Qual é a diferença entre o teocentrismo medieval é o antropocentrismo moderno?

Ao estudar para Enem, é preciso se concentrar nos temas mais importantes para dar conta de tudo. Na prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias, os estudos sobre teocentrismo e antropocentrismo estão entre os mais cobrados pelo exame.

Isso porque essas duas ideias foram muito importantes para a curso histórico da filosofia e da sociedade como um todo, sendo essencial que os candidatos saibam compreendê-las e diferenciá-las.

A seguir, falamos mais sobre os conceitos de teocentrismo e antropocentrismo para você se preparar para o Enem. Fique conosco!

Aqui você vai conferir:
As principais ideias do teocentrismo
O teocentrismo na Idade Média
O que mudou com o antropocentrismo
O antropocentrismo na Idade Moderna
O humanismo italiano

As principais ideias do teocentrismo

A palavra “teocentrismo” vem do grego e seu significado se dá a partir da junção de duas outras palavras: theos, de "Deus", e kentron, de "centro". Ou seja, podemos dizer que teocentrismo é o mesmo que "Deus como centro".

Tendo esse entendimento do significado, é possível afirmar que a doutrina teocêntrica enxerga a figura de Deus como centro de tudo. Assim, os fundamentos de Deus são entendidos como os que deveriam reger a sociedade.

Essa concepção também deposita na figura de Deus as explicações para os acontecimentos – desde o surgimento da humanidade até para onde vamos depois de mortos.

Essa corrente de pensamento esteve vigente durante a Idade Média, quando a religião Católica era um forte componente social, determinando regras, comportamentos e decisões sociais. A Igreja era considerada um dos principais poderes da época.

Para se ter um exemplo, a usura (lucro excessivo) era considerada pecado e, por isso, condenada e desestimulada pela Igreja. Da mesma maneira, acreditava-se que os reis eram representantes de Deus.

De acordo com o teocentrismo, o ser humano, para se realizar e conseguir ser salvo após a morte, precisava se submeter às vontades e desejos de Deus. Essas regras eram ditadas pela própria Igreja, que também detinha poder sobre o conhecimento.

Nessa mesma linha, pensamentos empíricos (científicos, com base em testes) eram considerados heresias e pecados.

O teocentrismo na Idade Média

Como vimos, o teocentrismo é a doutrina que vigorou principalmente na Idade Média. Afinal, foi nesse período que a Igreja Católica mais teve poder sobre a sociedade, passando pelas determinações de política, ética e economia.

Uma informação relevante para compreender esse cenário é que antes da Reforma Protestante as bíblias eram todas em latim, uma língua destinada apenas aos membros da Igreja. Dessa forma, o povo não tinha acesso a esse documento.

Por isso, é possível afirmar que a concepção teocêntrica limitava também o conhecimento, pois era baseado na bíblia, que poucos tinham acesso.

Com isso, baseado na religião, acreditava-se que Deus era a explicação para tudo e, por isso, a única salvação era segui-lo e aceitar todas as ideias relacionados a sua figura.

O que mudou com o antropocentrismo

O antropocentrismo é o conceito que ressalta o homem, o ser humano, como figura importante da história, da sociedade e política, considerando-o como ser dotado de inteligência para realizar suas ações no mundo.

A palavra também vem do grego, unindo anthropos, de “humano”, com kentron, de “centro”. Ou seja, antropocentrismo é “homem no centro”. Nesse caso, o ser humano é visto como crítico, racional e capaz de conduzir sua própria existência.

Dessa maneira, fica fácil perceber que o teocentrismo e o antropocentrismo são ideias opostas. O antropocentrismo, enquanto corrente filosófica, surgiu exatamente como um questionamento da ideia de que Deus seria a explicação de tudo.

O antropocentrismo é, portanto, a ideia de que o homem é a figura central da cultura, da ciência e da sociedade e que deve ser considerado como principal referência na maneira como o mundo é visto, organizado e entendido.

Esse movimento veio logo após o fim da Idade Média e início da Idade Moderna, sendo um marco para a história. Afinal, uma série de mudanças aconteciam na sociedade da época, como a diminuição do poder social da Igreja Católica na Idade Moderna.

