Autores e infomación del artículoMarcelo da Silva Schuster** Show Valéria da Veiga Dias*** Luciane Rosa de Oliveira**** Universidade Federal de Santa Maria, Brasil [email protected]Resumo Abstract Resumen Palabras clave: agua virtual; La escasez de locales; Riego; PIB Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato: Marcelo da Silva Schuster, Valéria da Veiga Dias y Luciane Rosa de Oliveira (2016): “Produção global de alimentos e recursos hídricos: uma análise das dimensões da sustentabilidade”, Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales, (julio-septiembre 2016). En línea: Quando se pensa nos atuais desafios do Agronegócio no mundo é impossível dissociar a questão de produção de alimentos da discussão levantada por Thomas Malthus em 1798 considerando o crescimento populacional e a capacidade de produzir alimentos suficientes sem prejudicar o desenvolvimento econômico dos países (Mathus, 1798). Thomas Malthus não poderia ter previsto o crescimento populacional estável nos países desenvolvidos, bem como novas técnicas de cultivo. No entanto, mesmo que o setor do agronegócio seja capaz de fornecer alimentos suficientes, as preocupações com os impactos ambientais dos métodos de produção ganharam atenção por causa das ameaças para a sociedade (Nunes, Bennett e Marques Junior, 2014). Para atender o objetivo deste estudo utilizou três fases distintas baseadas na proposta de avaliação de sustentabilidade da Water Footprint (Definição do escopo e objetivos, contabilização de dados e da pegada e análise da sustentabilidade). O escopo foi definido como análise dos impactos produzidos pelo uso da água na produção de alimentos. A Coleta dos dados incluiu informações publicados nas bases de dados da FAOSTAT a respeito da produção de grãos no mundo e nos países escolhidos para análise, dados estes confrontados com publicações da USDA para produção, exportação e importação. A proposta deste estudo vislumbra investigar Quais são os efeitos econômicos sociais e ambientais frente ao uso dos recursos hídricos na produção mundial de soja?Como já foi discutido, diversas pesquisas (Foley et al., 2011) apontam a tendência de aumento da população até 2050, o que representa a necessidade de aumento na produção ou nas taxas de produtividade de alimentos entre outras necessidades. De acordo com USDA e FAO os EUA consolidaram-se como maior produtor mundial da soja com produção de 82,6 milhões de toneladas para a safra 2012/2013, praticamente a mesma produção da safra 2011/2012 que 82,0 milhões de toneladas, área plantada de 30,8 milhões de hectares e uma produtividade de 2.679 Kg/ha. Dimensão Ambiental A partir da discussão anterior entre a produção de soja, produtividade e uso da água foi importante neste estudo identificar de que forma cada país vem utilizando esse recurso. De acordo com a Figura 3 apesar do produto soja em média utilizar a mesma quantidade de água para produção de 1(uma) Tonelada, 1789 m³ de água, cada país optou pelo uso de um tipo de água (WFP, 2002). O Brasil, Argentina e Índia visivelmente utilizam quase que exclusivamente a água verde (precipitação) para a produção do grão, enquanto os Estados Unidos, maior produtor atual junto com o Brasil usa a água verde e azul em grande maioria. O maior uso de água cinza se da na China, que necessita despoluir grande parte de sua água para consumo e uso na agricultura (FAO, 2013). Dimensão Econômica e Social O erro no passado de não reconhecer o valor econômico da água tem levado ao desperdício e usos deste recurso de forma destrutiva ao meio ambiente. O gerenciamento da água como bem de valor econômico é um meio importante para atingir o uso eficiente e equitativo, e o incentivo à conservação e proteção dos recursos hídricos. A partir dessa perspectiva sobre os recursos hídricos, todos os aspectos da produção e do comércio nos quais a água esteja envolvida passam a requerer uma nova contextualização (GIACOMIN; OHNUMA, 2012) Considerações Finais Diante do crescimento da população mundial e das consequentes necessidades de prover o sustento dessa população no planeta, observa-se o papel determinante dos países detentores de recursos naturais, tecnologia e know how na produção alimentos e também de água. No entanto a evidente saturação do uso desmedido dos recursos já destacada em 1968 por Hardin com a eminente “tragédia dos comuns” com o uso comum dos recursos finitos considerando-os como infinitos. Referências BRASIL, Ministério da Integração Nacional. Programa Mais Irrigação. 2013. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2013/04/agricultura-irrigada-impulsiona-ganhos-de-produtividade-nas-cinco-regioes-do-pais. Acesso em: 12/05/2014. BITTENCOURT, Mauricio Vaz Lobo. Impactos da agricultura no meio-ambiente: Principais tendências e desafios. Economia & Tecnologia, ano 05, v. 18 – Julho/Setembro, 2009 CARMO, R. L. D.; OJIMA, A. L. R. D. O.; NASCIMENTO, T. T. D. Água virtual, escassez e gestão: O Brasil como grande “exportador” de água. Campinas: Ambiente & Sociedade X: 83-96 p. 2007. CHAPAGAIN, A. K.; HOEKSTRA, A. Y. Water footprints of nations. Value of Water Research Report Series: UNESCO-IHE. 1; 2 2004. FAMASUL. Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul. Irrigação aumenta produtividade de milho e soja em cerca de 60%. 2014. Disponível em: http://www.canaldoprodutor.com.br/comunicacao/noticias/irrigacao-aumenta-produtividade-de-milho-e-soja-em-cerca-de-60. Acesso em: 12/05/2014.FAO. Food and Agriculture Organization of the United Nations. Statistical Databases. Agriculture. 2010. Disponível em: http://faostat3.fao.org/faostat-gateway/go/to/download Acesso em: 04/05/2014. FAO, Food and Agriculture Organization of the United Nations. Guidelines to control water pollution from agriculture in China Decoupling water pollution from agricultural production. Rome, 2013. Disponível em: http://www.fao.org/docrep/019/i3536e/i3536e.pdf Acesso em: 14/05/2014. GIACOMIN, George Scarpat, OHNUMA, Alfredo Akira Jr., A Pegada Hídrica Como Instrumento De Conscientização Ambiental. REMOA. v.7, n. 7, p. 1517 – 1526, 2012. FOLEY, J. A. et al. Solutions for a cultivated planet. Nature, v. 478, n. 7369, p. 337-342, Oct 20 2011. ISSN 0028-0836. Disponível em: <://WOS:000296021100036 >. Especial agradecimento ao professor Homero Dewes pela colaboração na elaboração deste artigo. Marcelo da Silva Schuster é mestre em Administração pela UFSM e atualmente é doutorando em Administração pelo Programa de Pós Graduação em Administração, na UFSM, email: [email protected] Valéria da Veiga Dias é mestre em Administração pela UFSM e atualmente é doutoranda em Agronegócio na UFRGS, email:[email protected] Luciane Rosa de Oliveira é mestranda em Administração pelo Programa de Pós Graduação em Administração na UFSM, email: [email protected] Chapagain; Hoekstra (2008) Recibido: 24/06/2016 Aceptado: 15/08/2016 Publicado: Agosto de 2016 Nota Importante a Leer:
|