Quais as relações comerciais que o Brasil tem com outros países?

As relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos (EUA) atingiram um patamar histórico de US$ 49,6 bilhões até setembro de 2021. O valor é o maior desde o início da balança comercial brasileira em 1997, reforçando as trocas positivas entre os dois países. 

Para saber aproveitar as oportunidades de negócio com os Estados Unidos, é preciso entender melhor sobre a relação bilateral do Brasil com o país que é considerado uma das maiores potências econômicas do mundo. Por isso, preparamos uma análise detalhada sobre como funcionam os vínculos entre as organizações brasileiras e norte americanas. 

Relações comerciais do Brasil com outros países

Primeiro, é interessante que você tenha um panorama geral e entenda mais detalhadamente quais são as principais relações comerciais entre o Brasil e outros países do mundo. Assim, você saberá onde estão as maiores oportunidades e possibilidades de negociação. Veja quais são elas, a seguir, de acordo com os portais ExportaMais e OpenMarket.

China

A China é um país que cresceu 90 vezes nos últimos 40 anos e, por essa razão, tornou-se o principal parceiro comercial de vários países ao redor mundo, incluindo o Brasil. No ano de 2020, houve uma queda nas importações em 2,7% (US$34,64 bilhões) — o que era esperado, em razão da pandemia do novo coronavírus —, mas as exportações aumentaram em 7,3% (alcançando US$70,08 bilhões).

No final de 2020, as exportações para a China foram 3,3 vezes mais volumosas que as realizadas com os Estados Unidos. Quanto à União Europeia, as exportações chinesas foram 2,47 vezes superiores.

Vale ressaltar que a China também é um dos países que mais investem no Brasil, no que diz respeito à infraestrutura, serviços, inovação, óleo e gás. Além disso, a crescente atuação de bancos chineses no Brasil e o estabelecimento de uma agência do Banco do Brasil em Xangai fortaleceram a parceria. 

União Europeia

O segundo maior parceiro comercial do Brasil é a União Europeia, que é composta por 28 países. Tanto as importações quanto as exportações brasileiras caíram em 2020, sendo de 12,9% e 13,3%, respectivamente. Assim, o fluxo comercial também teve queda de 13,1%, mas essa conta ainda fechou com saldo positivo de US$1,52 bilhão no mesmo ano.

Argentina

Argentina e Brasil sempre tiveram uma forte relação comercial, graças à proximidade geográfica entre ambos. Essa troca foi ainda mais intensificada com a vigência do Tratado do Mercosul, de 1991. Em 2020, houve uma queda de 25% nas importações e de 12,7% nas exportações, mas ainda foi registrado um superávit de US$ 591,6 milhões.

Espanha

Em quinto lugar está a Espanha, uma das principais economias europeias, cujas relações comerciais com o Brasil vêm crescendo desde 2016. Ainda assim, em 2020, houve uma queda de 11,8% nas importações. Curiosamente, no mesmo ano, houve um aumento de 0,4% nas exportações para a Espanha, mesmo com as dificuldades do período, gerando um superávit de US$1,42 bilhão.

As relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos

Apesar de ainda ser a principal economia mundial, os EUA ocupam a terceira posição entre os parceiros comerciais do Brasil. Assim como aconteceu com os parceiros anteriores, também houve queda no volume de importações (19,2%) e exportações (27,2%), em 2020.

Isso fez com que a balança comercial fechasse em déficit de US$2,66 bilhões. Essa queda pode ser explicada pela pandemia do novo coronavírus e pela redução do preço internacional do petróleo.

Brasil e Estados Unidos são as maiores economias e democracias das Américas e essa liderança se reflete em seus laços econômicos. A partir da perspectiva do Brasil, os EUA são o principal mercado para as nossas exportações de manufaturas, boa parte com alta intensidade tecnológica e valor agregado — como é o caso das exportações do setor aeronáutico, máquinas e equipamentos, automotivo, entre outros.

