Quais são os efeitos mais comuns da poluição no sistema respiratório?

Connection denied by Geolocation Setting.

Reason: Blocked country: South Korea

The connection was denied because this country is blocked in the Geolocation settings.

Please contact your administrator for assistance.

WatchGuard Technologies, Inc.

A relação entre poluição e maior mortalidade já foi amplamente comprovada pela ciência. Há estudos que mostram, por exemplo, que suspender a circulação de veículos em uma grande cidade por um determinado período reduz a taxa de mortes por doenças respiratórias - situação que ocorreu em Atlanta, nos Estados Unidos, durante a realização da Olimpíada e se repetiu em outras cidades-sede do evento.

“A correlação é direta e está muito bem documentada: se você tem ar poluído, tem mais doença respiratória, independentemente de qual é a condição do paciente, porque isso é agressivo para o sistema respiratório”, alerta a pneumologista pediátrica Maria Helena Bussamra, do Hospital Infantil Sabará.

Controle da emissão de poluentes, uso do transporte coletivo e de energias limpas e renováveis são medidas que podem ajudar a dimimuiar a poluição. — Foto: Luiz Souza/NSC TV

Os chamados materiais particulados são os principais responsáveis por atentar contra nossa saúde - são eles que sujam de cinza as fachadas de edifícios. No organismo, entram pelas narinas até o pulmão e, a partir daí, espalham-se pela corrente sanguínea e o corpo inteiro.

“A poluição pode tanto causar novas doenças como exacerbar aquelas já existentes. Quem tem asma ou bronquite crônica, por exemplo, pode ter piora do quadro quando exposto a uma concentração elevada de poluentes. Pessoas saudáveis podem desenvolver doenças agudas como infecção respiratória e asma ou problemas um pouco mais leves como rinite e nariz escorrendo”, esclarece o pneumologista Carlos Tietboehl, coordenador da Comissão Científica de Doenças Ocupacionais e Ambientais da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Alguns sintomas causados pelo ar sujo são fáceis de notar, como garganta e boca secas, falta de ar e tosse. São tentativas do corpo de expulsar os intrusos que entram no sistema respiratório. Mas também há sinais silenciosos, como maior risco de infarto, obesidade, prejuízo à memória e até mesmo impacto na fertilidade.

Risco maior para crianças e idosos

A baixa imunidade de idosos e crianças torna esses dois grupos mais suscetíveis aos males causados pela poluição. Os bebês sofrem ainda mais. “O calibre da via aérea das crianças é menor do que dos adultos, o que facilita a obstrução. Além disso, como o sistema imunológico delas tem uma resposta mais baixa, elas ficam mais suscetíveis aos vírus, e a poluição aumenta a circulação de vírus”, comenta Maria Helena.

Mas se o perigo está no ar que respiramos, como se proteger? As medidas mais importantes dependem de ações coletivas, como controle dos escapamentos dos veículos para reduzir a emissão de poluentes, maior uso do transporte coletivo e de energias limpas e renováveis. São iniciativas que fazem bem para a saúde do ambiente e de todos nós que nele vivemos.

Mas algumas atitudes individuais também podem ajudar. Quem pratica atividade física ao ar livre, por exemplo, deve evitar exercícios intensos em locais com muito trânsito, que são mais poluídos. “A atividade exige uma frequência respiratória maior, portanto, vai entrar mais ar contaminado no pulmão”, afirma Tietboehl. O uso de máscaras, muito comuns em países asiáticos, é uma boa forma de prevenção para quem precisa se expor ao ambiente.

Ficar dentro de casa também não é garantia de segurança, pois o material particulado consegue entrar. Além disso, há fontes de poluição nos próprios lares, como queima de madeira em lareiras e fogões a lenha.

Para manter a casa mais protegida, além de evitar essas fontes de poluentes, uma boa saída é usar umidificadores de ar, principalmente para quem mora em cidades muito secas.

Uma forma de proteger bebês e crianças é a limpeza frequente do nariz. “A narina deve ser higienizada com soro pelo menos duas vezes ao dia, preventivamente. Quando o problema está instalado, é preciso limpá-la toda vez que há entupimento”, indica a pneumologista pediátrica do Hospital Infantil Sabará.

Transportes, indústria, agricultura, produção energética. São várias as atividades humanas, mas também naturais, que podem ter efeitos na qualidade do ar que respiramos.

A poluição do ar é, muitas vezes, invisível aos nossos olhos, mas os possíveis efeitos negativos para a nossa saúde são bem reais e dependem de vários fatores, como o tempo de exposição, a concentração de poluentes e até o estado de saúde das populações. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que a poluição do ar é responsável por cerca de 4,2 milhões de mortes por ano devido a doenças respiratórias crónicas, cancro do pulmão e acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, cerca de 91% da população mundial vive em zonas em que os níveis de qualidade do ar excedem os limites definidos pela OMS. Fique a conhecer alguns dos riscos de respirar ar poluído.

