Por que não há vulcões e terremotos no Brasil?

O planeta Terra é dividido em várias camadas. A mais importante para os seres vivos é a litosfera, que corresponde à parte sólida do globo, atinge 50 km de espessura e apresenta-se dividida em várias placas.

As principais placas tectônicas são a do Pacífico, a de Nazca, a Sul-Americana, a Norte-Americana, a Africana, a Antártica, a Indiana, a Australiana, a Eurasiática, a Arábica e a das Filipinas.

Elas são gigantescos blocos que flutuam sobre o manto terrestre. Ele, por sua vez, é formado por rochas aquecidas, as quais se movimentam constantemente e empurram as placas, aproximando-as ou distanciando-as umas das outras. Há vários tipos de movimento das placas, porém os mais importantes são: convergente (quando se chocam) e divergente (quando se movimentam em direções contrárias).

Os abalos sísmicos podem ocorrer pela movimentação das placas tectônicas, por atividades vulcânicas e por desmoronamentos da estrutura interna da Terra. Em todos os casos, acumula-se uma imensa quantidade de energia, levando a Terra a tremer.

Por que não há vulcões e terremotos no Brasil?

Quando esses abalos ocorrem nos continentes são chamados de terremotos; já quando acontecem nos oceanos correspondem aos maremotos, que podem resultar na formação de ondas gigantescas denominadas tsunamis.

Por que não há vulcões e terremotos no Brasil?

A intensidade dos tremores varia bastante, mas não há um limite máximo. Sua força é medida por um aparelho chamado sismógrafo. A escala mais utilizada para determinar a energia liberada é a Richter, em alusão ao seu criador, Charles Francis Richter.

Os terremotos são fenômenos que podem ser causados por falhas geológicas nas quais são deslocados grandes volumes de terra, erupções vulcânicas e, principalmente, por colisões das bordas de diferentes placas tectônicas. O Brasil não costuma sofrer abalos sísmicos de grande magnitude, pois está localizado no centro da Placa Tectônica Sul-Americana, considerada uma região tectonicamente passiva.


No entanto, há registros históricos de tremores no Brasil: o imperador D. Pedro 2º foi um dos primeiros brasileiros a sentir e registrar um terremoto no dia 9 de maio de 1886 em Petrópolis, Rio de Janeiro.


Embora tenha evidências e relatos históricos destes abalos no Brasil, é possível detectar, quase que semanalmente, tremores de pequena escala no país. Eles costumam ser de magnitude menor de 3,0 na escala Richter, praticamente imperceptíveis.

O impacto de um terremoto é sentido com mais intensidade quando ocorre próximo a centros urbanos, já que a sua devastação depende da infra-estrutura da região e sua urbanização.


Apesar dos esforços dos cientistas e dos avanços tecnológicos, não é possível prever um terremoto. Os estudos na área estão concentrados no monitoramento de áreas sujeitas a sofrerem estes abalos sísmicos, como a falha de San Andreas, localizada na Califórnia. O que dificulta a prevenção é o curto tempo de estudos comparado a uma escala geológica de milhões de anos.


Tragédias


A tragédia mais recente envolvendo um terremoto foi no dia 28 de setembro de 2018 na Indonésia, onde o país foi arrasado por um terremoto de magnitude 7,5 seguido de um tsunami no qual deixou 59 mil pessoas desabrigadas e 1.234 mortos. Em 2004, ela já havia sido atingida por um terremoto de 9,1 graus seguido por um tsunami que registrou mais de 220 mil vítimas e 1,8 milhões de desabrigados. A Indonésia, está em uma das regiões mais propensas a tremores e atividade vulcânica do mundo: o Círculo de Fogo do Pacífico. Cerca de 7 mil tremores atingem essa área por ano, em sua maioria de magnitude moderada.

Em 2011, o Japão, mesmo sendo reconhecido por sua infra-estrutura na prevenção de desastres, sofreu o maior terremoto registrado no país, de magnitude 8,9, desencadeou um tsunami que deixou mais de 20 mil mortos e mais de 300 mil desabrigados.


Tremores sentidos no Brasil


Em agosto de 2018 ocorreu um terremoto na Venezuela de magnitude 6,3, segundo o instituto de sismologia local. E apesar de estar distante, foi possível detectar tremores na parte norte do Brasil, mesmo que não tão intensos como em Caracas, Venezuela.

Outro caso mais conhecido de tremor sentido no Brasil foi em abril de 2018, quando houve um terremoto de magnitude 6,8 na Bolívia. Como reflexo dessa atividade sísmica, em São Paulo, foram sentidos tremores fortes o suficiente para algumas edificações começassem a balançar e algumas delas a serem evacuadas.


Os 7 tremores mais fortes sentidos no Brasil foram:


1. Minas Gerais (2007) - Magnitude 4,9 na escala Richter, mas apesar de não ser o mais forte provocou 1 morte, 6 feridos e a queda de 5 casas;


2. Rio Grande do Norte (1986) - Magnitude 5,1 na escala Richter e danificou quase 4 mil imóveis;


3. Mato Grosso (1995) – Magnitude 6,6 na escala Richter, sem danos nem feridos;


4. Espírito Santo (1995) – Magnitude 6,3 na escala Richter, sem danos nem feridos;


5. Divisa entre Acre e Amazonas (2007) - Magnitude 6,1 na escala Richter, sem danos nem feridos;


6. São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro (2008) – Magnitude 5,2 na escala Richter, sem danos nem feridos;


7. Ceará (1980) - Magnitude 5,2 na escala Richter, sem danos nem feridos;


Para mais detalhes consulte: http://www.ultimosacontecimentos.com.br/terremotos/passa-de-1200-o-numero-de-mortos-na-indonesia-apos-terremoto-e-tsunami-devastadores.html


http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Canal-Escola/Terremotos-1052.html

Porque não há vulcões e terremotos no Brasil?

Hoje o Brasil se encontra no meio da placa tectônica Sul-Americana, em uma região estável, e a maior incidência de vulcões ocorre nas regiões geológicas instáveis, ou seja, nas bordas das placas. No Brasil nãovulcões ativos, pois o relevo brasileiro formou-se em períodos geológicos antigos, há milhões de anos.

Onde tem um vulcão no Brasil?

Embora hoje o Brasil não abrigue nenhum vulcão ativo, o país possui o vulcão mais antigo do mundo já descoberto. Com 1,89 bilhão de anos, o que sobrou deste antigo vulcão está localizado na região amazônica, especificamente entre os rios Tapajós e Jamanxim.

Em que estado do Brasil tem um vulcão extinto?

Extinto há 40 milhões de anos, o único vulcão brasileiro que mantém intactos a cratera e o cone (o chamado edifício vulcânico, no jargão dos especialistas) está sendo devastado por uma pedreira instalada na serra de Madureira, em Nova Iguaçu (cidade na Baixada Fluminense, região metropolitana do Estado do Rio).

Qual foi o último vulcão no Brasil?

Posteriores derramamentos de lavas e explosões deram origem à formação do Pico do Desejado, com idades em torno de 2,5 milhões de anos, se sobrepondo ao Complexo Trindade.