Porque o vírus não é célula?

Tainah Medeiros é jornalista com foco em saúde, atuou como repórter de 2011 a 2016 no Portal Drauzio Varella. Hoje, é a responsável pelas Redes Sociais do dr. Draw. <três

Porque o vírus não é célula?

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Os vírus só sobrevivem se parasitarem outros organismos. A variedade de doenças que podem causar é enorme, desde as que se curam espontaneamente até outras que exigem tratamento para a vida toda.

Vírus são organismos acelulares, ou seja, não são constituídos por células mas por uma cápsula proteica que envolve seu material genético, que  pode ser uma molécula de DNA ou RNA ou ainda os dois juntos. Alguns vírus, além da cápsula, possuem um envelope de lipídios que reforça sua proteção.

Os vírus são parasitas obrigatórios, o que quer dizer que só sobrevivem se estiverem em um organismo, pois se utilizam das organelas das células do hospedeiro para se reproduzir. O vírus infecta a célula, multiplica-se e a destrói, espalhando suas “cópias” para células sadias, onde o processo se repete.

As infecções por vírus caracterizam enfermidades muito diversas, desde gripes simples até doenças mais graves, como febre amarela, raiva e aids. A forma de contaminação varia. Em muitos casos, há um vetor (comumente um mosquito), ou seja, um hospedeiro intermediário que facilita a disseminação da doença. Em outros, o contato com fluidos ou com o próprio ar contaminado funciona como meio de transmissão.

Como os vírus utilizam células do hospedeiro para se reproduzir, não é fácil matá-lo, portanto a forma mais eficaz de controlar as doenças virais é evitando seu contágio por meio de vacinas e medidas de higiene. O uso indiscriminado de antibióticos, além de ineficaz no tratamento de doenças virais, pode tornar as bactérias resistentes a esses medicamentos.

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Algumas infecções, como a gripe, dengue, AIDS, são causadas por vírus. Os vírus (do latim “veneno” ou “toxina”) são parasitas obrigatórios dos seres vivos. Isso porque eles não conseguem multiplicar seu material genético se não estiverem dentro de um organismo.  Não são considerados seres vivos por não realizarem funções vitais característicos dos seres viventes e nem terem células e nem organização celular (são chamados de acelulares). Porém, esse debate sobre os vírus estarem vivos ou não tem se expandido por conta de algumas pesquisas atuais que dizem que eles são um tipo muito simples e antigo e vida.

Os vírus são divididos entre retrovírus (os que possuem RNA como material genético) e adenovírus (os que possuem DNA como material genético). Eles são muito pequenos e simples, capazes de infectar as menores bactérias conhecidas. Quando estão fora do ambiente intracelular, eles são seres inertes. Mas, quando infectam alguma célula, injetam seu material genético que é capaz de se replicar de forma muito rápida.

Os vírus podem assumir várias formas diferentes. Comumente, é apenas uma capa de proteínas como um genoma dentro. Assemelha-se a uma caixa com uma série de instruções dentro. Alguns vírus mais complexos são os bacteriófagos (ou fagos), que possuem uma “cabeça” onde é guardado o material genético e uma cauda helicoidal.

Porque o vírus não é célula?

As diferentes formas existentes de vírus. Ilustração: Designua / Shutterstock.com

Estrutura dos Vírus

A partícula viral é denominada de vírion. Ela é composta por:

  • Núcleo: que é o próprio genoma (DNA ou RNA, nunca os dois juntos);
  • Capsídeo: envelope que envolve o genoma do vírus. O capsídeo é formado por capsômeros. Ou seja, um conjunto de capsômeros forma o capsídeo.
  • Envelope: alguns vírus apresentam o envelope, que é um revestimento externo dos vírus. Esse revestimento deriva de partes celulares como as membranas e outras organelas.

Quanto a sua forma de reprodução, pode acontecer por ciclo lítico ou ciclo lisogênico.

Ciclo lítico

No ciclo lítico, o vírus se aproxima da célula e injeta o seu material genético. Esse material entra na célula e se multiplica com a ajuda das organelas da célula infectada. Daí, o DNA ou RNA do vírus vai caracterizar o tipo de infecção e doença. A célula infectada morre e libera os vírus que se formaram dentro dela e esses vírus vão infectar outras células.

Ciclo lisogênico

Nesse ciclo, o vírus introduz o seu material genético na célula. Esse material vai fazer parte do DNA da célula e irá ser replicado durante o processo de meiose celular.

Leia também:

  • Vírus DNA
  • Vírus RNA

Referências:
http://www.ufrgs.br/labvir/material/aulat27.pdf
http://www.ufrgs.br/labacvet/?q=node/14
JÚNIOR, César da Silva. SASSON, Sezar. Biologia 1. Editora saraiva, São Paulo, 2005. ISBN: 978-85-02-05268-0

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/biologia/os-virus/

Exercícios e questões de vestibulares

Questão 01: (CESPE 2004)

Com relação a vírus, julgue os itens subsequentes.

1)

Os vírus são organismos subcelulares, com ciclo de replicação exclusivamente intracelular, sem nenhum metabolismo ativo fora da célula hospedeira.

2)

Uma partícula viral completa é composta de uma molécula de DNA circundada por uma capa lipídica, que pode conter proteínas.

4)

A função básica de uma partícula viral completa é carregar o genoma viral para dentro da célula hospedeira, onde será replicado e amplificado.

8)

Os vírus, ao serem cultivados em meio artificial, se reproduzem de forma binária.

Por que o vírus não é uma célula?

Um primeiro ponto importante a ser considerado é que os vírus não são considerados seres vivos, uma vez que eles não possuem uma estrutura de célula. Eles são parasitas intracelulares obrigatórios, o que significa que são completamente dependentes de outras células para se reproduzir.

Por que os vírus não são?

Uma das características mais marcantes dos vírus é o fato de esses organismos não possuírem células. A presença dessa estrutura é fundamental para classificar um ser como vivo de acordo com a Teoria Celular. É por essa razão que muitos autores afirmam que os vírus não são seres vivos.

Por que o vírus é um ser vivo?

Quem defende que os vírus são seres vivos, argumenta que eles desenvolvem atividades consideradas complexas, já que conseguem burlar o sistema imunológico de outros seres, a ponto de provocarem doenças. Outro argumento que reforça a tese é o fato de que neles há a presença de material genético como DNA e/ou RNA.