Qual a importância do esporte para o aluno das escolas segundo o francês Barão Pierre de Coubertin?

O Movimento Olímpico Moderno tem relação estreita com a Educação. Seu criador, o francês Barão de Coubertin, além de desportista, era pedagogo. Coubertin acreditava que o Esporte era direito de toda a sociedade e que o processo educacional passava pela mente e pelo corpo. Convicto disso, iniciou uma série de pesquisas a fim de propor uma reforma no sistema de educação de seu país. De tudo o que viu, as descobertas arqueológicas da cidade de Olímpia fizeram com que se aprofundasse nos ideais olímpicos da Grécia Antiga. Um sonho foi despertado em Coubertin, que criou, em 1894, o Comitê Olímpico Internacional. Dois anos depois, aconteciam os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, em Atenas.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) acredita que a temática olímpica contribui para o processo educacional. Por meio do Transforma, oferece instrumentos para que o esporte seja argumento, repleto de mensagens consistentes e inspiradoras, em todas as disciplinas escolares.

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O trabalho de formação de uma criança e jovem passa por mudanças constantes. Se queremos prepará-los de forma integral para um mundo em constante transformação, cheio de incertezas e complexidades, é preciso incluir as chamadas habilidades socioemocionais. Diversos estudos comprovam a importância dessas habilidades no desenvolvimento dos jovens dentro e fora do ambiente escolar, e sua utilização é cada vez mais presente nas salas de aula em diferentes países, incluindo o Brasil.

Empatia, solidariedade, responsabilidade, senso de sustentabilidade, autonomia, resiliência, protagonismo, criatividade e curiosidade, inteligência emocional, comunicação interpessoal, cooperação e colaboração, senso de pertencimento.

Todas essas habilidades são conceituadas e, em seguida, é apresentada uma gama de atividades, com o intuito de autodesenvolvimento, e, no caso do VOV, incluindo atividades para aplicação com os alunos.

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Qual a importância do esporte para o aluno das escolas segundo o francês Barão Pierre de Coubertin?

