Transcreva os termos destacados no texto e considerando o contexto em que foram utilizados

O uso que fazemos da língua em nossas ações de comunicação é sempre mediado por intenções: explicitar certeza, dúvida, obrigatoriedade, sentimentos, entre outros. Esse propósito está tão presente em nosso dia a dia que se materializa na estrutura de nossa língua.

Ducrot, professor de filosofia e linguista francês do século XX, foi quem fundamentou essa ideia e afirmou que a língua é fundamentalmente argumentativa, uma vez que, ao interagirmos, seja pela fala, seja pela escrita, estamos imprimindo nossas ideias e argumentos pretendidos. Dessa forma, pensando que a argumentação é característica intrínseca às relações humanas, nós, do Brasil Escola, preparamos um texto para apresentar as marcações argumentativas.

Os elementos que atuam como indicadores de argumentação são denominamos de modalizadores discursivos. Eles são os encarregados de evidenciar o ponto de vista assumido pelo falante e assegurar o modo como ele elabora o discurso.

Como foi apresentado anteriormente na introdução do texto, são várias as intenções que explicitamos em nossas interações diárias e, por isso, há tipos diversos de modalizadores discursivos. Como afirmam Castilho e Castilho1 (1993, p. 217), diferentes recursos linguísticos estão a serviço dessa ação argumentativa: modos verbais, verbos auxiliares, adjetivos, advérbios, entre outros.

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Utilizaremos aqui a classificação feita por Castilho e Castilho:

Transcreva os termos destacados no texto e considerando o contexto em que foram utilizados

Ao definirmos e observarmos alguns exemplos de modalizadores discursivos, podemos concluir que não existe interação comunicativa sem modalização, uma vez que, sempre que nos expressamos, estamos indicando nosso ponto de vista em relação ao assunto em questão. A modalização, todavia, pode ser mais explícita ou mais contida.

Pronto, agora você já tem uma ótima base para iniciar seus estudos em relação aos modalizadores discursivos e para desenvolver maior domínio em relação aos recursos de nossa língua. Vamos lá?

1Nota: CASTILHO, A. T.; CASTILHO, C. M. M de. Advérbios modalizadores. In: ILARI, Rodolfo (Org.). Gramática do português falado. 2. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1993. v. II.


Por Mariana Pacheco
Graduada em Letras

A coesão referencial e a coesão sequencial são chamadas de recursos coesivos por estabelecerem vínculos entre as palavras, orações e as partes de um texto.

Coesão referencial

A coesão referencial é responsável por criar um sistema de relações entre as palavras e expressões dentro de um texto, permitindo que o leitor identifique os termos aos quais se referem. O termo que indica a entidade ou situação a que o falante se refere é chamado de referente.

Exemplo:

  • Ana Elisabete gritou. Ela fica apavorada quando fica sozinha, apesar de ser uma menina calma e inteligente.

Nesse exemplo, o termo referente é Ana Elisabete. Todas as vezes que o referente precisa ser retomado no texto, podemos utilizar outras palavras para que os leitores possam retornar e recuperar a ideia.

É bastante frequente o uso de figuras de construção/sintaxe para a coesão referencial, como as anáforas, catáforas, elipses e as correferências não anafóricas (contiguidades, reiterações).

Coesão sequencial

A coesão sequencial é responsável por criar as condições para a progressão textual. De maneira geral, as flexões de tempo e de modo dos verbose as conjunções são os mecanismos responsáveis pela coesão sequencial nos textos.

Os mecanismos de coesão sequencial são utilizados para que as partes e as informações do texto possam ser articuladas e relacionadas. Além da progressão das partes do texto, os mecanismos de coesão sequencial contribuem para o desenvolvimento do recorte temático. Dessa forma, o autor do texto evita falta de coesão, garantindo boa articulação entre as ideias, informações e argumentos no interior do texto e, principalmente, a coerência textual.

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→ Separamos para você alguns termos responsáveis pela coesão sequencial nos textos:

Adição/inclusão - Além disso; também; vale lembrar; pois; outrossim; agora; de modo geral; por iguais razões; inclusive; até; é certo que; é inegável; em outras palavras; além desse fator...

Oposição - Embora; não obstante; entretanto; mas; no entanto; porém; ao contrário; diferentemente; por outro lado...

Afirmação/igualdade - Felizmente; infelizmente; obviamente; na verdade; realmente; de igual forma; do mesmo modo que; nesse sentido; semelhantemente...

Exclusão - Somente; só; sequer; senão; exceto; excluindo; tão somente; apenas...

Enumeração - Em primeiro lugar; a princípio...

Explicação - Como se nota; com efeito; como vimos; portanto; pois; é óbvio que; isto é; por exemplo; a saber; de fato; aliás...

Conclusão - Em suma; por conseguinte; em última análise; por fim; concluindo; finalmente; por tudo isso; em síntese, posto isso; assim; consequentemente...

Continuação - Em seguida; depois; no geral; em termos gerais; por sua vez; outrossim...


Aproveite para conferir nossa videoaula sobre o assunto:

Qual é o contexto de produção do texto?

O contexto é uma circunstância essencial na produção de textos. Ele corresponde ao conjunto de conjunturas (materiais ou abstratas) que rodeiam um acontecimento ou fato. Assim, o contexto são todas as informações que acompanham o texto, modo pelo qual as ideias se encadeiam no discurso.

Qual é o tema central do texto?

O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia principal que o texto será desenvolvido.

O que é a finalidade comunicativa de um texto?

O objetivo maior da Literatura é o ato da comunicação, ou seja, a troca de informações, mensagens. Isto se dá através de uma conversa, leitura, mensagem visual ou escrita. Podemos definir como intenção comunicativa todo e qualquer ato ou pensamento que leve a uma comunicação.

Qual é a intencionalidade do narrador?

Resumo sobre foco narrativo O foco narrativo é, em síntese, o ponto de vista do narrador acerca de uma história. Ele pode ser dividido em dois tipos: em primeira pessoa e em terceira pessoa. Enquanto o foco narrativo trata da perspectiva dos acontecimentos narrados, o narrador é aquele que conta a história.