a/o/lhe/te/as/os perseguem há anos. Não me diga que você ainda está em casa! e) Fique comigo, se assim desejar. Encontrei-a na feira de sábado à tarde. Deixe-me em paz, não vê que quero ficar só? 7. Pronome indefinido invariável. e) Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal. (Oscar Wilde) Pronomes indefinidos variáveis. (P) (P) (N) (N) (N)

281 Gabarito ( ) 12. D (X) ( ) ( ) 13. A 9. (X) 14. C ( ) (X) 15. A (X) ( ) 16. (X) A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. O espaço cultural que o governo pretende criar beneficiará a toda a comunidade. Descobri que a senhora que me atendeu ontem é sua prima. Uma pergunta cuja resposta você não sabe é uma pergunta difícil? e) Este é o livro cujo autor vem recebendo vários elogios. f) O tema sobre o qual se discutiu ontem foi amplamente divulgado hoje. (V) (V) (V) (V) (V) (F) (F) Frase, oração e período 1. (V) (N) (V) (N) (N) 2. (X) (X) ( ) (X) ( ) 3. (2) (2) (1) (2) (2)

282 280 Gabarito e) f) Frase, oração e período simples. Frase, oração e período simples. Frase, oração e período composto. Frase, oração e período composto. Frase. Algumas pessoas começaram a notar pequenas mudanças na ordem do dia. O meu amigo Marcelo ouviu de repente o barulhinho do molho de chaves. O esquisito garoto começou a se afastar cautelosamente. Minha tia entrou afobada na sala e sentou-se em sua cadeira de descanso. e) Os belos carros começam hoje a sair da fábrica. f) g) h) i) j) Elíptico. Composto. Indeterminado. Elíptico. Simples. O verbo de ligação é aquele que não indica ação e, como o nome já diz, liga o sujeito a um estado, a uma característica ou a um modo de ser desse sujeito. Em outras palavras, liga o sujeito a um predicativo. Os verbos de ligação podem expressar es- tado de continuidade, estado permanente, transitório, mutatório e aparente. Os verbos significativos expressam ação ou acontecimento. Este tipo de verbo tem em si mesmo um sentido, um significado característico Os verbos significativos podem ser de senti do completo ou incompleto. Em virtude disso, eles podem ser classificados em intransitivos e transitivos, respectivamente. e) Os verbos transitivos pedem complemento. (TD) (TI) (TI) (TDI) (TDI) ( Ela acorda cedo para fazer exercícios. ( O homem parecia nervoso, ou pior, alucinado. (2) (1) (1) (2) (1) Romeu era louco por Julieta. O diretor ficou satisfeito com a equipe. Apesar do choque, ele estava consciente de tudo. Espero que você tenha feito um bom apro- veitamento do passeio. e) Tinham muito orgulho dos filhos. (V)

283 Gabarito (V) (F) (F) (V) (PS) (PC) (PS) (PC) (PC) Algumas crianças chegaram ao jardim e logo começaram a atirar pedrinhas na água. O período é composto por duas orações. Os livros voaram, se espalharam por todos os cantos e a casa ficou uma bagunça. C B O período é composto por três orações. Termos acessórios da oração 1. O pequeno restaurante abria cedo. O: artigo. Pequeno: adjetivo O referido culpado articulou diversos crimes. O: artigo. Referido: adjetivo. Diversos: adjetivo. Algumas pessoas podem adquirir quadros famosos. Algumas: pronome indefinido. Famosos: adjetivo. Meu pai participa das corridas de rua. Meu: pronome possessivo. De rua: locução adjetiva. e) Vários atletas participaram da competição olímpica. (1) (2) (2) (1) (1) (2) (2) (1) (1) (2) (1) (2) Vários: numeral. Olímpica: adjetivo. Eles se amavam muito. O Sol se pôs, a Lua surgiu mansamente.