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vai sendo incorporada aos currículos escolares.
Com a valorização dos esportes, nesse período, como forma de moralização 
social, há o retorno de festivais esportivos, envolvendo, em algumas edições, mais de 
um país. Nesse contexto, os esforços de um homem se mostraram o diferencial para 
o renascimento de um dos festivais mais importantes na antiguidade grega, os jogos 
olímpicos.
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2.4 Jogos olímpicos da era moderna
A racionalização na época moderna é um pressuposto que vai se integrando 
a todas as esferas da vida, inclusive às práticas corporais, as quais, Idade Média, não 
eram formalizadas em regras internacionais, ou associações. Essa perspectiva de 
racionalizar, criar instâncias, organizar surge com a modernidade. Com essa necessi-
dade, passam a ser organizados formatos de clubes, associação e agremiações. Com 
essa forma de unificação entre esses diversos grupos, regras são definidas e registra-
das, nascendo, assim, o esporte formal como conhecemos atualmente.
Assista ao vídeo “Você Sabia: Olimpíadas - Origem”, produzido pela TV Campinas, o qual mos-
tra o início das Olimpíadas na Grécia antes de Cristo, a proibição dos jogos com o advento do 
Cristianismo e seu renascimento na era moderna.
No século XVIII, com o esporte já fazendo parte do cotidiano – ao menos das eli-
tes –, os festivais esportivos se tornam um grande palco para os ideais iluministas (que 
viam o corpo como uma máquina passível de melhoramentos), o enfrentamento à Igreja 
(a qual rechaçava o culto ao corpo), além de ofertarem entretenimento às camadas mais 
pobres da população. Com a progressiva valorização nacionalista que cada país viveu 
internamente, logo surge o desejo de comparar o nível esportivo com outros países.
Inicialmente, os jogos eram locais e nacionais, em razão das dificuldades logís-
ticas que havia na realização de grandes viagens, mas com a progressiva globaliza-
ção entre os países europeus, com a construção de estradas e o aperfeiçoamento das 
navegações os jogos, passaram a ser realizados entre poucos países e o próximo passo 
é a disputa envolvendo diversas nações, em uma forma de releitura dos ideais gregos 
antigos (MELLO, 2014).
Apesar de todo esse movimento ter levado à restauração dos jogos olímpicos, a 
figura de um homem nesse processo foi primordial. Pierre de Fredy, também conhe-
cido como o Barão de Coubertin, articulou o renascimento do olimpismo, enquanto 
uma instituição oficial, com comitê, carta de princípios e regularidade.
2.4.1 O papel e as ideias de Pierre de Frédy, o Barão de Coubertin
O francês Pierre de Frédy, o Barão de Coubertin, tinha formação em filosofia e 
era um grande apreciador de música, poesia, literatura, história e, também, da prá-
tica esportiva. Durante sua vida, empenhou-se em duas frentes principais: a educação 
popular e o esporte. 
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No esporte, seu principal feito foi não ter desistido da ideia de reviver os jogos 
olímpicos, atualmente o maior evento esportivo mundial. Com relação à Educação 
Física, ele foi um dos defensores dessa disciplina como componente curricular obriga-
tório na escola. Ao retornar de seus estudos para a França, empenhou-se em reformu-
lar a educação francesa a fim de que, com a introdução da Educação Física, o homem 
pudesse ser visto de forma integral no meio acadêmico, sem o dualismo presente até 
então no meio educacional, que reconhecia apenas o intelecto como importante e sem 
nenhuma relação com o corpo.
O pai de Frédy era militar e almejava o mesmo futuro para o filho. Frédy até havia 
se preparado para a escola militar, mas percebeu a tempo que tinha outra vocação. 
Dessa forma, optou pelo viés pedagógico, estudando pedagogia, filosofia e história 
na Universidade de Sorbenne (Paris), e dedicou-se à reforma do sistema educacional 
francês. 
[...] o objetivo fundamental [de Coubertin] era estabelecer um programa educacional 
onde a educação física seria contemplada na formação integral dos alunos, que faltava 
nas escolas francesas. Para isso, aos vinte e cinco anos, ele viaja para a Grã-Bretanha na 
primeira etapa de suas investigações pedagógicas, voltando à França muito entusiasma-
do, pois nesse país foi realizado um extenso programa de educação física e esportes, prin-
cipalmente nas escolas (ALFONSO et al., 2013, tradução nossa).
Com sua formação pedagógica aliada a sua paixão pelas práticas corporais, Frédy 
encontrou terreno fértil na França, onde colocou em prática sua defesa pela Educação 
Física escolar. Coubertin foi influenciado pelas ideias do médico britânico Dr. William 
Penny Brookes, que ressaltava a importância da ideia olímpica na educação e sonhava 
em rever os jogos olímpicos de Atenas em âmbito internacional. Mesmo sem ser 
atleta, apresentou, na Sorbonne, um estudo intitulado “Os exercícios físicos no mundo 
moderno“ (1892) e mostrou o projeto de recriar os jogos olímpicos. Na época, a ideia 
gerou pouca repercussão.
Em 1892, a Revolução Francesa mal havia completado 100 anos, e os conceitos iluministas con-
duziam o currículo escolar francês. O esporte, visto como algo de menor valor, nada intelec-
tual, não tinha espaço. Mesmo assim, Frédy não desistiu de inseri-lo no sistema educacional (O 
GLOBO, 2016). 
Dois anos depois, em uma convenção internacional realizada na própria 
Sorbonne, ele conseguiu a promessa dos gregos de sediar os primeiros jogos olímpi-
cos da era moderna. A fim de angariar participantes e fundos para os jogos, Pierre foi a 
diversos países fazer propaganda dos primeiros jogos olímpicos da era moderna, den-
tre eles Estados Unidos, Inglaterra e Prússia (BRASIL, 2016). 
História da Educação Física 38
Até então, os jogos olímpicos não tinham nenhuma conotação mercadológica, 
não haveria ganhos financeiros de nenhuma parte com eles, fato que expõe o idea-
lismo de Coubertin pela função deles de congraçamento e do espaço onde seria visível 
o espírito de solidariedade entre os povos. 
Os ideais defendidos por Coubertin durante a divulgação dos jogos eram o fair 
play, o cavalheirismo, o espírito de paz entre os povos e o amadorismo no esporte. 
Para ele, o esporte deveria ser um empreendimento físico, moral e social, destinado 
a reformar o homem e a sociedade, fundado nos conceitos de excelência e equilíbrio 
(TAVARES, 2014).
Apesar do idealismo de Coubertin ele via a necessidade de organizar e formalizar 
uma estrutura para os jogos, para isso ele funda o Comitê Olímpico Internacional.
2.4.2 Criação do Comitê Olímpico Internacional
A criação do Comitê Olímpico Internacional (COI) foi de extrema importância, 
pois concedeu credibilidade aos jogos recém restaurados, além de organizar regras da 
instituição que estão em funcionamento até os dias de hoje.
A criação do COI foi instaurada na mesma convenção na qual foi confirmado o 
retorno dos jogos olímpicos, em junho de 1894. O grego Dimitrios Vikélas, patroci-
nou a maior parte dos jogos, por isso foi escolhido como o primeiro presidente do COI. 
Frédy o sucedeu no segundo mandato (BRASIL, 2016).
Na sua criação, o COI não visava lucros, porém, com o desenvolvimento do capi-
talismo a níveis globais, com o advento dos meios tecnológicos de comunicação, prin-
cipalmente a televisão, concomitantemente à profissionalização e mercantilização do 
esporte, essa instituição se tornou uma verdadeira “dona” dos esportes.
O crescimento dos jogos faz parte do ideário original de Coubertin, porém a pro-
fissionalização que o espetáculo trouxe não. Com isso, os elementos de solidariedade 
entre os povos e objetivo de congraçamento parecem ficar em segundo plano.
Além dessa mudança de objetivos, atualmente muitas são as denúncias de cor-
rupção dentro do COI, como compra de votos na escolha de sedes para os jogos e uso 
de doping por atletas. Fatos que mostram as mudanças na instituição com o decorrer 
do tempo.