Grupos mais vulneráveis

Qualquer pessoa pode sofrer os efeitos negativos associados à poluição do ar, contudo, alguns grupos são mais suscetíveis às suas consequências, incluindo:

  • Crianças
  • Grávidas
  • Idosos
  • Pessoas com doenças cardíacas e pulmonares preexistentes
  • Pessoas que vivem em zonas com elevados níveis de poluição atmosférica (por exemplo, locais junto a estradas muito movimentadas)
  • Comunidades com baixos rendimentos

Sabia que…

A maioria das pessoas que vive nas cidades europeias continua exposta a níveis de poluição atmosférica que a OMS considera prejudiciais, releva o relatório “Qualidade do ar na Europa”, da Agência Europeia do Ambiente.

Efeitos da má qualidade do ar na saúde

A exposição a poluição atmosférica não é nefasta apenas para o nosso sistema respiratório, podendo afetar outros órgãos e sistemas, como olhos, nariz, garganta e coração.

Alguns possíveis efeitos da exposição a ar poluído são:

  • Crises de asma: a exposição a elevados níveis de poluição atmosférica por um curto espaço de tempo (entre horas a dias) pode levar a um agravamento dos sintomas da asma e aumentar as idas ao hospital.
  • Agravamento dos sintomas de doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC): a exposição a ar poluído pode dificultar a respiração de pessoas que sofrem de DPOC. Quando os sintomas da doença são mais severos, pode mesmo resultar em necessidade de hospitalização e ser causa de morte.
  • Tosse e falta de ar: estes sintomas podem ser causados pela exposição a elevados níveis de poluentes atmosféricos tanto a curto como a longo prazo.
  • Cancro do pulmão: as partículas de poluição presentes no ar podem provocar cancro do pulmão.
  • Outros danos nos pulmões: mesmo pessoas que não têm problemas de pulmões podem sofrer de irritação e quem tem patologias pulmonares crónicas, como asma ou DPOC, pode ser especialmente afetado por estes efeitos.
  • Maior suscetibilidade a infeções: a poluição do ar aumenta o risco de infeções pulmonares, sobretudo em crianças e pessoas debilitadas.
  • Doença cardiovascular: a exposição a poluição atmosférica pode não só contribuir para o desenvolvimento de doença cardiovascular, como para o agravamento de problemas preexistentes. Alguns dos problemas cujo risco é aumentado, tanto pela exposição a curto como a longo prazo, em grupos suscetíveis (por exemplo, pessoas mais velhas ou com patologias cardiovasculares e respiratórias preexistentes) são enfarte do miocárdio (também conhecido por ataque cardíaco), falência cardíaca, arritmia, AVC.
  • Morte prematura: a exposição a ar poluído a longo prazo (isto é, por vários anos ou ao longo de toda a vida), pode ter um impacto na longevidade e aumentar o risco de morte prematura. Este efeito está, em parte, relacionado com doenças cardiovasculares e respiratórias e cancro do pulmão.
  • Baixo peso à nascença: alguns estudos demonstram que a exposição à poluição atmosférica pode aumentar o risco de baixo peso à nascença, parto prematuro e até de mortalidade infantil.
  • Problemas de desenvolvimento: a exposição a poluição atmosférica na infância pode prejudicar o desenvolvimento pulmonar em crianças, o que pode ter consequências também na idade adulta.

Sabia que…

Além de todos estes efeitos negativos na nossa saúde, a exposição a poluição atmosférica pode também ter consequências na nossa saúde mental e até estar relacionada com demência e declínio cognitivo.

Quais são os efeitos da poluição no sistema respiratório?

No sistema respiratório, os danos mais importantes são desencadeamento ou agravamento de inflamações pulmonares, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica e câncer.

Quais são as 3 principais consequências da poluição do ar?

Consequências da poluição do ar.
chuva ácida;.
diminuição da camada de ozônio;.
escurecimento da atmosfera;.
efeito estufa;.
eutrofização..

Quais problemas no sistema respiratório podem ser acarretados pela exposição à poluição?

Os altos níveis de poluição atmosférica podem afetar drasticamente as funções orgânicas pulmonares e desencadear doenças respiratórias, como a asma e bronquite crônica. A poluição do ar também aumenta em grande número o risco de doenças cardiovasculares agudas, como o infarto, doenças arteriais e outras.

Quais são os sintomas causados pela poluição do ar?

Falta de ar, chiado no peito e tosse constante são alguns sintomas. Saiba como se prevenir. A poluição do ar representa atualmente o maior risco ambiental para saúde.