Qual é a estrutura que as bactérias possuem que as ajuda a resistir aos antibióticos?

Resistência bacteriana diz respeito à capacidade da bactéria de resistir a ação de alguns antibióticos devido ao desenvolvimento de mecanismos de adaptação e de resistência, o que é muitas vezes consequência do uso indevido de antimicrobianos. Assim, como consequência da resistência bacteriana, o antibiótico normalmente utilizado no tratamento passa a não ser mais eficaz, tornando o combate à infecção mais difícil e demorado, podendo haver piora no quadro clínico da pessoa.

Quando um antibiótico é eficaz, a bactéria é capaz de ter sua taxa de multiplicação diminuída ou ser eliminada do organismo. No entanto, quando uma bactéria adquire resistência a determinado antibiótico, ela torna-se capaz de proliferar independente da presença do antibiótico e ser capaz de causar infecções mais graves e de difícil tratamento.

Na maioria dos casos, a bactéria é resistente apenas a um antimicrobiano, como no caso do Enterococcus sp., por exemplo, em que algumas estirpes são resistentes à Vancomicina. No entanto, é possível também existir uma bactéria resistente a vários antibióticos, sendo denominada superbactéria ou bactéria multirresistente, como é o caso da Klebsiella produtora de carbapenemase, também chamada de KPC.

Qual é a estrutura que as bactérias possuem que as ajuda a resistir aos antibióticos?

Principais fatos

  • A resistência antimicrobiana (RAM) compromete a eficácia da prevenção e do tratamento de um número crescente de infecções por vírus, bactérias, fungos e parasitas.
  • A RAM representa uma ameaça crescente à saúde pública mundial e requer ações de todos os setores do governo e da sociedade.
  • O sucesso de uma grande cirurgia ou quimioterapia seria comprometido na ausência de antibióticos eficazes.
  • O prolongamento da doença, a necessidade de mais testes e o uso de medicamentos mais caros aumentam o custo da atenção à saúde para pacientes com infecções resistentes.
  • A cada ano, 480 mil pessoas desenvolvem tuberculose multidroga resistente e a resistência aos medicamentos também está começando a complicar a luta contra o HIV e a malária.

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Foto: OPAS/OMS

De acordo com estimativas da OMS, em 2014 houve cerca de 480 mil novos casos de tuberculose multidroga resistente (MDR-TB) - ou seja, resistentes aos dois medicamentos antituberculose mais potentes - e apenas cerca de 25% destes (123 mil) foram detectados e notificados. A MDR-TB requer tratamentos muito mais longos e menos eficazes em comparação com a tuberculose não resistente. Em 2014, apenas metade dos casos de tuberculose multidroga resistente no mundo foram tratados com sucesso. Estima-se que, neste ano, 3,3% dos casos de tuberculose eram multirresistentes. O número sobe para 20% nos casos tratados anteriormente.

Foi identificada em 105 países a existência de MDR-TB, ou seja, resistente a pelo menos quatro dos principais medicamentos antituberculose. O número estimado de casos de  tuberculose multidroga resistente é de 9,7%.

A resistência aos antibióticos afeta todos os países. Pacientes com infecções causadas por bactérias resistentes aos medicamentos têm maior risco de ter resultados clínicos piores e morrer. Além disso, acabam consumindo mais recursos de saúde do que aqueles infectados por cepas da mesma bactéria não resistentes.

A resistência da Klebsiella pneumoniae (uma bactéria intestinal comum, que pode causar infecções potencialmente mortais) ao tratamento usado como último recurso (antibióticos carbapenêmicos) se espalhou para todas as regiões do mundo. K. pneumoniae é uma causa importante de infecções nosocomiais como pneumonia, sepse ou infecções em recém-nascidos e pacientes internados em unidades de terapia intensiva. Devido à resistência, em alguns países os antibióticos carbapenêmicos não são mais eficazes em mais da metade dos pacientes com infecções por K. pneumoniae.

A resistência da Escherichia coli a uma das classes de drogas mais amplamente utilizadas no tratamento de infecções do trato urinário (fluoroquinolonas) é muito comum. Em muitas partes do mundo, existem países onde esse tratamento é ineficaz em mais da metade dos pacientes.

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Foto: OPAS/OMS

Ao menos 10 países (Austrália, Áustria, Canadá, Eslovênia, França, Japão, Noruega, África do Sul, Suécia e Reino Unido) confirmaram casos em que o tratamento da gonorreia falhou com o último recurso contra esta doença: cefalosporinas de terceira geração.

Para lidar com o surgimento de resistência, a OMS atualizou recentemente as diretrizes sobre o tratamento da gonorreia. As novas diretrizes não recomendam mais quinolonas (uma classe de antibióticos) devido à resistência generalizada. As diretrizes sobre o tratamento da clamídia e da sífilis também foram atualizadas.

A resistência aos medicamentos de primeira linha para o tratamento de infecções por Staphlylococcus aureus (uma causa comum de infecções graves em ambientes de saúde e na comunidade) é generalizada. Estima-se que pacientes com infecções por S. aureus resistentes à meticilina tenham 64% mais probabilidade de morrer do que pacientes com infecções não resistentes.

