Importância de prevenção e controle de infecções

O mês de maio pode ser considerado do controle de infecção devido ao acúmulo de datas comemorativas direta ou indiretamente ligadas ao tema. Por isso faremos este ano uma campanha para divulgar a importância do controle de infecções para os pacientes, instituições de saúde, nações e até para a humanidade.

Quem disse e o que afirmou sobre a importância da CCIH até para a humanidade?

Esta afirmação foi dita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que coloca as infecções associadas à assistência à saúde, resistência microbiana aos antibióticos e doenças infecciosas emergentes como as futuras principais causas de óbito da humanidade. E este futuro não estará tão distante assim, se não reforçarmos medidas corretivas agora!

A CCIH foi pioneira em segurança dos pacientes e realiza um trabalho consolidado há muito tempo nos melhores hospitais do mundo, controlando infecções e até outras adversidades. Mas sua importância transcende a barreira dos hospitais e nem fica restrita a pacientes internados. Ela também foi pioneira na luta pela prescrição criteriosa de antibióticos e seus reflexos na resistência microbiana. Além disso, orienta as medidas de precauções e isolamento contra a transmissão de microrganismos nos hospitais, o que é fundamental para evitar que estas instituições se transformem no foco de disseminação de doenças emergentes para toda comunidade. Destacamos também, que em muitas instituições a CCIH participa ativamente do núcleo de vigilância epidemiológica, responsável por dar o alerta às autoridades sanitárias sobre surtos e a emergência de novas doenças. Ao lado de preocupações com o ecossistema, essas medidas são fundamentais na prevenção e controle dessas infecções.

A importância disto tudo para a saúde coletiva é inegável e fez da OMS considerar estratégico para todas as nações e instituições de saúde difundirem a apoiarem as ações da CCIH. Por isso, ela inclui a segurança do paciente, mas ultrapassa os limites dos hospitais e tem impacto para toda a coletividade. Por isso, criamos o foco de nossa campanha de maio deste ano que será CCIH: evoluindo da segurança do paciente para a segurança da humanidade.

Quais são as principais datas comemorativas relacionadas ao tema no mês de maio?

As principais datas são:

  • 05 de maio: Dia mundial da higiene das mãos
  • 12 de maio: Dia do enfermeiro
  • 15 de maio: Dia nacional do controle de infecção
  • 19 de maio: Dia do Prêmio Jabuti do livro “Infecção Hospitalar e suas Interfaces na Área da Saúde
  • 20 de maio: Dia do técnico e do auxiliar de enfermagem.

Estas comemorações são relevantes ao destacarem a principal medida para prevenir a transmissão cruzada de microrganismos; o trabalho pioneiro de Semmelweis, que em 1847 realizou uma investigação epidemiológica comprovando o papel da higiene das mãos; os profissionais de saúde que têm maior contato com os pacientes nas instituições de saúde e por isso são fundamentais na aderência as práticas preventivas; e além disso a premiação de nosso livro, que foi um reconhecimento da importância dessas orientações para a saúde da coletividade. Destaco também o dia das mães, lembrando que o controle de infecção começou para controlar com sucesso uma epidemia de febre puerperal, que afetava mães a até seus recém-nascidos.

Quais serão as principais atividades desta campanha?

Apresentaremos um vídeo institucional, que será veiculado no site e nas redes sociais, para esclarecer todos da importância crucial do controle para a saúde coletiva, valorizar os que se dedicam com esta causa e estimular que participem das atividades comemorativas e compartilhem em suas redes sociais as peças da campanha e insiram em sua foto o avatar #eusouccih. Além desse vídeo, teremos várias peças publicitárias divulgando no site e redes sociais esses comemorações. Realizaremos videochats especiais nas principais datas comemorativas, nas quais teremos sempre um convidado especial. Durante este mês reduziremos o valor da taxa de inscrição em nossos cursos de R$100,00 para R$50,00 e sortearemos bolsa integral entre os matriculados no mês nos dias 15 e 31 de maio. Para os alunos, daremos 50 reais de desconto adicional na sua próxima mensalidade, por indicação matriculada.