Cerca de 80% das nossas exportações para os EUA são de produtos da indústria de transformação (US$25 bilhões, em 2019). De cada US$5.00 exportados de produtos da indústria de transformação, US$1.00 é para os EUA.

Os EUA também é o principal mercado para as exportações de serviços brasileiros. Em 2020, quase metade de tudo que o Brasil exportou nesse segmento foi para os EUA, totalizando mais de US$8 bilhões em serviços técnicos, financeiros, design de aplicativos, serviços de TI e comunicação, entre outros. Da perspectiva estadunidense, o Brasil é um dos mais importantes destinos para as exportações de bens e serviços na América Latina.

Além disso, pelo fato dos estadunidenses serem o maior mercado consumidor do mundo, os EUA é um chamariz para qualquer empresa que busca se internacionalizar. Para colocar em perspectiva, os Estados Unidos importaram, no ano passado, US$2,4 trilhões — quase duas vezes o PIB do Brasil e 15% a mais do que a China importou.

A relação entre o Brasil e os EUA está entre as mais antigas do continente americano, já que os EUA foram os primeiros do mundo a reconhecer a independência brasileira. Por isso, o diálogo bilateral entre ambos é fluido e constante desde aquela época.

Mesmo com as quedas ocorridas em 2020, observou-se um aumento expressivo de 32,9% nas exportações brasileiras no primeiro semestre de 2021, sendo que as importações expandiram em 8,7%, fazendo com que os os Estados Unidos se tornassem o segundo maior parceiro comercial do Brasil no ano. Espera-se que seja registrado um crescimento de até 30% nas exportações e 20% nas importações, até o final de 2021.

Investimentos

Os EUA é o principal destino de investimentos brasileiros no exterior e a origem mais importante de investimentos estrangeiros no Brasil. As empresas brasileiras enxergam os Estados Unidos como um mercado atraente e dinâmico para expandir e internacionalizar seus negócios, com a abertura de subsidiárias comerciais, franquias ou plantas de produção.

Bens comercializados

Segundo dados oficiais do governo, os principais produtos exportados aos EUA, em 2021, foram:

  • bens semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de aço ou ferro;
  • aeronaves, bens relacionados e suas partes;
  • produtos da indústria da transformação;
  • ferro-gusa, pó de aço ou ferro, ferro-ligas, grânulas, ferro-estonja;
  • celulose.

os mais importados foram:

  • óleos combustíveis de petróleo ou minerais betuminosos;
  • motores e máquinas não elétricas, bem como suas partes;
  • medicamentos e outros produtos farmacêuticos;
  • produtos da indústria da transformação;
  • aeronaves, equipamentos relacionados e suas partes.

Outros bens comercializados entre os dois países podem ser conferidos no portal Comexstat, já que essas informações ajudam na identificação de oportunidades de mercado.

Governo Biden

É interessante que você entenda como foi a relação entre o Brasil e os Estados Unidos nos primeiros 100 dias do Governo de Joe Biden — que iniciou em 20 de janeiro de 2021 —, já que as políticas do mais recente presidente são consideradas bastante diferentes em relação ao anterior, Donald Trump.

Em razão da crise gerada pela pandemia do coronavírus, Biden já emitiu mais decretos que seus três últimos antecessores. Resumidamente, as principais mudanças realizadas pelo presidente, segundo a BBC, foram:

  • volta dos EUA ao acordo climático de Paris, comprometendo-se em reduzir a emissão de gases;
  • rescisão da autorização para construção do oleoduto Keystone XL, projeto que levaria petróleo do Canadá ao Texas;
  • criação da função Coordenador de Resposta à Pandemia, ocupado por Jeffrey D. Zients, que gerencia a produção e a distribuição de vacinas contra a Covid-19;
  • volta à Organização Mundial da Saúde (OMS), cuja saída havia sido feita por Trump em 6 julho de 2020;
  • suspensão dos pagamentos e juros de empréstimos estudantis;
  • criação do programa que protege a deportação de imigrantes;
  • interrupção da construção do muro de fronteira com o México;
  • fim das restrições impostas aos muçulmanos;
  • prorrogação da moratória nacional, entre outras.

