Porque o bebê não vira na barriga

A apresentação pélvica é uma variante da situação ou posição longitudinal do feto onde o polo pélvico é o primeiro que se apresenta na bacia materna. A incidência diminui conforme a gravidez evolui até o termo (37 a 42 semanas). Com 28 semanas, 25% dos bebês estão em apresentação pélvica; com 32 semanas, 7%; e após 36 semanas, 3 a 4%.

Na maioria das vezes não há uma causa aparente para a apresentação pélvica, porém, alguns fatores maternos ou fetais podem contribuir para sua ocorrência.

•O que fazer?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) recomendam que seja oferecido a toda gestante com 36 semanas completas, e bebê pélvico (sentado), pelo menos uma tentativa de VCE.

A Versão Cefálica Externa (VCE) consiste na manobra de reposicionar o bebê que se encontra em apresentação pélvica (sentado), “virando-o” dentro da barriga através de movimentos manuais combinados com pressão no abdome materno, aumentando assim as chances de um parto normal de um bebê em apresentação cefálica.

A VCE é um procedimento médico que vem ressurgindo nos últimos 15 anos devido à inúmeras publicações científicas que comprovaram sua segurança e sua taxa de sucesso elevada.

Na literatura médica a taxa de sucesso da Versão Cefálica Externa VCE no termo varia entre 40 e 80% em função da variação de capacidade técnica e experiência dos profissionais executores. Uma grande revisão sistemática de 2008 incluindo 84 estudos com 12.955 VCEs a termo concluiu que a taxa de sucesso foi de 58%.

Bebês submetidos a uma VCE bem sucedida no termo (nono mês) têm uma chance de apenas 5% de voltar à ficar em apresentação pélvica.

•Como fazemos no Instituto Nascer?

O Instituto Nascer é um dos poucos serviços médicos brasileiros que oferecem de forma sistemática e organizada a avaliação do Score de Newmam para o calculo da probabilidade de sucesso da VCE. Para as gestantes com score favorável é oferecido uma tentativa de VCE. As versões acontecem em ambiente hospital seguro, sempre acompanhando por dois médicos obstetras e com uma taxa de sucesso de 84%.

A evidências científicas mostram que mesmo nos casos de VCE bem sucedida, o índice de cesariana é de 2 a 3 vezes maior do que em mulheres com bebês em apresentação cefálica espontânea no termo. No Instituto Nascer a taxa de Partos Normais em pacientes com VCE bem sucedida é de 86,5%.

Hemmerson Henrique Magioni, Médico Obstetra e Diretor Técnico de Instituto Nascer – CRM/MG -34455.

*Para mais informações e agendamento de consulta para Avaliação de Score de Newmam para VCE, entre em contato pelo telefone (31) 3262-3538 ou pelo whatsapp (31) 3138-0823. 

Recursos do assunto

Posição refere-se a se o feto está virado para trás (para as costas da mãe, ou seja, voltado para baixo quando a mulher se deita sobre as costas) ou para frente (virado para cima).

Apresentação refere-se à parte do corpo do feto que sai primeiro pelo canal de parto (chamada de parte de apresentação). Em geral, a cabeça fica na frente, mas às vezes às nádegas ou os ombros estão na frente.

A combinação mais comum e segura é a seguinte:

  • Cabeça primeiro (denominada de apresentação de vértice ou cefálica)

  • Virado para trás

  • Rosto e corpo angulados em direção à direita ou à esquerda

  • Pescoço curvado para frente

  • Queixo recolhido para dentro

  • Braços dobrados sobre o peito

Se o feto estiver em uma posição ou apresentação diferente, o parto pode se tornar mais difícil e talvez não seja possível o parto normal.

Posição e apresentação do feto

Perto do final da gravidez, o feto se move para a posição de parto. Normalmente, o feto posiciona-se com a cabeça para trás (em direção às costas da mulher) com o rosto e o corpo inclinados para um lado e o pescoço fletido, com a apresentação cefálica.

Uma posição anormal é com o feto voltado para frente, e apresentações anômalas incluem rosto, testa, pélvica e ombros.

Existem várias apresentações anormais.

Na apresentação do occipício posterior (também denominada face para cima), a cabeça do feto se apresenta primeiro, mas a face está voltada para cima (em direção ao abdômen da mãe). Essa é a posição ou apresentação anormal que ocorre com mais frequência.

Na apresentação pélvica, as nádegas ou, às vezes, os pés se apresentam primeiro. A apresentação pélvica ocorre em 3% a 4% dos partos a termo. Essa é a segunda apresentação anormal que ocorre com mais frequência.

Quando o parto é normal, os fetos que se apresentam de nádegas têm mais probabilidade de lesão do que os que se apresentam de cabeça. Essas lesões podem ocorrer antes, durante ou após o nascimento. O bebê pode até mesmo morrer. As complicações são menos prováveis quando a apresentação pélvica é detectada antes do trabalho de parto ou do parto.

