Qual foi a lei que possibilitou o acesso dos plebeus ricos ao consulado?

Tribuno do povo romano autor da Lex Canuleia (445 a. C.) nascido e morto em locais incertos, que optou pela validade dos casamentos entre patrícios e plebeus, as duas classes que dividiam a cidade, a lei da igualdade civil. Depois de uma revolta plebéia, uma comissão de dez membros, os decênviros (450 a.C.), publicou pela primeira vez um código de leis válido para todos. 5 anos depois, com a Lex Canuleia, também conhecida como plebiscito Canuleio (445 a. C.), derrogando a lei anterior pelo voto e validando os casamentos entre patrícios e plebeus, as duas classes que dividiam a cidade. Foi uma das primeiras conquistas sociais dos romanos, a lei da igualdade civil, e abriu caminho para a criação futura do famoso Direito romano.

Mas no ano seguinte, com o fim de impedir que os plebeus conseguissem o direito de se tornar cônsules, essa magistratura foi abolida pelos patrícios. O consulado, entretanto, foi restabelecido (366 a. C.), e o acesso a ele foi permitido aos plebeus pelas Leis de Licínio e Sextio, ambos tribunos da plebe. Foram ainda criadas duas novas magistraturas ou funções políticas, a dos pretores e a dos censores, reservadas com exclusividade aos patrícios e às quais foi transferida parte dos poderes do antigo consulado.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Grátis

28 pág.

Qual foi a lei que possibilitou o acesso dos plebeus ricos ao consulado?

Qual foi a lei que possibilitou o acesso dos plebeus ricos ao consulado?

  • Denunciar


Pré-visualização | Página 2 de 9

modificações nas instituições de 
poder. O Senado e os comícios curiatos e centuriatos permaneceram como 
estavam. Mas o poder antes exercido pelo rei foi dividido e entregue a dois 
cônsules, que permaneciam apenas um ano no cargo. Desse modo, os patrícios 
tentaram eliminar o risco de retorno da Monarquia. 
 
2. A conquista dos plebeus. 
 
As principais instituições políticas da República eram, portanto, o Senado, a 
magistratura (desempenhada pelos cônsules) e os comícios curiatos e 
centuriatos. Mas somente os patrícios podiam ser senadores, cônsules e 
membros dos comícios curiatos. Os plebeus tinham acesso unicamente aos 
comícios centuriatos, criados por Sérvio Túlio. Nessas assembléias tinham 
direito de participação todos os cidadãos que serviam ao exército, o que 
incluía tanto plebeus quanto patrícios. Os plebeus tinham, assim, uma 
participação ínfima na vida política romana. Por isso, nos duzentos anos 
seguintes à criação da República, eles lutaram insistentemente pela ampliação 
de seus direitos. Os plebeus não eram entretanto, um grupo social 
homogêneo. Embora a maioria fosse pobre, existiam plebeus muito ricos. Na 
luta contra os patrícios, enquanto os pobres exigiam leis escritas, abolição da 
escravidão por dívidas e distribuição de terras, os ricos reclamavam uma lei 
que permitisse o casamento entre patrícios e plebeus e o acesso às 
magistraturas. Ao longo de duzentos anos, com muita luta, os plebeus 
atingiram seus objetivos. O primeiro passo foi a conquista de um órgão 
político de defesa de seus interesses, o tribunato da plebe. Essa conquista 
ocorreu depois que os plebeus ameaçaram criar, em 494 a. C . uma sociedade 
plebéia separada da dos patrícios, nas vizinhanças de Roma. Os tribunos da 
plebe, a princípio dois e mais tarde dez, eram considerados sacrossantos, isto 
é, invioláveis. Fazer ameaças ou resistir a eles pela força era considerado um 
sacrilégio. Os tribunos tinham o direito de intercessio, o que significava poder 
socorrer o cidadão ameaçado por um magistrado e interceder para anular atos 
ou decisões que julgassem prejudiciais aos plebeus. Podiam também reunir a 
assembléia da plebe e fazer votar o plebiscito, que tinha o valor de lei para os 
plebeus. Por volta de 450 a.C. depois de uma revolta plebéia, uma comissão 
de dez membros (decênviros) publicou pela primeira vez um código de leis 
válido para todos a. Em 445 a.C., com a Lei de Canuleio, foi autorizada a 
união matrimonial entre patrícios e plebeus. Mas no ano seguinte, com o fim 
de impedir que os plebeus conseguissem o direito de se tornar cônsules, essa 
magistratura foi abolida pelos patrícios. O consulado, entretanto, foi 
restabelecido em 366 a.C. e o acesso a ele foi permitido aos plebeus pelas Leis 
de Licínio e Sextio, ambos tribunos da plebe. Foram ainda criadas duas novas 
magistraturas (funções políticas) – a dos pretores e a dos censores –, 
reservadas com exclusividade aos patrícios e às quais foi transferida parte dos 
poderes do antigo consulado. Os plebeus, contudo, continuaram sua luta, 
exigindo acesso a todas as magistraturas, o que lhes foi concedido em 300 a.C. 
Por fim, em 286 a.C., através da Lei Hortênsia, os plebiscitos tornaram-se leis 
válidas também para os patrícios. A partir de então passou a ocorrer o comício 
das tribos ou assembléia tribal, com a participação de patrícios e plebeus. Em 
326 a.C. outra medida importante abolira a escravidão por dívidas que pesava 
sobre os plebeus empobrecidos. 
 