284 282 Gabarito Sinto-me bastante satisfeito com a promoção. Adjuntos adverbiais: ontem Só voltei à tarde do trabalho. e) A garota estava quase desmaiando de fome. Atualmente existem muitas possibilidades de escolha. Tempo. Demorou mais para que ela pudesse coordenar seus pensamentos. Intensidade. Não sei se o que eu vou dizer lhe interessa. Negação. Encontrei-o no parque fazendo exercícios físicos. Lugar. e) De modo decidido, ele subiu no telhado da escola. As primeiras experiências científicas chega- ram ontem. Modo. Os novos volumes surgiram atualmente. Núcleo do sujeito: volumes. Núcleo do predicado: surgiram. Adjuntos adnominais: os, novos. Adjuntos adverbiais: atualmente. Os estrangeiros visitam o país regularmente. Núcleo do sujeito: estrangeiros. Núcleo do predicado: visitam. Adjuntos adnominais: os. Adjuntos adverbiais: regularmente. Núcleo do sujeito: experiências. Núcleo do predicado: chegaram. Adjuntos adnominais: as, primeiras, científicas (4) (1) (3) (2) (4) (1) (2) (x) Stela (a coordenadora do projeto) admirou-se da reação do cliente. Stela (a coordenadora do projeto.) admirou- -se da reação do cliente. ( ) Você está mudado! (Marcelo já imaginava que ela faria esta observação). (x) Você está mudado! (Marcelo já imaginava que ela faria esta observação.) (x) Tudo pode acontecer de um momento para outro. (Ele sempre usava frases clichês.) Tudo pode acontecer de um momento para outro. (Ele sempre usava frases clichês). No acidente com o avião da companhia estadunidense (10 de agosto.) morreram doze pessoas. (x) No acidente com o avião da companhia estadunidense (10 de agosto) morreram doze pessoas.

285 Gabarito (1) (1) (2) (1) (2) A maioria dos aeroportos brasileiros, por incrível que pareça, teve as decolagens proibidas na última sexta-feira. E começou a irritá-lo, de brincadeira, só para ver até aonde chegaria sua paciência. Seria bom você me dizer o que está haven- do, Lúcio. Uma imensa massa de ar frio projeta-se so- bre a capital nesta quarta-feira. e) Daqui a alguns meses os resultados serão visíveis. f) O velhinho grisalho, servente do parque, não acreditava no que estava vendo. C Falta muito/pouco para o término do traba- lho. (intensidade) Ontem/Hoje/Semana passada o plano foi re- visto. (tempo) Acredito que muita gentileza é sempre im- portante. (intensidade) e) Todo o trabalho será realizado tranquila- mente/oportunamente/facilmente. (modo) f) Eles permanecerão aqui/lá durante toda a noite. (lugar) Ontem/Hoje/Semana passada fui ao parque/ cinema/shopping. (tempo/lugar) g) O novo motorista executou perfeitamente/ tranquilamente o teste de direção. (modo) 13. Vocativo. Aposto. Vocativo. Aposto. e) Vocativo. f) Aposto. g) Vocativo. 14. Sintaxe 1. Leopoldo queria protestar contra aquelas palavras, mas teria sido inútil. Como você foi tão gentil, eu o acompanho até a porta. A mãe, portanto, assim que o viu o apertou num abraço digno de urso. Depois daquele livro, ele leu muitos outros. e) Dito isto, o velho começou a lhe contar a sua vida. f) O voo foi cancelado, mas as pessoas perma- neceram aguardando no aeroporto. g) Apresentamos várias propostas, contudo ne- nhuma delas foi aprovada. h) De um lado, havia uma grande loja de de- partamentos e do outro, a entrada de um parque. 2. Levei um susto que me fez pular cinco me- tros de altura.

286 284 Gabarito Grande parte das pessoas que ingerem bebi- das alcoólicas antes de dirigir se envolve em acidentes de trânsito. Fiquei um tempo olhando para a vitrine, fin- gindo observar os livros. Enfiei a mão no bolso e saquei minha lanter- na, pois imaginei que poderia precisar. 7. Ninguém deseja que aconteça uma crise mundial. Meu desejo é que as promessas sejam cum- pridas. Perguntaram se você viria. e) 3. aditivas: e, nem. adversativas: mas, porém, todavia, contu- do, no entanto, entretanto. alternativas: ou, ora, quer, seja, nem, já. (1) (2) (1) (1) (2) conclusivas: logo, pois, portanto, por conse- guinte, por isso, assim, então. e) explicativas: que, porque, pois, porquanto. (S) (A) (A) (S) (S) (S) (A) (A) 8. A conjunção se indica uma condição entre as orações. São orações subordinativas adverbiais condicionais. A oração porque acabo de saber quem é a Sra. Christie é subordinada adverbial causal, pois exprime causa ao fato que ocorreu na oração principal. As conjunções tão e quanto represen- tam o segundo termo de uma comparação, sendo a oração subordinada adverbial comparativa. A conjunção embora indica uma conces- são, um consentimento, entre as orações. Trata-se de uma oração subordinativa concessiva. (Conjunção coordenativa aditiv (Conjunção coordenativa conclusiv (Conjunção coordenativa explicativ A oração a fim de que todos ficassem satis- feitos exprime finalidade. Trata-se de uma oração subordinativa adverbial final. e) (Conjunção coordenativa adversativ (F) Avisei ao porteiro que esperava uma carta importante. (V) Ninguém sabia ao certo se ela estava doente. (V) (F) (V)

