Quais são os sintomas de triglicerídeos alto?

Quais são os sintomas de triglicerídeos alto?
O consumo de fontes de carboidrato e gordura é associado ao problema.  Foto: Alex Silva/A2 Estúdio

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São a principal molécula de gordura que circula pelo corpo. Elas viajam pelo sangue, e também são responsáveis pela nossa reserva de energia. Mas, em excesso, estão associadas a diferentes problemas cardiovasculares e à pancreatite. Ajustes na alimentação e, eventualmente, o uso de remédios entram no tratamento das altas taxas de triglicérides. Não há sintomas claros do problema.

A maior parte dos triglicérides é produzida pelo próprio fígado. O restante vem através de alimentos ricos em carboidratos e gordura. “O valor considerado normal na circulação é abaixo de 175 mg/dl, sem jejum”, informa a nutricionista Regina Pereira, do departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

Quais as causas de triglicérides alto

Além da genética, os principais fatores por trás dos níveis elevados são uma dieta rica em carboidratos e gordura e a ingestão de bebida alcoólica. Ao serem engolidos, esses itens promovem a produção da substância pelo organismo. Daí porque pessoas com alterações nesses índices devem ficar de olho no consumo de pães, massas, doces…

“Certos medicamentos, como corticoides, isotretinoína [o famoso Roacutan] e alguns anticoncepcionais e antirretrovirais também aumentam os triglicérides”, acrescenta Regina.

No mais, há doenças que promovem o aumento dos triglicérides. O hipotireoidismo, por exemplo, diminui o ritmo de quebra dessas moléculas, o que faz elas se acumularem na corrente sanguínea. A insuficiência renal também contribui para altos níveis da substância.

A obesidade está associada a triglicérides elevados. No entanto, pessoas magras também sofrem com o problema.

Quais as complicações das altas taxas de triglicérides?

Sem cuidados adequados, esse problema afeta o sistema cardiovascular como um todo. O excesso de triglicérides contribui para o entupimento de vasos sanguíneos, o que pode culminar em infarto e acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Há ainda uma relação com o aumento da pressão arterial.

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No mais, os triglicérides têm potencial para bloquear dutos no pâncreas. Com isso, geram um quadro de pancreatite aguda, que causa dor intensa e exige hospitalização. Há risco de complicações severas.

Como se não bastasse, existe um elo entre concentrações altas de triglicérides e a esteatose hepática, também chamada de gordura no fígado. Sem tratamento, o quadro leva inclusive ao câncer.

Quais são os sintomas e como é feito o diagnóstico?

Trata-se de um problema silencioso — muitas vezes, o primeiro sintoma é algum dos desfechos que mencionamos antes. Daí porque os profissionais de saúde recomendam fazer testes de tempos em tempos para verificar suas taxas.

O diagnóstico é simples: basta um exame de sangue para detectar o problema. A partir daí, o médico aprofunda a investigação para ver o que está por trás da condição — e o que pode ser feito para contê-la.

Qual é o tratamento?

Regina lembra que mudanças de estilo de vida, sempre orientada por um expert, são especialmente importantes nesse contexto. Elas envolvem:

  • Restrição de bebida alcoólica
  • Aumento do consumo de fibras
  • Não adicionar açúcar em qualquer tipo de bebida
  • Diminuir a ingestão de fontes de carboidrato, e verificar a de gorduras
  • Praticar exercícios, valorizando principalmente os aeróbicos

Em alguns casos, é necessário lançar mão de medicamentos. Suplementos de ômega-3 também são considerados, dependendo da dieta do paciente e de suas taxas.

Como evitar o aumento dos triglicérides?

Tirando os remédios, a prevenção é bem parecida com o que acabamos de abordar. Valorize uma dieta equilibrada e a prática de exercícios físicos frequentes. O controle na ingestão das bebidas alcoólicas também é fundamental.

Cabe destacar ainda a necessidade de tratar enfermidades que fazem os triglicérides se acumularem na circulação, como é o caso do hipotireoidismo.