Resumidamente, queremos neste mês de maio envolver toda a coletividade nesta luta pela vida em equilíbrio tanto na natureza, nas instituições de saúde no próprio corpo humano, promovendo ações pela manutenção e recuperação da saúde.

Antonio Tadeu Fernandes

Com o objetivo de conscientizar as autoridades sanitárias, gestores de hospitais e trabalhadores de saúde sobre a importância do controle das infecções hospitalares, a Lei nº 11.723/2.008 instituiu essa comemoração. Nesta data, os serviços de saúde, em especial os hospitais, devem desenvolver campanhas de comunicação social e ações educativas a fim de aumentar a consciência pública sobre o problema representado pelas infecções hospitalares e a necessidade de sua prevenção e de seu controle.

Infecção Hospitalar é a infecção adquirida após a admissão do paciente na unidade hospitalar e pode se manifestar durante a internação ou após a alta. Pela sua gravidade e aumento do tempo de internação do paciente, é causa importante de morbidade e mortalidade, caracterizando-se como problema de saúde pública.

A incorporação de novos métodos terapêuticos e tecnologias, possibilitou que muitos tratamentos antes disponibilizados somente em hospitais, hoje sejam administrados em regime domiciliar (Programa Saúde da Família – PSF e Atendimento Domiciliar), em Hospitais-Dia (serviço dentro de um hospital onde o paciente fica durante o dia para receber tratamentos especiais) e clínicas especializadas.

Nesta nova realidade da assistência à saúde, o conceito de infecção hospitalar foi ampliado, passando a incorporar as infecções relacionadas à assistência à saúde. A Portaria MS/GM nº 2.616/1.998 estabelece as diretrizes e normas para o controle de infecção hospitalar no país, e as competências dos diferentes níveis de governo e dos serviços de saúde.

As infecções hospitalares são um problema multifatorial que exige uma série de ações que devem ser organizadas nos serviços de saúde, dentro do Programa de Controle de Infecção, conforme determina a Lei 9.431/1.997.

Prevenção e controle:

Entre as ações de prevenção e controle, destacam-se a higienização das mãos, a elaboração e a aplicação de uma série de protocolos de prevenção, a aplicação de medidas de precaução e isolamento, o gerenciamento do uso de antimicrobianos, protocolos de limpeza e desinfecção de superfícies.

A forma mais simples e efetiva de evitar a transmissão de infecções em ambiente hospitalar é a higienização de mãos. Pode ser por meio da lavagem com água e sabão ou por meio de fricção com álcool 70%. Essa recomendação vale tanto para profissionais de saúde quanto para visitantes e também pacientes. A atenção aos cuidados de precaução, sinalizados pela equipe de saúde, também devem ser observados, para se evitar transmissão de doenças e agentes nocivos no ambiente hospitalar.

Como paciente, além de higienizar suas mãos, principalmente antes das refeições e após usar o banheiro, procure estabelecer uma boa comunicação com a equipe de saúde para entender com clareza os cuidados que lhe estão sendo direcionados e, dessa forma, contribuir ativamente com a sua recuperação.

Cuidados a serem adotados durante visitas ao hospital:

O visitante deve sempre higienizar as suas mãos na chegada ao hospital, antes e após tocar o paciente ou superfícies próximas ao seu redor e ao sair do hospital. Essa higienização pode ser feita tanto com água e sabão quanto pela fricção das mãos com álcool a 70%, o qual deve estar disponível em todo o hospital.

Para que a higienização das mãos possa ser mais efetiva, é importante que os adornos sejam retirados (por exemplo, anéis, pulseiras e relógios), para facilitar o contato da água ou do álcool com a superfície da pele que está sendo higienizada. A manutenção das unhas curtas e limpas também pode auxiliar. Não é recomendado que o visitante leve alimentos para o paciente sem a autorização e o conhecimento prévio do médico e/ou da nutricionista, sob o risco de prejudicar seu tratamento.