287 Gabarito (X) Os homens e as mulheres são feitos de sentimentos e emoções. (X) O homem e a mulher são feitos de sentimentos e emoções. (X) Terminado o baile e as refeições, as pessoas foram para casa. ( ) Terminados o baile e as refeições, as pessoas foram para casa. (X) Admiro as torcidas atleticana e coxa-branca. (X) Admiro a torcida atleticana e a coxa-branca. (X) O palhaço é muito ativo. (X) Os palhaços são muito ativos. (X) A bebida e a direção são perigosas. ( ) A bebida e a direção é perigoso. (X) Vossa Senhoria está enganado. (Frase dita a um homem.) (X) Vossa Senhoria está enganada. (Frase dita a uma mulher.) (X) É necessário atenção e cuidado. ( ) É necessária atenção e cuidado. (X) É necessária a atenção e o respeito. ( ) Colheu pêssegos, bananas e comeu-as em seguida. (X) Colheu pêssegos, bananas e comeu-os em seguida. (X) A direção considerou o pai culpado pelo agravamento do caso. (X) A direção considerou o pai e a mãe culpados pelo agravamento do caso. (X) Em anexo, encaminho os documentos. ( ) Anexo, encaminho a remessa. (X) Anexa, encaminho a remessa. O médico e a médica revelaram o diagnóstico Machucaram/machucou o aluno e a aluna. Eu e tu voltaremos depois do almoço. Faz horas que o avião decolou. e) A biblioteca avolumou-se com as doações recebidas. f) Pai, mãe, família, amigos, ninguém podia ajudá-lo. g) Já deram duas horas. h) Sou eu quem como/come tudo. e) Período composto por coordenação. Há duas orações independentes, sendo que a segunda apresenta uma conjunção coordenada aditiva: A viagem começa agora/ e (a viagem) foi muito bem planejada. Período composto por subordinação. Há uma oração principal ( Sinto-me em paz ) e uma oração subordinada adverbial temporal ( assim que chego do trabalho ). Período composto por subordinação. Há uma oração principal ( tanto mais tenho desejo de trabalhar ) e uma subordinada adverbial proporcional ( Quanto mais trabalho ). Período composto por coordenação. Há duas orações independentes, sendo que a segunda apresenta uma conjunção coordenada aditiva. Estou comprando uma casa no campo/ e (estou comprando) outra casa na praia. Período composto por coordenação. Há duas orações independentes, sendo que a segunda apresenta uma conjunção co- -ordenada explicativa: Comeu a comida toda / porque (a comid estava deliciosa.

288 286 Gabarito A paixão o deixou leve como um passarinho. Embora o teste fosse fácil, acho que não me saí bem. O mundo parecia cada vez mais vazio, à proporção que o tempo passava. Caso você desista da reunião me avise, por favor. 4. (!) (!) (!) e) ( ) O uso do ponto de interrogação seguido do ponto de exclamação se torna um recurso para indicar que a frase, além de interrogativa, deve ser lida com entonação mais intensa ( ) (3) (X) (1) (X) (2) ( ) (1) 15. (2) 6. Pontuação Esta história já estaria bem próxima do fim, não fosse a rápida decisão de um dos homens 1. presentes na mesa. (termo deslocado) (4) Comumente, as melhores decisões são to (5) madas após muita ponderação. (termo des- (2) locado) (1) Certo dia, uma sexta-feira, o moço chegou (3) em casa apressado. (aposto) 2. e) Alto lá, mantenha-se aí onde está! (vocativo) A princesa Isabel, filha de Dom Pedro II, foi (?) quem aboliu a escravidão no Brasil. (aposto) e) ( ) (?) (?) ( ) Várias denúncias de irregularidades fiscais, nos últimos dias, têm assolado o país. (oração subordinada adverbial) Gostava de estar acompanhado: do cachor- ro, dos filhos, dos amigos, da esposa. Só não f) g) 3. (!) ( ) gostava de ficar sozinho. (enumeração) E chora, e grita, e esperneia, e ninguém con- segue dar conta daquela criança. (vírgula separando termos coordenados sindéticos) h)