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  • Acidente Vascular Cerebral
  • Açúcar
  • Alimentação saudável
  • Bebidas alcoólicas
  • Doenças cardíacas
  • Exercícios físicos
  • Gordura

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Os triglicerídeos ou triglicérides são basicamente, a reserva energética do corpo. Eles representam as unidades estruturais responsáveis por garantir a energia necessária para que os músculos realizem o processo de contração. Por isso, são fundamentais para o pleno funcionamento do organismo.

O grande problema é que, quando em excesso, podem propiciar uma série de fatores prejudiciais à saúde. Como os triglicerídeos são armazenados nas células de gordura, chamadas de adipócitos, ocorre um consequente aumento na taxa de gordura corporal.

Bateu a curiosidade? Continue com a leitura e entenda o que causa o aumento dos triglicerídeos, em que isso pode resultar e como lidar com esse problema. Vamos lá?!

O que causa o aumento no nível de triglicerídeos?

Assim como a grande maioria dos problemas que podem afetar o corpo humano, a elevação do nível de triglicerídeos é resultado de maus hábitos de vida. Falta de exercícios físicos, excesso de peso e alimentação desregrada (com excesso de carboidratos e gorduras) são alguns dos fatores responsáveis por criar e/ou agravar esse quadro.

No entanto, o aumento nos triglicerídeos também pode ser resultado da sua carga genética, o que é chamado de hipertrigliceridemia familiar. Isso porque, além de estarem presentes nos alimentos, os triglicerídeos também são produzidos pelo organismo humano.

Então, há duas situações: em uma, a pessoa ingere mais triglicerídeos do que o seu corpo é capaz de utilizar; na outra, o seu organismo produz mais triglicerídeos que o necessário. Em ambas, há um saldo energético positivo, ou seja, ganha-se mais energia do que se gasta, e é essa a grande causa da elevação no nível de triglicérides.

Quais são os sintomas de triglicerídeos alto?
Obesidade e maus hábitos são os principais motivos da elevação no nível de triglicérides.

Ademais, algumas disfunções no metabolismo (como hipotireoidismo, doenças hepáticas e diabetes mellitus), além do uso de algumas substâncias (por exemplo, antirretrovirais, corticoides, anticoncepcionais, betabloqueadores, diuréticos e bebidas alcoólicas em excesso), também podem resultar em alta dos triglicerídeos.

O acúmulo de gordura abdominal a “barriguinha” que citamos no início do texto também é um fator que merece atenção, pois traz consigo o risco de um nível de triglicerídeos elevado.

Por fim, apesar de o seu médico ser o responsável por interpretar os valores e direcionar a melhor conduta a ser adotada, não custa nada citar que o valor ideal dos triglicerídeos é inferior a 150 mg/dL. Entre 200 e 499 mg/dL, considera-se o nível alto, e, acima de 500 mg/dL, muito alto.

Que problemas isso pode acarretar?

O aumento na taxa de triglicerídeos pode ser considerado como parte de um ciclo de enfermidades. Você pôde notar, nos tópicos anteriores, que esse problema é causado por outras condições de saúde preexistentes. Portanto, em decorrência de um problema de saúde, o nível de triglicerídeos é elevado e resulta em novos prejuízos ao seu organismo.

O aumento na taxa de triglicerídeos afeta principalmente o sistema circulatório. Isso porque a quantidade excessiva de gordura presente no organismo tende a se acumular na parede de veias, enrijecendo-as e prejudicando a passagem do sangue. No entanto, pode surgir também uma série de outras consequências nocivas:

  • esteatose hepática — acúmulo de gordura no fígado;
  • acidente vascular cerebral (AVC) — acontece quando um coágulo interrompe a circulação dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro, causando um rompimento desse vaso;
  • isquemia cerebral — redução na quantidade de oxigênio fornecida ao cérebro;
  • pancreatite — uma inflamação que atinge o pâncreas;
  • ataque cardíaco ou infarto do miocárdio, justamente devido ao acúmulo de gordura.

Apesar de ser algo simples, o aumento dos triglicerídeos pode acarretar sérios problemas. Por isso, é fundamental saber como identificar essa doença. Dê uma olhada no próximo tópico e você entenderá como!

Quais os sintomas de triglicerídeos elevados?

Na maioria dos casos, o aumento dos triglicerídeos no sangue é assintomático, de modo que só é possível identificar essa condição por meio de exames de rotina, daí a importância de frequentar o médico periodicamente.