Ainda sobre o desenvolvimento sustentável, na Cúpula de Líderes do Clima, que foi promovida pelos EUA, o governo brasileiro reiterou o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até o ano de 2030, prazo final para atingir a neutralidade climática, além de duplicar o orçamento destinado à fiscalização ambiental. O governo dos Estados Unidos recebeu com satisfação essa promessa, formalizando as declarações oficiais dos EUA.

Oportunidades

Nos EUA há enorme disponibilidade de trabalho qualificado, produção de conhecimento e inovação. As empresas brasileiras também olham para os EUA como uma fonte relevante de investimentos produtivos no Brasil. O dado mais recente do Bacen sobre o estoque de aplicação direta dos EUA no Brasil é de US$145 bilhões (2019), sendo a origem de um quinto dos investimentos externos no Brasil.

No que diz respeito à pandemia do Coronavírus, ela acelerou a adoção de certas tendências do mercado, como negócios, atividades on-line, a maior preocupação com saúde e cuidados pessoais, compras online, entre outras, tanto no Brasil como nos Estados Unidos. Por isso, surgiu uma janela de oportunidades para que gestores brasileiros invistam nessas tendências nos EUA, já que se tratam de mercados relativamente novos e em crescimento.

Outra oportunidade diz respeito à sustentabilidade. Diferente do Governo Trump, o Governo Biden enxerga a natureza preservada como criadora de valor econômico e centro de produção. Pelo fato do Brasil ser uma potência ambiental, fundos e entidades internacionais com foco em produtos sustentáveis terão maior interesse em investir nas organizações brasileiras.

Na 36º Reunião Plenária do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (CEBEU), realizada em São Paulo, os líderes discutiram assuntos estratégicos para fortalecer o comércio entre os dois países nos próximos dois anos, segundo a Agência de Notícias da Indústria.

Quatro das iniciativas propostas nesse evento se destacaram, sendo que a primeira delas consiste no acordo para reconhecimento mútuo entre programas brasileiros e estadunidenses. De forma resumida, ele objetiva acelerar o despacho aduaneiro, tanto na importação quanto na exportação de bens, trazendo mais fluidez e integração para as cadeias produtivas.

A segunda oportunidade trata do mercado financeiro, pois será estabelecido o acordo para facilitação e cooperação para investimentos. Atualmente, os EUA são o maior investidor externo no Brasil, tendo estoque de US$103 bilhões, enquanto os brasileiros mantêm US$10 bilhões nos EUA. Para usufruir dessa vantagem, os interessados devem conhecer os guias de promoção comercial e investimentos.

Há um terceiro acordo, que tem a finalidade de potencializar a competitividade das multinacionais dos dois países. Na prática, será reduzida ou eliminada a carga tributária que incide em comércios de serviços, dividendos, empréstimos, royalties, entre outras.

Também há um acordo de livre comércio que beneficiará os dois países reciprocamente. A projeção é que haja eliminação de 50% das barreiras tarifárias de serviços e bens, o que incrementará 0,11% no PIB estadunidense e o crescimento de 21,15% nas exportações brasileiras.

Tendências

Além de conhecer as oportunidades, também é importante que os gestores brasileiros saibam quais são as tendências no mercado estadunidense, que envolvem mudanças na forma de o público consumir, novos modelos de negócio, uso de inovações tecnológicas, etc.

Voice commerce

Assistentes virtuais, como Alexa (da Amazon) e Google Home, já estão presentes em várias casas estadunidenses e vêm ganhando mais atenção, também, no mercado brasileiro. A tecnologia chega em 2021 no Brasil para ser utilizada majoritariamente a fim de que as pessoas adotem atividades diárias por comando de voz.