289 Gabarito 287 i) j) Montou em sua bicicleta e, com a corda toda, se pôs na estrada. (aposto) Era preciso chegar o mais rápido possível, mas o caminho em direção à cidade não era reto. (vírgula separando termos coordenados sindéticos) um ser humano sem comer? Vou tentar lhe responder com outra pergunta retrucou Olga Quanto tempo vive um ser humano sem praticar a arte que mais ama? Pode um pintor viver sem pintar? k) O inimigo avança, recua, ataca de novo. (vírgula separando termos coordenados assindéticos) 10. (1) l) O esqueleto humano, que é interno, difere bastante do dos insetos. (vírgula nas orações subordinadas adjetivas) (2) (2) (1) 7. (1) (2) (4) (2) (3) 11. Na época o caso (que dispensa comentários) foi altamente divulgado pela mídia. A baixa produção econômica (da qual sa- bemos bem os resultados) vem interferindo nas negociações entre os países. 8. Existe um ditado árabe que diz: quem tem saúde, tem esperança e quem tem esperança, tem tudo. À vista dos outros era um coitado, mas ti- nha mais posses do que todos nós juntos. Talvez o momento certo (se é que ele existe) jamais chegue. Cada qual (um pior do que o outro) dispen- sava maiores apresentações. As pessoas (que não são quadradas) sabem como se virar quando algo não vai bem. e) Os italianos dizem que a felicidade é: pão, amor e vinho. 12. Naquela época, senhoras e senhores, o peixe dourado era desconhecido neste país. Era assim que sempre dava início às histórias que gostava de contar. Depois de muito tempo, ela observou: É melhor nos separarmos. Silêncio. É melhor... disse ele. 9. É melhor. concordou ela. Olga levantou o braço e gritou para o português: 13. Agora pode trazer o nosso lanche, seu Manuel! Sem querer ser chata, eu só queria fazer uma pergunta disse Quêta Quanto tempo vive Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher teria mais critério/se o homem soubesse o valor que tem a mulher, teria mais critério.

290 288 Gabarito Se você comer algo quando não tiver nin- guém olhando, não irá perder peso. Meu filho, se você esquecer a chave, não tem problema, porque vou deixar uma cópia com o vizinho. (1) (2) (1) (2) Efetivamente, o Rio de Janeiro ainda é o lu- gar do samba por excelência. (1) (2) e) Depois de ter aprendido a ler as letras, lia tudo: livros, mas também avisos, anúncios, as letras miudinhas nas costas dos bilhetes de elétrico, cartas deitadas no lixo, jornais velhos apanhados debaixo do meu banco no jardim, grafites, a contracapa de revistas nas mãos dos leitores no ônibus (Alberto Manguel). (1) (2) (2) (1) (1) (2) 14. (2) Toda aprendizagem começa com um pedi- do. Se não houver o pedido, a aprendizagem não acontece. Há aquele velho ditado: É fácil levar a égua até ao meio do ribeirão, o difícil é convencer a égua a beber (Rubem Alves). 2. (1) (e) ( Aposto que a dona Olga, mais uma vez, vai ( chegar em cima da hora disse Roberto. Tomara que ela venha logo! bocejou Mariana, que havia chegado ali um pouco antes e já não suportava mais as perguntas dos colegas impacientes. Na hora exata, Olga parou diante deles, olhou para o céu nublado e disse: 3. (f) ( ( Comparação. Espero que não chova antes do fim da história... Comparação. Metáfora. Semântica I e) Metáfora. Comparação. 1. (1) (2) (2) (2) (2) f) g) h) i) j) k) Metáfora. Comparação. Comparação. Metáfora. Comparação. Metáfora.

