Grande surpresa entre as séries mais vistas da Netflix esse ano, a coreana Round 6 está atraindo o público com seu suspense que beira um terror psicológico. Sem ganchos apelativos entre os episódios, a produção consegue segurar o espectador até o final apenas com seu roteiro bem amarrado que conta com uma surpresa no final. (ALERTA DE SPOILER) No penúltimo episódio, vemos o protagonista Seong Gi-hun (Lee Jung-jae) encerrar sua amizade com Sang-Woo (Stephen Fu) após perceber que ele seria capaz de qualquer coisa, inclusive matar indiscriminadamente, para ganhar o prêmio final. A relação vira rivalidade mortal após Sang-Woo degolar Kang Sae-byeok (Jung Hoyeon), que já estava ferida.
O capítulo final começa como todos imaginavam: com a sexta e última prova sendo o Jogo da Lula (que dá nome à série em quase todos os países, menos Brasil e Canadá francês, e que tinha sido apresentado logo na primeira cena). Usando como base as regras da brincadeira coreana de criança, os agora ex-amigos fazem uma versão mortal do jogo, usando facas e briga de rua.
Quando tudo levava a crer que Sang-Woo venceria, Gi-hun consegue o golpe final que o daria a vitória e o prêmio, mesmo sem matar o colega. Mas se ele pisasse na cabeça da lula, ou seja, vencesse de fato a disputa, seu ex-colega seria morto por um soldado. Sabendo disso, ele propõe que ambos desistam e, assim, os dois sairiam sem o prêmio, mas vivos. Sang-Woo então usa uma das facas para se matar e Gi-hun é declarado vencedor. Bilionário, Gi-hun é devolvido para sua vida normal fora do jogo. Traumatizado pelo o que passou na disputa, ainda descobre que sua mãe morreu em casa, desamparada, enquanto ele esteve fora. Sentindo-se culpado, ele fica um ano sem encostar no dinheiro que ganhou, vivendo quase como um mendigo. Então vem a grande revelação: sem qualquer expectativa nesse sentido, Gi-hun recebe um cartão do jogo, pedindo para que ele vá encontrar seu “melhor amigo” naquela noite. Ao chegar ao local marcado, ele encontra Oh Il-nam (Oh Yeong-su), o idoso de quem ele tinha ficado próximo e que ele achou que tinha sido morto no jogo, em uma cama de hospital, claramente perto de seu último suspiro por conta de um câncer terminal no cérebro.
Rapidamente Gi-hun tem a epifânia de que o velhinho era a mente por trás de toda a crueldade do jogo. Oh Il-nam explica que aquela disputa foi a forma que ele encontrou, depois de ficar muito rico, ao lado de outras pessoas muito ricas, de voltar a ter algo divertido na vida. E que depois de um tempo, apenas participar do jogo -- não só assistir -- tinha algum sentido para ele e por isso tinha ido para a disputa. Com a morte de Oh Il-nam ao seu lado, Gi-hun finalmente resolve usar o dinheiro que ganhou. Primeiro ele resgata o irmão mais novo de Sae-byeok do orfanato que estava e o entrega para a mãe de Sang-Woo. Junto, ele deixa uma mala de dinheiro com metade do prêmio que ganhou. Em seguida, vemos ele indo para os Estados Unidos para reencontrar sua filha, mas uma visão o faz mudar de ideia. No aeroporto, ele encontra o mesmo vendedor que o convenceu a entrar no jogo. Ele até tenta o perseguir e não consegue chegar a tempo, mas impede que uma pessoa seja aliciada para a disputa. Com o cartão em mãos, ele liga para o telefone atrás e diz que tentará impedir que aquilo aconteça novamente. Gi-hun então desiste de pegar o avião e volta para trás, deixando gancho para uma possível segunda temporada que ainda não está confirmada.
O Omelete agora tem um canal no Telegram! Participe para receber e debater as principais notícias da cultura pop (t.me/omelete). Hwang Dong-hyuk, criador de Round 6, revelou um final alternativo para a série de maior sucesso da Netflix. Na versão que foi ao ar, o protagonista Seong Gi-hun, interpretado por Lee Jung-jae, é o grande vencedor do prêmio de 45,6 bilhões de wons.
Depois de muito tempo sem nem tocar na fortuna, ele decide usar parte do dinheiro para ir aos Estados Unidos e ficar com a filha. Porém, prestes a entrar no avião, ele muda de ideia e parece estar determinado a acabar com os jogos de vez, e acaba dando meia-volta com o seu novo cabelo vermelho e um olhar determinado.
De acordo com Dong-hyuk, a produção da série ficou bastante indecisa quanto ao final, revelando que havia a possibilidade de o personagem entrar no avião e ir embora para ver a família. "Nós constantemente nos perguntávamos se seria mesmo certo para Gi-hun tomar a decisão de partir e ir ver a família e atrás da própria felicidade", contou o criador da série. "Chegamos à conclusão de que a questão que queríamos propor não poderia ser feita se ele deixasse o avião", continuou. "A questão que queríamos responder só poderia ser respondida ou proposta se Gi-hun voltasse e caminhasse em direção à câmera. Então, foi assim que terminamos", completa Hwang. A decisão colabora para o desenvolvimento da segunda temporada, que acabou de ser confirmada, uma vez que há um ponto de partida para a sequência. Ainda assim, caso o protagonista tivesse entrado no avião, a nova temporada poderia focar na história do Vendedor, ou ainda do Front Man, que comanda o jogo. Agora que a segunda temporada já está confirmada, devemos ver Gi-hun em busca de vingança não só pelo que ele passou durante o jogo, mas também por todas as vítimas que já passaram pela competição mortal. Fonte: ScreenRant Quem é o ganhador de Round 6?'Round 6' fez história no Emmy 2022! Lee Jung-jae ganhou o prêmio de melhor ator em série dramática, e Hwang Dong-hyuk ganhou o prêmio de melhor direção, no mesmo gênero.
Quem é o vilão de Round 6?Sucesso mundial da Netflix, Round 6 tem uma história angustiante e personagens emblemáticos. Um dos maiores vilões da produção é Duk Soo, um grande valentão interpretado por Heo Sung-tae, 44 anos, quem explica que a carreira de ator começou da maneira oposta possível: com programas de comédia.
O que acontece com o velho de Round 6?O final de Round 6
O velho então assume que é o responsável por todos os jogos, e que, como estava chegando ao final da vida, gostaria de participar ao menos uma vez. Mas, o final de Round 6 mostra que ele não sobrevive, morrendo na verdade, em decorrência do tumor que estava em seu cérebro.
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