Espera-se que esse mercado cresça 52% nos próximos quatro anos nos EUA e alcance US$40 bilhões em 2022, mas essa também pode ser uma oportunidade para o mercado brasileiro.

ReCommerce

ReCommerce é a revenda de produtos usados, mas que estão em bom estado de conservação ou passaram por reparos para prolongar a vida útil. Geralmente, esse tipo de negócio tem foco em um nicho grande, como é o caso do mercado de moda feminina, em que 64% das compradoras adquirem roupas de segunda mão.

Consumo Sustentável

Cada vez mais pessoas desejam contribuir para um desenvolvimento sustentável, minimizar o dano ao meio ambiente e assegurar um futuro melhor para as próximas gerações. Na prática, os consumidores escolhem produtos que utilizam menos recursos naturais na sua produção e são facilmente reciclados ou reaproveitados.

Uma pesquisa feita pela WWF, que engloba os EUA, mostra que a busca por itens sustentáveis cresceu em 71%. Os mesmos dados mostram que essa também é uma preocupação dos países emergentes, como é o caso do Brasil. Segundo uma pesquisa da McKinsey, 85% dos brasileiros se sentem melhor ao adquirirem bens sustentáveis.

Shoppable ADS

Shoppable ADS consiste em comprar bens no mesmo momento que eles são exibidos em uma mídia (como séries, filmes, jogos ou redes sociais). Por exemplo, o usuário pode adquirir um produto que foi exibido na rede social, sem precisar baixar outro aplicativo. Outro exemplo é adquirir um bem por meio de um QR code que foi apresentado em um programa na televisão.

O relatório Social Commerce 2021 da eMarketer mostrou que 35% dos compradores afirmaram ter comprado produtos ou serviços por impulso. Esses indivíduos também não consideravam adquirir ou não conheciam esses itens anteriormente.

Cuidados Pet

O mercado de animais de estimação também é uma tendência tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. 84,9 milhõesde lares americanos têm ao menos um pet, enquanto há 139,3 milhõesde animais de estimação no Brasil. Assim, esse mercado acaba sendo uma oportunidade para administradores de empresas de ambas as localidades.

Etiqueta empresarial e diferenças culturais

Como o próprio nome indica, etiqueta empresarial é um conjunto de práticas e cerimônias aplicadas durante as conversas, tratos e reuniões entre os colaboradores das organizações brasileiras e estadunidenses.

Prezar por essas etiquetas contribuirá para o bom convívio no ambiente corporativo, ao evitar situações constrangedoras e negativas, o que poderia prejudicar uma eventual negociação. Algumas dicas para cumprir esse objetivo são:

  • pontualidade: tempo é o recurso mais valioso para qualquer profissional, por isso, é relevante cumprir seus prazos sempre que possível;
  • discrição: consiste em evitar prejudicar negociações e conversas;
  • postura profissional: conviva amistosamente com os demais colaboradores e respeite seus limites;
  • roupas adequadas: utilize as vestimentas mais adequadas para locais de trabalho, mesmo durante videoconferências;
  • organização: mantenha suas obrigações e tarefas sempre organizadas, isso ajuda a minimizar atrasos, situações inesperadas e erros.

