Quais os primeiros procedimentos a se fazer em uma vítima com parada cardiorrespiratória?

Os principais sintomas de parada cardíaca são:

  1. Dor forte no peito que vai piorando ou que irradia para as costas, braços ou mandíbula;
  2. Falta de ar ou dificuldade em respirar;
  3. Dificuldade em falar de forma clara;
  4. Formigamento no braço esquerdo;
  5. Palidez e cansaço excessivo;
  6. Náuseas e tonturas frequentes;
  7. Suores frios.

Quando surgem vários destes sinais, existe um maior risco de acontecer uma parada cardíaca e, por isso, é importante ir imediatamente para o pronto-socorro ou chamar uma ambulância. Caso a pessoa desmaie é importante avaliar se está respirando. Se a pessoa não estiver respirando, deve-se iniciar a massagem cardíaca.

A parada cardíaca também pode ser conhecida como parada cardiorrespiratória ou parada cardíaca súbita e acontece quando o coração deixa de bater. Veja mais sobre a parada cardíaca.

Primeiros socorros para parada cardíaca

Nos casos em que a pessoa apresenta sintomas de parada cardíaca e depois desmaia é aconselhado:

  1. Chamar uma ambulância, ligando para o 192;
  2. Avaliar se a pessoa está respirando, colocando o rosto perto do nariz e da boca para ouvir os sons da respiração e, ao mesmo tempo, olhando para o peito, para observar se está subindo e descendo:
    • Se houver respiração: colocar a pessoa em posição lateral de segurança, esperar a chegada da ajuda médica e ir verificando regularmente a respiração;
    • Se não houver respiração: virar a pessoa de barriga para cima numa superfície dura e iniciar a massagem cardíaca.
  3. Para fazer a massagem cardíaca:
    • Colocar as duas mãos no centro do peito com os dedos entrelaçados, no ponto médio entre os mamilos;
    • Fazer compressões mantendo os braços esticados e empurrando o peito para baixo até que as costelas desçam cerca de 5 cm;
    • Manter as compressões até a chegada da ajuda médica num ritmo de 2 compressões por segundo.

A respiração boca a boca pode ser feita a cada 30 compressões, fazendo-se 2 inalações para o interior da boca da vítima. No entanto, esse passo não é necessário, podendo ser ignorado caso a vítima seja uma pessoa desconhecida ou não se sinta à vontade para fazer a respiração. No caso de não ser feita a respiração boca a boca, as compressões devem ser feitas continuamente até a chegada da equipe médica.

Quem tem maior risco de parada cardíaca

Embora possa acontecer sem causa aparente, a parada cardíaca é mais frequente em pessoas com doenças do coração, como:

  • Doença coronária;
  • Cardiomegalia;
  • Arritmia cardíaca maligna não tratada;
  • Problemas nas valvas cardíacas.

Além disso, o risco de parada cardíaca também é maior em pessoas que fumam, que têm um estilo de vida sedentário, que têm pressão alta descontrolada ou que fazem uso de substâncias ilícitas.

Veja como reduzir o seu risco de sofrer uma parada cardíaca.

Sequelas da parada cardíaca

A principal sequela da parada cardíaca é a morte, no entanto nem sempre uma parada cardíaca deixa sequelas, pois elas são mais frequentes nas vítimas que ficaram muito tempo na ausência de batimentos cardíacos, pois são os batimentos que levam o oxigênio através do sangue para todos os órgãos, inclusive o cérebro.

Assim, se a vítima for atendida rapidamente, há uma menor probabilidade de ocorrer sequelas, mas isso também vai depender da saúde em geral. Algumas vítimas de parada cardíaca podem ter sequelas como uma alteração neurológica, dificuldade na fala e alterações de memória.

No centro de São Paulo, uma mulher de 50 anos vai ao chão de forma repentina. Um homem se aproxima e percebe que ela não responde a estímulos e está sem respiração. Ao se deparar com a situação, ele liga para o serviço de emergência e inicia a manobra de ressuscitação cardiorrespiratória. Quando o SAMU chega, encontra a mulher consciente.  A situação, embora hipotética, é bastante comum. Seu desfecho mostra a importância das manobras de RCP. Uma técnica que pode salvar vidas em uma parada cardiorrespiratória. 

De acordo com a American Heart Association (AHA), órgão responsável pelas Diretrizes para Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) e Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE),  a “parada cardíaca é desencadeada por uma disfunção elétrica no coração que provoca batimentos irregulares (arritmia). Com a atividade de bombeamento prejudicada, o coração não consegue bombear sangue para o cérebro, pulmões e outros órgãos”. A morte ocorre em minutos, caso a vítima não receba atendimento adequado. 

No Brasil, os números de parada cardiorrespiratória (PCR) trazem um alerta e revelam a necessidade da conscientização sobre o assunto. Por dia, são mais de 720 casos no país, segundo a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP). Um total de 262 mil paradas cardíacas no ano.

Como saber se uma pessoa está tendo uma parada cardíaca?

