Qual a diferença na alternância de gerações entre briófitas e pteridófitas?

O ciclo de vida das briófitas apresenta alternância de gerações e dependência de água. As briófitas possuem a fase de gametófito (produtora de gametas) como o estágio dominante do ciclo de vida, ou seja, a fase mais desenvolvida e que mais dura. Os esporófitos (produtores de esporos), por sua vez, são uma fase passageira do ciclo.

→ Resumo do ciclo de vida das briófitas

O ciclo de vida das briófitas destaca-se por apresentar as seguintes etapas:

  • Gametófito masculino produz anterozoide (gameta masculino);

  • Anterozoide nada até o gametófito feminino em direção à oosfera (gameta feminino);

  • Ocorre a fecundação;

  • Zigoto desenvolve-se em esporófito;

  • Esporófito desenvolve-se sobre o gametófito;

  • Ocorre meiose na cápsula do esporófito;

  • A cápsula abre-se e os esporos são liberados;

  • Esporo cai no ambiente e desenvolve-se;

  • Protonema é formado;

  • Protonema desenvolve-se e forma um gametófito adulto.

→ Exemplos de briófitas

Briófita é um termo utilizado para identificar plantas avasculares (vegetais que não apresentam estruturas de vasos de transporte) e geralmente de pequeno tamanho. Como exemplos de briófitas, podemos citar os musgos (filo Bryophyta), hepáticas (filo Marchantiophyta) e antóceros (filo Anthocerotophyta).

Qual a diferença na alternância de gerações entre briófitas e pteridófitas?

A Marchantia é um exemplo de hepática.

Leia também: É perigoso dormir com plantas no quarto?

→ O que é um ciclo com alternância de gerações?

O ciclo de vida das briófitas é caracterizado pela alternância de gerações, isto é, apresenta uma fase gametofítica (que produz gametas) e uma fase esporofítica (que produz esporos). A fase gametofítica é mais desenvolvida e duradoura no ciclo de vida dessas plantas e caracteriza-se por ser uma fase haploide. A fase esporofítica, por sua vez, é diploide e é uma fase de vida passageira.

→ Desenho do ciclo reprodutivo das briófitas

Observe um esquema do ciclo reprodutivo das briófitas:

Qual a diferença na alternância de gerações entre briófitas e pteridófitas?

→ Ciclo de vida das briófitas

As briófitas são plantas que podem reproduzir-se de maneira assexuada e também sexuada. A reprodução assexuada pode ocorrer, por exemplo, por meio de fragmentos de tecidos, que são utilizados para gerar uma nova planta e não envolve gametas. Já na reprodução sexuada, vemos a presença de gametas: anterozoides e oosfera. A seguir descreveremos brevemente o ciclo de vida de um musgo, o qual é semelhante ao ciclo da maior parte das outras briófitas.

Na reprodução dos musgos, há a presença de gametófitos (fase produtora de gametas) e esporófitos (fase produtora de esporos). Observamos gametófitos femininos e masculinos: os femininos apresentam arquegônios, e os masculinos, anterídios. Nos anterídios, são produzidos os anterozoides (gametas masculinos); no arquegônio, é produzida a oosfera (gameta feminino). Em cada arquegônio, é produzida uma única oosfera; no anterídio, vários anterozoides são formados.

As briófitas são plantas que necessitam de água para a reprodução, uma vez que o anterozoide necessita desse meio para deslocar-se. Sendo assim, na presença de água, o anterozoide nada até o arquegônio. Ao chegar próximo ao arquegônio, os anterozoides são atraídos quimicamente até o local onde a oosfera está. O anterozoide então se funde com a oosfera.

Qual a diferença na alternância de gerações entre briófitas e pteridófitas?

Observe o esporófito com sua cápsula, local onde são produzidos os esporos.

Após a fecundação, observa-se a formação do embrião, o qual se desenvolve e origina o esporófito. O esporófito das briófitas permanece aderido ao gametófito e apresenta uma cápsula. É nessa cápsula que ocorre a produção dos esporos haploides por meio de um processo de meiose.