Outro aspecto relevante a considerar é a diferença na cultura corporativa, o que ocorreu, principalmente, em razão do processo de colonização, pois Brasil foi colonizado por Portugal (que tinha objetivo de exploração) e os EUA pela Inglaterra (que veio com o objetivo de estabelecer uma sociedade). Isso fez com que muitas tradições não fossem compartilhadas entre os países. Entre as principais diferenças, podemos listar:

  • horário de almoço: enquanto os brasileiros, geralmente, tiram uma hora de intervalo para o almoço, os estadunidenses costumam comer enquanto estão trabalhando, ou o fazem em um curtíssimo espaço de tempo;
  • intimidade: estadunidenses são mais discretos em relação à vida pessoal e não costumam compartilhar seus hobbies, o que fizeram final de semana, suas preocupações e outras questões pessoais;
  • especialidade: enquanto no Brasil, muitos profissionais são generalistas, nos Estados Unidos, é comum que o profissional realize somente tarefas de sua área;
  • férias: não há uma legislação trabalhista no Estados Unidos que assegura férias. A negociação de um período sem trabalhar (chamado de paid vacation days) é feito individualmente entre a empresa e o colaborador, sendo que geralmente o prazo acordado é de 2 semanas por ano;
  • identificação: em ambientes formais, os estadunidenses se chamam pelo sobrenome, diferentemente do Brasil, em que são chamados pelo primeiro nome.

Para que os colaboradores brasileiros consigam se adaptar às diferenças culturais, é recomendável fazer reuniões para que essas diferenças sejam explicadas à equipe. Também é viável alterar a cultura organizacional e tentar aproximá-la da estadunidense, fazendo com que os profissionais sejam mais discretos, se identifiquem pelo sobrenome, atuem apenas em suas áreas, entre outros detalhes.

Cases de sucesso

Antes de explorar o mercado estadunidense, é interessante que os gestores estudem cases de sucesso de empresas que foram bem-sucedidas ao expandir suas atividades para os EUA, ou que firmaram parcerias com organizações desse país. Com isso, será possível se inspirar nos acertos de terceiros, bem como aprender com os erros alheios. 

Porém, o case de sucesso estudado deve ser compatível com o foco da organização. Imagine que uma entidade deseja se tornar sustentável para aproveitar essa tendência. É importante que ela analise as empresas que obtiveram êxito nessa transformação em um período recente, observando as estratégias e medidas tomadas.

Empresas estadunidenses e startups brasileiras

Segundo o portal oficial do Governo Federal, mais de 100 startups brasileiras têm contato com o cenário internacional. É natural que as chamadas unicórnios — que são avaliadas em US$1 bilhão antes de seu IPO — expandam ao mercado exterior rapidamente. Mas há também interações com o mercado internacional que ocorreram graças a programas brasileiros.

Por exemplo, o programa StartOut Brasil seleciona startups inovadoras com potencial para internacionalização e oferece mentorias ou contatos com investidores, parceiros ou clientes no exterior. Ainda há outras iniciativas que são criadas tanto pelo setor público quanto pelo setor privado, facilitando a internacionalização da entidade.

Esse tipo de empresa vem ganhando destaque nos EUA, pois o Consulado e a Embaixada do país realizaram a SelecUSA Tech no Brasil em formato virtual e voltado para o público brasileiro. Trata-se de uma iniciativa que traz uma oportunidade para que startups e empresas de tecnologia façam contato com o mercado estadunidense.

Desde o surgimento desse programa, foram movimentados mais de US$78 bilhões por empresas de todos os portes, mercados e segmentos. Além disso, foram criados mais de 95 empregos, as exportações foram expandidas, etc.

Como entrar no mercado estadunidense

Pelo fato de os Estados Unidos serem um país diferente do Brasil em vários aspectos, é importante que o gestor faça determinados estudos e obtenha um know-how de como abrir empresas nos EUA. Entenda a seguir alguns dos aspectos que devem ser observados:

Conheça o mercado

Definitivamente, os EUA são um ambiente mais propício para se fazer negócios quando comparados ao Brasil. Isso porque a tributação é reduzida e simplificada, há menos entraves legais e burocracias, entre outros aspectos em que os custos operacionais favorecem o desenvolvimento do negócio.

Por outro lado, a competição será mais acirrada, já que os mesmos benefícios também serão aplicados às outras empresas do mercado, fazendo com que seja visado por empresários de todo o mundo. Por isso, será necessário rever o tamanho da equipe, os custos, o número de colaboradores, os diferenciais do negócio, entre outros aspectos.

