Qual a diferença entre alimentos in natura minimamente processados e ultraprocessados?

Qual a diferença entre alimentos in natura minimamente processados e ultraprocessados?

Inaugurações

Estudos recentes vêm analisando o consumo crescente de alimentos ultraprocessados na alimentação diária, tal análise deve-se ao aumento do número de pessoas com excesso de peso e o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. O aumento da produção e consumo de produtos processados e ultraprocessados como, doces, refrigerantes, produtos com maior densidade energética, ricos em sódio, gorduras, açúcar e pobres em nutrientes vem sendo objeto de vários estudos tanto em caráter nacional quanto internacional. Para tal é importante saber a diferença entre esses alimentos:

Alimentos in natura: são aqueles obtidos diretamente de plantas ou de animais sem que tenham sofrido qualquer alteração (folhas, frutas, ovos, peixes);

Alimentos minimamente processados: são alimentos in natura que, antes de sua aquisição, foram submetidos a alterações mínimas, submetidos a processos de limpeza, remoção de partes não comestíveis ou indesejáveis, fracionamento, moagem, secagem, fermentação, pasteurização. Produtos extraídos de alimentos in natura ou diretamente da natureza e usados para criar preparações culinárias, como óleos, gorduras, açúcar, sal.

Alimentos processados: Produtos fabricados essencialmente com a adição de sal ou açúcar a um alimento in natura ou minimamente processado, tais como: frutas em calda, legumes em conserva, queijos e pães, com o objetivo de torná-los duráveis e mais agradáveis ao paladar.

Alimentos ultraprocessados: Produtos cuja fabricação envolve diversas etapas, técnicas de processamento e ingredientes, muitos deles de uso exclusivamente industrial. O objetivo do ultraprocessamento é tornar o alimento atraente, acessível, palatável, apresentar longa vida de prateleira e praticidade. Na lista destes alimentos se incluem: macarrão instantâneo, refrigerantes, biscoitos recheados, salgados de pacote.

Em 2010 o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicou dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-2009 sobre antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil.  Tal pesquisa mostra o cenário atual de transição nutricional que passamos, levando em consideração que entre a população adulta, esses dados são mais alarmantes. Entre os homens, o excesso de peso passou de 18,5% (1974-75) para 50,1% (2008-09) e entre as mulheres a mudança foi de 28,7% para 48% (2008-09).

A POF também avaliou a composição das refeições como o arroz e feijão, prato básico da mesa do brasileiro, que apresentou uma redução considerável nas quantidades adquiridas para o consumo domiciliar, sendo que: Enquanto na POF 2002-2003, a quantidade média per capita adquirida de arroz polido em 2002-2003 foi de 24,546 kg, na POF de 2008-2009, essa média foi de 14,609 kg, queda de 40,5%. As aquisições médias de feijão 12,394 kg, em 2002-2003, para 9,121 kg em 2008-2009, redução de 26,4%. Em contrapartida entre os produtos que apresentaram aumento de suas quantidades per capita médias adquiridas entre os períodos de realização das POF’s nacionais, destacam-se o refrigerante de cola (39,3%).

Por esse fator o aumento exponencial destes alimentos em nosso cotidiano, leva a necessidade de mais investigações sobre seus impactos a saúde da população e se realmente há necessidade de todo esse processamento dos alimentos.

Siga as orientações do Guia Alimentar da população Brasileira (2014):

CONSUMA e faça dos alimentos in natura ou minimamente processados a base de sua alimentação;

– Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias;

LIMITE o uso de alimentos processados, consumindo-os, em pequenas quantidades, como ingredientes de preparações culinárias ou como parte de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados;

EVITE alimentos ultraprocessados.

Essas informações não dispensam acompanhamento do médico ou nutricionista.

Indyanara Cristine dos Passos
Nutricionista CRN10 5202 P

Fontes:

BIELEMANN, R. M., et al. Consumo de alimentos ultraprocessados e impacto na dieta de adultos jovens. Rev Saúde Pública, 2015.

 BRASIL. Guia Alimentar Para a População Brasileira. Brasília. Ministério da Saúde.  2014.

 BRASIL. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. Antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. IBGE, agosto, 2010.

 BRASIL. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. Aquisição Alimentar Domiciliar Per Capita. Rio de Janeiro, 2010.

 LOUZADA, M. L. C., et al. Alimentos ultraprocessados e perfil nutricional da dieta no Brasil. Rev Saúde Pública, 2015.

 MARTINS, A. P. B., et al. Participação crescente de produtos ultraprocessados na dieta brasileira (1987-2009). Rev Saúde Pública, 2013.

Qual a diferença entre alimentos minimamente processados e ultraprocessados?

Alimentos processados são produzidos principalmente com adição de açúcar, sal ou outra substância de uso culinário em alimentos in natura ou minimamente processados. Alimentos ultraprocessados são aqueles que envolvem diversas técnicas de processamentos e ingredientes que muitas vezes, são exclusivamente industriais.

Qual a diferença entre alimentos in natura e minimamente processados?

Alimentos in natura - obtidos de plantas ou animais e adquiridos para consumo sem terem sofrido processamento. Alimentos minimamente processados - alimentos in natura que sofreram alterações mínimas na indústria, como moagem, secagem, pasteurização etc.

Quais são os alimentos minimamente processados processados e ultraprocessados?

Se pegarmos como exemplo o milho: o alimento in natura é o milho em espiga, o minimamente processado pode ser o milho em grão para pipoca ou canjica ou farinha de milho, o alimento processado será o milho em conserva, em lata ou sachê e, por fim, o alimento ultraprocessado é o salgadinho de milho.

O que são alimentos processados e ultra processados?

Exemplos incluem peixe e legumes enlatados, frutas em calda e pães frescos. A maioria dos alimentos processados ​​tem dois ou três ingredientes. Alguns alimentos são ultraprocessados, tendo muitos ingredientes adicionados, como açúcar, sal, gordura e cores ou conservantes artificiais.