Quais foram os avanços da saúde com a realização das conferências de saúde?

Com tema “Democracia e Saúde” os trabalhos de construção e diálogo da 8ª Conferência Municipal de Saúde de Lauro de Freitas foram abertos na noite desta quarta-feira (3), no auditório da Faculdade Unime, e seguiram nesta quinta-feira (4) com a participação da sociedade civil usuária do Sistema Único de Saúde (SUS) e Prefeitura. Promovido pela Prefeitura em parceria com o Conselho Municipal de Saúde, a Conferência, que acontecerá também nas esferas estadual e nacional, é um espaço de debate para avaliar a situação da saúde e propor políticas públicas.

A prefeita Moema Gramacho destacou a Conferência como uma oportunidade de ouvir o povo e trazer novas ideias. “É um momento para culminarmos o diálogo que começou com as pré-conferências que ouviu a população nos bairros e fez todo o processo de construção para a Conferência Municipal”, disse.

Moema apontou ainda as novas obras que otimizarão os serviços de saúde na cidade, como construção do Hospital Metropolitano (HM) em Areia Branca, a Policlínica da Região Metropolitana que deve iniciar o atendimento ainda no primeiro semestre deste ano, a implantação do Pronto Atendimento (PA) no Centro, a transformação do Menandro de Faria em maternidade após a conclusão das obra do HM, adequação do PA Nelson Barros em posto de saúde do trabalhador e implantação de um PA em Portão até o final deste ano.

O secretário municipal de Saúde, Erasmo Moura, elencou ações realizadas em 2018. O gestor frisou a implantação de exames de média e alta complexidade na rede e cartão do SUS em PVC. “Estamos alerta para avançar ainda mais em nosso município. Hoje a rede conta com a realização de cirurgias para retirada de nódulos de mama e hérnias no Hospital Jorge Novis. A unidade oferece ainda atendimento nas áreas de oftalmologia, hematologia geral, neurologia, cardiologista, urologista vascular, gastroenterologia”, falou.

Erasmo informou que os atendimentos específicos foram ampliados. “Lauro de Freitas é a única cidade a ter ambulatório de Lúpus, oferecemos aqui à população endoscopia, colonoscopia. Ampliamos a Atenção Básica, o Núcleo de Saúde da Família e Farmácia Viva que já está em funcionamento com medicamentos fitoterápicos nas farmácias dos PSFs”, afirmou.

Conferencista do evento, a professora Carmen Teixeira, mestra em Saúde Comunitária e professora da UFBA, que discorreu sobre o tema principal defendeu os princípios da universalidade, equidade e integralidade da atenção à saúde da população brasileira consagrados no SUS.

Pré-Conferências

Em março passado, foram realizadas oito pré-conferências. De acordo com a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Cibele Isaura, nesta etapa a população apresentou 107 propostas para políticas públicas em nível macro e 124 propostas para o território.

Usuário do SUS, Antônio Roberto reconheceu os avanços na gestão da saúde municipal e elogiou a participação do Conselho e o espaço de diálogo aberto com o governo. “É esse governo que queremos, onde a população fale e se sinta contemplada”, pontuou.

Nesta quinta-feira (4) foram apresentados os eixos temáticos, rodas de debate e trabalhos em grupos para a discussão dos temas. A Conferência Municipal de Saúde será encerrada nesta sexta-feira (05), quando serão apresentadas e votadas as propostas por eixos e eleitos os delegados e delegadas que representarão o município na etapa estadual.

18/11/16 - As conferências nacionais de Saúde da Mulher e de Vigilância em Saúde, a serem realizadas pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) em 2017, vão contribuir para a união de forças na luta pela manutenção dos direitos conquistados na Constituição Federal. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (17/11) pelo presidente do CNS, Ronald Santos, durante o 7° Encontro Nacional das Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CISTT), que ocorre na Universidade Federal do Estado do Maranhão (UFMA), em São Luís.

O encontro no Maranhão, que termina nesta sexta-feira (18/11), é uma das etapas preparatórias para a realização das duas conferências do próximo ano. Com cerca de 450 participantes, o evento tem o objetivo de discutir os desafios da atual conjuntura para a atuação do controle social e contribuir para a implementação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, voltada à promoção de um ambiente livre de doenças e acidentes de trabalho.

"A agenda da saúde da mulher e da proteção social, presente nessas conferências, permite a construção de diálogos de forma mais ampla. Na democracia, a única coisa que não podemos perder é nossa conexão, sobretudo no momento que vivemos, de violações aos direitos conquistados no nosso contrato social que é a Constituição", afirmou o presidente do CNS, explicando ser essa conexão fundamental, por exemplo, para o combate a medidas e propostas nocivas ao direito à saúde. A principal delas é a PEC 55, que congela os gastos da União por 20 anos, com sérios riscos para o bem-estar da população.