Evite, também, levar flores e/ou plantas para o quarto do paciente. Apesar desse gesto ser entendido como representativo de cuidado e carinho, ele pode contribuir para a disseminação de insetos, como formigas e aranhas, no ambiente hospitalar. As plantas podem, ainda, trazer a presença de esporos fúngicos que, se inalados pelos pacientes imunossuprimidos, podem causar uma doença pulmonar grave, com risco inclusive de óbito.

Preferencialmente, não se deve levar crianças para realizar visitas no hospital. Como as crianças ainda se encontram em período de imunização contra doenças transmissíveis, elas podem mais facilmente tanto transmitir quanto adquirir infecções dentro do ambiente hospitalar, até mesmo por não terem maturidade suficiente para atender adequadamente às medidas de precaução e isolamento recomendadas.

Não sentar na cama do paciente, nem em camas vagas ao lado do paciente. Essa é uma atitude que demonstra educação e respeito ao próximo paciente que irá ocupar o leito.

Se houver alguma placa ou orientação na porta do quarto, procure algum profissional de saúde responsável pelo paciente antes de entrar. Dessa forma, você receberá informações úteis que irão auxiliá-lo durante a permanência no hospital, podendo cooperar para o controle das infecções.

Lavagem das mãos:

As mãos devem ser umedecidas antes de colocar o sabão, de preferência líquido, para evitar que se toque no reservatório. Em seguida, esfregam-se bem o dorso, a palma, os dedos e o vão entre os dedos. É preciso tomar cuidado também com a área embaixo das unhas. Se a pessoa tem unhas mais longas, deve colocar sabão e esfregar embaixo delas. Nos hospitais, existem espátulas que ajudam a limpar essa região. Na hora de enxaguar, os dedos devem ser virados para cima, na direção da água que cai. Não devem ser usadas toalhas de pano para secar as mãos e, sim, toalhas de papel que servirão também para fechar a torneira. De que adiantará lavar bem as mãos se, depois, tocarmos na torneira contaminada?

“Super bactérias”:

O termo “superbactéria” é popularmente conferido às bactérias multirresistentes. Além de não ser tecnicamente correto, dá uma noção superestimada do risco dessas bactérias. As chamadas “super bactérias” na verdade são bactérias já conhecidas, presentes normalmente no corpo humano (por exemplo, intestino e pele), porém que se tornaram resistentes aos antibióticos hoje disponíveis, principalmente devido ao uso abusivo desses medicamentos  dentro e fora do hospital. No ambiente hospitalar, são chamadas de bactérias multirresistentes. Quando um paciente adquire uma infecção por uma bactéria multirresistente, as opções terapêuticas para o seu tratamento são menores e a chance de uma adequada recuperação fica prejudicada. Em muitos casos, se faz necessária a utilização de antibióticos ou combinações menos usuais para o seu tratamento.

Fontes:

Qual a importância da prevenção e controle das infecções?

Reduzir a incidência destas infecções é crucial para combater a resistência microbiana, além de promover a segurança dos pacientes e a qualidade nos serviços de saúde.

Qual a importância de se manter o controle das infecções hospitalares?

A infecção hospitalar é uma das principais causas de mortalidade entre pacientes hospitalizados e as ações desenvolvidas para o seu controle têm grande importância na promoção da saúde em geral.

Qual o objetivo do controle de infecções?

Um programa de controle de infecção em serviços de saúde deve possuir, como objetivo principal, a identificação do comportamento das infecções relacionadas com a assistência em serviços de saúde, para propor ações que possam prevenir e controlar os riscos associados, contribuindo para a melhoria da qualidade da atenção ...

Quais são as principais medidas de prevenção e controle de infecções?

Medidas de prevenção e controle.
Higienizar as mãos com frequência;.
Utilizar lenço descartável para higiene nasal;.
Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;.
Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;.
Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;.
Não partilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;.