Por outro lado, quando esse quadro é resultante da carga genética, há a manifestação de alguns sinais. Conhecê-los é fundamental se você tem casos de triglicerídeos elevados na família. Por isso, listamos os principais:

  • surgimento de xantelasma, que são pequenas protuberâncias, semelhantes a verrugas, que variam de brancas a amareladas, normalmente localizadas em áreas de dobras, ao redor dos olhos, nos cotovelos e também nos dedos;
  • gordura localizada, acumulada principalmente na região abdominal;
  • surgimento de manchas brancas na retina (que apenas podem ser observadas por meio de exames realizados nos olhos).

Como manter o nível de triglicerídeos baixo?

Talvez você já tenha deduzido, mas a principal maneira de reduzir a quantidade de triglicerídeos é mantendo hábitos saudáveis. A alimentação é um dos principais agentes que podem atenuar ou intensificar o quadro, pois apenas cerca de 20% dos triglicerídeos presentes no corpo são produzidos pelo próprio organismo. Sendo assim, mesmo quem apresenta predisposição genética pode ter um nível de triglicerídeos equilibrado.

O ideal é evitar o consumo de alimentos com uma alta taxa de gorduras e carboidratos, como sorvetes, doces, bolos, frituras, pães e assim por diante. Se o objetivo for reduzir o nível de triglicerídeos, a alimentação também pode ser configurada para criar um déficit calórico, que é quando você consome menos calorias do que gasta.

Quais são os sintomas de triglicerídeos alto?
Optar por uma alimentação saudável reduzir a quantidade de triglicerídeos.

No entanto, nem sempre é fácil conseguir esse resultado apenas com a mudança alimentar. Por isso, outra alteração que deve ser aliada a uma dieta saudável é a prática regular de atividades físicas. Assim, é possível impulsionar o gasto calórico, o que estimula o consumo da gordura presente no organismo como um mecanismo compensatório, reduzindo, então, a quantidade de triglicerídeos presentes no corpo.

Há, ainda, os casos em que o tratamento exige o uso de medicamentos específicos, chamados fibratos. Eles, normalmente, são indicados quando o paciente já apresenta predisposição genética ou sofre com problemas circulatórios. Um detalhe importante aqui é que a eficácia desse tratamento depende de combiná-lo com uma dieta saudável e atividades físicas.

Como é possível concluir, o aumento da taxa de triglicerídeos no organismo pode ser decorrente de uma série de problemas de saúde e, se não tratado, pode resultar em mais prejuízos ao corpo. Por isso, é preciso manter um estilo de vida saudável e ter atenção aos sinais desse problema.

Além disso, é fundamental frequentar o médico regularmente. Mas é nesse ponto que muita gente se perde, já que o processo para conseguir atendimento médico é burocrático e, geralmente, demora bastante.

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O que a pessoa sente quando está com triglicerídeos alto?

Geralmente a elevação dos níveis de triglicerídeos não causa nenhum sinal ou sintoma. Entretanto, como há aumento do risco cardiovascular, os sintomas podem estar relacionados a obstrução de vasos sanguíneos que podem causar tontura, dor no peito e até situações mais graves como o derrame (AVC) e infarto.

O que é bom para baixar os triglicerídeos?

Alimentos como abacate, azeite, sementes de girassol, amendoim, amêndoas e castanhas são gorduras boas que ajudam a baixar os níveis de triglicerídeos no sangue (e de colesterol também).

O que não pode comer quando está com triglicérides alto?

Consumir muitos alimentos ricos em açúcar e farinha branca é a principal causa de triglicerídeos elevados, sendo importante evitar o excesso de produtos como açúcar, farinha de trigo, salgados, pizza, macarrão branco, pão branco, bolos, biscoitos em geral, sobremesas, refrigerantes e sucos artificiais.

O que provoca o aumento do triglicérides?

Quais as causas de triglicérides alto Além da genética, os principais fatores por trás dos níveis elevados são uma dieta rica em carboidratos e gordura e a ingestão de bebida alcoólica. Ao serem engolidos, esses itens promovem a produção da substância pelo organismo.