Por ter uma visão de que o homem é um ser capaz de questionar e entender o mundo, o antropocentrismo abriu espaço para que os primeiros estudos empíricos de matemática e de ciência começassem a surgir.

Foi nessa época, por exemplo, que surgiu o modelo do Heliocentrismo, com os planetas girando ao redor do sol.

O antropocentrismo na Idade Moderna

O antropocentrismo também é conhecido por ser um movimento da Renascença. Ou seja, da retomada, renascimento, da ideia do homem como ser independente e capaz de tomar suas ações (algo valorizado anteriormente na Grécia e Roma Antiga).

Por isso, é um marco da Idade Moderna, quando era buscado um distanciamento cada vez maior das instituições religiosas, visto que a ideia teocêntrica vinha sendo combatida. É importante lembrar que, com a Reforma Protestante, a Igreja Católica perdeu sua hegemonia na passagem da Idade Média para a Moderna.

Por isso, no âmbito de história e sociedade, a Idade Moderna é vista como um berço do antropocentrismo, já que era terreno fértil para que ideias voltadas ao ser humano ganhassem mais espaço.

Um símbolo bastante marcante desse período histórico é a imagem do Homem Vitruviano (1590), de Leonardo DaVinci, que desenhou o homem nas proporções consideradas perfeitas pela matemática.

O humanismo italiano

O antropocentrismo também serviu de base para outro movimento muito importante: o humanismo. De acordo com esse conceito, o homem é o centro das questões científicas, filosóficas, artísticas e culturais.

Dessa maneira, o humanismo teve papel muito importante no desenvolvimento de diversas áreas de pesquisa.

A partir desse pensamento, os cientistas passaram a formular suas teorias de maneira mais ampla, contribuindo com conhecimentos que levaram ao entendimento do mundo como um todo.

Esse é o caso de Isaac Newton, por exemplo, que descobriu a gravidade, e também dos estudos de Filosofia Moderna, que moldam diversos pontos da sociedade até hoje.

Foram também o antropocentrismo e o humanismo que levaram ao entendimento desses estudos científicos como formais, sendo acrescentados nas escolas de formação da época.

Viu como esse assunto é bastante importante para a prova do Enem? Além da parte de filosofia, é um conteúdo também válido para as questões de história e sociologia e até para a redação do Enem.

Agora que você já sabe a diferença entre teocentrismo e antropocentrismo, continue em nosso blog e veja mais dicas para o Enem. Por exemplo, você sabe como preencher seu cartão resposta da melhor maneira? Descubra aqui!

Qual é a diferença entre o teocentrismo medieval é o antropocentrismo moderno?

O que é o teocentrismo medieval?

A filosofia teocêntrica foi a base da cultura e modo de vida medieval. Na visão teocêntrica, o direito divino era considerado superior a qualquer tipo de crença ou racionalidade. Qualquer pensamento que não fosse baseado nos preceitos da Bíblia era considerado pecaminoso e incorreto.

Como era a visão de mundo do teocentrismo medieval?

O Teocentrismo Medieval retratava o vínculo entre o povo e o sagrado que era a religião e eles defendiam uma única verdade, além de serem guiados por Jesus Cristo e os ensinamentos bíblicos. Em aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos daquela Era, Deus era classificado como o salvador e centro do mundo.

Qual é a relação que podemos estabelecer com o antropocentrismo é o teocentrismo?

Surgiu questionando o Teocentrismo sistema onde Deus (Theos, em grego) estaria no centro do mundo. Assim, o antropocentrismo é um conjunto de ideias onde o homem representa a figura central, nos campos da cultura, ciência, sociedade e é a principal referência para o entendimento do mundo.

Quais as principais diferenças entre o humanismo e o teocentrismo?

O Teocentrismo é considerar Deus o centro de todas as coisas. Já no Humanismo, o Teocentrismo dá lugar ao Antropocentrismo. Na ideologia do Antropocentrismo, Deus não é o centro do universo, e sim, o Homem.