291 Gabarito (F) A hipérbole consiste na expressão exagera- (M) Tomei duas conchas de sopa. (S) O título do livro é Uma Ideia toda Azul. (A) O rei das selvas chegou ao zoológico. (M) Já tomou seu café da manhã? (S) Aquele perfume tem um aroma gritante. (M) Graham Bell facilitou a comunicação. da de uma ideia. (F) A ironia é toda sugestão, seja por contexto ou por entonação, contrária às palavras expressas no texto. (F) A gradação é uma figura de linguagem que, como o próprio nome já diz, exprime ideias de modo gradativo. 5. (M) O tique-taque do relógio nos perturbava. (A) Meu sonho é conhecer o fenômeno do futebol pessoalmente. (C) A palavra azulejo originalmente servia para designar ladrilhos de cor azul. (M) Adoro Vinicius de Moraes. 7. É por isso que a montanha tem ciúmes Quando o vento leva a chuva pra dançar Muitas vezes tudo acaba em tempestade Raios gritam sobre a tarde, Tardes dormem ao luar, anoitece a minha espera, Amanheço a te esperar. (3) Desejo tenhas sorte. (6) Meu filho, não há conselho nem exemplo que lhe impeça de fazer o mal. 8. Homônimos são palavras que têm mesma pronúncia e escrita, mas significados diferentes. (5) Amor é fogo que arde sem se ver; é ferida que dói e não se sente; é um contentamento Parônimos são palavras parecidas na pronúncia e na escrita, porém com significados diferentes. descontente; é dor que desatina sem doer. (Camões) (4)...e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza. (1) Sobre a mesa, apenas um vaso de flores. (2) Você joga para mim e eu para você. (8) Aos filhos, deixou-lhes a herança. (7) Passeiam, à tarde, as belas na Avenida e) ascender apreçar retificar pião tráfego (Carlos Drummond de Andrade) conserto 6. (F) Eufemismo é uma expressão utilizada com a intenção de suavizar uma expressão ofensiva, preocupante ou de efeito desagradável. (V) e) f) concerto cela cozer sela coser

292 290 Gabarito 11. e) f) g) Estar desconfiado. Sair correndo. Vacilar/hesitar. Ser muito calmo. Ir embora. Ser muito orgulhoso. Refletir por conta própria a respeito de um fato. 2. São estes detalhes que fazem toda a dife- rença. As pessoas precisam encarar os desafios do dia a dia. A Prefeitura acaba de liberar os recursos para o início das obras. É preciso dividir o orçamento em duas me- tades. g) h) i) j) 12. Marcos disse que sentia muito pelo fato do pai de seu vizinho ter sucumbido à doença. Morrido. Uma vez que era verticalmente ameaçadora, a professora era respeitada e temida por todos os alunos. Muito alta/grande. (V) (F) (V) (V) (F) (F) Uma vez que Haroldo não estava alcançando o nível esperado, foi convidado a refazer o quinto ano. Foi reprovado. 3. deslize. Minha avó sempre nos diverte quando remove seu aparelho dental. Dentadura. Você não foi feliz em sua apresentação. Não se saiu bem. cacoépia. cacografia. silabada. Semântica II 1. Ricardo voltou a trabalhar. Glória Pires será a protagonista da nova no- vela que estreia em março. Não acredito que esteja vendo isto! A China detém o monopólio de produtos ma- nufaturados. e) Todos os países acabam de selar o acordo de preservação ambiental. f) Continuam as buscas pelos soldados desapa- recidos D (3) (1) (2) (1) (3) (8) (5) (6)

293 Gabarito 291 (4) 10. (1) (9) (3) (10) (2) (7) Refere-se ao próprio motorista de cami- nhão. Refere-se ao próprio motorista de caminhão. Refere-se aos demais motoristas. Refere-se aos demais motoristas. Refere-se ao próprio motorista de caminhão. e) 7. f) Refere-se aos demais motoristas. O banco (local onde se sentou) ou o banco (lo- cal onde são feitas transações econômicas)? Queria o CD gravado por Pedro ou o CD de propriedade de Pedro? Era a peça que estava na garagem ou era o carro que lá estava? Nós que estávamos andando, ou era Estevão do Vale? 11. e) f) verão tarde ativa britânicos velho velho e) f) g) Substantivo. Adjetivo. Verbo. Oração completa. Verbo. Substantivo. Adjetivo. O veículo era bastante veloz, quase como um carro de corridas. O veículo era mais veloz que um triciclo. O homem era bastante forte, quase como Hércules. O homem era forte o bastante para alguém idoso. h) Oração completa (5) (2) (3) (1) (4) e) f) g) Adiar já é deixar para depois, protelar. Um panorama nos dá uma visão geral. Acrescentar é colocar algo mais. Aquilo que está acabado chegou ao seu final. Aquilo que está junto está com. Uma alternativa já é uma outra opção. Se não for livre, não é de escolha. Ninguém pode comparecer senão em pesh) soa.

