O que torna uma rocha mais ou menos susceptíveis aos ataques Intempéricos?

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O que torna uma rocha mais ou menos susceptíveis aos ataques Intempéricos?

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em que se formam a 
esmectitas aluminosas. 
 
6. Fatores que controlam a alteração intempérica 
 Da rocha ao solo: Intemperismo e pedogênese 
 
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 Várias características do ambiente em que se processa o intemperismo 
influem diretamente nas reações de alteração, no que diz respeito à sua 
natureza, velocidade e intensidade. 
 
 Esses fatores controladores do intemperismo são basicamente 
representados pelo material parental, clima, topografia, biosfera e tempo. 
 
6.1 Material parental 
 
 A alteração intempérica das rochas depende da natureza dos minerais 
constituintes da rocha inicial, de sua textura e estrutura. 
 
Entre os minerais constituintes das rochas, alguns são mais susceptíveis que 
outros à alteração. A série de Goldich representa a sequência normal de 
estabilidade dos principais minerais frente ao intemperismo. Como sequência 
dessa diferenciação no comportamento dos minerais em relação ao 
intemperismo, os perfis de alteração são naturalmente enriquecidos nos minerais 
mais resistentes, como o quartzo, e empobrecidos ou mesmo desprovidos dos 
minerais mais alteráveis, como a olivina.” 
 
 A textura da rocha original influencia o intemperismo, na medida que 
permite maior ou menor infiltração da água. Entre os materiais sedimentares, os 
arenosos tendem a ser mais permeáveis que os argilosos. Considerando outros 
tipos de rochas, aquelas com arranjo mais compacto e texturas mais grossas 
(menor superfície específica dos grãos) alteram-se menos rapidamente que as 
menos compactadas e de texturas mais finas. Outras descontinuidades, como 
juntar e diáclases, também facilitam a percolação das águas e, portanto, a 
alteração. É nesse sentido que o intemperismo físico , com seu efeito 
desagregador do material original, contribui para acelerar o intemperismo 
químico. 
 
6.2 Clima 
 
 O clima é o fator que, isoladamente, mais influência no intemperismo. 
Pontos distribuídos em diferentes latitudes da América correlacionam-se a 
diferentes combinações de pluviosidade e temperatura média anuais. Os dois 
mais importantes parâmetros climáticos, pluviosidade e temperatura, regulam a 
natureza e a velocidade das reações químicas. Assim a quantidade de água 
disponível nos perfis de alteração, fornecida pelas chuvas, bem como a 
temperatura, agem no sentido de acelerar ou retardar as reações do 
intemperismo, ou ainda modificar a natureza dos produtos neoformados, 
segundo a possibilidade de eliminação de componentes potencialmente 
solúveis. 
 Da rocha ao solo: Intemperismo e pedogênese 
 
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 Quanto maior a disponibilidade de água (pluviosidade total) e mais 
frequente for sua renovação (distribuição das chuvas), mais completas serão as 
reações químicas do intemperismo. 
 
 A temperatura desempenha um papel duplo, condicionando a ação da 
água: ao mesmo tempo em que acelera as reações químicas, aumenta a 
evaporação, diminuindo a quantidade de água disponível para a lixiviação dos 
produtos solúveis. A cada 10ºC de aumento na temperatura, a velocidade das 
reações químicas aumentam de duas a três vezes. O intemperismo é mais 
pronunciado nos trópicos, onde a alteração é intensa, afetando todos os minerais 
alteráveis, que desaparecem com relativa rapidez, dando lugar a produtos 
secundários neoformados. Em geral, os minerais primários estão ausentes com 
exceção daqueles mais resistentes, como, por exemplo, o quartzo e a muscovita, 
e os perfis apresentam grande espessura de saprolito e de solum. 
 Nos climas mais frios, a alteração afeta apenas os minerais primários 
menos resistentes (por exemplo, nas rochas mais comuns da crosta, os 
ferromagnesianos, deixando inalterados os aluminossilicatos). Essa alteração é 
diferencial no tempo, resultando em níveis alterados que contêm certa 
quantidade de minerais primários não decompostos. 
 
6.3 Topografia 
 
 A topografia regula a velocidade do escoamento superficial das águas 
pluviais (que também depende da cobertura vegetal) e, portanto, controla a 
quantidade de água que se infiltra nos perfis, de cuja eficiência depende a 
eliminação dos componentes solúveis. As reações do intemperismo ocorrem 
mais intensamente nos compartimentos do relevo onde é possível boa infiltração 
da água, percolação por tempo suficiente para a consumação das reações e 
drenagem para lixiviação dos produtos solúveis. Com a repetição desse 
processo, os componentes solúveis são eliminados e o perfil se aprofunda. 
 