Estude os consumidores

A cultura estadunidense também se diferencia da cultura dos brasileiros, fazendo com que seja importante conhecer os hábitos e a forma de consumir do público, quais são seus gostos e interesses, problemas, etc. Em suma, é preciso fazer uma nova pesquisa sobre o mercado de consumidor, tanto do país quanto da região onde a empresa operará.

Considere a legislação estadual

Enquanto no Brasil a maior parte das leis que dizem respeito às empresas são federais e nacionais, a legislação estadunidense difere bastante entre os estados. Isso significa que abrir uma empresa no Texas poderá ser diferente de fazer isso na Flórida, por exemplo.

Conte com apoio especializado

Como abrir uma empresa nos EUA é diferente do Brasil, é altamente recomendado que a organização receba suporte especializado, que fornecerá as informações e o conhecimento necessário para saber como abrir um negócio com sucesso nos Estados Unidos.

Como a Amcham pode ajudar

A Amcham foi fundada há mais de 100 anos, em 1919, justamente para promover a relação bilateral entre Brasil e Estados Unidos. A maior Câmara Americana fora dos EUA integra empresários e executivos de várias áreas de atuação, criando um ambiente propício para trocar melhores práticas e experiências e facilitando a criação de um bom networking.

Além disso, a Amcham realiza análises de mercado e dispõe das informações necessárias para que você consiga fechar negócios, realizar parcerias ou abrir empresas nos Estados Unidos:

  • estudos sobre serviços e produtos para conferir a viabilidade de inserção no mercado externo;
  • Missões internacionais
  • Consultoria especializada para internacionalização de negócios e acesso a mercados
  • auxílio para obtenção de visto internacional.

Ainda há vários outros serviços que a Amcham oferece aos seus associados, como arbitragem e mediação, publicação de notícias, internacionalização de empresas, entre outros, consistindo no parceiro ideal para quem deseja explorar o mercado exterior.

São várias as diferenças entre Brasil e Estados Unidos, sendo preciso que os gestores façam modificações no negócio antes de abrir uma unidade, filial, ou expandir a carteira de clientes nos EUA. Por isso, é indicado contar com uma parceria como a da Amcham para que esse procedimento seja bem-sucedido.

A Câmara tem diversos materiais que auxiliam empreendedores e investidores a conseguirem sucesso no exterior. Baixe já nosso Guia de Promoção Comercial e Investimentos!

Quais são as relações comerciais do Brasil?

Principais parceiros comerciais do Brasil na importação.
China: US$ 47,651 bilhões (21,72%).
Estados Unidos: US$ 39,382 bilhões (17,95%).
Argentina: US$ 11,948 bilhões (5,45%).
Alemanha: US$ 11,346 bilhões (5,17%).
Índia: US$ 6,728 bilhões (3,07%).
Rússia: US$ 5,701 bilhões (2,60%).
Itália: US$ 5,479 bilhões (2,50%).

Como é o comércio brasileiro com outros países?

O Brasil possui muitos parceiros comerciais, com destaque para os seguintes mercados: toda União Européia, principalmente Alemanha, Itália, França, Espanha e Holanda, além de Estados Unidos, Argentina, Japão, Paraguai, Uruguai, México, Chile, China, Taiwan, Coréia do Sul e Arábia Saudita.

Como quais países o Brasil mantém relações comerciais de exportação?

Os principais destinos das exportações do Brasil.

Quais são os principais produtos que o Brasil compra de outros países?

1 – Adubos e fertilizantes químicos Aproximadamente US$ 6,5 bilhões foram destinados à compra de adubos e fertilizantes químicos em 2022, até abril. Os mais de 11 milhões de toneladas do produto que chegaram ao território nacional correspondem a quase 8% do total de importações do período.