294 292 Gabarito i) j) Aquele que convive já vive junto. Uma surpresa esperada não é surpresa. 4. A vila de contêineres 14. B Estudantes de Amsterdã se mudam para apartamentos de lata 15. No meio de. Do meio de. Elementos do texto 1. Feudalismo O feudalismo foi um modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais (servis). Tem suas origens na decadência do Império Romano. Predominou na Europa durante a Idade Média. Segundo o teórico escocês do Iluminismo, Lord Kames, o feudalismo é geralmente precedido pelo nomadismo e sucedido pelo capitalismo em certas regiões da Europa. Os senhores do feudalismo conseguiam as terras porque elas eram doadas a eles pelo rei. Os camponeses cuidavam da agropecuária dos feudos e, em troca, recebiam o direito a um pedaço de terra para morar, além da proteção contra ataques bárbaros. Quando os servos iam para o manso senhorial, atravessando a ponte, tinham que pagar um pedágio, exceto quando para lá se dirigiam a fim de cuidar das terras do Senhor Feudal. 2. mas / ou / e / mas / mas / mas / conforme / se / porque / ou / mas / mas / mas / e / mas 3. apesar de / segundo / mas / por isso / se / já que Em 1937, o americano Malcom McLean inventou grandes caixas de aço para armazenar e transportar fardos de algodão: os contêineres, hoje essenciais para o comércio na economia globalizada. Mas você aceitaria viver dentro de algo assim? Na cidade de Amsterdã, capital da Holanda, fica a maior vila de contêineres do mundo: com aproximadamente apartamentos. A vila fica a quatro quilômetros do centro e foi construída para atender à demanda por alojamentos estudantis na cidade. Os contêineres foram comprados na China, onde passaram por uma reforma e ganharam os equipamentos básicos de um apartamento, como pia, banheiro, aquecedor e isolamento acústico. A seguir, foram levados de navio para a Holanda e empilhados com guindastes para formar um prédio de cinco andares, que foi inaugurado em 2006 e hoje abriga cerca de estudantes. Os contêineres são pequenos, e o prédio não tem elevador (é preciso subir de escad. Mas, como o aluguel custa 320 euros por mês, barato para os padrões de Amsterdã, ninguém reclama. No começo fiquei apreensivo, mas hoje acho bem eficiente, diz o estudante alemão Torsten Müller, que vive lá há seis meses. O sucesso foi tão grande que a empresa responsável pelo projeto já construiu outra vila num subúrbio de Amsterdã e também está erguendo um hotel na cidade de Yenagoa, na Nigéria, para turistas que quiserem ter a experiência de dormir num contêiner. Mas com acomodações de luxo lata por fora, quatro estrelas por dentro (D ESSEN, Caroline)

295 Gabarito imergir / mantenha / cozinhe / preparar / defenda. 3 / 1 / 4 / 2 O caixote contém em média uma dúzia de frutas. A produção textual 1. (N) (A) (D) (D) (A) (N) Com a inauguração da nova rodovia, os mo- radores passaram por momentos de alegria. As crianças sofrem de uma doença crônica agravada pelas condições precárias de moradia. O museu municipal possui um belo acervo. e) Você dispõe de dez minutos para a sua apresentação. 2. (A) (N) Personagens: um vendedor e um comprador. Espaço: uma loja. Tempo: a duração de uma conversa. Foco narrativo: 3.ª pessoa A família dever considerar a educação dos filhos em primeiro lugar. Suas notas o levaram à universidade. O decorador pendurou as fotos na parede. Como estava atrasado, guardou as roupas na mala desajeitadamente. e) A professora orientou os alunos a não em Um homem entre em uma loja para comprar algo. O comprador não se lembra do nome do objeto que deseja comprar. O vendedor tenta ajudá-lo a lembrar do nome do objeto desejado. O comprador tenta descrever o objeto que almeja adquirir. pregar gravuras nos trabalhos. 5. Inesperadamente o vendedor descobre o 9. que o comprador quer. Respostas pessoais. Respostas pessoais. 4. Resposta pessoal. Respostas pessoais. Respostas pessoais. 5. Resposta pessoal.