 Em encostas muito íngremes, o perfil de alteração não se aprofunda 
porque as águas escoam rapidamente, não ficando em contato com os materiais 
tempo suficiente para promover as reações químicas. Além disso, o material 
desagregado em início de alteração é facilmente carregado pela erosão. Por 
outro lado, nas baixadas, as águas ficam muito tempo em contato com as rochas 
e tornam-se concentradas nos componentes solúveis, perdendo assim sua 
capacidade de continuar promovendo as reações de ataque aos minerais. 
Nesses meios confinantes, próximos ao nível freático e sem escoamento 
suficiente, o perfil também não se aprofunda muito e o processo atuante é 
normalmente a bissialitização. 
 O relevo ideal para o desenvolvimento de perfis de alteração profundos e 
evoluídos, ou seja, portadores de minerais secundários de composição pobre em 
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componentes potencialmente solúveis, é o de platôs com encostas suaves. 
Nesses compartimentos topográficos há desnível considerável em relação ao 
nível base regional, permitindo boa infiltração das águas, drenagem interna dos 
perfis eficiente e consequente eliminação dos produtos dissolvidos. Com 
escoamento superficial reduzido, os perfis formados são poupados de uma 
erosão intensa, podendo desenvolver grandes espessuras, de dezenas ou 
mesmo centenas de metros. Os minerais secundários aí formados tendem a 
uma composição mais simples: óxi-hidróxidos de ferro e de alumínio, e caolinita 
onde a sílica não tiver sido totalmente lixiviada; em outras palavras, ocorre 
alitização (ou ferralitização) e monossialitização. 
 
6.4 Biosfera 
 
 A qualidade da água que promove o intemperismo químico bastante 
influenciada pela ação da biosfera. A matéria orgânica morta no solo decompõe-
se, liberando CO2, cuja concentração dos poros do solo pode ser até cem vezes 
maior que na atmosfera, o que diminui o pH das águas de infiltração. Em volta 
das raízes das plantas o pH é ainda menos, na faixa de 2 a 4, e é mantido 
enquanto o metabolismo da planta é processado. Isso é particularmente 
importante para o comportamento do alumínio, que, sendo muito pouco solúvel 
nos meios normais, torna-se bastante solúvel em pH abaixo de 4. 
 
 A biosfera também participa mais diretamente do processo intempérico 
pela formação de moléculas orgânica capazes de complexar cátions dos 
minerais, colocando-os em solução. Os ácidos orgânicos produzidos pelos 
micro-organismos são capazes de extrair até mil vezes mais ferro e alumínio dos 
silicatos que as águas da chuva. Superfícies rochosas colonizadas por liquens, 
que secretam ácido oxálico e ácidos fenólicos, são atacadas pelo intemperismo 
químico muito mais rapidamente que superfícies rochosas nuas, diretamente 
expostas aos outros agentes dos intemperismo. 
 
6.5 Tempo 
 
O tempo necessário para intemperizar determinada rocha depende dos vários 
fatores que controlam o intemperismo, principalmente da susceptibilidade dos 
constituintes minerais e do clima. Em condições pouco agressivas de 
intemperismo, é necessário um tempo mais longo de exposição às intempéries 
para haver o desenvolvimento de um perfil de alteração. 
 
 A taxa atual de intemperismo é calculada por estudos de balanço de 
massa em bacias pequenas, medindo-se a saída de substâncias dissolvidas na 
drenagem. Avalia-se também o tempo a partir do qual as rochas foram sujeitas 
ao intemperismo pela datação das superfícies

Quais rochas são mais suscetíveis ao intemperismo?

Determinados minerais ou rochas são mais facilmente dissolvidos pela água do que outros. A halita, a calcita, a dolomita, o gipso e o calcário são particularmente susceptíveis à dissolução.

Porque algumas rochas se Intemperizam mais rápido e profundamente que outras?

Devido a composição química das rochas, minerais que a compõe, e também devido as suas características físicas (textura, área superficial especifica). Tudo isso relacionado as condições ambientais em que são submetidas que podem promover maior ou menor ação do intemperismo.

Quais características das rochas depende o intemperismo?

Os fatores que influenciam na ocorrência do intemperismo são o clima, o relevo, a presença de micro-organismos, de animais ou de vegetais, as características da rocha e o seu tempo de exposição na superfície. Erosão e intemperismo são processos distintos.

Por que as rochas sofrem intemperismo?

Quando as rochas presentes na superfície entram em contato com elementos atmosféricos (vento, chuva, temperatura), com a hidrosfera (água em seus estados) e com outros seres vivos, elas sofrem a interferência destes, culminando em processos de desgastes e transformações no material original, esse processo é denominado ...