A colistina é o último recurso para o tratamento de infecções potencialmente mortais por Enterobacteriaceae ,resistentes a antibióticos carbapenêmicos. A resistência à colistina foi recentemente detectada em vários países e regiões, tornando as infecções por essas bactérias não tratáveis.

Hasta julio de 2016 se había confirmado la resistencia al tratamiento de primera línea contra el paludismo por Plasmodium falciparum (tratamientos combinados basados en la artemisinina: TCA) en cinco países de la subregión del Gran Mekong (Camboya, Myanmar, República Popular Democrática Lao, Tailandia y Viet Nam). En la mayoría de los lugares los pacientes con infecciones resistentes a la artemisinina se recuperan totalmente cuando reciben un TCA que contenga otro fármaco eficaz. No obstante, en la frontera entre Camboya y Tailandia, P. falciparum se ha vuelto resistente a casi todos los antipalúdicos, lo cual dificulta enormemente el tratamiento y requiere una estrecha vigilancia. Hay un verdadero riesgo de que la multirresistencia aparezca pronto en otras zonas de la subregión. La propagación de cepas resistentes a otras partes del mundo podría suponer un gran reto para la salud pública y poner en peligro los avances recientes en el control del paludismo.

Los cinco países mencionados y China han avalado la Estrategia OMS para la eliminación del paludismo en la subregión del Gran Mekong.

Em julho de 2016, a resistência ao tratamento de primeira linha para a malária por Plasmodium falciparum (terapias combinadas à base de artemisinina - ACT, sigla em inglês) foi confirmada em cinco países da sub-região do Grande Mekong (Camboja, Mianmar, República Democrática Popular do Laos, Tailândia e Vietnam). Na maioria dos cenários, os pacientes com infecções resistentes à artemisinina se recuperam totalmente quando recebem a terapia contendo outro medicamento eficaz. No entanto, na fronteira Camboja-Tailândia, o P. falciparum se tornou resistente a quase todos os antimaláricos, tornando o tratamento extremamente difícil e exigindo monitoramento próximo. Existe um risco real de que a resistência a múltiplas drogas apareça em breve em outras áreas da sub-região. A propagação de cepas resistentes para outras partes do mundo pode representar um grande desafio para a saúde pública e prejudicar os avanços recentes no controle da malária.

Os cinco países mencionados e a China endossaram a Estratégia da OMS para a Eliminação da Malária na Sub-região do Grande Mekong.

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Foto: OPAS/OMS

Em 2010, cerca de 7% das pessoas que iniciaram a terapia antirretroviral (TARV) nos países em desenvolvimento tinham HIV resistente aos medicamentos. Nos países desenvolvidos, o número era de 10%-20%. Recentemente, alguns países notificaram taxas de resistência de 15% ou mais nas pessoas que iniciam o tratamento para o HIV e de até 40% nos que o reiniciam. É urgente que se dê atenção a este problema. O aumento da resistência tem implicações econômicas importantes, uma vez que os medicamentos de segunda e terceira linha são, respectivamente, 3 a 18 vezes mais caros que os de primeira linha.

Desde setembro de 2015, a OMS recomenda que todos os pacientes com HIV sejam tratados com antirretrovirais. O uso crescente dessas drogas deve aumentar a resistência a elas em todas as regiões do mundo. Para manter a eficácia da TARV de primeira linha a longo prazo, é essencial que a resistência continue a ser monitorada e seu surgimento e propagação minimizados. Em consulta aos países, parceiros e outras partes interessadas, a OMS está desenvolvendo um novo Plano de Ação Global sobre a Resistência aos Medicamentos para o HIV (2017-2021).

Os antivirais são importantes para o tratamento da gripe epidêmica e pandêmica. Na atualidade, praticamente todos os vírus da gripe A que circulam em humanos são resistentes aos inibidores M2 (amantadina e rimantadina). Em contraste, a frequência de resistência ao oseltamivir, um inibidor da neuraminidase, permanece baixa (1%-2%). A sensibilidade antiviral é constantemente monitorada pelo Sistema Global de Vigilância e Resposta à Gripe da OMS.

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Mais Informações

Como é que as bactérias se tornam resistentes aos antibióticos?

A explicação para o surgimento de bactérias mais resistentes está na teoria da seleção natural das espécies, elaborada por Charles Darwin. Quando são expostas aos antibióticos, um grupo pequeno de bactérias mais fortes pode sobreviver e posteriormente se reproduzir.

Qual é a estrutura responsável por promover resistência contra antibióticos nas bactérias?

Nas bactérias, os genes que conferem resistência aos antibióticos encontram-se geralmente em pequenos filamentos de DNA extracromossômico (os plasmídeos), transferidos de um organismo ao outro (mesmo de espécies diferentes), durante a conjugação.

Como funciona a resistência a antibióticos?

A resistência antimicrobiana ocorre quando os microorganismos (como bactérias, fungos, vírus e parasitas) mudam quando são expostos a medicamentos antimicrobianos (como antibióticos, antifúngicos, antivirais, antimaláricos e anti-helmínticos).