296 294 Gabarito 6. Resposta pessoal. 3: a dona do livro arruma várias desculpas para não emprestá-lo Resposta pessoal. Resposta pessoal. Resposta pessoal. 3. 4: a mãe descobre que sua filha mentia não emprestar o livro. 5: a garota consegue o livro, o que lhe dá enorme prazer. A partir do sexto parágrafo, o protagonista relembra seu primeiro beijo, em uma estátua. É uma história dentro de outra história, o passado dentro do passado. 10. Resposta pessoal. 4. Narrar e argumentar 1. Texto C: o segmento apresenta personagem (a moça tecelã) e as ações ocorrem numa sequência temporal. Os verbos inicialmente aparecem no pretérito imperfeito (acordava, sentava-se, ia passando etc.) e depois, com o início da complicação, aparecem no pretérito perfeito (sentiu, pensou, esperou). 2. A garota cujo pai era dono de uma livraria (antagonist e a protagonista. A cidade de Recife. 1.ª pessoa, narrador-personagem. É a pró- pria protagonista que conta sua história. Sugestão 1: a garota (antagonist informa que possui o livro Reinações de Narizinho e promete emprestá-lo. 2: a protagonista vai várias vezes à casa da garota, acreditando que conseguirá emprestar o livro. A pertinência ou não dos nomes dados a logradouros públicos (ruas, avenidas, viadutos). Alguns homenageados não mereciam no- mear logradouros públicos, tendo em vista as ações realizadas em vida. Sugestões: [...] aí é que a porca, muitas vezes, entorta o rabo embora isso aconteça mais no meio rural, onde a bichinha, aclimatada ao seu habitat, está pouco se lixando para placa de rua nos centros urbanos. [...] enfim, puxar um saquinho daqui e outro dali. ([...] e bota concreto nisso). ([...] e bota por cima nisso). mas só de leve Que terceiro lugar, pergunta o leitor esquecido. Mudando de pato para ganso. [...] recorro de novo à porca, que volta a entortar o rabicho.

297 Gabarito Sim. Pelo fato de ser historiador, conhece muito da história por trás dos nomes de ruas e avenidas, ao contrário da maioria das pessoas que passam pelo local sem saber quem foi a personalidade que deu nome àquele local. Após várias tragédias e centenas de mor- tes, nos dois últimos anos, devido a for tes chuvas que poderiam ter sido evitadas se houvesse investimento principalmente em infraestrutura, o governo federal anunciou que pretende mudar o marco regulatório para a liberação de recursos em casos de catástrofes naturais. O ministro do Pla - neja men to, Paulo Bernardo, disse que vai enviar ao Con gresso Nacional, em cerca de 45 dias, um novo marco regulatório. Com a mais recente tragédia ocorrida em Alagoas e Pernambuco devido às chuvas, o governo liberou cerca de R$ 100 mi lhões para os dois estados, mas o dinheiro pode levar até um mês para chegar aos desabrigados. Tudo depende do envio dos relatórios de Defesa Civil. Essa burocracia, apesar de ser um impor- tante meio de controle dos gastos de dinheiro público, em situações de emergência ou em estado de calamidade, deve ser reduzida ao mínimo necessário para que as populações afetadas não tenham de ficar dependendo apenas da ajuda de voluntários O espaço onde transcorre a narrativa. Pretérito imperfeito. Todos os dias esvaziava uma garrafa, colo cava dentro sua mensagem, e a entregava ao mar. Nunca recebeu resposta. Mas tornou-se alcoólatra. Tipologia e gêneros textuais Resposta pessoal. Resposta pessoal. Pessoas que tentam se passar por advogados e/ ou homens de negócio e enviam s propondo bons negócios e transações lucrativas. Resposta pessoal. 7. Porém, no entanto, contudo, ou outros conectivos que estabeleçam a relação de oposição. A fim de que, visando que, ou outros conectivos que estabeleçam a relação de finalidade. Rotina alterada pelo trânsito. Fabiane Ziolla Menezes. Gazeta do Povo. O trânsito tumultuado nos horários de pico e suas consequências.

298 296 Gabarito 6. Resposta pessoal. 5. D / F / B / E / C / A / 7. Resposta pessoal / 2 / 2 / 3 / 2 8. Componentes. 7. Resposta pessoal. 9. Objetivo. Preparação. (3) (2) 8. O texto n.º 1 pode ser considerado um poema, pois é composto por versos. Enquanto que o texto n.º 2 apresenta as características de texto jornalístico. (4) (1) 9. O poema contém 5 estrofes e 16 versos. 10. Resposta pessoal. Gêneros textuais I 1. As falas de João estão num balão diferente porque ele está falando num tom de urgência e está nervoso. Os balões com as falas de José representam uma fala em um tom normal. Ele está calmo. 2. Resposta pessoal. 3. Resposta pessoal. 4. Resposta pessoal. 10. Carta de amor. Carta do leitor. Carta pessoal. Carta de reclamação. e) Carta de solicitação. 11. Resposta pessoal. Gêneros textuais II 1. Por que separar o lixo. 2. Patrícia Sottoriva 3. A Política Nacional de Resíduos Sólidos, projeto de Lei 203 de 1991, criado há 19 anos, está finalmente em fase de aprovação no Senado.