A apresentação pélvica tem mais propensão de ocorrer nas circunstâncias a seguir:

Às vezes, o médico consegue girar o feto para apresentar a cabeça primeiro pressionando o abdômen da mãe antes do início do trabalho de parto, em geral após a 37ª semana de gestação. Um medicamento (como terbutalina) é administrado a algumas mulheres para evitar que o trabalho de parto comece cedo demais. Se o trabalho de parto começar e o feto se apresentar de nádegas, pode haver problemas.

Por exemplo, o espaço que as nádegas deixam no canal vaginal pode não ser grande o bastante para a cabeça (que é mais larga) passar. Além disso, quando a cabeça vem depois das nádegas, ela não consegue se moldar ao canal vaginal, como acontece normalmente. Assim, o corpo do bebê pode ter saído, enquanto a cabeça fica presa dentro da mãe. Quando a cabeça do bebê fica presa, ela coloca pressão sobre o cordão umbilical no canal vaginal, de modo que muito pouco oxigênio consegue chegar até o bebê. As lesões cerebrais provocadas pela falta de oxigênio ocorrem mais frequentemente nos bebês que se apresentam de nádegas do que nos que se apresentam de cabeça.

Em um primeiro parto, esses problemas podem ocorrer com mais frequência, porque os tecidos da mãe ainda não foram distendidos por partos anteriores. Visto que o bebê pode se lesionar ou morrer, o parto por cesariana é a solução preferível quando ele está na apresentação pélvica (sentado), salvo no caso de o médico ter bastante experiência em fazer o parto de bebês em apresentação pélvica.

Na apresentação de face, o pescoço está arqueado para trás, de modo que o rosto se apresenta primeiro.

Na apresentação de testa, o pescoço está moderadamente arqueado, de modo que a testa se apresenta primeiro.

Em geral, os bebês não permanecem em uma apresentação de rosto ou testa. Eles costumam corrigir a posição espontaneamente. Se isso não ocorrer, é possível que um parto com fórceps, extrator a vácuo ou por cesariana seja realizado.

Na posição transversa, o feto está atravessado sobre o canal vaginal na posição horizontal e o ombro vem primeiro. Um parto por cesariana é realizado, a menos que o feto seja o segundo de uma dupla de gêmeos. Nesse caso, o feto pode ser girado para que o parto seja pela vagina.

A distócia de ombro ocorre quando um ombro do feto fica encaixado no osso púbico da mãe e o bebê acaba preso no canal vaginal.

A distócia de ombro não ocorre com frequência, mas é mais frequente quando existir algum dos itens a seguir:

  • O trabalho de parto é difícil, demorado ou rápido.

  • A mulher é obesa.

  • A mulher já teve um bebê com distócia de ombro.

Quando essa complicação ocorre, o médico rapidamente experimenta várias técnicas para liberar o ombro e conseguir que o bebê nasça pela vagina. Às vezes, quando essas técnicas são tentadas, os nervos do braço do bebê são danificados ou o osso do braço ou a clavícula do bebê pode quebrar. Uma episiotomia Parto do bebê

Porque o bebê não vira na barriga
(uma incisão que alarga a abertura da vagina) pode ser feita para ajudar no parto.

  • Sangramento excessivo durante o parto (hemorragia pós-parto)

  • Lacerações na região entre a abertura da vagina e o ânus

  • Lesão dos músculos na região genital e nos nervos na virilha

  • Separação dos ossos púbicos.

OBS.: Esta é a versão para o consumidor. MÉDICOS: Clique aqui para a versão para profissionais

Clique aqui para a versão para profissionais

Porque o bebê não vira na barriga

Direitos autorais © 2022 Merck & Co., Inc., Rahway, NJ, EUA e suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

Porque o bebê não vira na barriga

O que acontece quando o bebê não virar?

O parto pélvico apresenta mais riscos do que um parto normal, porque existe a possibilidade do bebê ficar preso no canal vaginal ou o cordão umbilical ficar torcido ou comprimido durante o parto, podendo levar à diminuição do fornecimento de oxigênio, aumentando o risco de danos no cérebro.

É normal o bebê não virar na barriga?

Isso acontece naturalmente! A cambalhota, entretanto, deve acontecer até a 36a semana. Depois disso, o bebê cresce e fica mais difícil. A restrição de movimento imposta pelo útero maior torna pouco provável, portanto, que a cambalhota aconteça.

Até quando o bebê pode virar na barriga?

2Normalmente o bebê vira-se até 37 semanas de gestação devido ao pouco espaço que tem no útero após esse período.

O que acontece quando o bebê está sentado na barriga?

Quando está próximo do trabalho de parto e do parto, cerca de 97% dos bebês estão em apresentação cefálica. Mas para aqueles bebês que não estão de cabeça para baixo, estão sentados dentro do útero, chamamos de apresentação pélvica.