Qual era o objetivo de Coubertin ao valorizar a educação através do esporte?

Ele pretendia estabelecer um festival atlético internacional cuja força motriz deveria ser um objetivo educacional. Os Jogos Olímpicos devem promover o valor do esporte como ferramenta educacional. Na verdade, a ideia era que o esporte pode contribuir para a educação dos cidadãos modernos.

Qual é a frase muito importante do Barão de Coubertin em relação ao esporte?

"O importante não é vencer, mas competir. E com dignidade." Esse era o lema do educador francês Pierre de Frédy, mais conhecido como Barão de Coubertin. A frase, entretanto, não é de sua autoria: teria sido pronunciada pelo bispo de Londres em um ato religioso antes dos Jogos de 1908.

Qual a relação entre esporte e a educação para Pierre de Coubertin )?

Para os jovens estudantes, Coubertin se referia ao esporte como um instrumento valioso se usado da maneira correta ao invés do benefício próprio, ensinando para as pessoas próximas a prática esportiva, propagando a educação.

Quem foi o Barão de Coubertin e qual a sua importância para os Jogos Olímpicos?

Pierre de Coubertin Pedagogo francês, presidente do Comitê Olímpico Internacional até 1925. Apaixonado pela idéia de fazer reviver os Jogos Olímpicos da Antiguidade de quatro em quatro anos como manifestação da união pacífica entre os povos, o barão de Coubertin fundou os Jogos Olímpicos da era moderna.