299 Gabarito Cabe ressaltar que o sucesso da logística rever- Todas as ações transcorrem dentro de uma bar- sa, isto é, o retorno dos resíduos para a cadeia ca que navega pelo rio; a barca era bem sim- produtiva dependerá da segregação na fonte. Se ples. As ações ocorrem na noite de Natal. os resíduos estiverem misturados e contaminados, comprometerá a eficiência dos processos 3. de reciclagem e reuso e os resíduos perderão seu potencial de gerar renda e trabalho, além de reduzir a extração de recursos naturais finitos e escassos. A protagonista-narradora começa a conver- sar com a mulher, quase ao final da viagem. A mulher começa a contar para a narradora suas desventuras: a morte do filho mais velho, 5. o abandono do marido, a doença do bebê. Resposta pessoal. A protagonista-narradora acredita que o bebê está morto. 6. Assim como existem canais de proteção à criança, está na hora de começarmos a dar o devido valor e atenção a nossos idosos. A barca chega a seu destino e, para espanto da protagonista, o bebê está vivo. A protagonista fica perplexa com a sobrevi- vência do bebê. e) 7. mas / e / porque / pois 4. Resposta pessoal / 2 / 3 / 4 / 5 / 5 / Tema: O trabalhador rural. Rubrica ou didascália. Rubrica ou didascália. Réplica. 10. Réplica. O autor escreve numa variedade da Língua Portuguesa comum no nordeste do Brasil. Ele 6. escreve exatamente como o povo fala naquela Resposta pessoal. região. 7. Gêneros textuais III 1. São dois personagens principais: duas mulheres que conversam. Além do bebê e do velho. Os poemas de Leminski lembram a estrutura de haicais e tratam de temas relacionados à natureza e aos sentimentos. Nesse poema, Vinicius poetiza a explosão de Hiroshima, na Segunda Guerra, configurando-se como um poema social. Aqui também temos um poema cuja temá- tica é social: a busca pela paz e o fim das guerras.

300 298 Gabarito Henriqueta Lisboa trata, possivelmente, do fim de um relacionamento, amoroso ou não; e o que fica desse fim. 6. Resposta pessoal. e) O poema de Drummond, ao tratar do último dia do ano, trata do eterno recomeço / 3 / 1 / 2 / 2 /2 8. Resposta pessoal. 8. Justificativa pessoal. 9. Fornecer informações sobre o entrevistado. O poema Esperança é composto de versos brancos O entrevistador é indicado no final do comentá- Rimas emparelhadas ou paralelas rio que introduz a entrevista. A revista é indicada no final da entrevista, entre parênteses que contém também o ano da publicação. Rimas cruzadas ou alternadas Rimas opostas ou interpoladas 11. Resposta pessoal. Análise e interpretação de textos 1. Resposta pessoal. 2. Resposta pessoal. 3. Resposta pessoal / 3 / 1 / 2 / 5 5. Resposta pessoal.

Porque o autor empregou o pretérito perfeito nessa passagem do texto?

Resposta. Resposta: Porque os verbos que estão no trecho destacados, estão no pretérito perfeito e não no pretérito imperfeito.

Qual é a função do pretérito perfeito?

O pretérito perfeito indica um fato que aconteceu em um determinado momento no passado, enquanto o pretérito imperfeito é usado para indicar uma ação que não foi terminada.

O que justifica o emprego do pretérito perfeito e do pretérito imperfeito?

* O pretérito perfeito consiste num processo verbal que exprime um fato passado não habitual; ao passo que o imperfeito exprime um fato habitual, rotineiro.

Por que usar o pretérito imperfeito?

O pretérito imperfeito é aquele que se refere a uma ação anterior ao momento da fala e que, no tempo passado a que pertence, não foi finalizada, podendo ter sido, por exemplo, interrompida por outro acontecimento. Exemplo: “Ele estava tomando banho quando sua mãe chegou do supermercado.”