Os esporos são liberados da cápsula e, ao cair em ambiente adequado, germinam e dão origem ao protonema (primeiro estágio do desenvolvimento do gametófito de musgos e hepáticas). O protonema torna-se um gametófito adulto. Esse gametófito desenvolve-se até se tornar um gametófito maduro e apto a dar continuidade ao ciclo.

→ Gametófito das briófitas

Qual a diferença na alternância de gerações entre briófitas e pteridófitas?

Observe a fase de gametófito do musgo e a fase de esporófito crescendo sobre o gametófito feminino.

Nas briófitas, o gametófito é a fase de vida mais duradoura. Essa fase é capaz de realizar fotossíntese e pode ter aspecto folhoso ou taloso. Os gametófitos folhosos são aqueles que apresentam filídios, que são espécies de folhas primitivas. Já o gametófito taloso não tem o corpo diferenciado em caulídio e filídio, apresentando o corpo como um talo.

→ Esporófito das briófitas

Qual a diferença na alternância de gerações entre briófitas e pteridófitas?

Observe as principais partes do esporófito na figura acima.

O esporófito das briófitas é uma fase passageira do ciclo. Ele se desenvolve sobre o gametófito e é dependente dele, uma vez que não faz fotossíntese quando maduro. O esporófito é formado basicamente por pé, seta e cápsula.

  • Pé: liga o esporófito ao gametófito;

  • Seta: porção alongada entre a cápsula e o pé (antóceros não possuem setas);

  • Cápsula: local onde os esporos são produzidos.

Leia também: Plantas tóxicas

→ Diferenças entre o ciclo das briófitas e o das pteridófitas

As pteridófitas e as briófitas apresentam ciclos de vida com algumas semelhanças e diferenças. Dentre as semelhanças, podemos destacar o fato de o ciclo de ambas, assim como o de outros grupos, apresentar alternância de gerações. Além disso, tanto briófitas quanto pteridófitas necessitam da água para reproduzir-se.

No que diz respeito às diferenças, podemos destacar:

  • Briófitas possuem o gametófito como geração dominante, diferentemente das pteridófitas, que possuem os esporófitos como geração dominante.

  • As pteridófitas possuem esporófito de vida livre, diferentemente das briófitas, que possuem um esporófito dependente do gametófito.

→ Características gerais das briófitas

Qual a diferença na alternância de gerações entre briófitas e pteridófitas?

Os musgos são exemplos de briófitas, plantas que se destacam pela ausência de vasos condutores.

As briófitas são plantas bastante simples. Seu representante mais conhecido é o musgo. São características desse grupo de plantas:

  • Ausência de vasos condutores de seiva (plantas avasculares);

  • Ausência de semente, flores e frutos;

  • Dependência de água para a reprodução;

  • Ciclo de vida com alternância de gerações (fase gametofítica e fase esporofítica);

  • Gametófito é livre e é a fase duradoura do ciclo;

  • Esporófito é dependente do gametófito e representa uma fase breve do ciclo.

Qual a diferença na alternância de gerações entre briófitas e pteridófitas *?

Em linhas gerais, há duas diferenças significativas entre briófitas e pteridófitas. A primeira diferença diz respeito ao ciclo de vida dominante de cada uma. A segunda está ligada à presença ou não de vasos condutores de seiva.

Qual é a diferença entre evolutiva entre as briófitas e as pteridófitas?

No caso das briófitas, a fase que predomina, tendo maior relevância e duração, é a gametofítica (produtora de gametas); já nas pteridófitas, quem predomina é a fase esporofítica (produtora de esporos). A outra grande diferença entre os grupos se refere aos vasos condutores de seiva.

O que significa dizer que as briófitas se reproduzem por alternância de gerações?

O ciclo de vida das briófitas destaca-se pela alternância de gerações. Isso significa que, durante a vida da planta, ela passa por uma fase de vida diploide (2n) e uma fase haploide (n).

Como é a reprodução das briófitas e pteridófitas?

Reprodução: As pteridófitas, como as briófitas, se reproduzem por meio de um ciclo que apresenta uma fase assexuada e outra sexuada. Uma samambaia-de-metro, por exemplo, que é comum em residências, é uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada de esporófito.