Quem é a pessoa mais velha do Brasil?

Morreu na última terça-feira (5/10), aos 116 anos, a cearense Francisca Celsa dos Santos, considerada a pessoa mais velha do Brasil e a terceira do mundo. O óbito aconteceu em Fortaleza, após ser acometida por uma pneumonia.

No ano passado, ela foi reconhecida pelo Gerontology Research Group (GRG) — Grupo de Pesquisa em Gerontologia como a pessoa mais velha do Brasil e a 3ª mais velha do mundo.

De acordo com o G1,  uma das netas de dona Francisca, a assistente administrativa Fernanda Aliny Barroso Celsa, contou que a avó não teve Covid-19, mas a piora no quadro de saúde provocou a múltipla falência dos órgãos.

Ela morreu na casa onde morava, no Bairro Messejana. Ela era natural da cidade de Cascavel, na região metropolitana.

Na quarta-feira (6/10), o corpo da idosa foi sepultado por volta das 16h, no Cemitério Municipal de Pacajus (Nossa Senhora da Conceição), na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

A neta também conta que a partida da avó está sendo muito sentida por toda a família, que a via como uma mulher forte e muito amorosa com todos.

“Ela é sinônimo de amor, de vontade de viver, de tudo de bom que se possa imaginar. O elo de ligação entre netos, bisnetos, tataranetos. Apesar de não se movimentar, viver acamada há alguns anos, ficou um vazio em cada lugar da casa”, diz.

Um dia antes de morrer, segundo a neta, Dona Francisa foi reconhecida como a mulher mais velha da América Latina

“Recebemos a ligação do pessoal do Guinness Book nos dando a notícia, ficamos muito felizes no dia e logo veio a partida dela, foi muito difícil”, lamenta Fernanda.

A família ressalta que durante a pandemia do coronavírus, os cuidados com dona Francisca foram redobrados. Apesar de todos os cuidados, uma obra próximo ao local onde a idosa morava acabou produzindo muita poeira, o que colaborou com o agravamento do estado de saúde da matriarca da família.

Dona Francisca piorou com a pneumonia e morreu por volta de 21h30 da terça-feira, a 17 dias de completar 117 anos.

Antônia Santa Cruz, considerada a mulher mais velha do Brasil, morreuneste domingo aos 116 anos e 224 dias. Ela também era a terceira mulher mais velha do mundo, segundo o grupo de pesquisa Gerontology Research Group (GRG). De acordo com o portal Calila Notícias, a idosa faleceu em casa por causas naturais, após família relatar que ela reclamou de dores no corpo na noite de sábado.

A supercentenária estava acamada há um mês, sem nenhuma doença aparente. Ela foi velada na residência da família e o sepultada na tarde desta segunda-feira. Na família de Dona Antônia, mais centenários: uma das irmãs tem 107 anos, e o irmão caçula morreu há pouco mais de um ano, após completar 100 anos.

Antônia se tornou a mulher mais velha do Brasil e a terceira do mundo após a morte de Dona Francisca Celsa em outubro do ano passado, no Ceará. Agora, ela se torna a 15ª mulher que mais viveu no mundo e 2ª no Brasil.

— Vozinha, a senhora foi uma guerreria. Vou lembrar das suas histórias, seus conhecimentos. Lutou muito pela vida, mas quando Deus determina a hora, não podemos reclamar. Só agradece por tantos anos vividos, 116 anos. Bem vividos e bem cuidada. Descanse em paz — publicou uma das netas de Antônia no Facebook.

A baiana viveu a pandemia da Gripe Espanhola em 1918, quando tinha 12 anos de idade, e também passou ilesa pela Covid-19, sobrevivendo para ser vacinada contra a doença. Ela tomou a primeira dose em casa, aos 115 anos, em fevereiro do ano passado.

A pessoa mais velha da América Latina é uma cearense e mora em Messejana, Fortaleza. Francisca Celsa dos Santos, de 115 anos de idade, foi reconhecida como a pessoa mais velha do Brasil e da América Latina, além de ser a terceira mais velha no mundo, de acordo com o Grupo de Pesquisa em Gerontologia (GRG, na sigla em inglês).

Dona Francisca é uma das 28 supercentenárias (pessoas com mais de 110 anos) ainda vivas reconhecidas no mundo e a 24ª mais velha já registrada na história da humanidade. Acima dela, estão a francesa Lucile Randon, de 116 anos, e a japonesa Kane Tanaka, de 117. Nascida no dia 21 de outubro de 1904, dona Francisca ainda tem chances de ser uma das pessoas mais velhas do mundo.

“O Brasil sempre foi considerado um país com muito potencial pra aparecimento de supercentenários”, explica Ricardo Lago, correspondente oficial da GRG no Brasil. De acordo com ele, o tamanho da população brasileira, o clima tropical e o fato de ser um país caracteristicamente cristão são fatores que propiciam a existência de muitos supercentenários brasileiros.