Uma parada cardíaca pode acontecer em qualquer lugar: em casa, no trabalho, durante uma atividade física ou em um momento de descontração. Infarto agudo do miocárdio, arritmia cardíaca, acidentes vasculares, hemorragia, infecção grave, choque elétrico e afogamento estão entre as principais causas. Saber reconhecer uma PCR é o primeiro passo para ajudar uma pessoa nessa condição.

 São 3 os principais sinais para identificar uma parada cardíaca, segundo o Conselho Europeu de Reanimação (European Resuscitation Council, na sigla em inglês): 

1- Responsividadeem casos de PCR, a vítima não responde a estímulos físicos e sonoros. 

2- Respiração –  na parada cardiorrespiratória, a vítima não respira ou tem respiração agônica (ineficaz, com movimentos de curta duração e ruídos, também chamada de Gasping)

3- PulsoNos casos de PCR, o pulso central é ausente (não se consegue palpar o pulso)

Manobra de RCP Passo a Passo

Segundo a American Heart, mais de 61% das paradas cardiorrespiratórias acontecem no ambiente extra-hospitalar, isto é, longe dos hospitais. E a taxa de sobrevivência cai 10% após cada minuto sem socorro. Assim, após identificar a PCR, é preciso saber agir. Se executadas rapidamente e com eficiência, as manobras de RCP aumentam, e muito, a chance de recuperação da vítima. Veja o passo a passo e entenda o que fazer: 

1 – Verifique se a cena é segura para você e para a vítima

2- Avalie a  responsividade. Coloque uma mão em cada ombro e chame a vítima até três vezes: “senhor, senhor, o senhor está me ouvindo?”

3- Se a vítima não responder, pode ser uma parada cardíaca. Ligue para  o SAMU (192) ou outro serviço de emergência 

4 – Avalie a respiração. Verifique se a pessoa está respirando. Faça isso em no mínimo 5 e no máximo em 10 segundos. Se a vítima apresentar respiração agônica (gasping), considere como ausência de respiração.

5 Ajoelhe-se ao lado da vítima, na altura do ombro dela.  Estique os braços, entrelace os dedos. Coloque o calcanhar da mão no centro do tórax.

6- Faça compressões fortes e rápidas, com uma frequência de 100 a 120 por minuto (cerca de 5 compressões a cada 3 segundos), em uma profundidade  de no mínimo 5 cm.

Importante! Não pare as compressões até a chegada do atendimento profissional, a não ser que a vítima volte a se mexer ou respirar. Se houver ajuda, a cada 200 compressões, troque o socorrista.

“É fundamental que a população reconheça, chame socorro e saiba agir. Não espere pelo médico ou qualquer profissional de saúde”, alerta o Dr. Sergio Timerman, cardiologista do InCor e diretor do Centro de Treinamento em Emergências Cardiovasculares e Ressuscitação.

Importância da RCP para os profissionais de saúde

Por ser uma emergência de alta gravidade, a parada cardiorrespiratória demanda dos profissionais de saúde conhecimento técnico, científico e diversas habilidades psicomotoras. 

Além de realizar as manobras de RCP com segurança, deve saber manusear corretamente o DEA (Desfibrilador Externo Automático). Seja no ambiente extra-hospitalar ou dentro dos hospitais, o profissional será responsável pelo atendimento de qualidade à vítima.

“No ambiente hospitalar, não é incomum o profissional de saúde participar de um atendimento de parada cardiorrespiratória. Assim, é de suma importância que ele saiba como identificar a parada e iniciar as compressões e ventilações de alta qualidade”, ressalta a enfermeira Thatiane Facholi, coordenadora dos cursos da American Heart Association (AHA) no Hospital das Clínicas.

Como pólo de referência no ensino em saúde, a EEP HCFMUSP conta com um centro de simulação realística, onde o aluno aprende na prática a atuar com eficiência em emergências cardiológicas. Os cursos contemplam desde o atendimento inicial, como Primeiros Socorros com RCP e Suporte Básico de Vida (BLS), até intervenções de alta complexidade, como Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (ACLS) e Suporte Avançado de Vida em Pediatria (PALS). 

Seja profissional de saúde ou leigo, o conhecimento da manobra de RCP é essencial diante de uma emergência cardiorrespiratória. 

Quais os primeiros procedimentos em caso de parada cardiorrespiratória?

Após reconhecer a parada cardiorrespiratória, você deve iniciar imediatamente a PCR primeiros socorros, também chamada de Ressuscitação Cardiopulmonar..
30 compressões por 2 respirações;.
100 a 120 compressões por minuto;.
2 polegadas (5 cm) de profundidade, pelo menos..

Qual o procedimento de primeiros socorros para vítimas de parada respiratória?

Procedimento para socorrer vítimas de Paradas Respiratórias Coloque a vítima deitada no chão com a barriga pra cima. Incline a cabeça dela para trás e deixe o queixo erguido. Utilize os dedos indicador e polegar para fechas as narinas. Deixe a boca da vítima aberta e encoste os seus lábios nos dela.

Qual a conduta em uma parada cardiorrespiratória?

Colocar a vítima em decúbito (deitado) dorsal horizontal em uma superfície plana e dura. Manter a cabeça e o tórax no mesmo plano. Solicitar, caso não tenha, um desfibrilador externo semiautomático (DEA) Iniciar o suporte básico de vida.