"As conferências de Saúde da Mulher e de Vigilância vão tratar de duas demandas reais e concretas que atingem diretamente a vida do povo. E o cenário da política demonstrou residir aí grande potencial de mobilização e elevação da consciência de amplos setores da sociedade", afirmou Ronald Santos.

Ele lembrou que, historicamente, o debate a respeito das questões vinculadas à saúde da mulher e a seus direitos sempre foi condutor dos avanços civilizatórios. "Seja do ponto de vista dos direitos civis, seja do ponto de vista dos direitos políticos, dos direitos econômicos, sempre foi um condutor ao longo da história desses processos de resistência e avanços", disse.

Ao falar sobre a Conferência Nacional de Vigilância em Saúde, Ronald destacou que as discussões a respeito de proteção e de promoção da saúde também foram, historicamente, o motor da classe trabalhadora para colocar na pauta do contrato social os avanços buscados. "Foi assim na jornada de oito horas, foi assim no processo de proteção social garantido pela Constituição", lembrou.

O presidente do CNS abordou o assunto durante reunião com representantes do setor de saúde do Maranhão, ainda dentro do 7° Encontro Nacional das Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CISTT). Na reunião, entre outros pontos, foi discutida a realização, no Maranhão, das conferências estaduais e municipais de Saúde da Mulher e de Vigilância em Saude. Elas vão preceder as conferências nacionais que o CNS realizará no próximo ano sobre os dois temas.

Participaram da reunião a conselheira nacional de Saúde Carmen Lúcia Luiz, coordenadora da Comissão Intersetorial de Saúde da Mulher (Cismu) do Conselho Nacional de Saúde; a secretária de Estado da Mulher do Maranhão, Laurinda Pinto; o subsecretário de Estado da Saúde, Luís Marcelo Vieira Rosa; o superintendente estadual de Vigilância Sanitária,  Edmílson Silva Diniz Filho, além de integrantes do Conselho Estadual de Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde e da Secretaria de Estado da Mulher.

"Foi uma reunião extraordinária. É importantíssimo dialogar com o Conselho Nacional de Saúde, que tem um papel fundamental nesse processo de organização, de fiscalização e proposição da políticas, também nesse diálogo específico sobre a Conferência Nacional de Saúde das Mulheres", afirmou a secretária de Estado da Mulher do Maranhão. "Para nós essa conferência é estruturante, uma vez que temos uma necessidade de décadas, já que a última conferência foi realizada em mil novecentos e oitenta e seis. Então é um momento muito exitoso", acrescentou Laurinda Pinto.

O superintendente de Vigilância Sanitária do Maranhão, Edmílson Silva Diniz Filho, também falou da reunião com o presidente do CNS e da importância das conferências. "Eu já te coloco de pronto que esse espaço onde temos vigilância sanitária, vigilância epidemiológica, vigilância em saúde do trabalhador, vigilância ambiental sendo discutidas de forma única, sem o isolamento de políticas, isso já um grande ganho para a sociedade", afirmou Diniz.

"Aqui no Estado do Maranhão foram unificadas as secretarias de Atenção Primária e de Vigilância em Saúde, exatamente por entendimento da gestão do governo Flávio Dino de que essas políticas devem caminhar juntas, devem estar articuladas e interagir entre si para trazer benefícios para a população", concluiu.

Fonte: Conselho Nacional de Saúde

http://conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2016/11nov18_Conferencias_Saude_Mulher_Vigilancia_Saude_forcas_manter_direitos_Constituicao.html

Quais as mudanças importantes que essa conferência trouxe para o sistema de saúde do Brasil?

A 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada entre 17 e 21 de março de 1986, foi um dos momentos mais importantes na definição do Sistema Único de Saúde (SUS) e debateu três temas principais: 'A saúde como dever do Estado e direito do cidadão', 'A reformulação do Sistema Nacional de Saúde' e 'O financiamento setorial' ...

Qual a importância das conferências nacionais de saúde?

As Conferências Nacionais de Saúde (CNS) representam um importante momento de avaliação da situação da saúde no país e de formulação de diretrizes para as políticas públicas no setor, reunindo cidadãos pela defesa da garantia de direitos, em atenção às necessidades da população.

Qual a importância da primeira Conferência Nacional de Saúde?

A Conferência Nacional de Saúde é principal espaço democrático para a construção de políticas públicas de saúde no Brasil.

Quais as características da conferência de saúde?

A Conferência de Saúde é uma grande reunião realizada a cada 04 anos e conta com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis municipais, estaduais e federal.