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“[Os brasileiros] somos a quinta maior população do mundo, assim como um país grande. Automaticamente, a probabilidade de mais pessoas chegarem aos 110 anos é maior”, afirma. De acordo com Ricardo, estima-se que uma em cada mil humanos deve chegar aos 110 anos de idade. “O clima quente também ajuda bastante. Já se sabe que em países de clima frio, como a Noruega, é mais difícil uma pessoa chegar aos 110 anos”, completa.

Documentação

Mas além dos fatores probabilísticos, prevalece um tecnicamente mais importante: a documentação. Ricardo revela que, “brincando”, a história do Brasil deve ter pelo menos 300 supercentenários. Infelizmente, a maioria deles não tem como comprovar a idade pela falta de documentos como certidão de nascimento. Ainda, há casos que a pessoa até possui a certidão, mas ela foi criada quando o idoso já tinha 50 anos. “Na época, a documentação era burocrática e cara, então as famílias aproveitavam para registrar todos os filhos de uma vez”, diz.

É por isso que o fato de o Brasil ser predominantemente cristão ajuda na prevalência de supercentenários. Conforme o profissional, o batizado virou obrigatório a partir dos anos 1900, fazendo com que boa parcela da população tivesse em mãos a certidão de batizado para comprovar a idade.

Além de documentos que comprovem os primeiros 20 anos de vida do candidato, os correspondentes oficiais da GRG também analisam documentos do meio da vida, como título de eleitor, certidão de casamento e de nascimento dos filhos; e da vida recente, como a carteira de identidade (RG). “O processo de reconhecimento é quase uma tese”, brinca Ricardo, um dos 50 correspondentes no mundo.

Grandes fluxos migratórios, como ocorridos nas Primeira e Segunda Guerras Mundiais, acabaram facilitando a existência de documentações no século XX. Esse é um dos motivos para os Estados Unidos da América (EUA), Japão e países europeus como Itália, França e Reino Unido terem mais registros de supercentenários.

Processo de monitoramento

“Estima-se que, no mundo todo, deva-se ter pelo menos 700 a mil pessoas vivas com 110 anos para cima”, calcula Ricardo. Mesmo assim, apenas 28 - todas mulheres - ainda vivas foram reconhecidas pela GRG. A dificuldade de alcançar as centenas está tanto na ausência de documentação, quanto no corpo de profissionais do grupo de pesquisa. Afinal, o processo de monitoramento é feito principalmente pela internet.

O correspondente relata que o grupo geralmente chega aos casos de supercentenários por notícias de veículos de comunicação. Por meio de ligações e e-mails, eles tentam alcançar as famílias e iniciar o processo de reconhecimento. No entanto, também é possível contatá-los para tal. Basta acessar o site Supercentenários do Brasil e contatar os correspondentes.

Estudos da GRG

O GRG iniciou como projeto na procura dos sucessores da francesa Jeanne Calment, de 122 anos (21/2/1875 - 4/8/1997). Até agora, Jeanne é a pessoa mais velha do mundo e ninguém conseguiu superar a idade dela. A partir daí, os integrantes da GRG começaram a questionar qual a idade limite dos seres humanos.

“O objetivo é exatamente tentar localizar todos os casos reais para uma questão de pesquisa. Qual o máximo que o ser humano pode chegar? Qual o limite hoje? Como reverter? Como melhorar a qualidade de vida?”, elenca Ricardo.

Saiba quem são as 28 centenárias vivas no mundo:

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Quem é a pessoa mais velha do Brasil 2022?

Publicado em 09/05/2022 - 20:37 Por Daniella Longuinho* - Repórter da Rádio Nacional - Brasília. Uma baiana de Bom Jesus da Lapa pode ser a mulher mais velha do mundo. Nascida no dia 16 de junho de 1900 no povoado de Bela Vista, onde ainda reside, Maria Gomes dos Reis tem 121 anos.

Quem viveu mais de 120 anos?

Segundo o Guinness, a pessoa mais velha já conhecida foi Jeanne Louise Calment, da França, que viveu até os 122 anos e 164 dias de idade. Ela morreu em 1997.

Qual a idade máxima que um ser humano já viveu?

O título de pessoa mais velha da história é atribuído à francesa Jeanne Calment, que morreu em 4 de agosto de 1997, aos 122 anos e 164 dias. Atualmente, a pessoa mais velha do mundo é a francesa Lucile Randon, com 118 anos e 312 dias.

Quem é a pessoa mais velha do mundo 2022?

Lucille Randon, uma francesa de 118 anos, continua sendo a pessoa mais velha do mundo depois que o japonês Kane Tanaka morreu em 19 de abril aos 119 anos, de acordo com a lista do Grupo de Pesquisa Gerontológica (GRG) das pessoas mais velhas do mundo.