4. As instituições políticas da República. 
 
Apresentamos a seguir um esquema dos principais órgãos de governo, das 
relações que mantinham entre si e de seu funcionamento. Em seguida, 
descreveremos as funções de cada um. 
 
 Os comícios elegiam os magistrados. Estes ingressavam no Senado, após 
cumprir o mandato de magistrado. O Senado aconselhava os magistrados. 
Senatus consultum (“decreto”) era o nome dado às decisões do Senado. Além 
de reunir e presidir os comícios, os magistrados propunham as leis, que os 
comícios votavam. Os comícios ou assembléias curiatas, reunidos por cúrias, 
segundo a tradicional organização gentílica, tornaram-se meras formalidades 
em meados do século III (250 a.C.). Também perderam força os comícios 
centuriatos. Ao longo do tempo destacou-se o comício das tribos ou 
assembléia tribal. 
 
Lutas por Reformas Sociais 
Transformações econômicas e sociais 
 
1. A primitiva economia romana. 
 
A palavra pecúnia significa, em latim, “riqueza”, e é derivada de pecus 
(“gado”). Essa constatação levou os historiadores a deduzirem que os romanos 
foram primitivamente criadores de gado, antes de, sob a influência dos gregos 
e principalmente dos etruscos, terem se convertido em agricultores. Quando 
República foi fundada, em 509 a.C. a agricultura, baseada na policultura, era 
praticada em propriedades familiais, juntamente com o artesanato. A produção 
destinava-se ao auto-abastecimento, havendo aquisições ocasionais, por 
compra, de ferramentas de metais. 
 
2. O expansionismo no tempo da República. 
 
No início da República, nada distinguia Roma de outras sociedades antigas. 
Mas, aos poucos, ela foi se destacando como potência militar. Esse processo 
começou com guerras defensivas, travadas contra os vizinhos que cobiçavam 
seus produtos e suas terras. Gradualmente essas guerras se converteram em 
guerras de conquista, até que, em 272 a.C., depois de duzentos anos de luta, 
toda a Península Itálica ficou finalmente sob dominação romana. Com a 
conquista e a unificação da Península Itálica, Roma se transformou numa 
respeitável potência. O problema é que o seu território passou a fazer fronteira 
com Cartago, outra grande e temível potência da época. Cartago era uma 
cidade de origem fenícia (punicus, em latim), situada no norte da África. 
Contra ela, entre os anos 264 e 146 a.C. Roma travou três guerras, na segunda 
das quais teve que enfrentar o lendário general cartaginês Aníbal. Esses 
confrontos ficaram conhecidos como Guerras Púnicas, e os romanos venceram 
todos eles. A vitória contra Cartago possibilitou a Roma o domínio das ilhas 
de Sardenha, Córsega e Sicília, além da Espanha e do norte da África. Roma 
não parou mais de se expandir depois disso. Voltou os olhos para o Leste, 
onde conquistou o reino macedônico da Grécia, e levou a guerra até o mar 
Negro, onde reinava Mitridate, um formidável opositor, que resistiu aos 
romanos por mais de vinte anos, até ser derrotado, em 66 a.C. 
 
3. O ager publicus. 
 
Com as conquistas, tanto a economia quanto a sociedade romana foram se 
transformando. Até 202 a.C. quando terminou a Segunda Guerra Púnica, 
Roma ainda não havia se voltado para o Oriente. Naquele momento, os 
domínios romanos limitavam-se ao Ocidente, que, em comparação com o 
Oriente Helenístico (antigo domínio de Alexandre Magno), era pouco 
desenvolvido e muito pobre. Mas os povos do Ocidente, Itália, sul da Gália e 
parte da Espanha tinham uma riqueza que despertava a cobiça dos patrícios: 
terras. Essas terras foram confiscadas e convertidas em terras públicas (ager 
publicus). Apesar de públicas, foram vendidas ou arrendadas aos patrícios 
os únicos que, na prática, tinham acesso a elas. Foi justamente essa 
privatização das terras públicas que impulsionou o processo de concentração 
de terras nas mãos dos patrícios. Esse processo jamais teve seu 
desenvolvimento bloqueado em Roma, diferentemente do que ocorreu na 
Grécia, onde as maiores extensões iam de 12 a 24 hectares. Os latifúndios 
romanos eram freqüentemente superiores a 120 hectares. Houve os que 
chegaram a atingir 1.200 e até mesmo 80.000 hectares. A maioria dos

Qual a lei que possibilitou o acesso dos plebeus ricos ao consulado?

Lei Canuleia – Wikipédia, a enciclopédia livre.

O que a lei da Canuleia permitia?

Em 445 a.C., pela Lei Canuléia permitiu- se o casamento entre plebeus e patrícios. Em 367 a.C., a Lei Licínia deu aos plebeus o direito de eleger os representantes para as diversas magistraturas. Em 300 a.C., os plebeus conquistaram o direito ao exercício de cargos sacerdotais.

Quem fez a lei Canuleia?

Tribuno do povo romano autor da Lex Canuleia (445 a.

Quais as leis foram resultado da luta plebeia por maior participação política?

Nesse contexto, a Lei Licínia Sextia promoveu o fim da escravidão por dívida e ainda garantiu a participação dos plebeus nas demais magistraturas e cargos públicos romanos.